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História Indefinido - Capítulo Seis: Eu Sinto Como Se Estivesse Me Afogando


Escrita por: alex_izuku

Notas do Autor


Por causa da quarentena estamos em um eterno domingo, então teoricamente o capítulo não está atrasado kkkk.
Tá, eu vacilei.

Oi gente!
Não se assustem com o título tá? A parte triste da fanfic ainda vai demorar para acontecer.
Bem, nesse capítulo vai ter o maior desenvolvimento do casalzinho, além de ter uma participação especial de alguém que gostamos muito.
Enfim, a música de hoje é I Feel Like I'm Drowning do Two Feet.

Ah, última coisa: MUITO OBRIGADO PELOS MAIS DE TRINTA FAVORITOS!! Eu nem sei como agradecer de tão quentinho que meu coração está.
Quando comecei a escrever nunca achei que chegaria nesse nível. Nem sempre tenho confiança nas coisas que escrevo e às vezes vem a vontade de desistir. Mas olhar para tudo que Indefinido está conquistando é a maior motivação que poderia receber.

Ok chega de choro...

Espero que gostem!!!

Capítulo 6 - Capítulo Seis: Eu Sinto Como Se Estivesse Me Afogando


Durante todo os dias da semana que se seguiu Eren não pode acreditar que tinha feito aquilo com Armin.

Caramba, eles realmente tinham ficado! Falaram de seus sentimentos (de forma bem superficial, mas falaram) e tudo mais, nossa, sua ansiedade batia só de lembrar dos beijos e dos toques. Aquele dia estava marcado a ferro em sua mente.

Naquele momento estava no seu quarto, depois da semana cansativa tendo as aulas finalmente seu pai tinha lhes dado uma folga, Zeke nem pensou duas vezes e pegou o primeiro voo para Marley para ficar com a namorada grávida. Enquanto si não tinha planejado nada para fazer a não ser jogar videogame. Bom, não é ruim para falar a verdade, jogar continua sendo um dos seus passatempos favoritos depois de fugir do castelo e furtar a cozinha.

Quando estava próximo de passar de uma fase particularmente difícil o telefone fixo que ficava no quarto tocou, o assunto e fazendo-o morrer para o chefão.

— Merda — Tinha vontade de gritar, mas se segurou e foi atender o telefone — Oi.

— Senhor Eren — Era o homem da portaria, sabia disso pois ele já presenciou muita de suas fugas, podia até considerá-lo um cúmplice — Um garoto que se apresenta como Armin Arlert gostaria de vê-lo.

… Como é?

— Ah, o deixe entrar, com passe azul — Olhou rapidamente para o quarto, estava bastante desarrumado, com pacotes de salgadinho e energético espalhados no chão e a cama um caos — E peça para alguém o guiar até meu quarto, por favor.

— Sim senhor — E desligou.

Sabe quando sua mãe sai, diz que é para lavar a louça e você enrola até que escuta ela no portão? Eren estava sentindo pela primeira vez uma sensação parecida.

Correu para pegar o lixo e jogá-lo na lixeira do banheiro, arrumou sua mesa de trabalho da forma mais apresentável que conseguia fazer em um minuto e organizou a cama toscamente, pegando o lençol e o colocando de qualquer jeito embaixo do travesseiro. Sua maior sorte era que a caminhada da portaria até a ala dos quartos demorava cinco minutos, então ainda deu tempo de passar um perfume e colocar uma roupa melhor do que seu pijama.

Tinha terminado de colocar a camiseta quando alguém bateu na porta.

— Pode entrar — O grito quase saiu alto demais por culpa do seu nervosismo misturado com adrenalina.

A porta abriu de um jeito que sua mente interpretou cinematográfico demais. O loiro estava de lado sorrindo e agradecendo o guarda que tinha o acompanhado, só faltava tocar Careless Whisper do George Michael para virar cena de filme. Para piorar Armin se virou para si e seu sorriso quase triplicou.

— Oi Eren — Se anjos existissem estariam fazendo um coro diante aquela beleza.

Tá, talvez estivesse levemente preocupado com sua saúde mental.

