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História Infeliz coincidência - Tentativa de aproximação


Escrita por: Byunbibu

Notas do Autor


Eu espero realmente que gostem pq é um de transição para o final, eu particularmente amei escrever esse, é muito fofinho e tem bastante interação do Chan com o MiYong, e claro um pouquinho de spoiler sobre o futuro de ChanBaek nessa fic, o próximo provavelmente será o penúltimo, ainda não sei, vamos ver q
Enfim, não vou enrolar mais, vamos ler, hm?

Capítulo 10 - Tentativa de aproximação


— Que papais? Eu só tenho um pai... — Era MiYong. — O que esse cara tá fazendo aqui? — A criança indagou ao ver ChanYeol deitado e BaekHyun por cima, sem entender o que faziam tão escondidos em baixo das cobertas e naquela posição. — VOCÊ ESTÁ BATENDO NELE, APPA? DEIXA YONGNNIE AJUDAR? 

E para o desespero dos três adultos presentes naquele quarto, MiYong correu para a cama pronto para atacar ChanYeol quando DaeHyun o segurou no ar, colocando em seu colo logo em seguida. 

— Eles estão tratando de negócios, Yongnnie. Vamos voltar a dormir enquanto eles terminam aqui. — Usou a inocência da criança para explicar aquilo, ele ainda não poderia saber sobre ChanYeol, não iria aceitar e provavelmente ficaria com raiva do maior. Além de que ele era muito novo para saber o que é sexo. 

— Mas precisa ser na cama? Appa sempre diz que cama é para dormir. — Aquelas perguntas estavam fazendo DaeHyun segurar sua vontade de rir e deixar o afilhado aprontar o que bem quisesse com eles, achava que BaekHyun deveria sofrer as consequências de sair transando com o cara que lhe engravidou, mas aquilo não era problema seu e como melhor amigo do mais baixo, deveria ajudar e não atrapalhar. 

— MiYong, o que eles estão fazendo na cama você ainda não pode saber, quando você crescer saberá o que é. — Explicou calmamente, pegando o afilhado no colo, pronto para sair dali. 

— Tá bom, mas eu quero saber porque disse papais sendo que eu só tenho um. — De novo, aquele quarto congelou, a tensão no ar se instalando rapidamente deixando tudo em silêncio, até DaeHyun outra vez salvar a pátria. 

— Logo você descobre, hm? Agora vamos e deixe eles conversarem. Amanhã de manhã você tem karatê e precisa dormir para bater nos valentões. — E sem deixar espaço para mais questões, MiYong concordou em silêncio, rindo baixinho ao se lembrar das aulas do dia seguinte que queria usar em ChanYeol por ficar perto demais de seu pai, mas isso era seu segredo, por isso apenas sorriu e acenou, fingindo a inocência que realmente ainda tinha. 

Assim que a porta do quarto se fechou, BaekHyun se jogou na cama outra vez, o clima de antes tinha acabado e agora só tinha a notória preocupação sobre como contaria a MiYong sobre ChanYeol. 

O mais alto não pensava diferente, apesar de todo o clima descontraído da situação anterior, ainda tinha receios sobre o que aconteceria futuramente, entretanto, estava completamente disposto a participar da vida de seu filho agora que tinha consciência da existência dele, claro, se BaekHyun permitisse. 

— Você vai contar que sou o pai dele? — Indagou, se virando de frente para o mais baixo, o fitando seriamente, BaekHyun ainda continuavam com os traços perfeitos, agora que podia vê-lo novamente com aquela maquiagem podia afirmar que iria atrás dele todas as vezes que o encontrasse por sua beleza. 

— Não sei, isso depende de você — Repetiu o mesmo ato do alto, porém com o rosto mais relaxado e sem a admiração que os olhos do Park transmitiam. — Você está disposto a ser pai de verdade? 

Aquela pergunta era a mais séria que ChanYeol já ouviu em sua vida, nem mesmo quando seu pai perguntou se estava pronto para tomar as rédeas da empresa não se sentiu tão nervoso. Aquilo era algo que mudaria completamente sua vida e seus conceitos, porém, não tinha nenhuma condição de pensar o contrário do que aceitar, já tinha passado da hora de tomar juízo e parar de sair transando com quem despertasse seu interesse. Tinha certeza que MiYong seria o freio que precisava para tomar um rumo em sua vida. 

— Eu quero, mas você me odeia, ele me odeia, acho que não vai me aceitar muito bem. — Explicou calmo, aquele era seu único receio, tinha a impressão que BaekHyun o odiava por sempre o perseguir e dar respostas afiadas, colocar MiYong para aprontar na empresa sabendo que o mais alto tinha birra de crianças. Era apenas uma impressão meio sem sentido, mas permanecia em sua mente mesmo depois do terem transado. 

