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História Inevitável - O início e o fim


Escrita por: Marihimee

Capítulo 1 - O início e o fim


 

Já tinha alguns pares de horas desde a hora do jantar e nenhuma ocupação era o bastante para atenuar meus pensamentos. Ficava ansioso a cada instante e incompreendia o motivo daquilo. Tudo isso por que eu não passo de um covarde.

O ruído da madeira rangendo áspera denunciou uma segunda presença ali consigo. Era um costume pouco regular, no entanto, como um bom Bookman curioso que era espiei pelo olho despido do tapa-olho e deparei-me com o par de pernas feminino vindo tranquila pelo escritório. As meias que lhe vestiam até a altura de suas coxas e o ruído sonoro de seus saltos ecoando na sala só poderiam ser uma pessoa.

 Lenalee Lee...

Visivelmente animado pela visita da exorcista, a pena ficou largada no tinteiro, erguendo meu rosto para lhe saudar quase que de imediato.

– Lenalee-san, a que devo a honra? – Apoiei-me risonho com os braços na mesa aguardando-a chegar com uma xícara solitária em sua bandeja. A minha xícara.

– Quando pretendia me contar, Lavi?

Ela já sabia... Há algumas semanas atrás e com a descoberta de que o Walker acordara do coma, Panda Jiji tinha me preparado, que mais cedo ou mais tarde estava predestinado a fazer o que era esperado de mim e teria de abandonar a cede da Ordem Negra. Por tempo indeterminado, exatamente como disseram.

Desconfiava que não era apenas para tomar conta de Allen e que sim, haviam alguns acontecimentos que comprometiam a minha autenticidade como Bookman.

Meus passos eram premeditados para o caminho de ser mais um historiador, no entanto, tinha sentimentos de mais e o que é pior: eu havia compartilhando demais. Até criando laços de amizade havia o feito, até quando consolei Lee pelo desaparecimento de Walker.

Não ousaria dizer mais nada e não quebraria o silencio instaurado pela chinesa. Ela tinha em seus olhos negros um aspecto angustiado, mudo. Não sabia o que era, mas o colorido rubro nas maçãs de seu rosto delicado e aquele seu olhar trêmulo para mi mm estavam me causando um certo desconcerto.

Um dia essa hora iria chegar, por isso a deixei por último... Quem deu com a língua nos dentes por aqui?

– ... Isso não é justo. – Ela despontou uma fala hesitante. - Já me tiraram o Allen-kun, Kanda está partindo amanhã e agora vão me tirar você também? – Não deveria, mas sorri para ela enquanto levantava da cadeira de trabalho. – Me diga Lavi...

Ela me parou, hesitando de novo e fazendo a espera pelo resto da frase ser o julgamento mais doloroso que teríamos. Fitando o movimento sutil de seus cabelos – agora curto – mas que aos poucos escondiam seu rosto com o abaixar de sua cabeça.

– Porque é que tenho a sensação que você não vai mais voltar? – Encarei ela reprimindo o máximo que podia a parte final de sua pergunta. – E-Eu não vou nem mais saber do que te chamar! Me disseram que você vai ter de... Ser o que nasceu para ser...

Aquela sua intensidade foi tão fatal que me desnorteou, me desarmou. Se antes tinha incertezas em olhar para os olhos dela, agora é que não sabia mesmo o que dizer pela ausência deles em meu campo de vista.

Tive de sorrir, ao contrário dos meus outros sorrisos, aquele era  triste. Mas suficiente para me dar coragem e embalar seu corpo delicado enlaçando em sua cintura, queria produzir uma sensação a ela que a acalmasse, mas ganhei em troca a noção de sentir uma lágrima sua, começou tímida em seu rosto, não tardando a evoluir para uma outra... E mais outra...

– Srta. Lee...  Para você eu sempre serei eu... – Mencionei cuidadoso com a criatura delicada em meus braços, afagando suas madeixas negras com carinho o que fez exalar seu cheiro pelo ar. – Sabe... Não é como se fosse numa missão suicida igual o Allen.

Seu idiota...