— Oi Armin, como você está? — Deu espaço para o Arlert entrar no quarto, murmurou um “obrigado” para guarda e fechou a porta.

— Relativamente bem, a semana foi um pouco cansativa — Sorriu — Às vezes parece que os professores querem que você tome no cu lindamente.

O loiro começou a andar pelo quarto, analisando atentamente cada centímetro do cômodo. Isso acabou deixando Eren nervoso.

— Não posso opinar muito sobre isso, professores particulares sempre são legais para ter o salário alto — A cama parecia um pouco convidativa, então andou até o móvel e se sentou — Está olhando o quarto a tempo demais, o que foi? Não gostou da decoração?

Um risinho saiu da boca de Armin.

— Hum, essa planta não combina com nada — Apontou para um vasinho, onde existia uma samambaia carinhosamente apelidada de Ernesto.

— Não é para combinar mesmo, o jardineiro apostou que não conseguia deixar uma planta viva por mais de um mês — Silêncio dramático — Ela tá ai a mais de dois anos.

A conversa seguiu monótona, existia uma coisa que os dois eram especialistas era jogar assuntos importantes para debaixo do tapete. Claro, lá no fundo de suas almas queimavam para prosseguir com aquilo que começaram na noite do baile, suas mentes às vezes se perdiam nas lembranças e seus corpos procuravam qualquer desculpa para se tocarem.

Naquele momento estava deitado na cama, enquanto o Arlert tinha se sentado na cadeira da escrivaninha e contava animado sobre sua faculdade. Mesmo sem querer Eren acabava ignorando e pensando nas mil coisas que poderia fazer se não tivesse a merda do seu orgulho lhe dizendo que era a vez de Armin tomar alguma atitude.

— Eren — Ele lhe cutucou — Sei que tava viajando pra Marte ou algo assim e não prestou atenção, então vou perguntar de novo: posso usar seu computador?

— Claro, a senha é um dois três — Sabia que o outro o estava olhando estranho — Não me julgue, senhas fáceis são mais difíceis para hackers.

— Vou fingir que não achei idiota — Apenas prestou atenção no barulho que o teclado do seu notebook fazia. Porra, o loiro apertava as teclas com força que dava certa pena no objeto inanimado.

Não demorou nem um minuto para a música I Feel Like I’m Drowning, do Two Feet, começasse.

— Armin o que você… — Tentou se levantar, mas os braços de Armin o empurraram para a cama de novo, o deixando sentado.

— Apenas uma coisa que devia ter feito desde que cheguei.

Sentiu sua mente virar mingau quando o Arlert iniciou uma dança na sua frente.

O que? Por que? Justo agora no momento que estava mais distraído.

Os movimentos do loiro eram impressionantes e fluidos, mexia a cintura ao ritmo da música, as mãos percorriam de forma quase superficial o corpo magro, ameaçando levantar a blusa por apenas provocação, e o rosto, puta merda, aquela expressão era a cereja do bolo.

No refrão a tensão (o tesão) poderia ser cortado com uma faca, Armin pareceu ter cedido a uma pressão interna, sentando no colo de Eren e fazendo seu pequeno show ali.

— Armin, e-eu… — Opa, parece que alguém acordou lá embaixo.

— Já está duro? Nem começamos direito — O tom aveludado foi pior que um tiro — Está querendo me tocar, né?

— Sim… — O loiro se aproximou da sua orelha esquerda, dando uma leve mordida que lhe arrancou um grunhido — Por favor...

A provocação era excitante, mas nunca tocaria no corpo do “amigo” sem permissão.

— Se aguentar até o final da música — Ah não, ele vai propor aqueles desafios de resistência  — Deixo você fazer o que quiser comigo.

Não tinha como ser pior.

Eren sabia que tinha uma resistência física boa, a caminhada que fazia de manhã e a academia a noite o deixavam de um jeito de dar orgulho. Porém quando se tratava de resistência sexual as coisas poderiam ir pelo ralo em questão de minutos.

Seria diferente dessa vez, aguentaria Armin rebolando em seu colo de forma provocante, os beijos leves e mordidas fracas que eram postar em seu pescoço maxilar e, principalmente, provaria tanto para si quanto para o Arlert que poderia se controlar.