— Sabe, eu não te odeio... — Começou meio incerto sobre o que dizer, demonstraria seu lado fraco naquele momento, mas não tinha medo disso, ainda teria sua soberania no dia seguinte caso acabasse em clima ruim. — Você me deu o meu bem mais importante, se não fosse o MiYong, provavelmente eu estaria vendendo os pães que minha mãe fazia como o meu irmão mais velho, ele foi o pontapé inicial para conseguir uma boa vida para ele. No começo foi difícil, eu sofri muito para conseguir cuidar dele sozinho, meus pais não aceitavam que eu engravidei numa balada depois de fugir de madrugada, não aceitavam que eu tinha “destruído” meu futuro por conta de uma gravidez, mas eu consegui. Eu não te odeio de forma alguma, você me trouxe o que eu mais amo no mundo, você é o responsável por tudo de certa forma, só foi numa hora muito errada, eu tinha 16 anos e nenhuma estabilidade emocional, mas se eu pudesse escolher o pai do meu filho, provavelmente seria você porque eu amo aquelas orelhas dele e os olhinhos enormes e fofos quando vê algo novo. Com o MiYong basta a convivência para que aceite quando resolvermos contar. 

ChanYeol prestou total atenção no que aquelas palavras significavam. Se BaekHyun tinha aquele ponto de vista de si, o de MiYong era completamente mutável levando em conta que ainda era uma criança em fase de aprendizado, era necessário apenas conviver um pouco mais com ele que tudo mudaria. 

— Eu nem sei o que te dizer depois disso, mas saber que pensa assim já é de grande ajuda para enfrentar isso. A partir de amanhã vou tentar me aproximar dele de outra forma, mas me ajude mudando o pensamento dele sobre o pai que tem, hm? — Deu uma risadinha baixa para descontrair o clima, conseguindo de certa forma, pois BaekHyun riu também. — Bem, acho que não vai rolar mais nada hoje... então é melhor ir para casa, não vai ser legal conseguir a confiança dele se formos flagrados fazendo essas coisas. — Novamente uma risada, porém mais sem graça. 

Já se levantava da cama quando sentiu o pulso ser puxado pela mão do Byun. BaekHyun sorria de uma forma que o mais alto nunca tinha visto, era carinhoso e compreensivo, completamente o oposto do que via no trabalho. 

— Não precisa ir, fique aqui e o leve na aula de karatê amanhã, será uma boa oportunidade para se aproximar dele. 

ChanYeol não pensou duas vezes antes de se deitar outra vez, não rolou nada além de alguns beijos e mãos bobas, além das risadas de quando se lembraram do programa de TV onde perguntaram se eram uma família. 

Aquele clima era completamente diferente do que o Park estava habituado, ter consciência de que dormia de conchinha, pelado, sem estar ereto, com o pai de seu filho lhe despertava um sentimento diferente, algo que sua mente alertava ser perigo ao orgulho pegador, mas a sensação gostosa de dividir a cama com alguém conhecido conseguia superar isso. Era um risco que estava disposto a correr. 

  

  

Quando o dia amanheceu naquela casa, o único som que predominava era o de MiYong correndo para todos os lados e gritando onomatopeias de lutas, nomes de ataques e os pesinhos batendo forte contra o chão, indicando que estava praticando horas antes das aulas de karatê. 

ChanYeol acordou com aquilo, estava agarrado a BaekHyun, com o rosto enfiado na nuca dele e o abraçando pela cintura de uma forma estranhamente confortável. Acabou sorrindo meio idiota por pensar que nunca na sua vida se imaginou daquela forma com alguém e ali estava ele. 

— Baek... — Sussurrou baixinho, apertando a cintura fina de leve na tentativa de o acordar. — BaekHyun... — Chamou um pouco mais alto, com a voz mais grave que o normal, sem sucesso. — Byun BaekHyun. — Firmou ainda mais e agarrou com força a cintura do mais baixo, o virando na cama de um lado para o outro com ele sobre si, tendo sucesso em o acordar ao ouvir xingamentos rancorosos sobre sua altura e sobre suas orelhas. 

Riu baixinho ao ver o outro seguir para o banheiro, completamente carrancudo e coçando a polpa da bunda, sem se importar se estava pelado. Quando a porta bateu com força, ChanYeol se deixou sorrir um pouco, aquele único dia na casa de BaekHyun tinha lhe dado um leve gostinho do que era ter família, seu lado carente sempre escondido pela ausência de sua família podre de rica aflorou naqueles poucos momentos, queria mais deles e se esforçaria ao extremo para conseguir. Precisava deles. 

