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História Inesquecível (Naruhina) - Os cachorros comem à mesa?


Escrita por: princesahyuuga1

Notas do Autor


Oi, leitores queridos!
Tudo bom com vocês?
Só queria agradecer a TODOS os comentários. Eu dou um sorriso enorme a cada um deles. Vocês me fazem feliz de verdade! Dá vontade de fazer cada vez mais fics só por causa de vocês!!! Então, deixem comentários para eu me animar e quem sabe postar outro capítulo amanhã, hein!!! haha
O capítulo de hoje é muito bacana, mas o de amanhã vai ser uma coisa assim ó: =O chocante! rs
Não deixem de comentar!
bjs

Capítulo 8 - Os cachorros comem à mesa?


- Itadakimasu! – Naruto agradeceu pela comida e as crianças fizeram coro a ele.

Estavam todos sentados à mesa da sala de jantar, quando Hinata ia levar o primeiro pedaço de comida à boca a campainha tocou.

- Oh, Kami-sama! Mas quem será essa hora?! – Mei reclamou.

Hinata concordou com ela e suspirando cansada ia atender à porta, mas Mei se ofereceu em seu lugar. Hinata agradeceu e continuou a comer, mas ficou atenta caso Mei precisasse de ajuda.

- Oh, Kiba-senpai, entre! – Mei disse, feliz. Gostava muito quando Kiba ia visitá-los. Além de Kiba ser um gato era engraçado e sempre vinha acompanhado do cão, Akamaru, que era um amor e as crianças adoravam!

- Au au! – Akamaru latiu como se avisasse de que havia chegado.

As crianças até então comportadas, saíram correndo e gritando em direção ao hall de entrada do orfanato.

- Kiba! Akamaru! – Foram correndo até eles para saudá-los.

- E aí, pirralhos, como vocês estão? – Kiba perguntou, alegre, dando um tapinha nas costas de alguns e bagunçando o cabelo de outros.

Logo que percebeu que o amigo estava ali, Hinata correu para lá também. Estava com saudades de seu melhor amigo.

- Kiba-kun! – Hinata o cumprimentou, feliz por vê-lo.

Os anos fizeram muito bem a Kiba. Estava mais alto e musculoso, o cabelo marrom mais curto e arrepiado, por fim, o cavanhaque lhe dava ares de cafajeste e isso meio que combinava com ele. Contudo, apesar da aparência selvagem, Kiba era muito leal com aqueles que amava.

- Yo, Hina-chan! – ele correspondeu no mesmo entusiasmo ao rever a amiga querida. Fazia muito tempo que não a via. Por isso, foi com satisfação que constatou que ela parecia bem. Mais que bem, na verdade. Hinata estava com um brilho diferente no olhar. Notou também que o cheiro dela havia mudado.

Akamaru pareceu notar também, pois, ficou cheirando Hinata como se estivesse tentando decifrar quem era a “nova Hinata”.

- Você parece ótima, Hina-chan. Linda como sempre! Vem cá me dar um abraço – Kiba disse já rindo da cara vermelha da amiga por receber um elogio. Apesar de ela estar diferente, lá no fundo, continuava a mesma.

Kiba aproximou-se de Hinata com uma cara travessa.

- Não se atreva!!! – ela ameaçou já sabendo das intenções dele.

Sem dar tempo a Hinata, Kiba pegou-a pela cintura e a ergueu como se ela fosse uma criancinha. Rodopiou com ela enquanto as crianças pediam “Tio Kiba, faz comigo”.

- Kiba-kun, me põe no chão! – Hinata reclamou, completamente constrangida. Kiba era um sem noção! Ele costumava fazer isso com ela quando era mais nova e já era ruim naquela época. Agora então que era uma mulher adulta...! - Argh! Kiba!!!

- Ah, qual é, Hina-chan! Faz meses que não nos vemos e não quer abraçar seu melhor amigo?!!

- Você ouviu a Hinata. Ponha-a no chão agora, cachorro – Naruto praticamente rosnou a ordem. Mal tinha se recuperado da crise de ciúmes minutos antes, agora encontrava um marmanjo agarrando sua hime bem debaixo do seu nariz.

