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História (In)destinados - (Imagine Jungkook) - Ligações incertas


Escrita por: wishful e gookook

Notas do Autor


Olha quem tomou vergonha na cara e decidiu atualizar a fanfic?

Me desculpem a demora, eu estou em um caos na minha vida.

Dêem graças a esse capítulo ter saído por causa do BTS, eu fui no show dos meus amores e isso serviu de inspiração para escrever(fora as pessoas que estavam puxando minha orelha para escrever logo ahsuhausus)

Enfim, espero que gostem do capítulo, tentarei não demorar para postar o próximo❤

Capítulo 16 - Ligações incertas


Fanfic / Fanfiction (In)destinados - (Imagine Jungkook) - Ligações incertas

De alguma maneira olhar aquele mulher parada em frente ao portão me remeteu a um sentimento de nostalgia. Parecia já ser alguma conhecida minha, mas eu ao menos sei seu nome, então descartei a possibilidade de já a conhecer.

— Falar comigo? Me desculpe, mas eu nem te conheço. — Tomei atitude para dizer algo.

— Eu sei, por isso quero conversar contigo. Há muitas coisas que precisamos resolver. — Disse 

Jeon parecia pensar assim como eu, já que seu olhar estava perdido. O olhei fixamente, ele voltou seus olhos a mim também e silenciosamente eu pedi ajuda, mesmo sem usar palavras ele entendeu.

— Pois bem. — O moreno pigarreou. — A decisão é sua, S/N. Se quiser falar com ela vá em frente, se não quiser somente deixaremos isso de lado. — Me deu as opções, mas isso ainda me é confuso. Ao mesmo tempo que quero falar com ela e saber do que se trata, sinto que a melhor opção era entrar em casa e esquecer disso, já que podia ser problema.

Mas minha curiosidade é teimosa.

— Tudo bem, vamos conversar. — Dei minha resposta.

— Muito bem. — Ela sorriu. — Posso te levar a um café? Quem sabe assim se sinta mais confortável. 

 — Somente se Jungkook for junto. — Dei minha condição.

— Claro, tudo bem. Isso também o envolve de certa forma, será bom. — Ela continou sorrindo. 

Jungkook optou por pedir um táxi, e assim fomod até um café ali por perto. Assim que entramos escolhemos uma mesa afatada para ter uma conversa mais privada. Antes de começar pedimos três cafés, então enquanto esperávamos ela começou a conversar conosco.

— Antes de tudo, eu peço compreensão de vocês dois. Não é uma notícia das mais fáceis de se aceitar. — Começou. — Eu queria que fosse mais fácil falar sobre, mas é realmente complicado lidar com assuntos assim. 

Alice, mordia constantemente o lábio, nervosa. Sentia sua tensão de longe, mas ela tentou continuar de qualquer maneira.

— Eu estive no orfanato há algumas semanas, atrás de minha filha. Por alguns motivos tive que a deixar lá, mas recentemente as coisas melhoraram e fui em busca de tentar a ter de volta. — Queria saber logo onde ela quer chegar, e sinto que não é nada bom. — A diretora de lá, Srta.Lee, me contou que ela tinha sido adotada não fazia muito tempo. E então ela me disse quem a adotou e comecei a procurar sobre... e então vim parar aqui. — Nos olhou tensa, apertando seus dedos na palma da mão, que estava em cima da mesa. 

— Com licença, seus pedidos. — O clima foi cortado pelo garçom servindo nossos cafés. Agradecemos e dei um gole na minha xícara. 

— A diretora de lá, me disse que ela havia sido adotada não fazia muito tempo. E então ela me passou as informações sobre a adoção, eu passei alguns dias pesquisando sobre e então... vim parar aqui com você, S/N. — O café parou na garganta, não consegui engolir, só o que fiz foi a olhar em confusão total.

— Onde quer chegar? — Jungkook perguntou querendo apenas confirmar o que já entendemos com seu discurso. Por baixo da mesa senti seus dedos procurarem minha mão, e então ele a apertou com força quando Alice confirmou.

— Que S/N é a filha que procuro. — Suspirou nos olhando com a culpa aparente no rosto. Os segundos que se seguiram foram de total e completo silêncio, torturante e cortante.

