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História Inesperado - Merda, Harry!


Escrita por: imprudente

Capítulo 18 - Merda, Harry!


Fanfic / Fanfiction Inesperado - Merda, Harry!

Eu não chorei. Sentia-me triste, mas não havia chorado após ter a certeza do que estava sentindo. Fiquei sentada por alguns minutos brincando com Pink e Cérebro. E, sim. Coloquei o nome de dois personagens de desenho que adorava. 

Todos na sala riram no momento em que admito em voz alta o nome dos meus animais de estimação. 

Pouco me importava. 

 

Dois dias após descobrir que Harry e Samantha  estavam ficando, a própria me chamou para um café e me contou sobre Harry. Me pediu desculpas e eu aceitei. Não que ela precisasse me pedir desculpas por estar ficando com ele, mas por não ter confiado em mim antes e me contado. Ela sabia que eu o adorava, mas era ciente do nosso não envolvimento. 

Ambos haviam se beijado após a bebedeira das boas vindas de Guto. Se beijaram após ele estar na minha casa e conversado comigo, depois do meu surto por ter dormido na mesma cama que ele. 

 

Acreditar nos sentimentos alheios estava cada vez mais difícil. 

 

Sabia que Harry estava com vergonha de toda aquela situação, mas não me importava. Ele nada me disse, mas estava sabendo que Samantha me contara tudo. Eu apenas agia normalmente diante dele. Sorria, brincava, o abraçava e contava sobre minha vida. Toda a vontade de beija-lo ainda permanecia em mim, mas ninguém precisava saber. Eu estava magoada, mas ele era meu amigo antes e queria que continuasse. Enfiei todo o meu sentimento por ele em meu orifício anal e foquei apenas no meu trabalho. 

Eu sempre soube que nunca casaria com meu ídolo, e não seria agora que eu me sabotaria por ter conseguido o beija-lo na vida.

 

— A realidade é dura mas te amadurece. – resmungava enquanto desenhava e pensava sobre tudo.

 

1 mês e meio depois

 

Era natal. O ano passou tão rápido diante do meu nariz que não deu tempo nem de focar realmente no natal. Todos passaram com suas famílias, enquanto passei com Guto, Cecília e com meus pais na chamada de vídeo, tomando um vinho para esquentar. Mas já era o dia seguinte, e os meninos concordaram em fazer amigo oculto em meu apartamento. 

Fiz alguns aperitivos e separei algumas bebidas. Guto fez caipirinha e já bebia com  Ceci. 

 

Eu estava nervosa com o amigo oculto. Cecília me fez trocar de papel com ela. Eu havia tirado meu irmão e ela o Harry. Coincidência? Sim. E minha queridíssima amiga queria fazer uma surpresa para Guto. Somente ela e Deus sabia dessa surpresa. Ela me implorou tanto para trocar com ela, que eu aceitei. Ela encheu o saco de todo mundo perguntando quem tirou o Gustavo, até chegar a mim, sendo que ela sabia que eu não conseguia mentir. 

Só espero que valha realmente a pena. 

 

Quando chegaram, foram se acomodando. Eu estava nervosa, ansiosa e triste. Estranhem bebia mais do que o normal. Misturar caipirinha com vinho poderia me causar problemas. 

 

A mesa estava farta e havia feito algumas receitas brasileiras. Os faria provar tudo. 

 

— Samantha não vem? – perguntei ao Harry e o mesmo me olhou sem graça e dei um gole na minha bebida.

 

— Ela viajou para a casa da família. – apenas respondeu. 

 

Não sabia o motivo de ter perguntado. Eu sabia exatamente onde Samantha estava. 

 

Gabriela, você é patética quando está com ciúmes. 

 

Sentei-me junto a todos na mesa para comermos. Até Gigi estava presente com Zayn. 

 

— Todas as comidas são típicas do Nrasil. Eu realmente espero que gostem. Bom apetite. – falei e sentei-me a mesa para me servir. 

 

Comíamos e conversávamos. Havia parado com a bebida alcoólica e tomava apenas água. A todo momento a comida era elogiada. Niall e Liam se apaixonaram pelo salpicão. Era também minha comida preferida. 

 

— Talvez eu me mude para o Brasil apenas pelas iguarias. – comentou Harry.

 

— Não esqueça das mulheres bonitas. – continuou Louis e eu quase me engasguei rindo. 