Se levantou da cama ao ouvir o som do chuveiro ser ligado, queria olhar o guarda roupa do mais baixo para ver se alguma roupa servia, não podia levar seu filho ao karatê com terno e gravata. 

Revirou o armário de cima a baixo até achar uma bermuda jeans e uma regata que caberia perfeitamente em si, poderia usar as roupas de BaekHyun tranquilamente, pois a maioria era de um tamanho um pouco maior. Os sapatos eram a única coisa que não lhe servia, mas tinha visto um par bem grande na entrada, sabia que era de DaeHyun e tinha certeza absoluta que servia em si. 

Se vestiu calmamente, sentindo satisfação por estar mais descontraído com o visual, bagunçou o cabelo na frente do espelho do guarda roupa e saiu do quarto, arrastando os pés pela preguiça matinal, mas não menos desanimado por isso. 

— Bom dia, Yongnnie. — Saudou risonho ao flagrar a criança com a mão esticada para frente as perninhas abertas como um verdadeiro lutador, com direito a expressões bravas e tudo, uma cena bem fofa de se ver, até que o menino correu até si e passou a distribuir uma série de socos sobre suas penas. Pensou em gritar com ele para parar de lhe bater, mas rapidamente uma ideia veio em sua mente e se abaixou, fingindo dor pelos golpes e arrancando aquelas risadas gostosas típicas de criança. 

— Isso é por ter dormido na cama do appa, só Yongnnie pode. — Falou bravo ao cruzar os braços em frente ao peito quando “derrubou” ChanYeol no chão. O mais alto se fingiu de cansado e dolorido, colocando a mão sobre onde tinha apanhado e fazendo drama, conseguindo tirar um sorriso de MiYong, foi o sorriso dele que fez o seu aparecer de forma completamente involuntária. 

— Ah, você é muito forte para mim, conseguiu me derrubar e agora eu preciso comer para lutar com você. — Disse ofegante, segurando a risada ao vê-lo voltar a posição de luta, mas logo desfez e estendeu a mão com a carranca ainda no rosto, chamando ChanYeol para a segurar. 

— Na cozinha tem cereal, leite, suco, pão e biscoito de chocolate. Appa me disse que comida não se nega. Vem, vou levar você na cozinha. — ChanYeol sorriu e segurou na mão pequenina, o seguindo ao cômodo citado, se assustando com a mesa posta tão caprichada. 

— Quem fez a mesa? — Indagou se sentando em uma banqueta após a criança se sentar na oposta. 

— Tio Dae, ele disse que tinha que ir numa reunião e que depois vinha me pegar, saiu logo depois de colocar a mesa. — Explicou, se esticando todo para pegar o pote de biscoitos e quando conseguiu colocou um bom bocado sobre um prato e logo mais um pouco em outro, entregando a ChanYeol com sua exímia educação de servir primeiro as visitas, logo colocando um pouco de leite em dois copos e novamente entregou a ChanYeol. — Pode comer, não vou te bater. 

ChanYeol se maravilhou com aquilo, por mais ardiloso que fosse, MiYong era uma criança excepcionalmente educada, tinha um sorriso bonito e ficaria tão alto quanto si. Aquela admiração paterna aos poucos crescia, aquele orgulho de ter feito algo perfeito, mesmo que de forma errada. 

— Hoje quem vai ter levar no karatê sou eu, sabia? — Perguntou molhando um biscoito no leite e comendo em seguida, nem ao menos percebendo que o garoto fazia o mesmo por pura mania. 

— APPA VAI ME LEVAR NO KARATÊ? Que feliz, vou poder apresentar ele aos meus amigos de lá. Sabia que eu sou o melhor da turma? Eu já consegui derrubar dois deles num golpe só. Vou dizer para todo mundo que derrubei você também. Meu professor vai ficar muito orgulhoso. Sabia que tem um menino de lá que me chama de baixinho, mas eu disse que vou ficar muito alto por que meu appa disse que o outro appa é grandão. — Danou-se a falar sem parar, fazendo ChanYeol sorrir feito bobo. Nenhum dos dois notaram a presença de BaekHyun encostado no batente da porta, só atraindo os olhos dos presentes ao se pronunciar. 

— E o que acha de dizer aos seus amiguinhos que o ChanYeol é seu pai? Ele é alto, tem as orelhas grandes como as suas e pode assustar esse menino que te chama de baixinho. — Propôs se sentando a mesa, roubando um biscoito do prato do filho. 

— ChanYeol, quer ser meu appa? 


Notas Finais


E aí? Gostaram? Tô bem ansiosa com isso, então me digam o que acharam nos comentários ou no twitter @byunbibu <3


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