Mesmo que próximo do último refrão estivesse vermelho, ofegante e suas mãos apertaram com toda a força o lençol macio de sua cama.

Só mais alguns segundos…

O loiro em uma última tentativa soltou um gemido, sim, um gemido, bem no seu ouvido, ele saiu baixo e quase imperceptível, contudo sua presença tinha evaporado quase toda a sanidade do Jaeger.

— Falta pouco — Falou aquilo mais para si do que para o outro.

Foi a maior vitória do dia quando os últimos acordes da guitarra soaram pelo quarto. Nem deu tempo para a próxima música começar e avançou para os lábios de Armin. As mãos também não perderam tempo e empurraram o loiro em direção a cama, arrancando um gemido surpreso dele.

O ósculo era apressado, necessitado, as línguas travavam uma batalha por dominância, se enrolando e desenrolando de um jeito quase agressivo, fazendo um filete fino de saliva escorregar pela bochecha do garoto que estava embaixo. 

— Eren… — O gemido saiu um pouco mais alto que o anterior — Você poderia… — As mãos brancas foram para a bainha de sua camiseta, tentando puxar.

Não respondeu com palavras, e sim tirou aquele tecido tão incômodo. Eren aproveitou e também tirou a blusa que Armin usava, jogando ambas para algum canto aleatório do quarto.

As coisas estavam saindo do controle rápido demais.

Mas não era como se eles se importassem.

A fricção criada pelos torsos desnudos causou arrepios. O Jaeger tinha um corpo invejável, forte na medida certa e moreno de forma tentadora. Por outro lado o corpo do Arlert não ficava muito para trás, ao contrário do que suas roupas pareciam mostrar ele tinha sim uma fisionomia forte.

Tudo em Armin parecia ser perfeito demais.

As bocas voltaram a se encontrar, dessa vez em um ritmo um pouco mais calmo e sensual.

Sabiam onde aquilo ia acabar. Eren nem se tocava que não tinha mais camisinha ou lubrificante guardados. Seu cérebro apenas raciocinava que estava em um momento quente com o loiro e que queria chegar até o final.

Só que eles eram azarados demais…

E alguém bateu na porta com força, quase derrubando.

— Merda — As batidas continuaram — Mil vezes merda.

Se levantou na base do ódio, nem ligava que estava sem camisa, com cabelo desarrumado e com cara de quem mataria até o homem mais forte da humanidade.

Bem, falando nele.

— Preciso falar com aquele seu amigo — Era Levi, a pior pessoa possível que poderia atrapalhar.

Sabe aquele papo de matar até o homem mais forte? Esqueça.

— Senhor Levi?! — O universo era cruel.

— Não Eren, sou apenas uma ilusão da sua cabeça idiota — Silêncio — É claro que sou eu!

— A-ah, o que faz aqui? — Encostou o cotovelo no batente, tentando cobrir a visão do baixinho.

Em uma rápida espiada notou que o Arlert se levantou e procurava sua blusa desesperadamente.

Merda merda merda…

— Está surdo por acaso? Falei que preciso conversar com aquele amigo seu — Não demonstre desespero.

— Que amigo? — Sério que usou aquela pergunta? Tinha quantos anos? Cinco?

— Porra Eren, eu sei que vocês tavam se pegando — Entrou no quarto como um furacão, quase levando o braço de Eren junto — Não sou burro igual você.

Ai, aquilo machucou.

A pouca sorte que eles tinham foi usada para Armin encontrar a sua blusa, a colocando quase de imediato.

— Se-senhor Levi! Como vai a vida? — O loiro obviamente estava nervoso também.

— Sem esse papo pra cima de mim — Puxou os dois jovens pelo braço até o sofá do quarto, jogando eles sem a mínima delicadeza. O Jaeger sentia que sua morte estava vindo — Anda, me falem, o que vocês sabem sobre sábado passado?

Um estalo ecoou pela sua mente.

É, eles iam morrer mesmo.

— Eu não sei do que… — Eren não foi interrompido por Levi, e sim pelo Arlert.