Mereci o soco com a lateral de seu punho fechado que ela me deu no peito. Lenalee era muitas coisas, mas fraca certamente não era uma delas. Ri sentindo uma pontada de dor pelo meu infortúnio, sim, essa circunstância não era algo que eu dissesse: Nego meu destino e serei quem quero ser. O prognóstico era apenas um.

Os minutos eram imperdoáveis e nos deixava sem tempo. Mas nem a exorcista em meus braços se mexia naquele meu acolhimento e tampouco eu o faria. Já havíamos perdido a noção do tempo, do espaço, e as coisas continuavam se encaixando sem que programássemos isso.

Era um processo natural em como o corpo quente dela ajustava ao meu, as batidas aceleradas de meu coração e claro as nossas respirações sincronizadas. Não fazíamos por querer. Ela sabia disso ao ponto que o que era um soco em meu peito tornou-se uma urgência em agarrar-me pelo uniforme, com seus dedos tão esguios e ainda assim delicados.

Nunca antes tínhamos tido um abraço com tanta angustia, mas o que me deixava surpreso era que ao mesmo tempo isso apetecia meus sentidos. O primeiro movimento dessincronizado foi o dela. Era uma boneca em meus braços, e cheguei ao ponto de sentir medo de lhe quebrar caso fizesse algum movimento brusco.

Seus olhos brilhantes foram os primeiros a se revelarem. Estava diferente, sentia algo novo no ar. Como é possível uma Lenalee de o que, cinco minutos, dez minutos, uma hora atrás? Não sei quanto tempo foi, só sei que... Algo havia mudado.

– Posso te fazer um pedido? – Iniciou tímida levantando o rosto e me confundindo se ela estava envergonhada ou as maçãs coradas em sua face estavam assim pelo choro. Assenti a ela, fraquejando com a cena em minha frente.

- Me leve com você dessa vez... – Pediu acanhada, agora segurando com suas duas mãos em meu uniforme. Não posso...

– Lenalee, mas isso que você me pediu eu não-

– Não falo desse jeito... – Me interrompeu de um jeito tão decidido que até assustei-me com toda a sua segurança repentina. - Me leve da o-outra forma...

– Do que você está falando? – Como assim Lee? Folguei um pouco do abraço para dar-lhe algum espaço, ela não disse nada mais durante algum tempo. Parecia ter travado uma batalha interna consigo mesma e eu era o único telespectador. O único quem a observava engolir a seco, o único quem conseguia sentir seu nervosismo.

A julgar pelo olhar dela, não tive como não ver no que havia realmente mudado em tão pouco tempo. Ela estava mais decidida, estava mais... crescida.

Me peguei combinando as ideias até chegar num fato curioso ali dentro da Ordem Negra. Lenalee era uma mulher muito fácil de se apaixonar e não havia um cara se quer que já não tivesse mencionado algo sobre ela antes, bom eu era um deles e não iria mentir.

Aquele se rosto rosado em minha direção só confirmavam o que já havia dito e estou certo de que essa imagem não iria sair da cabeça tão cedo assim. E talvez nunca saísse ou não era um Bookman...?

– ... Lenalee...? – Chamei numa misto de pergunta e afirmação, nem eu tinha certeza do que se passava naquele instante.  Não que ela precisasse desenhar o que estava me pedindo, mas eu a respeitava. Se pensava coisas, sim... Até lutei contra, porém, era tudo em segredo.

Parecendo desperta, as mãos pequenas dela desbravaram em uma aventura. Pelos sete mares aquilo era lindo demais, ela era linda demais. Aprendendo com sua curiosidade, foi sagaz ao colocar sua mão esquerda em meu ombro, por que aquilo me distraiu. E me distraiu a tal ponto que se quer premeditei ela segurar em minha nuca, tomando espaço entre os fios ruivos e suas unhas. Estremeci quase que frágil. A morena me ganhou e o arremate dela estava cada vez mais certeiro.

