História Inesperado - Melhor do que imaginava

Quando o filme acabou, Niall e Cecília começaram a conversar entre si, dizendo que o filme foi um dos melhores de terror já assistido, enquanto Louis resmungava, já que o bonzão dizia não ter sentido medo momento algum. Liam dormiu a metade dele, e a outra ficou mexendo no celular. Harry e eu debatíamos com Louis e Ceci, pois o filme realmente foi espetacular. 

— Escolhe um filme bom então, sabichão. – falava Cecília, dando um tapa na testa de Louis. 

Tomlinson, contrariado, começou a procurar outro filme de terror, mas não estava afim. 

— Poderíamos assistir outro gênero. Comédia seria legal. – comentei, e, como era fã número 1 e mimada pelos meninos, assim Lou o fez. 

Peguei a outra garrafa de vinho e o abri. Digamos que vinho branco era meu ponto fraco. Harry ainda fazia carinho em mim, dessa vez em meus cabelos, já que havia deitado mais em seu peito. Cecília pegou a metade do meu vinho e colocou em sua garrafa. Duas alcoólatras em formação. 

Brincadeira!

— Poderia ser Finalmente 18. - disse animada, lembrando do filme que assistia toda vez. 

Harry olhou para a minha cara com dúvida, e só aí lembrei que disse o nome do filme na tradução em português. 

— Finalmente 21. Eu falei o nome traduzido para o português por costume. – expliquei e harry gargalhou, balançando a cabeça. 

Por incrível que pareça, Louis, Harry e Niall não haviam assistido o filme, somente Liam, mas o mesmo subiria para seu quarto. Ficaria sozinha no sofá de trás com Harry. Eu estava nervosa e, a cada gole do vinho, quase me engasgava.  

O filme já havia começado, e eu ria como se tivesse assistido pela primeira vez. Era um dos meus filmes de besteirol preferido. 

O celular de Harry começará a tocar. Olho para o lado e o mesmo está rejeitando a ligação, mas sua feição mudou. Começou a tocar novamente, e não segurei minha curiosidade. Li o que estava escrito, identificando como "Mãe"

— Você pode atender. – disse, saindo de seu abraço e o olhando. 

— Eu posso atender depois. Vem, deita aqui comigo. – Me puxou, abaixando o sofá, deixando inclinado para que pudéssemos assistir deitados. 

Aconcheguei-me em seu abraço sentindo todo meu corpo se arrepiar, principalmente as borboletas no estômago, fazendo uma cócega gostosa. Eu não estava acreditando que Harry Styles estava interessado por mim. 

Harry fucking Styles queria me beijar.

Ele fez parte dos meus sonhos mais quentes e leituras infinitas de fanfics. A vida era uma loucura e te surpreendida a cada segundo. 

— Eu amo o seu cheiro. – disse com a voz rouca carregando sotaque. 

Senti suas mãos pelos meus cabelos, o olhei por cima dos olhos e seu nariz cheirava os fios. Peguei sua mão, tirando de meus cabelos e entrelacei com a minha, beijando seus dedos. 

— Se quiser eu passo o nome do meu condicionador. – falei, descontraindo, mas com medo de dizer o que realmente queria e ele achar que era apenas um amor platônico de fã. 

— Obrigado, mas ele fica melhor em você. – disse isso e beijou o topo da minha cabeça. 

Não sabia em qual ponto eu havia pego no sono. Harry estava me olhando quando abri meus olhos e avistei seus olhos verdes penetrados em mim. Eu senti na hora minhas bochechas queimarem de vergonha. Levantei e olhei para o sofá da frente. Ninguém estava mais por lá. O filme acabou e eu simplesmente dormi. 

— Eu levei a sério sobre dormir aqui. – comentei e Harry riu. 

— Todo mundo subiu agora. – disse e levantou.   — Vem. Vamos subir também. 

O acompanhei enquanto Harry falava sobre o quão engraçado era o filme e me agradeceu por ter recomendado. 

— Eu tenho um ótimo gosto por filmes e séries. – me vangloriei. 

Subimos a escada rindo e, quando cheguei no quarto que estava sendo emprestado por uma noite, Harry me encarou.

— O que foi? - perguntei 

— Você é incrível, Gabriela. – disse e o olhei sem acreditar que estava realmente ouvindo aquilo. — A observo desde o Brasil e nunca havia conhecido alguém tão real. 

Fechei os olhos e levei minha mão direita até meu braço esquerdo, me beliscando. Só poderia ser um sonho. 

—E eu sei que você se sente envergonhada pelo fato de ser fã da One Direction. E, bom, não precisa ter medo de me dizer nada, muito menos de sentir. – continuou falando e senti seu corpo colar no meu. 

Abri meus olhos e o encarei, sentindo suas mãos tocarem meu rosto e minha nuca, acariciando meus cabelos. 

— Você não pode me falar essas coisas, Harry. – assumi o controle de minha voz, que estava trêmula, demonstrando todo meu medo em me envolver com Harry Styles, mesmo sendo minha maior vontade. — Eu não menti quando disse que beijaria você, ate porque o desejo a muito tempo, só não quero que pense que sou apenas uma fã aproveitadora. 

Ouvi a gargalhada de Harry e me enfureci. 

— Para de rir, caralho. – bati em seu braço e ele me abraçou. 

— Eu jamais pensaria assim. – soltou e me encarou mais uma vez, focando seu olhar em minha boca. — não de você.

Eu já estava saturada de olhar esse homem e não fazer nada, e com meu eu interior louca para avançá-lo, assim o fiz, beijando a boca mais desejada por mim em todos esses anos. E não era apenas um selinho. Era um beijo de lingua. Molhado. Com vontade. 

A língua de Harry Styles estava dentro da minha boca. 

Eu nunca mais escovaria os dentes.

Brincadeira. 

Sentia os fios de seu cabelo pelos meus dedos. Eram macios, assim como sua boca. Eu já havia beijado muitas bocas extrangeiras, mas nada se igualava ao beijo de Harry. Ele era calmo, mas envolvente. E usava a língua. 

Sua mão direita apertava meu quadril e a esquerda segurava minha nuca. Eu já sentia todo o meu ventre esquentar, e a vontade que eu tinha era de ficar por cima dele e beijar todo seu pescoço.

Mas após isso eu não saberei nem o que fazer. 

Era uma inexperiente em amassos. Meu ex namorado tentava todas as vezes avançar o sinal e eu travava. Será que eu tinha problemas? 

Nosso beijo estava chegando ao fim, com selinhos e beijos molhados pela minha bochecha. Eu poderia ficar assim até morrer. 

Roubei mais um selinho dele e sorri como nunca havia feito antes.

Eu finalmente havia o beijado e fora melhor do que imaginei durante anos. 

Eu queria muito contar para o meu irmão e esfregar na cara dele, mesmo sabendo que surtaria quando soubesse que sua irmã estava beijando na boca em outro país. Não que ele já não soubesse, até porque segue todos os sites de fofocas e sempre me mandava uma mensagem malcriada. 

— Passei a gostar mais de vinho. – comentou sorrindo e revirou os olhos com minha cara, pois não havia entendido. — Sua boca está com gosto do vinho que bebeu antes. 

— Dorme comigo. – disse, sem ao menos pensar nas minhas palavras e ignorando completamente o que ele havia dito.