— Eren, não piora as coisas, por favor — Inconscientemente suas mãos se apertaram, tentando transmitir segurança — Nós vimos você e Erwin no jardim sábado.

Silêncio, Eren odiava silêncio.

— Sabia que você era a parte inteligente do casal — Nem tinha como discordar disso — Ótimo, já que não vou precisar arrancar a verdade vamos direto ao assunto…

O Ackerman resumiu os acontecimentos dos últimos meses, disse que conheceu Erwin Smith em uma confraternização que teve dos oficiais de segurança que aconteceu a mais de um ano. Eles saiam como amigos, as coisas evoluíram e começaram a namorar.

Aquilo era bizarro! Levi estava contando da sua vida pessoal sem um pingo de arrependimento na voz.

— … Eu preciso da ajuda de vocês — Pronto, era só o que faltava, o baixinho rabugento estava pedindo ajuda — Quero achar a merda daquela fonte, só que consultei vários mapas do palácio e não achei nada.

O Jaeger parou para pensar, as fontes do palácio eram famosas por vários motivos, dizem que a do jardim da frente realiza desejos, as três do de trás davam boa sorte e as duas da lateral traziam dinheiro e sucesso.

— Tem uma fonte — Armin começou a falar — É só uma lenda bobinha, mas falam que qualquer jura de amor se torna eterna se feita na frente dela.

Franziu o cenho.

— É uma preta com dois anjinhos? — Se arriscou a perguntar.

— Bate com a descrição que o Erwin me deu — O Ackerman respondeu.

As fontes do palácio eram todas em mármore cinza decoradas com com desenhos espirais, variando apenas de tamanho. 

Menos uma.

O palácio, além de ter passagens secretas, tinha um jardim escondido, às vezes Eren ia lá para desenhar ou apenas passar o tempo. Se lembrava nitidamente de uma fonte preta que estava presente até em um dos seus desenhos.

Na epifania de ideias levantou, assustando Armin que estava quase encostado em si, e correu até a escrivaninha, puxando o seu caderno. Acertou de primeira a página onde o desenho estava.

— Armin, pode contar um pouco mais daquela lenda. — O tom autoritário e confiante espantou um pouco Levi.

— Certo — Mas o Arlert conversava quase diariamente com o moreno, então tinha conhecimento desse lado — Dizem que foi construída pelo último Fritz no governo, ele a fez em homenagem a sua mulher morta. Outras versões dizem que na verdade ele tinha um romance escondido com um soldado e lá era seu local de encontro, por isso construiu a fonte para lembrar onde ficava.

— Eu achei um jardim durante uma fuga — Leve mentira, não foi durante uma fuga e sim explorando as passagens — Sempre achei estranho o fato da fonte de lá ser a única escura de todo o palácio.

O caderno foi posto na frente de Levi, que em um raríssimo momento mostrou alguma emoção.

— É ela — Reassumiu sua pose de mandão — Me mostre onde fica, agora.

Talvez não seja uma boa ideia mostrar para o chefe da segurança as passagens secretas, e consequentemente suas rotas de fugas.

Mas cara, Levi queria realmente mostrar esse lugar para alguém que amava.

Um sentimento que Eren estava começando a entender por causa de Armin.

Continua...


Notas Finais


Olá de novo

Curiosidades de sempre:

1 - Pesquisando um pouco descobri que algumas famílias reais usam um sistema de passe para os convidados. Por motivos óbvios Armin tem o passe azul, que seria algo como "total acesso ao palácio sem a companhia de um guarda".

2 - a fanfic tem algumas pequenas inspirações em Game Of Thrones, e naquela porra a maioria dos castelos e fortalezas tinham passagens secretas, por isso trouxe para a estória.

É isso, se quiserem ler uma one shot eremin fofinha eu escrevi uma esses dias (a principal culpada do atrasado kkkk) que se chama Como Girassol: https://www.spiritfanfiction.com/historia/como-girassol-18948894

Espero que tenham gostado e vejo vocês no próximo domingo 💕

Two Feet - I Feel Like I'm Drowning: https://youtu.be/x9--4fqRCek

P.S: comentários motivam o autor.


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