Byun observava o casal a sua frente, era claro que não tinha nada que salvasse aquela relação. Mas os dois queriam continuar a fingir. O loiro mexeu levemente no cabelo e sorriu.
— Bem, então podemos começar a tentar isso. Voltar aos poucos, contando o que fizeram no seu dia, um para o outro.
— Sim, acho que podemos — o menor disse com um sorriso.
….
O próximo casal que entrou pareciam bastante frios, o mais novo era moreno e tinha uma expressão séria, usava um terno justo e se sentou de forma fina, pelos seus maneirismo deveria ser de uma família rica. O maior já era completamente diferente, as roupas eram do mesmo estilo e pompa, porém seu comportamento era mais aberto, a gola da camisa aberta no primeiro botão. O modo de se mover parecia mais leve, nitidamente menos recatado. Até o seu tom de pele mais bronzeado dava um ar de leveza a ele, se sentou mais despojado no sofá, de pernas abertas deixando aparente o volume nas calças, o rapaz era bem dotado, e provavelmente o motivo de sua presença ali.
— Olá, eu sou o doutor Byun, por favor podem se apresentar.
— Olá doutor, meu nome é Do KyungSoo — o menor disse com suavidade, apenas da expressão não mudar era muito educado — esse é meu marido, Kim JongIn.
— Prazer. — o bronzeado disse com um sorriso de canto, mostrando que não levava aquilo a sério.
— Então, por favor me contem um pouco sobre vocês, e o que os trouxe aqui. — disse com um sorriso gentil. O Do respirou levemente e iniciou
— Jongin e eu, somos primos, crescemos juntos, e depois de longos anos de amizade, nos casamos. Estamos casados a três anos, e nossa vida conjugal é bastante equilibrada.
— Por isso não faz sentido estarmos aqui. — o castanho disse morno, Baek o fitou brevemente, seus modos eram realmente muito diferentes do moreno
— Sim, temos divergências de ideais…
— O seu lado da família implica comigo, e brigamos, eu não vou mudar quem sou por eles.
— Eu não quero que você mude, só acho que pode ser um pouco mais tolerante.
— Certo — Byun interrompeu antes que os dois começassem a discutir — em que momentos acha que ele precisa ser mais tolerante?
— Nas reuniões de família.
— Já disse que não precisamos ir aquelas coisas, são apenas um bando de urubus esperando nosso avô morrer.
— Os eventos sociais são importantes, e você leva tudo a ferro e fogo. — o moreno disse levemente irritado, encarando o marido que parecia desanimado para aquela discussão
— Senhor Kim, dentro da sociedade, precisamos eventualmente participar de situações que não gostamos, acho que a tolerância aqui teria um bom emprego… — O castanho riu alto exibindo um sorriso lindo, que se o doutor não tivesse um forte treinamento para não mostrar suas emoções teria babado
— Eu detesto esses eventos em família, cresci indo a eles e aprendendo a “tolerar”, não precisamos ir. Mas KyungSoo adora se mostrar amável, você também não gosta de ir, está apenas fazendo papel.
— Foi o que o dr. acabou de dizer, vivemos em sociedade.
— Curiosamente esse “viver” é usado para espreitar e se aproveitar dos outros.
— Não pode provar isso, é apenas especulação — dessa vez o moreno está mais irritado
— Tudo bem, eu não posso provar que as pessoas com quem passei a minha vida toda são aproveitadores, — deu de ombros, Kyung respirou fundo e desviou o olhar dele, nitidamente queria matar o marido
— Tudo bem, vamos focar um pouco aqui na vida conjugal, no início disse que é bastante controlada. Como vocês são a sós, sem a família.
— Felizes — Jongin disse sincero — KyungSoo é CEO de uma das empresas do pai, eu tenho uma construtora. Trabalhamos bastante, e nos vemos todas as noites, jantamos sempre em ótimos restaurantes, — o menor riu
— Não ficamos em casa, então não temos cozinheira, seria um desperdício, sempre comemos na rua.
