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História Inconstant star - Loucura


Escrita por: LovelyHoran

Notas do Autor


Oi goxxxtosassss!! Voltei e sinto dizer, mas voltei com o penúltimo capitulo da fanfic. D:
Só tenho a agradecer a todos os favoritos e comentarios, vocês me fazem muito feliz! <3
Vamos lá?

Capítulo 6 - Loucura


Fanfic / Fanfiction Inconstant star - Loucura

CAPÍTULO 4

[Flashback off]

Não sei em que momento adormeci, mas assim que abri meus olhos e vi a luz da manhã entrando pela janela senti ódio de mim mesmo por ter perdido tempo com ele. Quando estou com Jaehyun cada segundo tem que ser aproveitado da melhor maneira possível, pois cada segundo escorre por meus dedos e eu jamais poderei pegá-los de novo e ele pode desaparecer. Eu não posso nem piscar.

Tateio a cama e não acho Jaehyun, meu coração acelera e minha respiração está descompassada, sento na cama imediatamente e o alivio que sinto quando vejo Jaehyun sentado na janela com um cigarro entre os lábios é esmagador.

Me levanto da cama e visto minha cueca, ele não se move quando me aproximo e toco as cicatrizes circulares na sua omoplata.

-Terrivel, não é? – ele diz rouco.

-Você não foi embora. – passo meus braços ao redor do corpo do homem que me tira de orbita e repouso minhas mãos em seu peitoral.

-Eu acabei de acordar.

A possibilidade de ele ir embora em minutos que está presente na sua voz me machuca. E eu encosto o nariz nas suas costas sentindo seu perfume, que não se parece com nada conhecido como canela ou baunilha, mas é muito melhor do que qualquer aroma descoberto.

-Você sabe que não pode me segurar para sempre Taeyong. – ele diz e joga o cigarro pela janela.

-Mas você pode me segurar. – eu digo e ele desce da bancada da janela.

-Você já viu do que eu sou capaz. Eu já te destruí Taeyong.

Ele me puxa para frente do espelho grande e passa a mão pelo hematoma roxo logo abaixo do meu olho esquerdo.

-Você é tão pálido, e eu gosto como esse roxo te colore, apesar de não gostar de pintá-lo em você. Mas você gosta.

-Não me importo o quanto doa. Me amarre, me aperte, faça o que quiser para que eu não possa escapar! – eu sussurro.

-Como se fosse algo que você faria. – ele diz beijando meu pescoço e eu gemo com o contato de seus lábios na minha pele sensível.

-Eu estou viciado nessa prisão que é você. Eu não sei adorar mais ninguém que não seja você Jaehyun.

-Você é masoquista, você pede para ser destruído. – ele diz rindo e seu sorriso machuca.

-É o seu feitiço que me pune. – eu digo.

-Você se esqueceu do que eu fiz ontem? – ele pega minha mão e passa por cima da mancha de sangue remanescente no seu abdômen e contra toda sanidade mental eu só consigo pensar em me entrelaçar àquele corpo.

Não quero lembrar da noite anterior.

[Flashback on]

Duas semanas se passaram desde que conheci Jaehyun, desde que minha vida se tornou um doce inferno que eu adentro cada vez mais. Ele vai e volta. Some e desaparece. E eu o aceito de volta com braços, coração, corpo abertos. E eu não sei como sair dessa teia que me prende. Não sei se é pelo fato de ele parecer indefeso, mesmo com toda a pose de durão. O fato é que eu não consigo me afastar dele mesmo sabendo que ele matou o próprio irmão após mais uma seção de surra por ele ser gay e amar pessoas como eu, amar meninos.

Jaehyun me contou como se sentiu sujo e louco após empurrar o irmão da escada e como teve que sair da sua cidade natal para fugir da policia. E apesar de tudo eu só sinto que tenho que protege-lo. Já repeti mil vezes para mim mesmo que ele é um assassino, mas ao mesmo tempo penso que ele fez o que fez para poder viver e isso faz com que eu me apegue cada vez mais à esse homem que me constrói e destrói a cada dia.

E isso me dá vida, ao mesmo tempo que me consome.

O refeitório está cheio e não consigo pensar claramente, a comida insuportável também não ajuda e a gritaria me irrita.

-A comida está uma merda hoje. – Ten diz se sentando à minha frente e eu só concordo com a cabeça – Estou vendo que a qualidade desse purê te colocou mesmo pra baixo.

Forço um sorriso e não vou explicar que meu estado de espirito não tem nada a ver com a comida e sim que Jaehyun não aparece e nem da noticias há três dias e meu corpo dependente começa a entrar em abstinência.

-Vamos comer alguma coisa que não nos mate. – ele diz se levantando do banco e ajeitando a jaqueta.