 

— São abençoadas. – falou Guto.

— Obrigada. – acrescentou Cecília, o agradecendo pelo elogio as mulheres brasileiras e recebeu um selinho de meu irmão. 

 

Eu tinha inveja disso, não vou mentir. Ainda lembrei-me de quando namorava e passei o natal feliz, deixando meus pais felizes por estar namorando. Até mesmo Gustavo namorava na época, mas durou menos que o meu. 

 

— Gabriela? – me chamaram e eu levei um susto. — Ultimamente você só vive no mundo da lua. – falou e vi que era Louis. 

 

— Desculpa. – o pedi e levei o primeiro copo com álcool que avistei na mesa a boca, entornando. — O que foi? – perguntei o olhando. 

 

Disse que queria começar o amigo oculto, já que estava ansioso. Com todos na sala, uns sentados e outros em pé, pedi que Louis começasse a dizer quem foi seu sorteado. 

 

— E a pessoa mais come quieto desse lugar. – apenas disse e começou a rir. Liam, Zayn e Harry apontavam para Niall, que ficou logo vermelho. 

 

Niall segurou o seu presente e por aí foi. Ele havia tirado Zayn. Zayn tirou Louis, Liam me tirou e era minha vez de falar sobre Harry.

 

— Obrigada. – agradeço Liam com um abraço e respirei seu perfume. — Cheiroso. – comentei e recebi um beijo no rosto seguido de uma boa gargalhada. —Bom, a pessoa que eu tirei tem um sorriso encantador, tem estilo no próprio nome, sabe te envolver com as palavras, se diz amigo, mas não tem consideração e me deu um dos melhores presentes de casa nova, meu bar. – falei e sorri estendendo o presente, segurando o choro.

 

 

Eu estava nervosa, e magoada. Não falaria nada daquilo, mas o álcool me envolveu e me fez agir impulsivamente. Todos estavam em silêncio e perceberam o que estava acontecendo. Harry nada disse, mas me olhava.  Desviei o olhar assim que ele segurou sua enorme caixa. Eu mesma havia costurado um suéter e o dei de presente um colar de pérolas. Sabia que combinaria com seu estilo.Já amava anéis em seus dedos, que deixava suas mãos ainda mais bonitas. 

 

Harry me agradeceu e havia tirado a Cecília, que se tremia. Ela olhou para meu irmão, retirando de uma sacola uma caixinha. 

 

Puta merda. 

 

Enquanto andávamos pelas lojas a fim de comprar nossos presentes, Cecília olhava alguns anéis, mas não dei importância pois estava procurando o que comprar para Harry. Seria aquilo uma aliança de compromisso? 

 

A filha da puta nem pra me contar. 

 

— Na verdade, para conseguir tirar essa pessoa eu tive que agir por debaixo dos panos e subornar a pessoa mais próxima. Seria a única que eu contaria o que estava pensando em fazer, mas ela é tão lerda que nem comprando o presente na mesma loja que eu, percebeu. – Olhou para mim e eu revirei os olhos, enquanto continuava a beber. — Meu amigo secreto de hoje, me envolveu muito bem no primeiro dia, me mostrando que e muito mais do que aparenta. Me fez gostar, babar enquanto editava suas foros, depois me apaixonar com todos os beijos que me dava, até me envolver num amor tão bonito, que até viajando e tentando te deixar no passado, não consegui. O primeiro homem que me fez não ter medo de amá-lo e me deixar segura. Você é o meu amigo secreto, Gustavo. Mas, além disso, você aceita ser o meu namorado? – perguntou sem

devaneios e eu engasguei, enquanto lágrimas escorriam pela minha bochecha. 

 

Eu amava Cecília e o Guto juntos. Sabia que meu irmão era maravilhoso com minha melhor amiga. E ela respeitava meu espaço com ele. Sabia o quão importante ele é para mim. Nos éramos uma família. E eu ficava feliz pelos dois. Mas meus sentimentos estavam aflorados. Eu não havia chorado sequer por um dia, mesmo dizendo ter aceitado Harry e Sam juntos. Porém, era tudo mentira. Eu me sentia traída, não por ele ter a beijado, mas por não ter confiado em mim e conversado. Harry enfiou o que eu sentia no rabo e não teve um pingo de consideração. 