— E as noites são muito divertidas — disse com um sorriso malicioso, e os olhos deslizaram pelo corpo do médico, que ficou atônito, rapidamente o Kim olhou para o marido — somos um casal “bastante equilibrado”
— Sim, pelo que eu vejo, estão melhor que a maioria que vem aqui. Mas ainda temos que tratar a divergência de ideias. — o castanho se virou já não tão animado
— Alguma sugestão?
— Analise os integrantes do evento, busque entre eles os que têm mais afinidade, e durante o evento procure ficar próximo deles, e longe dos demais.
— Acho que não tem um cemitério na propriedade.
— Jongin!
— Tudo bem — fez um carinho no rosto do moreno — eu vou tentar, terá um jantar essa semana — voltou a olhar para o médico — eu vou tentar — sorriu largo.
— Muito bem, nos vemos na próxima semana. — Eles se levantaram, Byun estendeu a mão apertando a do moreno primeiro
— Obrigado doutor, nos vemos.
— Disponha — o moreno soltou sua mão e seguiu para porta, o Kim segurou sua mão ainda com o sorriso de antes
— Obrigado doutor, mal vejo a hora de voltar a te ver. — seguiu atrás do menor para fora da sala. Byun não se sentiu confortável com a frase, estava carregada de malícia, talvez até um pouco de maldade. Estava na dúvida se ele iria mesmo tentar seguir seu conselho.
…
Byun chegou em casa, ainda era cedo, seu marido iria demorar um pouco, seguiu para o seu escritório vendo alguns papéis, relatórios sobre seus pacientes, gostava de analisar antes da próxima consulta. Seu celular tocou, estava distraído que atendeu sem olhar.
— Alô?
— Doutor Byun? — a voz rouca e sensual soou, lhe causando um arrepio, afastou o aparelho do rosto olhando o número, não conhecia, tornou a colocá-lo no ouvido
— Sim, quem fala?
— Kim Jongin, um dos seus pacientes de hoje.
— Ah… senhor Kim, posso ajudar? — colocou a folha que segurava sobre a mesa, e arrumou o óculos
— Sua secretária disse que também faz atendimento individual, e acho que eu preciso de terapia, KyungSoo está certo, estou sendo muito … severo com meus parentes.
— Bem, sim, é ótimo que tenha conseguido perceber isso. E realmente faço consultas pessoais, mas não pelo telefone — riu, e ouviu a respiração do outro na linha, um novo arrepio subiu por sua espinha.
— Sua secretária também me disse isso, mas estava tão ansioso — ele soltou o ar novamente, e Baek engoliu seco — nos vemos amanhã doutor.
— Sim… — a chamada encerrou, uma sensação estranha correu por todo o seu corpo. Era evidente que o Kim era bonito, mas já tinha tido pacientes mais bonitos e nenhum tinha mexido consigo. Talvez fosse apenas o espanto da ligação. Ia tentar não pensar naquilo.
…
— Lisa, qual é a minha agenda de hoje? — Baekhyun pediu assim que entrou no consultório
— Aqui está dr. Byun. O casal Jung avisaram que vão se atrasar, então passei os próximos na frente, e as três encaixei o senhor Kim, ele pareceu muito preocupado, e como tinha um horário vago. — Baek desviou os olhos da agenda e encarou a moça
— E porque passou meu celular para ele?
— Está no cartão de visitas, não achei que seria uma problema — ela arregalou os olhos
— O que? — pegou um dos cartões da mesa — Que droga eu tinha mandado tirarem. Liga para grafica e pede a correção, e tire isso daqui. — devolveu a agenda e seguiu para a sua sala.
