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História Inesperado - Senhorita Gabriela Casadevall


Escrita por: imprudente

Notas do Autor


Espero que estejam gostando.
Lembrando que tenho todos os 40 capítulos concluídos e irei postando aos poucos.
Perdoem-me os erros e tenham uma boa leitura.

all the love
izabela

Capítulo 2 - Senhorita Gabriela Casadevall


Fanfic / Fanfiction Inesperado - Senhorita Gabriela Casadevall

Acordei com vários tapas na minha bunda magra. Não se era possível nem dormir em paz naquela casa. Tirei o edredom da minha cara e olhei para ver quem era o ser que batia na minha bunda. Quando avistei os olhos claros e o cabelo preto liso, logo identifiquei o ser que me pos no mundo. Dá pra acreditar que minha mãe tinha os olhos claros e eu não? Já disse o quanto a vida é injusta comigo? Acho que já. Suspirei pesadamente já esperando o espero que mamãe me daria. Olhei para o lado e meu irmão estava capotado,com o travesseiro na cabeça e sem coberta. 

— É assim que voce quer arrumar um emprego, Gabriela? Dormindo até tarde? – perguntou, arrancando o edredom de mim. 

— Que horas tem, mãe? –perguntei, esfregando os olhos com o dorso da mão.

— São seis horas da manhã, e trate logo de levantar dessa cama. – falou, saindo do quarto e me deixando finalmente em paz.

— Meu celular nem despertou ainda. – resmunguei, ficando sentada na cama para levantar, pois tinha certeza que receberia um balde de água fria, se desobedecesse dona Selma. 

Reparei que o Guto não foi para o quartel e tirei o travesseiro de sua cabeça, não recebendo nem se quer um xingamento. Dei de ombros e levantei de vez da cama,fazendo meus pés se embolarem no edredom, caindo de cara no chão, enquanto minhas pernas ficaram pela metade no colchão.  

— De novo de cara no chão, magrela? – perguntou meu irmão que havia acabado de acordar. 

— Resolvi dar bom dia para ele. – ironizei, já cansada. 

— Seu humor está cada vez pior. – falou, me fazendo rir de nervoso.

Guto tirou o edredom dos meus pés e me ajudou a levantar. Peguei meu celular na escrivaninha ao lado da cama e caminhei até a porta, esfregando meus olhos novamente. Estava com um puta sono e a culpa foi toda minha por ter ido dormir tarde. 

— Se arruma logo que eu vou te dar uma carona ate o centro. – falou, indo para o seu banheiro.

Devido a meus olhos estarem meio embaçados por conta do meu sono, demorei para achar a maçaneta da porta, sentindo a mesma abrir, sem ter sido eu a pessoa a ter feito. Senti minha mão quase ser quebrada e um empurrão obrigatório vindo do meu reflexo. Mamãe estava mais um vez no quarto para me arrastar da cama. 

— Misericórdia, mulher. – reclamei. — A senhora não dorme não? – perguntei, saindo do quarto do meu irmão e indo pra o meu, ignorando minha mãe e indo direto para o meu banheiro. 

Adentrei o banheiro e me despi, enfiando-me logo em seguida debaixo do chuveiro. Tomei um rápido banho e fui separar minha roupa. Optei por uma blusa branca e um conjunto feito por mim. Uma saia e um blazer quadriculado. Eu poderia ser desastrada, preguiçosa e mais uma vez desastrada, mas uma coisa que eu fazia super bem além de dormir, era desenhar e confeccionar minhas próprias roupas. Quem sabe um dia eu não desenho roupas pras estrelas, ou para o One Direction.

— Sonhar mais um sonho impossível...– Comecei a cantar uma musica chata que passava em um programa de TV.

Terminei de me arrumar, peguei minha bolsa e meus desenhos, indo direto para a sala falar com Guto que já estava pronta.