A partir disso juntei toda as minhas forças para direcionar lhe um beijo em sua testa, beijando-a ternamente por cima de sua franja. Tinha todo cuidado e ainda assim era pouco. Lenalee não era um de meus “Strikes”, ela não era uma conquista, ela era única. Não iria fazer nada do que não me fosse permitido e esperava que ela soubesse disso.

Ergui seu rosto com minha mão que pareceu grande demais para a sua delicadeza, e a vi novamente corada, tão viva... Era a coisa mais linda e com aquele rosto angelical severamente enrubescido pela afluência do sangue em sua pele, céus ela estava tão minha... Eram tanto os que a desejavam e ela estava ali por mim.

 O pecado nunca me fora tão sugestivo

E pequei. Não resistiria tanto assim, tinha minha curiosidade nata. Roçando meus dedos naquela pele alva, alcancei sua nuca com presteza. Fiquei perdido no ônix de seus olhos e faminto de uma sede que somente ela poderia me saciar.

Encostando meus lábios nos delas eu fui afortunado no mesmo instante, aceito como um estrangeiro em sua boca. Lenalee era muito doce, muito plena, muito quente e tão macia...

Convidei-lhe para dançar da dança que eu mesmo iniciei receoso. Embora estivesse pecando – e eu sabia muito bem disso –, não queria que aquele momento fosse intragável a ela.

Fui paciente, convidativo a tal ponto que eu nem mesmo acreditei. Estava louco de luxuria por ela, mas valia a pena sacrificar toda a fome, talvez não sacrificar e sim suprimir aos poucos. 

Percebendo que podia aprofundar um pouco mais, sorri entre o beijo ao notar que ela aprendia rápido e já estava tão entregue naquela dança lenta e sensual. Embriaguei-me, seu gosto e seus suspiros estavam só conseguindo me deixar mais fascinado por aquela mulher, sua doçura me fez sentir como um demônio perdido no céu. Eu estava no lugar errado, mas gostava de estar ali.

Na medida que o beijo evoluía, sua curiosidade caminhava junto. As mãos dela ora arranhavam-me a nuca, ora ouriçava-me os fios rubros de cabelo e até ousou ir mais além e retirar o acessório que me tapava o olho. E eu me deleitava, segurando firme em sua frágil cintura, entorpecido na minha missão de me controlar.

A essa altura a excitação era inconfundível e acredito que a garota já possuía conhecimento dela, caso contrário não teria afastado a coxa de minhas pernas com um gemido pouco perceptível. Um ato simples que me fez cessar o beijo com um sorriso. Eu era mesmo um canalha acima de tudo.

- Me desculpe por isso. – Estava sendo sincero, envergonhado pelo ponto que havia chego com ela.

– E-Espere um pouco. – Daria a ela todo tempo que precisasse, até por que em troca disso eu poderia vê-la tomar folego o que me deixou surpreendentemente satisfeito. Sorrindo para mim, suas mãos se retornavam para o ponto de partida que era meu uniforme. Notei em seu olhar uma surpresa ao me olhar, até que claro, recordei que era a primeira vez que ela me via realmente.

Sorrindo para ela de volta, a vi erguer-se em seus pés. Apertando o tecido em seu alcance, Lenalee pressionou o corpo o máximo que podia até alcançar meu ouvido. Estremeci vendo o corpo frágil de mulher dela colar com o meu.

– Lavi-kun... Seria muito atrevimento eu te pedir que... –  Havia urgência na voz e eu era a sua urgência. – ... Que você ficasse co-comigo também...

A sua timidez entrou em conflito com a nova mulher em si. Estávamos os dois ali, agora se encarando e ao mesmo tempo processando cada palavra da morena. Uma coisa era encobrir uma paixão que nutria por ela, mas isso que Lenalee pediu era muito maior.

Sabia com toda clareza de meu coração que ela já não era uma frágil garota com o coração partido, mas uma mulher que não se limitava por sua timidez.

Não desfiz meu sorriso... Como bom canalha que era. No entanto, eu iria lhe dar o que queria e não seria apenas pela minha curiosidade masculina. Não seria apenas pelo seu pedido. Mas seria por que eu já era parte dela. Só que eu precisava de uma certeza a mais e não que eu não acreditasse em Lee, muito pelo contrário, queria que ela tivesse certeza do que estava me propondo afinal a minha fama não era uma das melhores.

