1. Spirit Fanfics >
  2. Inevitável >
  3. Capítulo XXIII

História Inevitável - Capítulo XXIII


Escrita por: mabelix

Notas do Autor


OLAAAAAAA, desculpem por não ter respondido todos os comentários, ainda tô no pique do ano novo e tô um pouco baratinada por aqui hahaha Tive uma ideia de uma fanfic ontem a noite e meti brasa escrevendo, então desculpem pelo atraso desse capítulo, mas quem também quiser dar uma passadinha nessa outra ó já ganhou um espaço no meu coração ❤️

Capítulo 23 - Capítulo XXIII


Fanfic / Fanfiction Inevitável - Capítulo XXIII

Com quantos copinhos de 300ml é possível ficar alcoolizada em menos de duas horas?

Na verdade, eu não fazia ideia.

Acredito piamente que meu raciocínio também não era lá um dos mais qualificados pra fazer um cálculo naquele justo momento. O momento em que eu tentava andar pelos corredores da casa sem arrancar o dedo mindinho. — Já que o pobre coitado tinha colidido em meia dúzia de móveis e paredes. Eu realmente não sabia se ele ainda estava lá. Minha visão estava turva e eu só conseguia enxergar um pontinho vermelho onde deveria está meu pobre dedinho desfalecido.

Se havia dor? Não, eu estava completamente dormente.

Talvez por isso e por dois tropeços — que quase me levaram ao chão — uma voz muito parecida com a minha, vinda de um canto escuro do meu interior, alertou-me que eu poderia está um pouco embriagada.

Respirei fundo ao chegar na porta de acesso à varanda.

“Não vamos pagar mico, okay? Finja plenitude, todos estão olhando, inclusive a pessoa que acabou de te deixar na mão. Literalmente.”

Coloquei os óculos escuro no rosto e voltei para a área da piscina de peito estufado, como se, por acaso, não estivesse tentando me equilibrar sobre meus próprios pés. Sentia meu corpo queimando com o sol — E com os olhares alheios vindo especialmente de uma mesa rodeada de abutres, mas um em especial me fez umedecer os lábios.

Ainda sentia seus dedos me acariciando, droga, eu estava sensível demais pra ser deixada com um serviço incompleto. Eu não queria nem lembrar da nossa noite ou eu teria um orgasmo antecipadamente.

Paralisei diante minha espreguiçadeira viajando em pensamentos, ao me notar ali estagnada, Lupita franziu o cenho, eu imitei o seu gesto e girei os calcanhares dando-lhe as costas.

Diego nem deveria perceber que eu estava o encarando por debaixo dos óculos, mas o fazia, sem desviar por nenhum minuto até chegar à frente da sua mesa.

— Olá, meninos.

— Robertinha, a que devemos essa honra de vir à nossa mesa? — Nico perguntou ajeitando a postura. — Procurando alguém em especial?

— Na verdade… — Inclinei-me ao pôr as mãos sobre a mesa, fazendo sem nenhuma intenção explícita meus seios se esmagarem com a posição. Os olhos de Téo quase saíram de órbita e ele se engasgou com o ar. —  Se vocês me derem licença eu queria ter uma palavrinha com o Bustamante, temos muitas coisas mal resolvidas.

— Eu acho que vocês tem coisas resolvidas até demais… — Giovanni se intrometeu malicioso.

Diego fechou a cara o empurrando com o ombro. Eles se encararam por um breve momento e Giovanni riu, saindo da mesa, não antes de erguer uma única sobrancelha na minha direção.

— À vontade, trombadinha, a mesa é toda sua.

Téo ainda tinha os olhos devorando meus seios quando Nico o empurrou pra longe da mesa, fazendo-o tropeçar no batente da piscina e tombar na água. Miguel e Nico caíram na gargalhada.

— Merda, ele não sabe nadar. — Nico alertou entre risos e logo se prontificou para salvar o amigo.

Miguel seguiria os mesmos passos se eu não o impedisse segurando seu braço.

— Sabe o antigo quarto do Madariaga?

Ele me encarou, confuso.

— O quê que tem?

— Você deveria ir lá.

— Por...

— Só vai, okay? Não pergunta, só vai.

Miguel pendeu a cabeça para o lado, o semblante desconexo demais pra eu tentar entender.

— Você não deixou nenhum pinto de borracha pronto pra voar na minha cara, não né?

— Você acha que se eu tivesse um pinto de borracha, eu usaria ele dessa forma? — Retruquei retoricamente.

Ele riu.

— Depois do que eu ouvi do que aconteceu entre você e Diego, eu não duvido de mais nada. — Sibilou.

Limitei-me a dar de ombros e o esperei estar longe o suficiente da mesa para me sentar.

Aparentemente minha vida íntima estava correndo de boca em boca dentro da casa. Não desconsiderei a hipótese da própria Vick ter espalhado a traição deixando-me como a vilã da história, a pessoa que havia seduzido seu namorado e destruído seu relacionamento de anos. Se bem que a última parte era verdade, mas eu não havia o seduzido, droga, Diego quem tinha me envolvido naquele joguinho sexual. — e eu aceitando de muito bom gosto.

Confesso do fundo do meu coração alcoolizado que estávamos terrivelmente errados. Ambos. Mas era tão mais fácil culpá-lo de tudo.

Não era a toa que as meninas me observavam com desdém, e, segundo a Colucci, não queriam sequer dividir o quarto comigo. — Não que isso fosse uma coisa ruim, até agradeceria futuramente se nenhuma delas olhasse mais para minha cara. Eram um bando de patricinhas inúteis.

Retornei a realidade quando o homem a frente pigarreou. Eu me sentia destemida antes de cruzar os olhos com as orbes escuras e instigantes. Meus ombros caíram. Porque ele tinha que está sem camisa? Porque ele tinha que dizer que estava apaixonado por mim? E porque diabos Diego tinha que ser tão… tão filhadaputamente gostoso?