Encontrei meus pais e o boco do meu irmão, ambos sentados em volta da mesa, devorando as panquecas com calda de caramelo. 

— Obrigada por me esperarem, família. – resmunguei, sentando-me em volta da mesa, procurando mais panquecas, porem tinham acabado. — Mãe, faz mais panquecas para mim? – Perguntei, fazendo bico pra’ tentar convence-la.

— Não sou sua empregada. – me deu um fora, bebendo seu suco de manga.

— Quanto mal humor. - Reclamei.

— Digamos que seu pai e eu não estamos brincando ultimamente.-  falou, segurando uma risada. 

— Poupe-me dos detalhes, dona Selma. - falei horrorizada com o que eu acabara de escutar. — Guto, vamos logo.

Peguei minha bolsa e puxei o Guto pelo braço para sairmos logo daquela casa de loucos. E ainda teria que me virar na rua para comer. 

Havia acabado de chegar na empresa onde seria a minha entrevista. Respirei fundo já na entrada e estava confiante. Já presente no segundo andar, onde estava no e-mail que havia recebido. Olhei para todos os lugares, vendo todos os tipos de pessoas trabalhando. Tinha muitas pessoas andando por aquele lugar, e era simplesmente lindo. Tinha modelos se trocando para tirarem fotos, estilistas e cada modelo gato, que senhor. Eu iria amar trabalhar naquele lugar. 

— Com licença. – disse sendo a mais educada possível, mas sendo totalmente ignorada. — Com licença. Eu gostaria de falar com você. – falei novamente, mas sendo ignorada mais uma vez.

— Querido. – irritei-me. — Larga essa porra e me de atenção, a não ser que queira ser delatado e perder o emprego. – Falei o que não devia baixo para que apenas ele me ouvisse e rapidamente obtive resposta. 

— Olá. O que gostaria ?– Perguntou, forçando sorrisos.

— Estou aqui para a entrevista com o Sr. Arthur. – o informei e o mesmo saiu da recepção. 

— Me acompanhe, por favor. – pediu e assim o fiz.  

O recepcionista me levou ate uma sala com a porta de vidro, abriu a mesma e o acompanhei na entrada, encontrando mais umas 10 pessoas. Lindas mulheres, aliás. A maioria se encontrava de calça de diversos panos e estampas, enquanto eu era a única de conjunto, provavelmente a única de costura própria. Ok. Respirei fundo e me sentei ao lado de uma linda mulher negra. O homem que havia me atendido, já tinha se retirado do local. Uma por uma estava sendo chamada, no momento em que outra saía de uma porta de madeira. Era ali que estava acontecendo a entrevista. Pelo jeito eu seria a última a ser chamada. Esperei por alguns minutos impacientemente. Peguei meu caderno de desenhos enquanto esperava, pois ainda faltava três candidatas a minha frente. As mesmas se entreolharam quando eu retirei meu caderno de desenhos para praticar e sair do tédio, certeza. Não me intimidei e continuei com o plano. Vinha várias ideias em minha mente. Nem percebi que o tempo se passara, apenas senti meu ombro ser cutucado por uma mão firme. Sai-me de meus pensamentos e encarei o ser a minha frente. Sapatos alinhados, calça meio justa social e um casaco de camurça. Ok. Talvez eu tenha me distraído demais. 

Engoli em seco e fechei meu caderno de desenhos, sorrindo levemente para o lindo homem a minha frente. 

— A senhorita deve ser a Gabriela Casadevall. – falou, e apenas assenti com a cabeça. 

— Talvez eu tenha me distraído um pouco enquanto esperava. Sinto muito por isso e, caso não tenha como fazer a entrevista, entenderei. – o disse, esperando uma resposta contrária. Puta que pariu, senhor. Me ajuda. – eu pedia, enquanto o encarava.

— Não. Longe disso. – tornou a me responder. — Seguirei com a entrevista, pois estou intrigado com o modelo feito apenas em poucos minutos. – disse e me levantei aos poucos, já que o mesmo retirou-se de minha frente, mostrando-me o caminho com suas mãos. 