- Senhorita Lee... – Passei a mão pela cabeleira ruiva. Eu tinha de dizer alguma coisa e rápido. – Você já deveria ter sido informada que eu não presto... Não acha que eu seja o menos adequado?

Incrédulo com minha suposta sinceridade, pela primeira vez senti aquele peso me doer. Nunca antes na vida tinha pensado naquilo como estava pensando ali com ela. A chinesa pareceu pensar no que eu havia dito, pensou tanto até que saiu de perto e o salto estalando no piso de madeira fez meu coração bater igual.

Fiquei impaciente, apreensivo, ansioso. Porém não me restava mais o que fazer. Era tudo ou nada. Lhe vi de costas movimentar ou pouco os braços, não sabia o que ela estava fazendo. Aliás quando se tratava de Lenalee eu nunca sabia se quer o que ela estava pensando. Era muito difícil interpreta-la e então mais uma vez aguardei pela minha curiosidade.

- Eu não quero nenhum outro, Lavi-kun. – Mais um barulho no assoalho daquele cômodo. A voz rouca dela acariciou meu “nome” enquanto a figura feminina virou-se de frente a minha direção. Seu dólmã estava aberto, lateral afastada de lateral, expondo a mim o corselete vermelho. A visão a minha frente encheu-me a boca, não... Mais que isso, me fez acender.

- Se não quiser eu irei entender... Só, por favor não diga que há outros... Eu escolhi você. – Deixou o tecido pesado do de seu uniforme cair pelos seus ombros, insegura pela primeira vez se deveria deixa-lo cair ou vestia-se de novo. A respostava estava comigo no final das contas.

Naquele momento eu esqueci a sua hierarquia, esqueci a minha disciplina, esqueci até meu próprio nome! Pelos céus, que feitiço era aquele? Ela não fazia nada além do normal, mas me fazia tocar o paraíso embora meus pensamentos fossem totalmente lascivos, ultrajante. Esqueci de tudo. Estava pensando demais e isso não era bom. – Que inferno... – Praguejei antes de avançar até ela. Me senti como um animal com fome, com sede, com todos os apelos possíveis para a sua atenção e céus, ela estava me dando tudo isso! Como eu recusaria?

A tomei em meus braços, mas diferente da primeira, quis fazê-la sentir o peso de suas palavras. Eu era um canalha, só que até mesmo os canalhas buscam redenção, não é?

Não vendo nenhuma resistência por sua parte, joguei fora a minha teimosia de não toma-la para mim. Mordi meu lábio inferior a olhando. Foi inevitável do verde no preto, da mansidão na exaltação.

Tomado pela impertinência, não foi a única coisa que tomou posse e mais uma vez, ali estava eu lhe invadindo em um beijo. Céus que mulher quente... Pensava a cada investida perigosa ou carícia ordinária que minha língua acometia à dela.

Agindo mais impulsivo dessa vez, a deixa dada a partir do momento que o dólmã dela se rendeu ao chão. Me fazendo ter uma certeza única de pega-lhe pelos quadris, levantando-a para mim. Como eu adorava a sua esperteza. Nem precisei pedir e ela já me envolveu enlaçando com suas pernas em meu corpo, ela era mais leve do que eu me lembrava...Trazendo-a comigo sem desvencilharmos do beijo. Estava cada vez mais entorpecido, a queria... E tinha sua permissão agora.

Tateando minhas mãos por cima do corselete carmim, as dela também estavam atarefadas. Um no corpo do outro. Um com a mesma urgência do outro, só pode ser um sonho, anjos não pecam dessa forma... Ou estou enganado? Descendo o zíper daquele empecilho, rastejei pelo seu dorso o mais cuidadoso que pude. Dando-lhe tempo para que terminasse sua tarefa, jogando meu uniforme para fora de meus ombros em uma ligeireza que me fez sorrir maroto entre o beijo, do qual fiz questão de desce-los pela trajetória de seu queixo.

