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História Independent Woman - Shikasaku - Ride


Escrita por: _Cerise

Notas do Autor


Oii, gente!

Esse capítulo foi beem intenso de se escrever.

Espero que vocês gostem! 💖

ps: A música usada no capítulo é Ride da Lana del Rey

Capítulo 8 - Ride


Fanfic / Fanfiction Independent Woman - Shikasaku - Ride

Eu ouço os pássaros na brisa de verão, eu dirijo rápido

Eu estou sozinha à meia-noite

Tenho tentado muito não entrar em problemas, mas eu

Eu tenho uma guerra em minha mente

Então, eu apenas sigo em frente

 

Durante toda a nossa vida ouvimos coisas demais e vivemos mais dores do que desejaríamos, mas no fim, é  exatamente tudo isso que constrói quem nós somos. 

São os nossos traumas que determinam as barreiras que construímos ao longo da nossa vida, e é tudo aquilo que ouvimos por aí que se torna as nossas verdades, as nossas crenças, basicamente a única coisa que temos para nos agarrar quando não resta mais nada. 

Eu já tinha vivido o suficiente para saber que amar e se apegar a alguém não é uma boa ideia. As pessoas se vão e, no fim, tudo o que temos é apenas a nós mesmos. 

É cruel, mas essa é a verdade. 

Quando mais cedo entendemos que estamos sozinhos nessa vida e que nós devemos lidar com os nossos problemas sem esperar que alguém tenha piedade de nós e venha resolvê-los, melhor.

Depois de anos vivendo por conta própria, decidi abrir a guarda e permitir que alguém entrasse em minha vida. Eu compartilhei os meus sonhos, receios, fraquezas e alegrias com o Obito. Para no fim, descobrir que aquele que eu achava estar me ajudando, na verdade, só estava me causando ainda mais danos. 

E dessa vez, eu não tinha certeza se conseguiria fazer a minha vida voltar ao normal…

Bem, eu ainda tenho as minhas conquistas pelo menos. 

E essas com certeza têm a ver com uma das muitas que coisas que eu ouvi por aí, não diretamente, claro. Mas desde pequenos aprendemos que o nosso valor é medido por aquilo que somos capazes de fazer. 

O aluno que recebe a aprovação da professora é aquele que tem as melhores notas. A criança que se torna o orgulho dos pais é aquela que consegue fazer mais coisas sozinhas. O funcionário que se destaca é aquele que faz mais pela empresa não importando o quanto de sua vida pessoa seja sacrificada.

Se você realmente quer provar que é capaz e que tem algum valor diante dos outros, mostre a eles tudo aquilo que você conquistou. É assim que mostramos o que somos. Apenas ser não é o bastante. 

E se não nos destacarmos, passamos despercebidos e seremos apenas mais uma qualquer no pessoa no mundo… Exatamente tudo o que não queremos.

As pessoas querem ser reconhecidas e admiradas, queremos provar que não somos meros impostores e que merecemos o nosso lugar no mundo. E nessa incessante busca por se destacar e ser o melhor vivemos em uma árdua competição contra tudo e contra todos.

Tudo isso nos faz acreditar que se conseguirmos realizar todas as nossas metas e fazer mais do que todos a nossa volta, seremos um grande sucesso. 

Eu tentei ser o orgulho da minha mãe, me tornei a melhor aluna, me formei com honras em uma das melhores universidades do mundo, fiz o que pude para ser a noiva perfeita para Obito Uchiha e faço impossível para ser a melhor do meu ramo… Mas porque ainda assim, eu não me sinto feliz como deveria?

Será que ainda não sou boa o bastante? 

O que mais eu preciso fazer ou conquistar para ser feliz?

Já ganhei prêmios, participei das melhores contas de marketing do país, sou uma das profissionais mais importantes na minha área, no entanto, nada disso importa. 

Todo dia que eu volto para casa não há ninguém lá, todos os que eram importantes se foram e, bem, aqueles que restaram não conhece esse meu lado. Eles me admiram e me acham brilhante, porém, eles não sabem que, no fundo, eu não passo de uma grande fraude. 

Eu não sou a melhor, muito menos a mais inteligente e tudo o que eu conquistei na minha vida, por mais que me gabe que foi porque eu fiz tudo sozinha, isso não é verdade. Se eu cheguei aonde eu estou hoje é por causa do Obito. 