…
Baekhyun não queria pensar demais no Kim, mas seu cérebro discordava dele, olhava freneticamente as horas. O último paciente por pouco não espantou para fora, até finalmente chegar às três horas, estava ansioso, inquieto, o que o incomodava um pouco, porque estava tendo aquela reação. Era apenas mais um paciente. A batida na porta fez seu coração quase saltar para fora do peito, mas era apenas Lisa.
— Dr. Byun, o senhor Kim.
— Mande-o entrar por favor. — passou a mão no cabelo, e tentou parecer natural. O rapaz alto entrou, como mesmo sorriso misterioso da outra vez.
— Olá dr. Byun — foi até ele e estendeu a mão, o loiro se levantou e apertou a mão, sendo puxado para um abraço, sentiu o maior aspirar o ar no seu pescoço, e foi solto rapidamente, foi tão sutil, que mal sabia dizer se foi de propósito ou não.
— Então senhor Kim…
— Ah… eu não me sinto confortável com formalidades, não sei se consigo me abrir assim, pode me chamar só de Jongin, ou se preferir de Kai, é um apelido de longa data.
— Certo, Jongin — sorriu ainda tenso — Então… disse que queria melhorar seu relacionamento, ou melhor a forma severa que vê seus parentes.
— Sim, posso te chamar de Baekhyun? Como um amigo, me sentiria mais confortável.
— Claro. — novamente um sorriso largo se fez naquele rosto bonito, Byun sabia que a maior parte das coisas que o castanho falava eram superficiais e fúteis, nem ele mesmo acreditava em suas leves mentiras, estava apenas tagarelando, para que o médico olhasse para si. Ele se movia o tempo todo, gesticulando, arrumando a roupa, todos os movimentos mostravam seu corpo, as coxas fortes na calça social, o volume marcado no centro delas, o peitoral sob a camisa. O botão aberto na camisa.
— Já traiu seu marido? — Byun perguntou encurtando a direção da conversa
— Já. — a resposta foi suave, como pensada, mas o tempo necessário, quase como se fosse um convite
— Disse… que suas noites são sempre animadas, o que o levou a isso?
— Meu marido é muito bom de cama, mas quando brigamos ele… me evita. O doutor atende diversos casais, sabe como é, se não tem sexo em casa.
— Foi sua única motivação?
— Não.
— Pode me falar mais sobre isso?
— Paixão, traços delicados, aparência frágil, inteligência, são coisas que me excitam, então eu preciso, e não consigo desistir do que preciso.
— Seu marido tem todas essas características.
— Por isso nos casamos — se moveu novamente, inclinando para frente de forma incisiva. Seria presunção demais questionar se ele estava se insinuando, mas Byun tinha certeza que era isso mesmo.
— E ele sabe? Que o traiu?
— Não.
— Então sabe que isso é errado. Se arrepende?
— Certo e errado são pontos de vista, eu não deixo que falte nada a ele…
— Então se ele tem sexo, não precisa pensar que você faz com outras pessoas? É isso? — deu um sorriso de canto
— Exatamente, o primeiro sinal de traição é a ausência na cama. Está no capítulo 3 do seu livro. — o loiro perdeu a compostura nesse momento, sentiu queixo cair, e fez um esforço tremendo para não agir de forma exagerada, fechou os olhos balançando a cabeça levemente e abriu novamente encarando o Kim
— Leu meu livro?
— Ontem a noite, achei muito instrutivo. Me diga doutor, quantas vezes transa com seu marido por semana? — novamente o olhar sensual, a posição incisiva. Byun se sentiu sem chão, fazia um bom tempo que apenas dormia ao lado do seu marido, deu um sorriso pequeno
— O suficiente, mas isso não é sobre mim.
— Pela sua reação, eu diria… que passa mais tempo ouvindo sobre sexo do que fazendo.
— Acredito que isso aconteça com 90% das pessoas, já que não é possível fazer tanto sexo quanto se fala.
— Acho que estou nos 10% — se inclinou para trás no sofá, expondo mais o volume nas calças, que foi impossível ao loiro não olhar, devido ao que falavam — só falo de sexo quando estou com você. — voltou os olhos para os do médico
— Isso é impressionante.