Apenas entrei em sua sala e me aconcheguei na cadeira a frente de sua mesa. Deixei minha bolsa e pasta sobre minhas pernas e o esperei sentar. 

— Posso ver seus desenhos? – perguntou e assenti, entregando meu querido caderno. 

 Arthur folheou todas as benditas folhas com atenção, até chegar na última, no desenho que havia feito enquanto esperava ser chamada. Era difícil decifrar o que estava pensando. Aquilo era pior do que entrevista de estágio que nem remunerado era. 

— Me pergunto como nunca a conheci antes. – falou e fiquei meio sem resposta, todavia era o que eu não devia acontecer no momento. 

— Finalizei minha graduação a pouco tempo. – o respondi, tentando nao gaguejar. 

— Conte-me mais sobre você. – pediu. — Olharei sua ficha logo em seguida. 

Assim o fiz. Dei minha biografia para o chefe a minha frente, deixando-o meio intrigado pelo fato de eu ter apenas 21 anos. Eu era nova, mas também não era pra’ tanto. Entretanto, enquanto eu respondia suas perguntas além do que já contara, minha mão, impacientemente toca em suas canetas, esbarrando sem querer. Amaldiçoava me por ser tão desastrada.

— Desculpa. – pedi, sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas. 

Arthur riu de minha cara e eu fiquei com uma interrogação facial. Não sabia se estava me saindo bem ou arruinando minha carreira que nem começara. 

— Senhorita Casadevall, quanto você pretende receber caso trabalhasse como uma de nossas renomadas designers? – perguntou, ignorando totalmente toda a situação. 

— Um salário justo de acordo com o meu cargo, ainda mais sendo uma empresa multinacional. Acredito que em torno de 2.500, já que sou uma iniciante e, no decorrer da minha experiência, veremos como mudará. 

— 5 mil para iniciar e, no decorrer do tempo de firma, 10 mil adiante. – falou assim que eu fechei minha boca para engolir uma saliva. 

Caralho. Arthur, eu mataria alguém por essa vaga — pensava. 

— Você aceita fazer parte de nossa empresa? – perguntou novamente. — Aliás, esse conjunto foi preparo seu? 

— Sim. Eu mesma confecciono minhas roupas. – o respondi ignorando a primeira pergunta, pois ainda estava assimilando. 

— Autêntica e perfeita para assumir a vaga e, bom, estou fazendo isso pela primeira vez e espero não me decepcionar. Entrevistei ótimas candidatas, entretanto nenhuma com uma autenticidade como você. – me elogiou e quase caí para trás, mas sorri. 

— Onde eu assino o meu contrato? – apenas disse, ainda com o sorriso no rosto. 

Amados, eu não seria nem louca de não aceitar a oferta. Recém formada e já ganhando 5 mil? Para quem ganhava mesada dos pais uma vez na vida e outra na morte? Eu estava radiante e sem acreditar que consegui conquistar aquele homem. Gabriela Valverde Casadevall, você é foda. 

— PUTA QUE PARIU! – gritei assim que me distanciei da empresa. 

Dava pulinhos de alegria e sorria para tudo e todos. E aproveitando o dia lindo do centro, aproveitaria para comemorar comigo mesma. 

— Um litrão, por favor. – pedi em um bar de esquina. — E uma porção gorda de batata frita com frango. – tornei a pedir assim que meu estômago roncou alto. 

Aproveitei para ligar pro’ boco do meu irmão vir me buscar. Enquanto bebia minha cerveja e comia minha porção de fritas. O dia estava sensacional e nada o estragaria. 

— Implicante sem noção, se prepara que hoje a noite é tudo por conta da sua querida irmã mais nova.

 


Notas Finais


eu apero que tenham gostado e, se possível, me alegram com seus comentários.
até a próxima, pessoal


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