- Alguém está animada para tirar minha roupa? – Sussurrei rente ao pescoço frágil dela, notando um arrepio delicioso vindo da morena.

- Não fale assim... – Sussurrou de volta para mim. Me alinhei em sua frente, encantando-me mais uma vez por aquele doce sorriso. Ali em sua frente, meu sorriso era oposto ao dela e o tom lascivo presente em meus lábios acompanharam meus atos assim que despi do dólmã e da regata que encobria meu corpo. -  Eu se-sempre fui curiosa quando se trata de você, Lavi-kun...

Deixando-a comandar um beijo do qual a morena mesma iniciou. Livrei de seu corpo aquela peça incomoda, dando atenção ao corpo quente dela. Adorando cada arrepio da mulher, arfava junto com ela por seus suspiros intercalados pelo seu beijo ardente.

A sensação foi ainda maior quando minhas mãos se encontraram em seus seios. O cravar de suas unhas em minha nuca acompanhado de seu gemido jamais ouvido, enganando a quem achasse que não percebi, pois até o fluxo de meu sangue acelerou – se é que isso era possível – devido a circunstância desse excesso todo de agitação. Sua reação foi maravilhosa, estava ela ali contorcendo-se aos meus toques que a massageavam, puxavam-nos levemente... Me deleitava em sentir os bicos de seus seios enrijecerem-se em minhas mãos e de saber que tantos a queria, mas  era apenas para mim que Lenalee se contraia...

Dediquei-me algum tempo brincando naquela região até que decidi experimentar um pouco mais. Afastando meu rosto do dela, quebrando o beijo que como lembrança deixou cair um filete de nossas salivas. Lhe sorri assim que abriu seus olhos para mim. Depositando minhas mãos em sua fina cintura, arrastei-lhe mais para a beirada da mesa arrancando de seus lábios, agora avermelhados, uma exclamação de surpresa.

- Me diga o que eu posso fazer por você. – Ela disse perto ao pé do meu ouvido, bagunçando meus cabelos em um afago delicioso. – Sinto que estou perdendo nesse jogo...

- Eu vejo totalmente ao contrário. – Arrepiado não sabendo se por suas palavras ou pelos seus dedos, era todo sorrisos a cada beijo em sua pele.

Havia prometido não pensar, mas isso não desclassificava o fato de que essa provavelmente seria a última vez que nos veríamos, que nos tocariam... Um fato que não passou despercebido por ela também, afinal, Lenalee não era boba como achavam. E isso era o que amava nela.

Tentando não me acovardar, encorajei-me escorregando uma mão maliciosa em sua perna, investindo em toques quentes ao apertar sua coxa na extensão desprotegida. – Você já ganhou esse jogo a partir do momento que pisou aqui... – Perdendo essa mesma mão para dentro de sua saia, o primeiro ápice que queria dar ela seguiu quando minha mão em seu dom natural de pura travessura, passou a lhe acariciar por cima da calcinha de algodão e não apenas isso, pois em pleno bel-prazer, abocanhei o seio feminino.

Talvez eu devesse ter ido com calma, ter lhe dado um pouco mais tempo. Só que vê-la tão quente, molhada por cima da calcinha... Era demais até para mim. Teria suspirado para ela e acredito que tenha o feito algumas vezes embora era o seio dela que estava em minha boca. Como era delicioso aquele pomo feminino, farto na medida da minha fome. Sua pele alva se arrepiando ao toque da minha língua, de como eu lhe chupava com uma intensidade moderada, não querendo extrair nada além do que me era dado. Tinha de me controlar apesar de tudo.

Entre seus gemidos eu a via enlouquecer. Meu anjo estava enlouquecendo para mim, chamando meu nome. Ela parecia não aguentar mais e eu não conseguia mais parar.