— Quero transar com você.
— O que? — piscou algumas vezes sem compreender
— Na sua mesa, te ver amolecer de prazer, gozar como um louco. Gemer até ficar sem voz. — o loiro corou, estava sem saída agora, sua mente refletia as palavras do Kim, e de fato estava tão sedento, que talvez não se negasse. Engoliu seco
— Acho que a sua hora acabou.
— Está bem — se levantou — foi ótima a sessão. — deu um sorriso de canto e seguiu para porta.
— Senhor Kim.
— Só Jongin… — se virou
— Compreende, que sua sugestão é inapropriada. E que posso não querer mais atendê-lo, nem o seu marido?
— Nesse caso… — deu alguns passos se aproximando do médico — vou entender que sua ética profissional não permita que tenha desejos comigo — disse bem próximo do rosto do menor — do contrário não teria porque não me atender. — deu mais uma encarada e seguiu para fora da sala.
Baekhyun sentiu os joelhos ficarem moles, e sentou no sofá, seu corpo inteiro estava tenso, assustado, estranho, e tinha um leve desespero. O Kim estava certo, ou ele mesmo queria que estivesse. Ao negar-se a vê-lo, estaria provando que o queria, mas vê-lo não melhoraria aquela sensação. Olhou para a mesa e viu a si mesma sob o corpo do moreno. Cobriu a boca, tentando não emitir nenhum som, estava louco.
…
Baekhyun tomou um remédio para dormir, não iria esperar o marido que estava de plantão. Deixou o sono o levar, e se viu novamente em seu consultório, o rapaz no sofá a sua frente, dessa vez ele não usava roupa alguma, apenas alisava sua intimidade. Ele deu alguns tapinha sobre a coxa incentivando o loiro a sentar ali, e foi o que ele fez. Percebeu que também estava nu. Estava ofegante, sentiu a mão do Kim pegando sua intimidade e gemeu alto. Acordou num pulo na cama.
— Desculpa, te acordei? — Baek olhou seu marido estava ali, afastou os cabelos dos olhos
— Não, acho que… foi um pesadelo, você já chegou? Achei que tinha plantão.
— Tenho sim, só vim buscar algumas roupas, tomar um banho e vou voltar para o hospital. Pode dormir.
— Tá — deitou de novo.
….
Baekhyun passou aquela semana inteira tenso, não sabia se deveria ou não atender o casal, mas o Kim tinha o pego numa cilada qualquer que fosse sua escolha estava perdido. Fazer o que ele tinha dito, agir como profissional.
Assim que o casal entrou na sala, sorriu gentil como faria para qualquer paciente. O castanho deu um olhar vitorioso.
— Olá, então como foi esta semana? Se me lembro bem, vocês tinham um jantar em família.
— Foi satisfatória, Jongin não agiu como um marciano o que já foi um vitória.
— O que posso fazer, não vim de marte, não tinha como agir como marciano — riu
— Você sabe o que eu quis dizer.
— Vamos lá — Byun olhou sério fitando o castanho — como foi o jantar, se sentiram mais confortáveis?
— Sim, — Kai sorriu largo, -- evitei todos que eu odeio, e não falei o que eu penso, então não houve nenhum conflito.
— Eu sabia que daria resultado — o moreno disse animado
— Sim, o resultado vem do esforço de vocês, fico feliz, se manterem esse nível, não creio que precisem de muito tempo de terapia de casal.
— Eu também acho, uma sessão já foi incrível — Kai disse encarando o loiro
— Acho melhor não nos precipitar — Do olhou de um para o outro — ainda tem um bom tempo até o casamento do seu pai, e você não vai fazer nada de estranho lá, nem que tenha que fazer terapia todos os dias.
— Que tipo de coisas estranhas seu marido faz? — Baek perguntou tentando não transparecer sua leve irritação.
