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História Incomplete - Impure


Escrita por: Hikarry

Capítulo 7 - Impure


–-----------------------4 anos antes

Eu estava disposta a viver uma aventura e era isso que estava fazendo. Estava à um ano no navio de Gancho enquanto, possivelmente, os meus pais nem sentiriam a minha falta.

É verdade que eu e Gancho não nos demos muito bem quando nos conhecemos, mas ele era a única forma de eu escapar daquela prisão a que muitos chamam palácio.

Estava na cabine do capitão, que eu dividia com Killian. Eu agora, tecnicamente, era uma pirata e não precisava de me preocupar com essas coisas de "Não pode dormir no mesmo quarto quem um homem." Alguém bateu na porta e eu soltei os mapas que eu estava tentando ler para a abrir.

– O que foi dessa vez, Gancho? - Perguntei enquanto voltava a me sentar na escrivaninha.

– Acabamos de atracar em Camelot. Eu e os marujos vamos a uma taverna que há aqui perto, quer vir, princesa? - Enrolei o mapa num canudo e o atirei contra a cabeça dele. Killian sabia que eu odiava que me chamassem desse jeito. - Isso foi um não, love?

– Eu vou. - Respondi. Rum era sempre bem vindo, certo?

Caminhamos todos juntos até à taverna quando fazíamos o maior barulho ao atravessar a praia. Killian ia na frente comandando aquele bando de ratazanas do mar enquanto eu ia atrás apenas olhando ao meu redor. Eu nunca tinha ido a Camelot, ou melhor, nunca tinha ido a uma praia de Camelot, sempre que eu vinha com os meus pais, nunca podíamos sair do castelo do Rei Arthur.

Andamos durante aproximadamente vinte minutos até pararmos na tal taverna e entrarmos todos. Eu realmente precisava me sentar e relaxar um pouco, aquelas botas estavam me matando. Os marujos se espalharam e só Smee e Elliot se sentaram numa mesa comigo e Killian. Logo o rum foi servido e nós nos encharcamos em bebida. Estávamos jogando cartas e eu via claramente que Killian estava roubando, mas não falei nada, até ao momento em que ele ganhou o jogo por conta da trapaça.

– Não foi justo! Você estava roubando! - Dei um soco na mesa que fez as cartas pulares.

– A vida não é justa, love. - Ele respondeu e eu atirei as cartas que ainda tinha na mão para cima dele.

– Se precisarem de mim estarei no navio. - Resmunguei e me levantei bruscamente pegando na garrafa meio-cheia de rum e sai do estabelecimento.

Eu não fazia a menor ideia do que estava fazendo. Nunca tinha bebido tanto na minha vida e com certeza aquilo ainda me iria levar para um mão caminho. Fui na praia e me sentei na areia bebendo olhando o mar que ainda estava enchendo.

Vi um casal passar de mãos dadas à minha frente e dividirem um beijo. Como seria beijar? Eu tentava tanto cumprir as ordens dos meus pais que, embora tivesse tido muitas oportunidades, nunca tinha beijado ninguém e eu adoraria saber como é. Papai e mamãe se beijavam ocasionalmente pelos cantos do palácio e eu nunca percebi porque não podia fazer o mesmo. Perderia a honra? Que eu saiba não fala na bíblia que se beijarmos alguém iremos para o inferno.

– Swan? - Ouvi uma voz atrás de mim.

– Vá embora, Gancho. - Falei com uma voz rouca que eu nem sabia que tinha, enquanto acenava com a garrafa já quase vazia de rum.

– Ficou chateada por eu ser mais inteligente que você? Por eu ter ganhado? - Perguntou num tom de deboche e eu sorri enquanto tentava me levantar e, com muito esforço, consegui. O encarei mas eu estava mais tonta que uma criança depois de levar uma surra do pai. Dei um passo para a frente e me desequilibrei, com certeza iria cair se Killian não tivesse me segurado.

Os olhos de Killian se cruzaram com os meus e eu me perdi como nunca tinha me perdido antes. Era como estar a bordo da Jolly Roger perdida no meio de um par infinitamente azul.

Me coloquei na ponta dos pés e juntei os nossos lábios. Se fosse para cometer pecado, seria ali e agora. Eu não sabia como fazer aquilo, por isso, esperava que Killian me ensinasse. Senti os seus braços rodearem a minha cintura e me trazerem mais para perto do seu corpo enquanto eu levava as minhas mãos aos seus cabelos. A sua boca se abriu de baixo da minha e a sua língua encontrou a minha. Deixei que ele me guiasse e, quando dei por mim, já estava na nossa cabine, na Jolly Roger, deitada na cama completamente despida, tal como ele. O seu gancho passeava pela curva do meu corpo enquanto eu mantinha as minhas pernas à volta da sua cintura. Os seus lábios largaram os meus e começaram a formar uma trilha de beijos pelo meu pescoço até à minha barriga enquanto eu sentia os seus dedos passearem pela minha intimidade.

– Killian...- Gemi e abri mais as pernas para que ele fizesse logo o trabalho.

Ele colou novamente os seus lábios nos meus e fechou as minhas pernas à volta da sua cintura, nos levantando e me encostando violentamente contra a parede que ficava do lado da escrivaninha onde eu estava horas antes.