Ten é bonito e seus belos olhos ficam mais evidentes com o contorno preto, seu sorriso travesso faz com que ele seja quase irresistível. Quase. Para mim só existe uma pessoa.

Ten solta um suspiro impaciente e coloca a mão na cintura.

-Eu não vou deixar você definhar enquanto ele não aparece e depois ver você se jogando nos braços daquele psicopata de novo!

-Você não pode fazer nada Ten.

Ele me olha de um jeito que nunca vi antes. Ele está preocupado comigo. Eu também deveria estar, não é? Mas por que não estou?

-Deixe ao menos eu te levar para comer alguma coisa. Você está abatido. Parece que a morte te deu uma porrada.

-Obrigada. – ironizo mas me levanto, vai ser bom distrair um pouco.

Vamos andando até a lanchonete no fim da rua e comemos conversando sobre coisas banais e leves. Quase não penso diretamente nele, mas o peso de sua ausência está sempre presente.

-Quer ir andar um pouco, talvez no Chapultepec?

-Tudo bem.

Andamos até o bosque e a presença de Ten é leve e gostosa. Seu sorriso é fácil e eu não preciso escolher as palavras certas ou me sentir enfeitiçado. É libertador e ao mesmo tempo falta algo.

Estamos no meio do bosque e não há mais ninguém, estamos quase perto da floresta e o clima é ameno e gostoso. Tem se senta no gramado e bate na grama verdinha ao seu lado, me convidando a sentar ao seu lado.

Sento de pernas cruzadas e apoio o cotovelo nas minhas pernas, fecho os olhos e sinto a brisa suave. Sinto o toque dos dedos de Ten no meu pulso, bem em cima das marcas roxas.

-Você não precisa ficar com ele.

-Humm... não foi bem... quer dizer, não foi agressão. – eu falei, tentando ser o mais discreto.

-Oh, entendo. – ele faz uma careta melancólica e não sei como interpretar isso. – Foi consentido pelo menos?

-Claro! – eu quase grito. – Não vamos falar disso.

-Desculpe. – ele diz segurando minha mão no mesmo momento que meu celular vibra no bolso traseiro da minha calça.

Pego o aparelho que sinaliza uma mensagem de numero desconhecido. Meu coração acelera, eu sei que é ele. Abro a mensagem.

Gostando do encontro? Espero, para o bem dele, que não encoste um dedo em você.

Minha cabeça gira. Como ele sabe que estou com Ten? O que ele quer dizer com “para o bem dele”. Estou assustado mas o sentimento que sobrepõe tudo isso é o de euforia. Jaehyun está por perto. Ele está aqui. E eu o quero. Quero abraça-lo e beijar sua boca que é minha fonte de paz e desajuste.

-O que foi? – Ten pergunta.

-Hum.. nada. Vamos? – digo tentando disfarçar.

-Já?

Me levanto como resposta e tento ignorar a decepção na voz de Ten.

Ele se levanta logo após de mim e quando começo a andar ele segura meu pulso, mas de forma leve e sua mão sobe até meu braço.

-Só queria te falar que você é uma pessoa incrível e não vê isso. Você não precisa dele para nada. Pode ter coisa melhor. – ele diz e passa o polegar pela minha bochecha.

-Obrigada, eu acho... mas eu tenho mesmo que ir Ten.

-Espera.

Ele diz e cola seus lábios nos meus. Tecnicamente não tem nada de errado. Seus lábios são macios e suas mãos nos meus braços são leves. Ten é gentil e doce. Mas não. Não é Jaehyun.

E então meu corpo se inflama com a lembrança da mensagem e o medo de Jaehyun estar observando é enorme.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ou protestar, Ten é tirado de mim e eu abro os olhos e só enxergo Jaehyun jogando Ten no chão e subindo em cima dele para dar um soco certeiro no queixo do meu amigo.

-Jaehyun não não! – eu grito, mas ele continua a desferir socos pelo rosto de Ten, que tenta se defender, mas o corpo de Jaehyun é muito maior que o de Ten.

-Não Jaehyun! – grito e me jogo sobre ele, tentando conter a fúria de Jaehyun.

-Você ainda o defende? – Jaehyun se levanta e vem para cima de mim, ele me segura pelo cabelo e seus olhos estão injetados de ódio. – Você é uma putinha mesmo!

-Não é nada disso...

-O que? Não é nada disso que eu estou pensando? É isso que você ia dizer? Hum? – ele não me deixa responder e me acerta com um soco no olho que me faz cair no chão.

-Não encosta nele! – ouço a voz de Ten.

-Não Ten! Não revida! – eu grito, mas é tarde demais.