— Então, depois de anos você aparece. — Soltei o ar pelo nariz e ri sem achar nada divertido. — Eu já sou quase uma adulta e você aparece assim, eu finalmente tenho uma casa e alguém na minha vida e você chega assim? — Deixei o copo de café na mesa sem mais vontade de tomar uma gota.

— Eu sei, me desculpe. — Baixou sua cabeça grunhindo baixo. — Não tenho o direito de aparecer assim de repente, eu demorei semanas para vir te contar isso por medo, sabia que sua reação não seria boa. — Confessou.

— Se sabia não devia ter vindo. — Pousei a mão na mesa com força, a fazendo erguer a cabeça e me olhar. — O que quer com isso? 

— Eu não queria agir como uma covarde e me esconder pelo resto da vida. — Me olhou fundo nos olhos. — Eu queria poder conversar com você pelo menos uma vez, ver como cresceu e agora é uma linda menina. — Seus olhos se encheram d'água.

— Não tente apelar para o emocional depois de abandonar uma criança em um orfanato. — Ri irônica, com raiva transparecendo.

— Calma. — Jungkook trouxe nossas mãos juntas para seu colo, fez carinho na minha pele com seus polega. — Vamos escutar os motivos dela ter feito o que fez, eu sei que isso tudo é confuso para você, mas tente se acalmar. — Pediu de um jeito carinhoso demais para que eu negasse, então suspirei e soltei tensão presa nos meus ombros.

— Se explique. — Pedi. — Me diz porque fez o que fez e está aqui hoje.

— Bem, é uma longa história mas eu vou resumir como posso. Eu engravidei cedo, mas mesmo assim eu e seu pai seguimos em frente com a gravidez. Quando você ainda tinha poucos meses ele veio a falecer, sua família não me ajudou com nada e sozinha eu não tinha condições de criar você. Tentei de tudo, mas no final, quando em nem mais podia alimenta-la todo dia, a deixei no orfanato sabendo que lá teria o que precisava para crescer bem. — Suas palavras não estavam me convecendo, mesmo assim continuei a escutar. — Eu sei que nenhuma desculpa é o suficiente, mas foi o que pude fazer na época. Me perdoe, sinceramente. — Pediu baixando mais uma vez a cabeça.

Nos minutos seguinte não fui capaz de dizer mais nada, mas minha cabeça trabalha a mil. De repente chega uma desconhecida no portão de casa, pede para conversar e então diz que é minha mãe. Informação demais para um dia só.

— E tem algo mais que acho que deveriam saber, isso envolve você, Sr.Jeon. — Olhou para Jungkook um pouco menos temerosa. — De algum jeito vocês parece estar ligados. 

— Ligados? — Ele questionou.

— Quando a diretora me deu o nome de quem a adotou, eu sabia que conhecia o sobrenome. Pesquisando e lembrando da família de meu marido, eu descobri que vocês dois são parentes distantes, talvez primos de algum grau, mesmo assim estão ligados de alguma forma. — De todas as informações do dia aquela foi a pior de digerir. 

Eu e Jungkook, parentes? O homem que eu amo e namoro pode ser meu primo de algum grau? Meu corpo ferve como louco ao imaginar que estávamos metidos em um incesto real.

— Do que está falando? Isso é impossível, sinceramente. — Jungkook soltou desacreditado.

— Não, veja bem. O pai de S/N era primo de sua mãe, mesmo que quase inexistente pela distância de parentesco, existe uma ligação entre vocês. — A mulher passava suas orbes por nós dois em busca de uma reação. — Depois que eu soube do seu sobrenome fui atrás das informações, e então tive certeza. Parece destino a maneira como se encontraram.

Destino

A palavra que eu jurava estar a meu favor por trazer Jungkook para minha vida, agora parece estar tirando sarro da minha cara. Eu não sei o direito nem o que pensar sobre tudo que ouvi até agora.

Depois dessa revelação que Alice fez, eu e Jungkook ficamos extasiados, não sabíamos o que fazer então só continuamos a escutar a fala da mulher a nossa frente. Depois de muita explicação e conversa que não me aprofundei por estar com o pensamento longe, ela decidiu ir embora quando percebeu que precisávamos de um tempo para diregir as informações tão novas.