O sorriso de outrora, morreu no rosto de Kiba. Preocupado, ele colocou Hinata no chão e perscrutou o rosto da amiga em busca de algum ataque de ansiedade ou surto que pudessem estar presentes.

- Você está bem, Hina-chan? – ele perguntou, cuidadoso, profundamente preocupado com o bem-estar da amiga.

Kiba sabia da verdade.

Soube desde que ele e Shino foram procurá-la no distrito Hyuuga e Hanabi lhes confidenciou o surto de Hinata. Desesperados, Shino e ele foram atrás da companheira. Encontraram-na numa maca, completamente abatida e dopada.

Assistiram a moça melhorar lentamente dia após dia até que um dia, ela se recompôs. Porém, por mais que estivesse sorrindo por fora e aparentasse serenidade, Hinata estava quebrada e tanto Shino quanto Kiba sabiam disso - e sabiam o motivo.

- Estou bem, Kiba-kun – Hinata disse, envergonhada pela intensidade do olhar de kiba sobre ela. Era como se o amigo trouxesse de volta seus piores pesadelos com aquele olhar preocupado sobre si. – E-estou bem mesmo – ela reforçou.

- Humpf! – Kiba se limitou a grunhir e sem desgrudar as mãos de Hinata, a colocou atrás de si. Como se estivesse a defendendo de uma ameaça.

- O que faz aqui? – Kiba perguntou, todo protetor, se dirigindo a Naruto.

Naruto se encheu de fúria naquele momento. Kiba não só havia ignorado o pedido dela, como agora estava escondendo-a atrás de si como se ele fosse um perigo para sua hime. Aquilo o tirou realmente do sério. Jamais faria mal a Hinata.

- Kiba, solte-a agora.

- Não.

- Kiba... – Naruto disse, tentando se controlar. – Apenas deixe-a ir.

- E quem vai me obrigar? O Naruto ou o Hokage?

Ao reabrir os olhos, Naruto já tinha perdido toda a paciência. Seus olhos estavam vermelhos e ele deixou que um rosnado baixo saísse de sua boca.

Akamaru se colocou à frente de seu dono e começou a latir ferozmente.

As crianças gritaram assustadas e Mei correu com elas para outro cômodo.

- Parem vocês dois! – Hinata implorou, mas foi ignorada.

Kiba e Naruto se encaravam com tanta raiva, querendo ali definir quem é que realmente mandava. Como se fosse um concurso de mijadas, Hinata pensou, furiosa, e, concluiu que ali quem mandava era ela!

Quando Naruto e Kiba partiram um para cima do outro, ela ativou seu Byakugan, e, mais rápida que ambos, se colocou no meio deles, pressionando pontos nos dois que os fizeram parar abruptamente.

Tanto Kiba quanto Naruto sentiram uma dor forte no lado esquerdo do corpo. Quase caíram ao chão.

- Não briguem em frente às crianças! – ela ordenou, ríspida e acrescentou: - Kiba, sei que se preocupa comigo, mas estou bem. Já disse. Naruto – ela se virou para seu amor que se encontrava jogado no chão gemendo de dor – sei que quer me proteger, mas eu posso me defender sozinha. E, agora, para os dois: quem manda aqui, sou eu.

Kiba arregalou os olhos, chocado demais para dizer alguma coisa. Apenas concordou com a cabeça enquanto assistia Hinata ir até Naruto que choramingava feito um bebê por conta do ataque repentino de Hinata.

Sua amiga se ajoelhou em frente ao Hokage chorão e fez um rápido jutsu médico nele que olhava para Hinata com os olhos pidões como se precisasse disso para sobreviver. “Mas que mentiroso de uma figa! Ele tem a Kyuubi! Não precisa disso!” Kiba resmungou em pensamento enquanto continuava assistindo os dois.

Assim que Hinata terminou a cura, Naruto sorriu e Hinata sorriu de volta. Naruto pegou carinhosamente a mão de Hinata e levou aos lábios, depositando ali um beijo cálido. Hinata corou.

Kiba ficou de cara no chão. “Mas que porra tá acontecendo aqui??? Hinata, você tem muito o que me explicar!!!”, pensou enquanto fuzilava os dois.

- Depois a gente conversa, Kiba-kun – Hinata disse como se pudesse ler os pensamentos do amigo.