— Eu apenas sou honesto demais, as pessoas não gostam de honestidade.
— Jongin … — Do o encarou — … superestima os defeitos das pessoas, e não tem filtro, fala o que vem a cabeça, sem pensar na etiqueta, ética, ou moralidade.
— O que posso fazer? Não gosto de me passar por alguém que eu não sou, muito menos ignorar o que eu penso e sinto.
— Este é o ótimo tema para esta semana, tente pensar antes de falar. Se pergunte, isso pode ofender a outra pessoa? Se a resposta for sim, evite.
— Acho que não vou falar com muitas pessoas essa semana — disse com graça.
— Pode ser que faça mais amigos. — Byun se levantou, e os dois o acompanharam — bem, por hoje é isso, até a semana que vem.
— Até. — o casal saiu da sala rapidamente.
…
Assim que entraram no carro, Do prendeu o cinto e encarou o marido que cantarolava
— Transou com nosso terapeuta?
— Ainda não, mas acredito que até a nossa próxima sessão. — o moreno revirou os olhos
— Pelo céus Kai, não consegue deixar isso dentro da calça?
— Nesse momento está dentro da calça — riu arrancando o carro
— Já vi que vamos precisar de outro terapeuta.
— Por que você insiste nisso, eu não vou ser melhor do que isso com nossa familia, odeio todos eles, e vou continuar odiando.
— Eu também os odeio, e nem por isso ajo como um cão raivoso, precisa se controlar.
— Está bem, vou ser mais educado e menos falante no casamento do meu pai, mas ainda acho uma perda de tempo.
— Só importa que faça.
…
Baekhyun olhava suas anotações sobre o Kim, talvez ele tivesse algum distúrbio, por isso que o marido se incomodava com seu comportamento, talvez ele fosse promíscuo o tempo inteiro, mas teria sido em frente ao marido. Talvez ele apenas fosse um canalha, e o casamento deles de aparência. Suspirou cansado, largando as anotações de lado, esfregou os olhos tirando os óculos de leitura. O celular tocou, ele atendeu sem ver.
— Alô?
— Minha nossa, que voz de sono mais gostosinha — a voz do Kim soou, a última coisa que o Byun queria era um pervertido ligando aquela hora da noite para o seu celular.
— Senhor Kim, nossa consulta é amanhã, acho que pode esperar mais um dia para transbordar suas sensações e sentimentos.
— Não, infelizmente não posso. Estou tão contente que não cancelou minha consulta, que precisava agradecer.
— Hm…
— Baekhyun… — fez uma pausa, que aumentou a curiosidade do médico
— O que foi Jongin? — apertou os lábios após dizer o nome, não acreditava que estava caindo no jogo dele. Ouviu a respiração lenta, também soltou o ar devagar, não conseguia imaginar o que ele estava pensando — Jongin?
— Eu… fui honesto com você… espero que seja honesto comigo.
— O que? No que quer que eu seja honesto?
— Faz quanto tempo que não transa com seu marido? — Byun sentiu um nó na garganta, se fosse honesto daria de bandeja as informações para ele, por outro lado, ele parecia saber quando mentia
— Quase um mês… — disse baixo, e ouviu outra vez a respiração do Kim — está se masturbando?
— Gostaria que eu estivesse?
— Não, não sou um adolescente que gosta dessas coisas.
— Posso fazer o que você quiser… na posição que quiser… hmm….
— Não quero nada… — sentiu um fisgão no baixo ventre, levou a mão as calças do pijama, estava excitado, o Kim tinha o pego de jeito, mas uma respiração alta
— Baekhyun… hmm… você está deitado já?
— Uhum… — murmurou sem muita coragem, enfiou a mão dentro da calça do pijama, apertando o falo levemente
— Qual é o tecido do seu pijama?
— Seda… — deixou escapar um suspiro
— Adoro a sensação fria dela na pele.