Ele e eu estávamos divididos por uma mesa, seu celular — que teimava em vibrar a cada cinco segundos — e uma pilha de cartas que os meninos usavam antes de eu chegar.

Notei brevemente alguns arranhões pela extensão do seu ombro. A curiosidade me fez ansiar por ver detalhadamente suas costas desnudas.

Eu queria só mais uma dose de coragem líquida.

— Porque você está apaixonado por mim? — Perguntei em um ímpeto de audácia.

Ele sorriu. Droga. Seus dentes eram tão brancos que poderiam me cegar. Porque ele tinha que ter um sorriso tão bonito?

— Pelo o que eu saiba, não é assim que começa uma conversa sobre esse tipo de assunto.

— E como é?

— Assumindo que também está caidinha por mim. — Ele disse como quem diz que vai comprar café no mercado. Idiota.

— Mas a questão é essa, eu não estou. — Disse firme retirando os óculos.

— E porque veio atrás de mim? Não seria mais fácil me ignorar e seguir em frente?

Bufei.

Desviei os olhos para a piscina, mordendo o interior da bochecha. Estiquei os braços pela mesa quase tocando seus dedos.

— Eu tenho duas coisas pra falar, okay? Faça silêncio. — Respirei fundo — A primeira é que eu estou bêbada, por isso vim atrás de você. Não me humilharia dessa forma depois de você ter me deixado na mão agora pouco.

Ele abriu a boca pra rebater e eu estiquei os cinco dedos no ar, exigindo que parasse antes de começar.

— A segunda é que… — Puxei as mãos de volta para o colo. — Eu tenho medo, certo? Eu tenho medo de me envolver demais, medo de me machucar, você é um completo cafajeste, Diego, nunca parou quieto com uma mulher só. Eu te odiava justamente por conta desses motivos. Eu… olha, somos incompatíveis, não daríamos certo nem aqui, nem em canto nenhum. É só sexo. Só isso. Eu não quero sentir nada por você, eu me recuso.

Eu não percebi o momento em que ele se arrastou para o meu lado, e, quando menos esperava, seu rosto estava a centímetros do meu. Ofeguei com a surpresa.

— Se é só sexo pra você, então faça sexo comigo. — Ele murmurou prendendo meu queixo entre seu polegar e o indicador, obrigando-me a encará-lo. — Você é boa no que faz.

— Você disse que só me queria se eu fosse sua. — Recordei das suas palavras de minutos atrás.

— Retiro o que disse. Eu quero você na minha cama, debaixo ou em cima de mim, mesmo ainda não sendo minha por completo. — Ele se arrastou ainda mais para frente.

Eu agarrei sua outra mão entre meus dedos, me sentia um poço de água em sua frente. Porra. Cadê aquela mulher determinada? Havia sumido junto com a dignidade da minha calcinha, que, deveria está mais molhada que qualquer outra coisa naquela varanda.

— Você não pode está apaixonado por mim… — Murmurei ainda travando um conflito interno com aquelas palavras. — Nós nos odiamos, a gente tem que continuar assim… Só… Continuar de onde paramos.

Diego passou a língua entre os lábios.

Eu queria chorar.

— Você tem medo de dizer em voz alta o que sente…

— Porque pode se tornar real a partir do momento que eu falar isso pra você. — Completei em meio a um murmúrio.

Os olhos de Diego acompanharam avidamente os movimentos dos meus lábios. Mordi-os em inquietude.

Nossos narizes se tocaram levemente.

— Eu sei que você bebeu, mas eu quero tanto te levar pro meu quarto e te fazer minha de novo. — O sussurro fez meu cérebro ter algo parecido com um orgasmo. Ele estava em êxtase. 

Fechei os olhos.

— Vai fazer o serviço completo?

Ele riu.

— Eu não deixaria de fazer.

— Você deixou — Eu disse indignada, abrindo os olhos pra lhe mandar meu maior semblante irritado.

— Eu só queria descontar a minha raiva em ver todos os caras babando por você e eu não poder fazer nada contra isso.

Balancei a cabeça para o lado abrindo um pequeno sorriso.

— Está com ciúmes?

Diego revirou os olhos.

— Eu não sinto esse tipo de coisa. — Afirmou convicto. — Eu só não quero ninguém comendo você com os olhos.

Eu sorri com a infantilidade dele. Eu sequer poderia pensar em julgar, era uma hipócrita, negava meus sentimentos na cara dura.

— Isso se chama ciúmes.

— Não, não é — Rebateu.

— É sim.

— Não é. — Ele sussurrou e seus olhos desviaram dos meus lábios diretamente para meus seios. — Você está me enlouquecendo nesse biquíni, não tem ideia do quanto eu estou me controlando pra não te colocar de quatro aqui mesmo nessa mesa.

— Você não pode fazer isso, mas... — Me ajeitei na cadeira, nossos narizes encostaram novamente — Você pode me beijar.

Diego sem pensar duas vezes traçou o polegar do maxilar até a minha maçã do rosto, seus dedos contornaram parcialmente minha nuca e ele finalmente me beijou. Seus lábios cobriram os meus de forma lenta e excitante. De modo automático minhas mãos envolveram as suas. Eu queria sentir a sua pele quente.

Meu coração pulsou enlouquecidamente.

No meio da varanda, com as pessoas mais fofoqueiras do colégio presenciando o beijo de duas pessoas que até ontem se detestavam, eu soube que primeiramente estava perdida e, que, meu coração agora estava entregue nas mãos de Diego Bustamante.


Notas Finais


muito amorzinho a roberta se assumindo, pelo menos em pensamentos hahaha


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...