- Ha-hai! – ele respondeu nervoso como se tivesse sido pego no flagra.

Naruto fez careta, mas nada disse.

- Bom, vamos voltar ao jantar. Kiba, junte-se a nós – Hinata convidou.

Isso despertou Kiba por completo. A comida de Hinata era maravilhosa.

- Uhmmm! Com certeza aceito, Hina-chan. Sua comida é divina como você – ele resolveu provocar Naruto para ver qual seria sua reação.

Dito e feito. Naruto fechou a cara completamente. Uma veia saltou de sua testa, tamanho era seu esforço para se controlar e não fazer besteira.

- Kiba-kun, pare de provocar o Naruto-kun! Venha, vamos jantar!

- Naruto-kun? – Kiba perguntou, incrédulo. Ali tinha coisa!!!

- Os cachorros comem à mesa? – Retrucou Naruto num murmúrio irritado.

- Ora, seu...! – Kiba começou, mas foi interrompido por Hinata:

- Naruto-kun, não seja teimoso! – Hinata ralhou com ele. – Vamos, Kiba-kun! Levante-se do chão e lave as mãos, por favor – ela disse doce.

Depois de toda a confusão, se reuniram à mesa mais uma vez.

As crianças já até tinham esquecido do ocorrido. Tudo graças a Akamaru. Criança adora brincar com animais! Sem contar que por terem o coração puro, não guardam rancores. Ou seja, tudo estava na mais perfeita harmonia. Ou quase. Não fosse os olhares atravessados que Kiba e Naruto trocavam.

- E então, o que o traz aqui no orfanato, Hokage-sama? – Kiba questionou, desconfiado, enquanto mastigava uma costela.

Naruto o fuzilou com o olhar. Na opinião do loiro, o ex-companheiro do time de Hinata era um total idiota! Durante todo o jantar, Kiba fez questão de se mostrar à Hinata e às crianças. Ficou contando histórias de suas últimas missões, o que fez a maioria rir das palhaçadas que ele contava. Em certo momento, Kiba rememorou algumas missões do time 8 e isso fez com que Hinata abrisse um sorriso enorme, lindo. O maior que Naruto já vira até então.

Hinata tinha o sorriso mais lindo de todo o mundo e isso esquentava seu coração, mas também, precisava confessar para si mesmo, aquilo o incomodou.

Ela nunca sorriu assim para ele. Tão abertamente, tão sem medo, nem vergonha.

Kiba e Hinata se compreendiam de uma maneira que ele ainda não conseguia. Quando Kiba se excedia ao narrar algo do passado deles que pudesse assustar as crianças, Hinata apenas lhe lançava um olhar e Kiba entendia o recado e mudava de assunto, ou então, terminavam as frases um do outro.

Kiba falava alto, gargalhava e era inapropriado muitas vezes. Em outras palavras, Kiba era muito parecido consigo.

Naruto engoliu a seco.

O que impedia Kiba de tentar algo com Hinata?

Se é que já não havia tentando... E se tivesse, poderia culpá-lo? Quer dizer, Kiba esteve ali ao lado dela este tempo todo enquanto ele não.

Engoliu outro pedaço de costela que desceu rasgando.

Kiba a conhecia há muito mais tempo que ele. Kiba e Hinata eram íntimos. Kiba a protegia.

As batidas do coração de Naruto de repente pareceram rápidas demais e ele temeu que alguém na mesa pudesse ouvir.

- Ei, Naruto! Estou falando com você! – Kiba gritou do outro lado da mesa (especificamente ao lado de Hinata.

Enquanto ele tinha de ficar sentado na outra ponta, bem longe...

- Ah, o que? – Naruto perguntou saindo do transe.

- Está bem, Naruto-kun? – Hinata perguntou, a voz doce, porém, preocupada.

- Cla-claro, dattebayo! Por que não estaria?! – Retrucou ansioso, como se corresse o risco de ter os pensamentos lidos.

- Então nos diga, o que traz a vossa ilustre presença?! – Kiba cutucou.

Respirando fundo, Naruto respondeu:

- Um Hokage deve proteger o tesouro mais precioso que existe.

- Que seria?

Naruto olhou para Hinata, em seguida, encarou Kiba.