Ten acerta um golpe no estômago de Jaehyun que se vira para ele e pega algo no bolso da calça, não consigo ver o que é, minha visão está embaçada pelo soco. Tudo o que sei é que não quero que nenhum deles se machuque. E sei que quem corre mais perigo é Ten.

-A surra não foi o suficiente? – a voz de Jaehyun é cortante e fria.

-Você é louco! – Ten grita quando Jaehyun ergue a mão e o sol bate na lâmina do canivete que ele segura.

-Jaehyun! Pelo amor de tudo, por favor! – eu grito e tento me levantar, minhas pernas tremem.

-Você é louco por ter tocado no Taeyong. – ele diz e eu grito quando a lamina afiada afunda na barriga de Ten.

Cubro minha boca com as duas mãos e grito. Ten não grita. Só ofega. E me olha, me pede ajuda e eu não consigo fazer nada.

Jaehyun tira o canivete e desfere mais dois golpes no abdômen de Ten que não tem nenhuma reação a não ser gemer a cada perfuração.

Vejo a vida saindo de Ten e é tão errado que eu não sei o que fazer. Ao mesmo tempo me sinto aliviado ao ver que Jaehyun está bem e não está ferido. É doentio da minha parte. Eu sei disso. Estou louco.

Jaehyun solta o corpo inerte de Ten no chão e se volta para mim.

Espero pelo pânico, pelo medo de ser encostado por ele, mas não acontece nada. Ou pior, estendo meus braços para Jaehyun que está com os braços e a frente da camisa suja de sangue. Do sangue de Ten.

Ele corre até a mim e me pega no colo com facilidade, encosto meu rosto no seu peito e o cheiro de sangue e ferrugem me faz ter ânsia de vomito. Jaehyun passa a mão pelo meu cabelo quando se senta comigo no gramado.

-Viu Tae, eu fiz isso por amor. – ele diz passando os dedos sujos de sangue no meu rosto.

-Jaehyun, o Ten... ele está morto. – não aguento conter as lágrimas e choro agarrado à blusa de Jaehyun.

-Ele mexeu com você, eu não podia deixar ele vivo. Foi porque eu... – levanto o olhar e Jaehyun parece aterrorizado, mas não pelo acontecido, e sim com o que ele queria falar. Seu cabelo avermelhado está grudado na testa e ele está tão perfeitamente cru e desnudo nesse momento.

-Você o que? – eu pergunto.

-Eu fiz porque eu sinto coisas por você. – ele diz e aproxima seu rosto de mim como se ele fosse me contar o maior segredo do mundo – Sinto coisas que eu não deveria sentir. Coisas que meu irmão me queimou, cortou e espancou para que eu não sentisse Taeyong.

Sinto pela primeira vez que Jaehyun está sem sua armadura e a raiva começa a borbulhar em mim. Quero matar o irmão de Jaehyun, mesmo sem saber a história completa. Preciso saber mais. Preciso. Mas não agora. Jaehyun está perdendo o controle e eu preciso resolver tudo.

Seco as lágrimas no meu rosto que se misturam ao sangue, me sento no colo de Jaehyun e seguro se rosto em minhas mãos.

-Jaehyun, você entende o que acabou de fazer? – olho nos seus olhos.

-Sim, porque eu amo você.

“eu amo você”. “eu amo você”.

Sou atingido pelo maior sentimento que eu jamais senti, da forma mais louca que pode ser, do jeito mais insano, doentio e desajustado, mas meu peito infla e sinto vontade de gritar.

-Temos que dar um jeito nisso tudo aqui Jae! Precisamos! Você não pode ter problemas com a policia!

-Eu sei, porra, eu sei! o que você me fez fazer Taeyong? – ele diz e suas mãos se fecham nos meus braços. – Eu fiz isso por nada Taeyong! Mas eu não posso ver ninguém te tocando!

-Vamos dar um jeito nisso. – eu digo. – Você deve conhecer alguém...

Ele faz que sim com a cabeça e tira meu celular do bolso da minha calça, digita um número e espera.

-Fiz uma merda enorme cara. – uma pausa – Sim, envolve um corpo. – outra pausa maior. – No Chapultepec. – mais uma pausa. – Ok.

-E então?

-Temos que sair daqui agora.

Eu assinto com a cabeça.

-Vai ficar tudo bem. – eu digo e pressiono meus lábios nos dele. Jaehyun aperta meu quadril e me beija mais profundamente. – Eu amo você.

-Mentiroso. – ele diz.

-Eu amo você, amo você, amo você, amo você. – falo.

E então selo nossos lábios. Selo nosso amor. Selo nosso segredo.

Continua...

 

 


Notas Finais


por favor, não me matem, nao quero ficar como o Ten. eu amo vocês. hehehe


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