— Me desculpem ter incomodado. — Fez uma pequena reverência. — Eu espero que possamos nos encontrar mais vezes, S/N. — Sorriu doce para mim, mas não foi retribuída.

— Vamos fazer uma teste de DNA. — Jeon disse chamando nossa atenção. O olhamos e ele parecia tenso. — Eu quero ter a certeza que podemos acreditar em tudo o que disse. — Focou o olhar em Alice.

— Tudo bem. — Ela sorriu apenas repuxando os lábios. — Faremos isso. Fique com o meu contato e me avise quando quiser. — Ela tirou um cartão da bolsa e nos entregou.

Alice Miller

Pelo o que li, ela é administradora de um negócio de produtos de beleza. Jeon guardou o cartão no bolso da calça e suspirou também se levantando. Depois de se despedir Alice foi embora, enquanto nós dois pegamos outro táxi para voltar para casa. 

 O caminho foi tenso e silencioso, assim que chegamos em casa sentamos no sofá, sabíamos que precisávamos conversar.

— Isso pode ser só um grande mal entendido, não é? — Jungkook quebrou o silêncio que estava me deixando louca. 

— Eu sei. — Soltei o ar com força. — Mas... e se for verdade? E se tivermos mesmo... um laço sanguíneo Jungkook? — Eu estava assustada com tudo isso. 

— Eu não sei... mas pelo o que ela disse é um laço distante. Não precisamos nos preocupar tanto, não é?  — Disse me encarando pela primeira vez. — Eu acho que isso pode apenas nos fortalecer se soubermos lidar. — Senti seus dedos finos segurando a pontinha do meu queixo, me fazendo o olhar, e ele percebeu meu olhar assustado, amedrontado. — Não precisa se preocupar tanto, vamos passar pro isso, tudo bem?  — Aquiesci e senti meu coração se aliviar depois disso, mesmo que seja 1% me sinto melhor.

Não queria imaginar a possibildade de nosso relacionamento se quebrar por conta dessa informação nova. Mas parece assustador para mim estar com alguém que tem ligações familiares comigo.

— Eu amo você. — Sussurrei temerosa que nos esqueçamos do que nos junta hoje. 

— Eu também te amo, e vamos resolver isso logo. — Disse me trazendo para seus braços.

Jungkook é meu porto seguro e tenho medo de perder isso.

[...]


Alguns dias se passaram e o exame de DNA foi feito com total compreensão por parte de Alice, o resultado sairia hoje, mas mantive a calma, Jungkook me afirmou que tudo ficaria bem, e eu confio em sua palavra. Beth me tirou dos meus devaneios passando a mão em frente ao meu rosto.

— Dessa vez não foi para lua, você viajou para Júpiter né garota. — Seu riso invadiu meus ouvidos.

— Desculpa, eu só estava pensando. — Me expliquei sem dar detalhes do que era. Durante os dias eles perceberam que eu estava tensa e então contei a eles o motivo, mas claro, omitindo a parte em que temo pelo meu relacionamento com Jungkook.

— Tudo bem. — Ela sorriu e deu um tapinha em meu ombro. O sinal para intervalo bateu em seguida, a fazendo pular da cadeira animada. — Vamos, quero comprar algo para comer. — A segui para fora da sala. Os garotos vieram junto, mas estavam entretidos em assunto estranhos sobre os animes que eles costumam assistir juntos.

Seguimos até a fila para comprar comida, todos eles compraram algo para comer, mas eu não estava com apetite, então dispensei comida e comprei só um chicletes de menta e sentei com eles nas mesas no meio do pátio. 

— Não vai comer? — Namjoon me olhou surpreso, já que sou sempre a esfomeada do grupo.

— Hoje não, estou sem fome. — Sorri pequeno. Ele suspirou parecendo preocupado e olhou para Jin, ambos pareciam conversar pelo olhar, mas ignorei e coloquei um chicletes na boca.

Eles continuaram comendo e passaram a conversar sobre alguns trabalhos que deveríamos fazer, mas eu o tempo todo fiquei apenas mexendo no celular, esperando alguma mensagem de Jeon sobre o exame. O alarme soou avisando o final do intervalo, levantei da cadeira ainda sem mensagens de Jungkook e caminhei distraída para os corredores de acesso as salas.

— S/A. — Jin tocou meu ombro, me fazendo tirar a atenção do smartphone. — Podemos conversar? — Questionou brando.