Só consegui estudar nas mais renomadas instituições porque ele me ajudou e, se eu me dou bem no mundo dos negócios, é porque eu aprendi tudo com ele. Céus, até o meu emprego, que eu me orgulho tanto, tem dedo dele! Se ele não tivesse me apresentado ao Kakashi eu não estaria aqui.

Por mais que eu tente me convencer de que tudo isso é por mérito meu, que foi eu quem conquistei e que eu sou digna disso, no fundo, eu sei que isso é uma grande mentira. Existe muitas pessoas mais competentes do que eu. 

O Naruto e a Ino poderiam fazer exatamente a mesma coisa que faço e serem ainda melhor do que eu. Sinceramente, às vezes acho que o Kakashi apenas me escolheu para substituí-lo para agradar o Obito. 

E aqui estou eu novamente lutando para uma presidência que eu claramente não mereço. 

Lógico que não tenho dúvidas de que a mereço muito mais que o Neji, afinal, aquele lá não passa de um mal caráter. Mas certamente não a mereço mais do que o Shikamaru, ele sim deveria ser o presidente, ele é um preguiçoso, mas admito que quando é necessário, ele até que consegue se esforçar bastante. 

Porém, algo em mim não me deixa desistir disso. Porque, se dessa vez eu conseguir esse cargo, será porque eu mereço, será por mim e não porque foi algo que o Obito quis e me ajudou. Será por mim, será porque é um sonho meu.

E, bem, nada me faria mais feliz do que saber que posso ser a sucessora de umas das mulheres mais incríveis que já conheci, a senhora Tsunade. Então sim, eu irei lutar por isso, assim como eu sempre fiz na minha vida para tentar ser alguém digna, alguém que merecesse estar aqui. 

Desde o começo da semana em que chegamos às ilhas Fiji, estava dando o meu melhor para avançarmos o quanto antes nas negociações para iniciarmos o nosso trabalho de fato. 

— É, Sakurinha, tenho que admitir, você é a melhor — Hidan disse assim que terminou a reunião para fecharmos a assinatura dos contratos de trabalho com o Grupo Morino. 

— É, eu sou — falei com a voz confiante, mas no fundo, sabia que aquilo não passava de uma grande mentira.

— Quero ser pra sempre o seu parceiro de negociações. Deus que me livre de estar do lado contrário, você é feroz, Haruno. 

— Quando necessário, sim — respondi sem muito interesse. 

— Bem, com esse contrato de exclusividade que você conseguiu para a Senju, você avançou muitos pontos na corrida para a presidência. Aliás, por falar nisso, me diga que você não brigou com o Nara, a gente não pode perder o apoio dele, sabe disso. Se ele ficar do lado do Neji, a gente está ferrado.

— Ele não vai se aliar ao Neji, fica tranquilo. — Mesmo comigo tentando tranquilizá-lo, Hidan me olhou desconfiado e ele tinha toda a razão para isso. Afinal, era visível que as coisas entre a gente não estava nada bem. — Vou ao banheiro bem rápido e já volto para a reunião por vídeo chamada com o restante da diretoria. 

Saí da sala de reunião do Resort Morino assim que pude sem nem olhar para trás. Quando cheguei ao banheiro, meu olhos foram direto para o espelho e ali olhando a minha imagem, tudo parecia tão bem. 

Eu parecia tão confiante, tão segura e tão feliz… Mas a verdade é que estou cansada e exausta.

Eu estava conseguindo tudo aquilo que eu queria. A fase da assinatura de contratos foi um sucesso e só com isso, eu já conseguiria uma boa vantagem para assumir a presidência.

Eles dizem que eu sou a melhor, mas não sabem de todas as noites em claro que eu passo, nem do nervosismo e do medo que eu enfrento a cada reunião. 

Talvez eu devesse me conformar em levar uma vida mediana, ser apenas mais uma profissional, uma até boa, mas não muito extraordinária. A Sakura de alguns anos atrás provavelmente acharia essa uma ideia absurda, mas hoje, eu me olho no espelho e me pergunto se tudo isso tem valido a pena?

O Obito gostava de dizer que o topo é solitário e que o sucesso é para poucos. Ele só não me disse que ser bem sucedido não era o mesmo que ser feliz e que estar sozinho é cansativo. 

Lutar por si só o tempo inteiro, cansa. 

Chegar em casa exausta e não receber um sorriso amigo, cansa. 

Não ter ninguém para dividir aquilo que sentimos, cansa. 

Não receber nenhum incentivo e nenhum apoio, cansa. 

Saber que não teremos alguém ali por nós se tudo desabar, cansa. 