— Eu preciso desligar Jongin…
— Pense em mim quando se tocar. — encerrou a chamada, não era uma ordem, mas o loiro a seguiu como se fosse, se tocou imaginando o castanho, desejando ele.
…
— Lisa, que horas é a consulta do Kim? — Byun disse quase matando a secretaria do coração
— Só um momento … — abriu a agenda — É a última consulta do dia, ele disse que não poderia antes, é as cinco.
— Tudo bem, quando ele chegar, você pode ir. Não vou te segurar mais tempo do que precisa.
— Sim doutor. — ele seguiu para sala. Entrou e encostou a porta, ainda segurando a maçaneta, não podia estar pensando sério naquilo. Seguiu até a mesa tirando os lápis, clipes e qualquer objeto pequeno e levou até a estante.
…
O dia passou incrivelmente lento, Baekhyun estava cancelando o restante da agenda, até finalmente Lisa aparecer animada na porta.
— Doutor, o senhor Kim está aqui.
— Ótimo. Se lembra o que eu disse, pode ir embora antes, eu fecho o consultório.
— Sim, doutor. — saiu animada para fora, era difícil o médico lhe dar folga, então uma hora a mais era ótimo.
— Senhor Kim pode entrar por favor.
— Obrigado. — seguiu para o consultório, e viu o loiro fechando a última persiana. Olhou para a mesa, apenas alguns papéis, encostou a porta, e virou a chave, fazendo um som alto. Byun engoliu seco sentindo um arrepio pelo corpo.
— Boa tarde Baekhyun — a voz macia soou e o loiro se virou o encarando
— Como se sente hoje Jongin?
— Excitado — sorriu largo e deu um passo em direção ao sofá — passei o dia pensando em nossa conversa de ontem.
— E eu na nossa última sessão. — suspirou nervoso dando alguns passos para mesa
— Como eu disse, fui completamente honesto. Quero transar com você, aqui, na sua mesa, e quero fazer o que você quiser, na posição que quiser. — Byun respirou fundo, desviando o olhar — pensou em mim enquanto se tocava não é? — ele concordou com a cabeça, sem coragem de falar, e a voz falhar. Jongin se aproximou parando na sua frente, tocou seu queixo levemente o fazendo levantar o rosto para o encarar — se quiser que eu pare só diga… — ele concordou com a cabeça, e fechou os olhos esperando os lábios carnudos que encheram os seus, se agarrou ao maior, enquanto o beijo tomava intensidade, as mãos grandes do Kim correram pelo seu corpo, e apertaram sua bunda com força o fazendo gemer. O ergueu sobre a mesa, se afastando do beijo e puxou a camisa do loiro estourando os botões.
— Ah.. — gemeu de susto
— São como eu imaginei bem rosados — apertou com a ponta dos dedos os mamilos os enrijecendo
— Hm… — gemeu deitando seu corpo sobre a mesa, e logo sentiu a boca molhada no seu mamilo — … Kai….
— Me fala o que você quer?
— VOCÊ! — deu um gritinho ao sentir uma mordida no mamilo
— Vai me ter … — lambeu a pele, fez pequenas marcas vermelhas barriga magra até chegar a calça, abriu o cinto lento. O loiro ainda tinha os olhos fechados, apenas sentindo os toques, e as sensações que o Kim causava no seu corpo. Gemeu baixo ao sentir a calça e a cueca serem tiradas do seu corpo. A língua do outro desceu por sua pele exposta, contornando a virilha. Num movimento rápido Jongin segurou suas coxas, e o empurrou mais sobre a mesa, pousou as pernas do menos sobre os ombros e voltou a lamber sua intimidade. Baekhyun gemia baixo, as mãos agarradas as laterais da mesa. Estava delirando com os toques, com a excitação, com o lugar. Sentiu a língua do maior se afundar no seu meio, era disso que precisava, a muito tempo, de prazer, de sexo, daquele homem. Deixou os gemidos prazerosos vazarem da sua boca, O movimento parou, mas não demorou para sentir algo mais denso na sua entrada, Jongin roçava sua glande ali, quente, e ensopada pelo pré gozo. Ele foi entrando lento, invadindo o loiro, o empalando deliciosamente. Byun travou os dentes para dor que acompanhava o prazer, não pediu para parar, logo seu corpo relaxou e ele rebolou contra o membro do outro pedindo, praticamente implorando o movimento, que veio com força, chocando os corpos.