- Por favor... Lavi-kun... – Chamava em uma melodia inconfundível de excitação, puxando meus cabelos e por aquele instante me fazendo desocupar minha boca de seu seio. Adorando o trabalho que havia feito ali, estava extasiado em apenas ver sua pele marcada pelo tímido rosado. – Eu não consigo mais... por favor... me deixe ser sua

Ela suplicava olhando em meus olhos. A única mulher do mundo que conseguia me fazer ir de zero a cem em um segundo. Em um segundo estava eu exalando uma excitação incontrolável e depois fazia-me enternecer através de seu olhar. E quando a sensibilidade dela me atingia, eis que novamente Lenalee me bagunçava de novo a partir do instante que seu gosto puro e excitado contratava com o ímpeto da minha excitação. Chega, eu preciso dessa mulher, agora.

Jogando uma parcela de coisas ali de cima da mesa para o chão, de novo peguei-lhe pelos quadris e dessa vez a levei mais para o meio da mesa. Antes de subir com ela, desfiz o cinto de minha calça numa urgência incontrolável. Não preciso ressaltar o quanto adorava a inteligência dela de novo, mas eu sempre me impressionava por isso. Em sincronia comigo, a menina-mulher tirou a própria calcinha, denunciando toda a sua inexperiência. Uma inexperiência que não a impedia de soltar seus desejos comigo.

Não precisávamos dizer nada. Não ali naquele momento. Não enquanto eram os nossos corpos os únicos que falavam pelos nossos corações.

Enquanto ela se deitava sobre a mesa na medida em que eu subia em cima dela, desfazia-me do botão e do zíper da calça. O tecido que cobria a minha virilidade não mais nos atrapalhava e ainda assim cessei um instante. Parei apenas para observar a mulher abaixo de mim, pronta para ser minha de corpo, alma e coração.

 Não me rendi ao luxo de olhá-la. Queria eternizar esse momento com ela e eu o faria da melhor forma possível. Aguardando-a enquanto ela me agarrava pelo pescoço, sorri para a morena que exalava uma fragrância doce: baunilha talvez?

- Se eu te machucar você me diga, está certo? – Colando com a testa na dela, aguardei-lhe.

- Eu confio em você.... – E era tudo o que eu precisava ouvir, seu sorriso acolhedor me mantendo para si enquanto auxiliava-me em minhas próprias angústias. E mesmo assim, quem me reconfortava naquela ocasião era ela.

Sorrindo de volta. Depositei em seus lábios um selinho demorado enquanto me posicionava melhor. Transformando em um beijo logo em seguida, a deixei distrair-se com minha língua e a dela, travando uma dança que curiosamente aprendi com ela naquela noite. Era o jeito dela e eu amava isso.

Cuidadoso como se tivesse um anjo em meus braços, encaixei melhor ao abrir suas pernas com meu corpo. Estava irresistível a preparação para toda aquela transmissão de calor, hormônios, tudo. Me apertando fortemente quando me encostei em sua intimidade, embora fosse eu quem estivesse por cima, era apenas ela quem controlava tudo. E então cedi, penetrando-a, lento conforme me era permitido. Sentindo seu grito deter-se em nossas bocas e depois voltar para a garganta.

Um pouco receoso e arfando muito, estava prestes a sair de dentro dela quando Lenalee se moveu debaixo de mim. Não afastando os nossos lábios, introduzi o restante de mim para preenchê-la em sua extremidade, tão apertada, tão minha. Unindo-me a ela que chorou silenciosa e mesmo em choro não se desprendeu seu corpo do meu. Ela era valente e eu reconhecia isso.

Estocando a luxuria na inocência recém corrompida, pude saber graças ao cheiro metálico impregnado junto ao cheiro dela. Regozijando-se em urros abafados pelo beijo, decidi que estava na hora de deixa-la se libertar e após minhas novas investidas, fui para a região de seu pescoço. Deleitar-me em sua pele acabou se tornando o meu maior vicio, não muito atrás estava o de ouvi-la gemer para mim. Era uma ninfa, era o meu anjo... E ao mesmo tempo que era meu tudo, também era a minha desgraça.