E eu já estou tão cansada…

Pelo reflexo do espelho, conseguia ver a minha maquiagem toda borrada por conta das lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Olhei o relógio e vi que não tinha muito tempo, eu precisava me recompor o quanto antes e voltar para a segunda reunião. 

Limpei as lágrimas, coloquei o meu melhor sorriso no rosto e voltei com a mesma confiança de antes. Shikamaru e Shino já haviam chegado e conversavam animados com o Hidan sobre o sucesso que havia sido a assinatura dos contratos. Assim que me viu entrar na sala, o Nara mudou a sua expressão e desviou o olhar, eu apenas engoli a seco e caminhei para me sentar ao lado do Hidan. 

E essa era apenas mais uma das muitas provas de que não se pode confiar em alguém. Eu esperava que ele pudesse me apoiar nessa disputa pela a presidência, e claro que não era só por razões políticas, porque isso nem faria tanta diferença. 

Quando conversei com ele fiz parecer que esse era o motivo, no entanto, a verdade é que eu só gostaria de ter alguém que confiasse e acreditasse em mim ao meu lado. Shikamaru era essa pessoa. Desde que entrei na Senju, ele sempre reconheceu o meu potencial e era uma das únicas pessoas que de fato me respeitavam. 

Com ele eu não precisava me revestir de toda aquela barreira de auto proteção, ele não queria me ferir e nem me atacar, por mais que tivéssemos os nossos desentendimentos existia muito respeito e admiração mútua entre nós. Porém, assim que chegamos às ilhas Fiji ele simplesmente surtou. 

Desde o ocorrido, Shikamaru estava me evitando a todo custo e eu não conseguia entender o porquê disso, afinal, deveria ser eu a ficar brava. O Nara gritou comigo sem motivo algum me acusando de estar o usando como um brinquedinho e nem me deu a chance de me defender. 

Receber uma acusação tão sem fundamento como essa me doeu muito, porque eu sei o quão ruim é ser usada por alguém para que essa pessoa alcance os seus próprios objetivos e eu jamais seria capaz de fazer isso, principalmente com ele…

Porém, isso só não doeu tanto quanto saber que, mais uma vez, eu estou sozinha. 

— Hidan, poderia fazer a apresentação para a Tsunade sobre os contratos? — perguntei para ele. 

Em geral, detestava delegar as coisas, eu tenho a nociva mania de querer fazer tudo e achar que as outras pessoas não são capazes de fazer com a mesma competência. Entretanto, hoje eu queria ter apenas um momento para, sei lá, tentar relaxar um pouco. E uma apresentação para Tsunade com o Neji me bombardeando de perguntas, somado aos olhares de desprezo do Shikamaru, é tudo o que eu menos preciso agora. 

— E você vai perder a chance de se promover para a Tsunade e deixar o Neji se corroendo de inveja com a sua competência? — ele perguntou de volta. 

— Somos um time, Hidan. Não adianta eu sozinha impressionar a Tsunade, tenho que provar que a equipe que estará comigo é a mais competente. Ela tem que ver que o meu diretor financeiro é o melhor — falei torcendo para que parecesse mais uma estratégia do que uma simples desculpa.

— Você tem toda a razão, Sakurinha. Deixa comigo! — ele concordou animado e foi ajustar os últimos detalhes técnicos. 

Observei Shikamaru que estava sentado praticamente na minha frente e quando os nossos olhares se encontraram, ele me olhou com tanta decepção e desprezo que chegou a me doer. 

Eu sei que sou uma pessoa complicada e entendo perfeitamente que ele não me queira por perto, mas isso não lhe dá o direito de achar que eu seria capaz de lesá-lo de alguma forma. Eu posso ser muitas coisas, mas mau caráter é algo que eu não sou. 

Não tenho controle sobre a maioria das coisas que estão me angustiando, mas quanto a isso eu posso fazer alguma coisa. No final, dessa reunião eu vou esclarecer as coisas de uma vez por todas, e se ele quiser continuar me odiando, ótimo! Pelo menos vai me odiar tendo consciência de que eu não sou a bruxa que ele pensa.

Logo a reunião começou e Hidan fez a apresentação de tudo o que conseguimos por aqui. Tsunade estava vibrando de alegria já que a Senju não só lucraria muito, como também seria muito beneficiada com a nossa negociação. Confesso que ver o Neji se corroendo de inveja ao seu lado estava sendo algo muito divertido, definitivamente era o ponto alto do meu do dia.

Entretanto, eu mal prestava naquilo que Hidan falava pois volta e meia me pegava encarando o Shikamaru, e ele fazia exatamente o mesmo. 