— Ahaa!! — gritou alto enlouquecido — Kai! Mais! — a próxima veio com igual força — Ahaa!
— Assim? — ele segurava as coxas do loiro erguidas e afastadas, dando mais acesso ao seu meio, e passou a estocar mais rápido e com freneticamente. Saiu antes que eles gozassem, virou o loiro o sobre a mesa o invadindo novamente, apertou seu quadril e acelerou. Byun não conseguia fechar a boca pelos gemidos, e já salivava na mesa. o rosto sobre alguns papéis que tinha ficado. sentiu seus braços serem levemente puxados para trás enquanto o maior tirava sua camisa que ainda estava ali. Ele segurou as mãos do menor nas costas e voltou a estocar
— Gosta assim?
— Gosto! Ahn…. hmm… tô quase lá. Eu … eu… quero montar… — Jongin saiu dele e sentou na sua poltrona. Baek se moveu um pouco mole, apoiou os joelhos sobre ao redor do Kim e com a sua ajuda foi penetrado novamente. Olhou nos olhos escuros.
— Me faça gozar… como um louco… — sorriu de canto e juntou as bocas para um beijo obsceno, as bocas se chocando na mesma intensidade dos movimento. O soltou para quicar mais rápido, sentindo sua próstata ser surrada, e o seu ápice veio. Um jorro forte de sêmen espalhou no abdomem dos dois. Ele amoleceu nos braços do maior que moveu o seu quadril algumas vezes até gozar dentro.
Byun sentia todo seu corpo vibrar, tinha sido a melhor transa em muito tempo. Todos os fatores dela, o tempo, a pessoa, o local, e como chegaram ali. Entendia um pouco mais seus paciente agora. E assim que o orgasmo passou, a culpa veio. mais precisamente quando os dois se vestiam, depois de algumas vezes no sofá, no tapete, contra a persiana, que ficou amassada. Ele fechou o último botão da camisa e olhou para o Kim que fazia o mesmo.
— Não posso mais ser seu médico.
— Que pena, achei que estava evoluindo na terapia. — disse com um sorriso de canto
— Jongin…
— Tudo bem — foi até ele e fez um carinho no seu rosto — foi o meu melhor terapeuta. — deu um selar nos seus lábios e saiu.
….
Baekhyun chegou em casa, tomou um banho longo, mandou mensagem para o marido vir jantar em casa, e arrumou tudo. Sentia um peso terrível no coração. Tratava pessoas com casamentos falidos, e o seu próprio não estava bem, e ele apenas ignorava. Os dois jantaram, trocando uma ou duas palavras, quando terminaram.
— Você ainda me ama?
— É claro Baekhyun, porque?
— Qual foi a última vez que transamos?
— Amor não se trata de sexo.
— Não, mas casamento sim. — fungou — eu te trai… — apertou os lábios segurando o choro. O maior suspirou e foi até ele o abraçando
— Me desculpe, eu fiquei muito ausente não foi.
— Sim… — se agarrou ao maior
— Está tudo bem, todo mundo desliza, você diz isso no seu livro.
— Você não leu o meu livro.
— Não, mas eu me lembro de você escrevendo ele, e de muitas partes.
— Você me perdoa?
— É claro que sim. — os dois ficaram em silêncio abraçados na sala de jantar, as palavras vieram a mente do loiro para perguntar, mas não o fez. Tinha sido perdoado, era isso que importava.
…
Fim
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