Não resistia aquele corpo delicado, corado e suado embaixo de mim, implorando por mais... E foi isso que lhe dei, lhe dei tudo de mim e daria ainda mais. Incorporado pelas ondas de prazer, apoiado com as mãos aos lados de sua face ali na mesa, segui frenético em um vai-e-vem... Ensinando-a uma nova dança. Mais uma vez a curiosidade tomou porte e ela pareceu tomar gosto pela nova dança, mexendo-se como podia e aparentando não mais incomodada pela dor de sua candura ter sido perdida comigo.

Sorrindo-lhe, me retirei por alguns instantes, queria lhe dar o controle total afinal, ela já o tinha sobre todas as coisas nessa sala. Achei graça aos olhares curiosos, mas não tive tempo de explica-lhe. Lenalee era perspicaz demais. Eu a subestimo muito...

Vendo-a me jogar na mesa, aquilo só fez meu sorriso crescer ainda mais. Ela era saborosamente imprevisível, céus como a amava. Ela tirou a saia que lhe cobria, mantendo em seu corpo as meias, a sua inocência de exorcista e os saltos. Um pecado real à minha sanidade restante. – É minha vez de tentar... – E com um sorriso no rosto, anotei mentalmente que meu anjo estava se tornando atrevida demais. Parece que a corrompi no final das contas...

- Por favor, tome conta de mim, senhorita Lee... – Imitando a petulância de seus atos, porém em minha voz, apoiei as mãos em sua cintura. – Mas saiba que a visão daqui debaixo é ainda mais deliciosa.

Vê-la desconcertada foi a melhor coisa do dia, talvez não tanto quanto foi vê-la me tomar para si. Introduzindo-me, aceitando-me na sua intimidade. Me fazendo espremer-me por aquela abertura recém violada. Gemendo alto, quase que como um grito de libertação. Estava se libertando de tudo naquele momento e mais uma vez, prendendo minha alma a ela.

Enquanto ela mesma fazia as movimentações, percebi o quanto a missão dela havia dado certo. Ela era minha agora e eu seria para sempre dela. Enquanto ela mesma dançava em cima de mim, suas mãos cravam a carne do meu peito, não apenas isso... marcavam seu território como minha dona. E enquanto ela mesma tomava posse de mim, desejei gritar....

Levantando-me para sentar em cima da mesa de mármore, quase não a dei espaço para se acostumar, deixando-a inquieta debaixo de mim ajeitar com suas pernas envolta de meu corpo, enlaçando nos corpos. Sem aviso também, apertei por sua cintura e a fiz mover-se. Estava necessitado e não era como antes. Se ela me queria para si e eu não a tivesse levado a sério, agora era inevitável que se sentiam um só: ele dela e ela dele.

Apertando-se em meus ombros, a morena quase chorou em seus gemidos e me chamando a cada instante que passava. Já sabíamos o que viria a seguir e incerto para quando o nosso clímax chegasse antes mesmo que eu me afastasse, recebi uma repreensão de Lenalee, uma censura silenciosa que eu já sabia o que significava.

Os movimentos continuando cada vez mais firmes, a dança apressada denunciava uma luxuria escondida, um amor que eu desconhecia até aquela noite. Um amor que me deixava insaciável, mas que me completava.

Eu dizia coisas incompreensíveis, diferente dela que parecia não entender e mesmo assim compartilhava. – Lavi! – Me chamando com uma premência ainda maior, clímax veio cedo, audível pelo seu gemido alto.

Não resisti aquele corpo contorcendo-se enquanto gemia meu nome. E o ápice da minha lascívia veio não muito depois, me fazendo um Lavi arfante, um Lavi diferente. Sentados e ainda ofegantes, abracei seu corpo despido. Ela não estava nua só pelo fato de estar sem roupas, mas agora eu a via nua em todos os seus sentimentos.

Imaginei naquele instante como iria conviver com aquilo a partir de agora. Pois conheci uma Lenalee que nenhum outro havia se aventurado... E ela, bom... Havia feito um Lavi apenas para ela e eu sempre seria assim. E se fosse um futuro diferente, poderíamos ter outro caminho afinal... Era tudo inevitável. Inevitável eu ser outra coisa senão dela.


Notas Finais


Obrigada por ler. <3


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