Senti a sua mão me segurar ainda com mais força contra o seu corpo e o seu braço que tinha o gancho derrubar tudo o que estava sobre a escrivaninha, onde ele me sentou de seguida sem desgrudar os nossos lábios.

A sua boca desceu novamente pelo meu pescoço parando dessa vez nos meus seios. Aquela era, sem duvida, a melhor sensação que eu alguma vez tinha sentido na minha vida. Novamente subiu para o meu pescoço e lá começou a distribuir chupões por todo o lado.

– Killian...- Gemi novamente e entrelacei novamente as minhas pernas na sua cintura enquanto puxava os seus cabelos bruscamente.

Ele se ajoelhou e abriu as minhas pernas, apertando a minha coxa direita com força enquanto o seu gancho causava arrepios na minha coxa esquerda só de o roçar no interior da mesma. A sua boca começou a brincar na parte interior da minha coxa esquerda enquanto eu jogava a cabeça para trás de tantas sensações que estava sentindo naquele momento.

Aquilo era tão errado, um pecado tão grande, mas ao mesmo tempo tão bom.

Senti a sua língua deslizar para a minha intimidade e passear por lá como se estivesse tentando conhecer todo o território. Fui completamente apanhada de surpresa quando senti dois dedos de Killian dentro de mim o que me arrancou um gemido mais alto do que os outros. Não sabia que sensação tinha sido aquela, mas foi como uma explosão de prazer dentro de mim, uma sensação única.

Ele sorriu e me pegou no colo, me jogando violentamente sobre a cama. O seu corpo sobre o meu me fazia desejar todas as coisas que a igreja me tinha ensinado que era errado. Porque o errado era tão bom?

A sua mão agarrou a minha e ele entrelaçou os seus dedos nos meus enquanto ele entrava dentro de mim lentamente. A dor era enorme, o que me fez quase partir a mão de Killian, mas o prazer era ainda maior. Senti algo quente sair de dentro de mim. Sangue? E Killian parou para me observar.

Só quando ele percebeu que eu estava totalmente, ou quase, bem começou os movimentos, lentamente e à medida que o tempo passava foram ficando mais rápidos enquanto a sua boca beijava o meu pescoço. Naquele momento eu poderia afirmar que estava no céu que, segundo tudo o que ensinei, me levaria ao inferno quando chegasse a minha hora. Eu tinha acabado de quebrar todas as leis que me foram impostas desde muito jovem. Todos os ensinamentos que me tinham sido passados pela minha mãe e por Ele tinham sido inúteis.

No outro dia de manhã acordei com uma dor de cabeça enorme. Abri os olhos e me levantei como sempre fazia, completamente coberta de sono. Quando passei na frente do espalho pude jurar que o meu coração se tinha quebrado. Eu estava nua e cheia de marcas vermelhas pelo meu corpo. Olhei para a cama e as lágrimas, que já estavam nos meus olhos, se multiplicaram. O que eu tinha feito? Porque eu desobedeci? Com certeza o meu nome já tinha um lugar guardado no inferno. Como eu poderia ter feito aquilo? Eu agora estava vivendo como uma pirata, mas isso não era motivo para esquecer todos os ensinamentos que recebi dos meus pais e me tornar uma mulher sem honra. E agora? Quem se iria querer casar com uma mulher impura? Talvez se eu não contasse para ninguém, nunca descobrissem.

Tudo aquilo era culpa dele. Ele estava completamente sóbrio e se aproveitou da minha fraqueza com o álcool. Tudo aquilo era culpa dele e eu me recusava a respirar o mesmo ar que aquele ser. Procurei o vestido que estava usando quando entrei na Jolly Roger pela primeira vez e voltei a vesti-lo. Eu iria sair dali e iria me apresentar no castelo do rei Arthur. Com certeza Liam estaria lá e me ajudaria a voltar para casa. Eu queria ir para onde fosse, desde que estivesse longe daquele que me manchou.


–------------------------------------------Agora

– Ele é seu irmão, Liam, não meu. Você que deveria saber o que ele quer comigo.

– Tudo mudou quando ele conheceu você...- Ele divagou enquanto dava um passo para trás.

– Eu? - Perguntei completamente confusa.

Ele ficou calado me encarando, como pareceu fazer muitas vezes apenas nesse curto espaço de tempo.

– Nunca vi Killian tão obcecado por alguém desde a ex-mulher dele. Killian se casou com quinze anos e perdeu a mulher com dezasseis por motivos que ele nunca quis falar e com dezassete ele roubou um dos navios de meu pai, contratou piratas e virou o seu capitão. Só...não consigo entender porque ele agora é obcecado por você...- Ao dizer aquilo senti um arrepio percorrer a minha espinha.

– Princesa! - Ouvi Baelfire me chamar de dentro do palacete. Liam suspirou e me ajudou a levantar novamente do balanço.

– Emma...Só...- Ele deu um passo para trás e encarou as próprias botas. -...Tenha cuidado com Killian. Não se deixe enganar por ele e, por favor, não confie nele. Eu me preocupo muito com você e com o que ele pode lhe fazer.

O meu corpo que antes estava tenso, descontraiu, e eu envolvi Liam num abraço.

– Não se preocupe. Eu não confio. - Sussurrei no ouvido dele e depois me afastei com um sorriso.



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