— Claro. — Afirmei e guardei o aparelho no bolso. Começamos a andar em direção contrária a dos outros alunos.

— Por que está assim hoje? Parece tão desanimada, tão desligada. — Sua voz baixa e seu tom calmo me fez entender que ele não quer invadir tanto meu espaço pessoal, mas quer me ajudar com o que esteja acontecendo. 

— Nada demais, só estou em um dia conturbado. — Suspirei e passei a caminhar olhando para o chão. 

— É por causa do exame, não é? — Afirmei com a cabeça. — Você deve ter seus motivos para estar tão preocupada, mas olha, tudo vai dar certo. — Jin pegou meu braço e entrelaçou ao seu, fazendo nosso ritmo se igualar. — O que quer que esteja te deixando assim, logo vai passar. O que eu sempre te digo?

— Não há nada que não se resolva com o tempo. — Falei, lembrando da frase que ele sempre usa para confortar a mim e os outros. 

— Isso. E se o tempo não resolver, muita comida resolve. — Brincou, me arrancando um riso pela primeira vez no dia. — É disso que eu gosto, de você sorrindo. — Ele disse mais feliz. — Você tem que confiar quando eu digo que tudo vai dar certo, sabe que eu sempre estou certo, né? — Ri mais uma vez, vendo que ele estava cumprindo sua missão de me confortar.

— Obrigada, Jin. — Descansei a cabeça em seu ombro enquanto ainda andávamos com os braços entrelaçados. — Você sempre me faz enxergar o lado bom de tudo. — Sentir o afeto do meu amigo era sempre bom. Jin quem sempre vem me confortar e me fazer rir quando estou mal, todos do grupo me ajudam para ser sincera, mas eles sempre deixam na mão de Jin, pois ele tem um jeito especial de fazer todos sorrirem.

— Imagina, sabe que eu sempre vou estar aqui para te ajudar e encher o saco. — Rimos e enfim voltamos a sala. Todos já tinham entrado, a professora nos deu uma bronca por chegarmos depois dela não querendo nos deixar entrar, mas Jin deu uma desculpa maravilhosa.

Falou que estávamos atrás de absorvente para mim. Em alto e bom som a sala toda ouviu, achando que esse era o motivo do nosso atraso, e eu soquei Jin pela vergonha que me fez passar. 

O resto das aulas passaram mais rápidas com todos do grupo me deixando distraída. Na saída eles ficaram comigo até Jungkook chegar, eu não poderia pedir por amigos melhores. E então ele chegou e saiu do carro com um envelope na mão, e meu coração aumentou seu ritmo ao perceber que estava mais próxima se saber se tudo era real, mesmo assim me contive sabendo que não adianta entrar em pânico.

Atravessei a rua seguida por eles, que não queriam invadir meu espaço pessoal mas eu quem pedi para me acompanharem. Jungkook cumprimentou a todos e então ergueu o envelope me fazendo o olhar novamente em suas mãos.

— Você quer que façamos isso em casa? — Me questionou.

— Não, quero acabar com essa agonia logo. — Respondi certa disso. Eu queria também que meus amigos estivessem ali para me apoiar. Então Jungkook abriu o envelope, tirou de dentro o papel do exame e me entregou. 

Li linha por linha até chegar no resultado

Ela é minha mãe

Eu tinha que esperar por isso, havia a chance disso ser verdade e era. Senti como um balde de água gelada caindo sobre mim, mas logo me senti aquecida entre os braços de Jungkook.

— Lembra do que eu disse, vamos passar por isso, está bem? — Jeon fez carinho em meus cabelos e me fez olhar para ele, selou rapidamente nossos lábios e sorriu reconfortante, querendo tirar de mim as incertezas que ainda me rondam.

E só aí eu fui lembrar que Beth e os garotos estavam do nosso lado vendo tudo.

Agora além de saber que minha mãe voltou e que eu tenho uma ligação mesmo que distante com Jungkook, meus amigos também sabem que eu namoro quem até agora eles achavam ser só meu guardião. 

Esse dia realmente não está colaborando comigo.


Notas Finais


Ai ai, só problemas para vocês em rs

Aproveitem bem os capítulos, estamos chegando na reta final muito em breve🤧

Bye❤


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