— Então é isso. O que acham de fazermos um lanche? — Shino sugeriu assim que a reunião acabou. 

— Não vai dar, marquei uma reunião com o Gaara e o restante da minha equipe em 10 minutos — Shikamaru respondeu. — Quero saber como as coisas estão. 

— Credo, Shikamaru! Você está paranóico que nem a Sakura, ela que acha que tudo vai dar errado se  não estiver lá controlando tudo — Naruto comentou e eu lancei um olhar raivoso em sua direção. 

— Não se preocupe, Naruto, a última coisa que eu vou ser nessa vida é alguém como a Sakura. — O seu tom foi o de puro desprezo e eu não conseguia mais controlar a minha indignação.

Ele ia ouvir tudo o que eu tinha para falar e seria agora. 

— Eu tenho que estudar uns relatórios, o lanche fica para uma próxima — respondi o convite do Shino.

— Então, está bem, bom trabalho pra vocês! Vamos? — ele chamou Naruto e Hidan que logo saíram atrás dele, deixando apenas eu e o Nara na sala de reunião. 

Shikamaru começou a se organizar para a reunião com a sua equipe ignorando completamente o fato de que eu ainda estava ali. 

— Shikamaru — chamei para que ele me olhasse. 

— Hm — ele apenas murmurou sem nem se virar para mim.

— A gente precisa conversar. 

— É sobre alguma coisa profissional urgente? — perguntou friamente

— Não…

— Então não temos sobre o que conversar, Haruno. 

Droga, por que ele tinha que ser tão teimoso?

— Você tem que me escutar — falei me levantando e indo até onde ele estava. 

— Tenho? — Ele me olhou com o cenho franzido. 

— Quando você quis falar, eu te escutei, não escutei? Então, agora eu peço que você também tenha a consideração de me ouvir.

— Seja rápida. — Ela falou cruzando os braços e encostando o corpo na mesa. 

Respirei fundo tentando tomar coragem para o que iria dizer em seguida. Eu poderia fazer um discurso bonito e racional, mostrando o quão precipitado ele estava sendo, que não tinha motivos para achar que eu apenas estava brincando com ele… Mas até disso eu já estou cansada. Então, simplesmente vou deixar claro tudo o que eu estou sentindo e, sinceramente, não dou a mínima pro que ele vai pensar.

— Eu menti pra você.

— Além de tudo ainda é uma mentirosa… — ele falou ironicamente. — Nem estou surpreso. 

— Mas eu tive os meus motivos. — Isso está sendo ainda mais difícil do que eu pensei. 

— Ah, eu imagino que teve. A presidência. É tudo isso o que importa para você! Você traça uma meta e faz tudo para poder alcançá-la, não importa por cima de quem você tenha que passar. Você simplesmente não dá a mínima pro que os outros podem sentir! Desde aquele dia na sala da senhora Tsunade, você vem tentando me seduzir, me enganar e se aproximar de mim, só para que eu te ajude a conseguir o cargo.

— Uau… — Ouvir tudo aquilo estava sendo um baque muito maior do que eu pensava e eu não pude evitar que as lágrimas se formassem nos meus olhos. — Então é isso que você pensa de mim? — Não demorou muito para que o choro começasse. 

— Olha, Sakura, não precisa chorar. Eu não vou cair nesse seu jogo… — seu tom se abrandou um pouco. 

— UM JOGO?! Então você acha que tudo isso não passa de um jogo? — falei com a voz completamente descontrolada por causa do choro. — É engraçado você dizer que eu não me importo com as pessoas, quando é você que ignora completamente o sentimento dos outros. Eu sei que eu tenho muitos defeitos e que eu não passo de uma problemática pra você… Mas eu não sou a megera que você pensa.

— Você não é só uma problemática para mim, Sakura… E, olha, eu não penso tão mal assim de você. Eu só não quero me envolver nessas suas tramas. Você já vai ter a presidência de todo o jeito, você é a mais capacitada e a Tsunade estaria louca se não te escolhesse. Você não precisa transar comigo ou tentar se aproximar de mim tentando me fazer gostar de você para que eu te apoie.

— Peraí… Você acha que eu transei com você e me aproximei de você apenas para te manipular? — Ele me olhou como se a minha afirmação fosse óbvia. — Pelo amor de Deus, Nara, como você pode pensar algo assim?