 

Cecília e Guto estavam abraçados após se beijarem. Todos aplaudiam e gritavam comemorando. Já eu, bom, eu chorava em silêncio enquanto segurava minha taça de vinho. Colocaram as alianças e agora estavam rindo. 

Parecia que eu tinha parado de respirar e tudo a meu redor estava em câmera lenta. Olhava ao meu redor e agora via Gigi me encarando, vindo até mim. 

 

— Gabriela? – me chamou e eu a encarei, deixando tudo voltar ao normal e soluçando com o choro. — Vem aqui. – senti seus braços em volta de mim e a taça sendo retirada de minhas mãos. 

 

E, em seu abraço, eu chorava como se tivesse perdido alguém naquele momento. 

 

No banheiro, secando o rosto e retocando a maquiagem, eu pensava no quão patética eu estava sendo. Não estava acreditando naquele surto na frente de todos. Eu estava realmente exausta.

 

Para desvia-los da cena que ocorreu, Louis animou a todos colocando música e fazendo alguma fofoca. Abriram seus presentes também e foi mais um motivo de zona na minha sala. Cecília tentava falar comigo, mas pedi para que fosse depois, quando tudo acabasse. 

 

Me retirando do banheiro, tirei os saltos e fiquei descalça. Estava com saudades de ouvir música brasileira. Optei por colocar funk na tv e com coreografia. Agora sim todos se animariam. 

 

— Eu quero todos dançando comigo. – gritei e Gigi me acompanhou animada. 

 

— Eu não tenho fôlego para isso. – comentava Gigi, jogada no sofá após dançarmos todas as músicas. 

 

Os meninos também tentavam acompanhar e aquilo estava um horror. 

 

— Eu quero aprender a fazer o "quedredinho" – falou Niall, tentando fazer e arrancando gargalhadas. 

 

O único que ria, mas estava em silêncio, era Harry. Eu queria muito que ele viesse falar comigo. Aproveitaria o meu eu alcoolizada e triste. Queria lhe dizer muitas coisas. Fui até a varanda para ficar sozinha e ver se ele viria atrás, mas foi em vão. Fiquei por alguns minutos, até mesmo o olhei, dizendo que o queria ao meu lado para conversar. Cansando, retirei-me e fui até o quarto. Queria tomar um banho. Quando fecharia a porta do quarto, fui impedida. 

 

Harry finalmente se mancou e veio até mim. Adentrou em meu quarto pela primeira vez, e fechou a porta. Preferi ficar em pé o encarando, esperando falar algo.

 

— Eu te devo desculpas. – falou arrastado. — Eu não queria magoá-la e fiz tudo errado. 

 

— Você ficou com medo por eu gostar de você, mas se esqueceu da parte que eu não tenho que me meter na sua vida particular. – falava irritada. — Eu beijei você, não te pedi em casamento. 

 

— Eu sei. E sinto muito. – me encarava, e suspirei pesadamente. — Samantha e eu não estamos mais ficando. Ela levou para um lado que eu não queria e achei melhor pararmos. – disse e ri, nada surpresa. 

 

— Nada de novo, Styles. Você não gosta de ficar sozinho, mas também não se apega porque gosta de liberdade. – joguei em sua cara. — Óbvio que eu adorei beijar você e poderia rolar sempre, mas eu não cobrava isso, muito menos falava sobre. Eu prezo a amizade em primeiro lugar. 

 

— Eu ainda sou seu amigo. Não conversei com você esses dias todos sobre isso, porque você estava me tratando normalmente. Eu pensei que ainda estávamos em sincronia. 

 

— Eu tenho pavor de ser inconveniente. – admiti. — E, sim, eu gosto de você e sempre gostei, mas não me da o direito de me intrometer na sua vida e sentimentos. Prefiro nem beija-li mais, mesmo sendo bom. – admiti novamente e odiava todo o álcool fazendo efeito. — Droga. 

 

Harry riu e chegou mais perto. 

 

— Mas e natal. Você me deve um presente melhor do que aquele discurso do amigo secreto. – tentou me manipular, ficando mais próximo do que devia.

 

Eu o ignorei tanto que nem o observei. Seu perfume estava impregnado em meu quarto e sempre fora uma tentação resistir a ele. 

 

— Você não aparenta, mas não vale nada. – disse, sentindo suas mãos já na minha cintura. — Merda, Harry.



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