- As crianças.

- Uhmmm – Kiba murmurou não convencido. – E como anda Sakura? Faz tempo que não a vejo.

Hinata engasgou com a comida.

- Hina-chan, está bem? – Kiba foi o primeiro a socorrê-la por estar mais próximo.

Deu tapas gentis nas costas da amiga para aliviá-la. Quando esta se recuperou, fez que sim com a cabeça para acalmar a todos e lançou um olhar cheio de significado para o amigo que entendeu na hora. Ele tinha falado demais.

Naruto percebeu a troca de olhares entre eles. Perdeu a fome.

- Quem é Sakura? – Mei perguntou ao notar o desconforto de todos.

Os três se entreolharam. Ninguém tinha coragem de dizer até que Hinata foi a primeira a dizer:

- A noiva do Hokage-sama – disse num fio de voz, a cabeça baixa mirando as próprias mãos que apertavam o tecido de seu vestido com força.

- Oh! – Mei exclamou, surpresa e tão desconfortável quanto todos à mesa. Amaldiçoou sua maldita boca grande!

Um silêncio mortal se instalou no recinto.

- Bem... – Kiba começou depois de um tempo. – A comida estava ótimo como sempre, Hina-chan, mas já está tarde. Tenho de ir.

- Eu te levo até o portão – ela respondeu.

Naruto fez menção de se levantar para ir junto, mas Hinata fez que não com a cabeça de forma discreta. Ele se sentou novamente, sentindo-se desolado e ansioso. Precisava mais do que nunca conversar com Hinata.

Mei que ficara na mesa com as crianças não tinha coragem de olhar para o Hokage. Tê-lo pego pelado não era nada comparado àquilo. Saber que aquele homem que outrora julgara ser honesto e decente, estava fazendo sua querida chefe e amiga de besta, era demais para ela. Assim sendo, deu uma desculpa qualquer e se retirou com as crianças.

Naruto ficou sozinho. O coração apertado e vazio.

 

Lá fora, Kiba e Hinata conversavam abertamente sobre tudo. Hinata não entrou em detalhes, mas contou o que achou relevante. Era um alívio poder colocar aquilo tudo para fora.

Após o relato, Kiba abraçou a amiga e depositou um beijo em sua testa.

- Sabe que me preocupo com você, não sabe, Hina-chan?

- Eu sei...

- Não quero que se machuque.

- Uhum...

- Se esse idiota brincar com você ou te fizer sofrer, eu juro que o mato!

Hinata sorriu mesmo triste.

- Ele disse que terminaria com ela.

- E terminou?

- Eu não sei. Vou falar com ele agora.

Kiba assentiu. Hinata era muito inocente. Apesar de Naruto ser conhecido por sua força de vontade e a força de sua palavra, Kiba temia que pela primeira vez ele não fosse cumprir com uma promessa. Desde que se entendiam por gente, Naruto fora apaixonado por Sakura. Estavam noivos. Era pouco provável que terminasse com Sakura para ficar com Hinata. Suspirou triste e sentiu-se cansado de repente. Não queria ver a amiga sofrer novamente. Por isso, prometeu mentalmente que ficaria de olho em Naruto e se ele tardasse a tomar uma atitude, o obrigaria a tomar uma.

- Só tome cuidado. Está bem? – ele disse, gentil. – Qualquer coisa, sabe que pode contar comigo. Né?

- Claro! Você é um dos meus anjos – sorriu, sincera.

Naruto assistia à conversa do telhado. Teve todo o cuidado de ocultar o chackra para não ser notado. Assim pôde ouvir toda a conversa. Quando ouviu eles se despedirem para valer, se apressou em esperá-la no quarto onde tudo tinha o detalhe gentil das mãos dela. Fossem as cores suaves de lilás e creme, fosse o início de uma peça de tricô vermelho em cima de uma poltrona ou mesmo o cheiro floral em todo o cômodo. Tudo ali remetia à doce presença de Hinata que mesmo ausente se fazia tão presente.

Naruto respirou fundo com medo da conversa que teriam, mas de uma coisa tinha certeza: não desistiria desse amor por nada nesse mundo.


Notas Finais


Amanhã posto o próximo capítulo! ;)


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