— Você só se aproximou de mim agora e todo aquele apoio no avião…

— Eu só me aproximei agora porque há seis meses atrás eu ainda estava noiva! — Só de me lembrar desse fato foi o suficiente para que eu chorasse ainda mais. — Eu já te disse que você é especial para mim, você é uma das únicas pessoas que me apoia de verdade, eu realmente quero o seu apoio e não é só por política e jogo de interesse…

— Então por que você disse tudo aquilo e só não falou a verdade? — Ele finalmente parecia estar aberto para me ouvir, por isso, resolvi me abrir de uma vez. 

— Porque estou cansada. — Cobri meu rosto com as mãos assim que o choro se intensificou. — Droga, Nara! Eu não aguento mais ter que lutar sozinha, não aguento mais ter que fazer um esforço sobre humano e sentir que nada disso é suficiente. Eu só não estou mais aguentando tudo isso… Sei que você deve olhar pra mim e  achar que tudo isso é muito fácil, mas não é! Só eu sei o quanto tudo isso dói e o quanto me custa.

Sua feição não transmitia mais raiva ou indiferença, ele parecia realmente interessado em entender o que eu estava sentido…

— Não precisa me olhar com pena, Nara, não é disso que eu preciso. Quando eu pedi o seu apoio eu fiz parecer que era apenas uma estratégia porque eu achei que assim seria mais fácil de te convencer. Afinal, por que você iria apoiar alguém que é fraca e que precisa de ajuda? Mas a verdade é que eu pedi o seu apoio porque eu queria ter alguém ao meu lado que acreditasse e confiasse em mim, que me encorajasse, que iria me ajudar se eu precisasse e que não queria o meu mal

Realmente, tudo o que eu queria era não me sentir mais tão sozinha, no entanto, como poderia pedir isso a ele?

— Você é uma pessoa muito boa e eu fui errada em esperar isso de você. Você não tem que fazer nada por mim — continuei. — Eu sei que eu errei e você tem todo direito de não me querer por perto porque eu não mereço nada disso, mas por favor, não pense que eu sou uma megera. Eu não transei com você pra te seduzir e sim porque eu me sinto atraída por você, e se eu me aproximei é porque eu me sinto bem ao seu lado. Mas esqueça tudo o que aconteceu, vamos manter a nossa relação apenas para coisas profissionais urgentes. 

De repente, ele quebrou a distância entre nós e me abraçou passando um braço pela minha cintura e levando a outra mão até o meu cabelo fazendo um leve carinho. E apesar de todos o estresse, eu me senti tão bem nos seus braços...

— Eu sou um idiota mesmo… — ele falou mais para ele do que para mim. — Me desculpa, Sakura. Você é uma pessoa incrível e não é traço de fraqueza querer apoio, você poderia ter me dito… Isso não iria mudar em nada o fato de você ser a mulher mais forte e determinada que eu conheço. — Ele desfez o abraço e segurou o meu rosto para olhar em meus olhos. — Eu entendi tudo errado… Eu não sei onde eu estava com a cabeça. Eu fiz uma confusão que você nem imagina. 

— Mentes brilhantes tendem a ser um pouco paranóicas, Shikamaru — falei bem mais calma agora que o choro havia cessado.

— Coloca paranóica nisso… Escuta, acho que a gente deveria conversar melhor, eu também preciso falar algumas com você, mas agora eu tenho reunião com o Gaara e o restante da equipe. 

— Ah, certo, fica para depois então. — Me afastei dele pegando as minhas coisas para deixar a sala livre para ele. 

— Sakura — ele me chamou quando eu já estava abrindo a porta para sair —, aceita jantar comigo hoje?

— O que? — perguntei quase não acreditando no que tinha ouvido. 

— É… tipo, só eu e você. A gente pode pedir para servir o jantar no meu quarto ou no seu, sabe? É bom que a gente pode conversar logo e não ficar adiando as coisas para não ter o risco de termos mais mal entendidos…

— No seu quarto às 20 horas — disse animada. 

— Certo… Até mais!

— Até… — falei abrindo a porta e quando já estava quase saindo me lembrei de uma última coisa. — Shikamaru — chamei atraindo sua atenção —, você também sempre foi muito mais do que só um preguiçoso genial pra mim. 

 

Não me deixe agora

Não diga adeus

Não dê as costas

Me deixe protegida

 


Notas Finais


Então, o que acharam de entender um pouco do que se passa com a Sakura e ter mais do ponto de vista dela?
Será que o Shika já deu uma amolecida?
O que vocês acharam? Ansiosxs para o próximo?

Obrigada pela leitura!


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