História Infinite's Nonna - Noite passada?

Acordei com raios de sol entrando pela fresta da janela, atingindo meu rosto e fazendo cócegas em meu nariz; abri os olhos incomodada com a claridade, tentei passar a mão nos olhos mas meu braço estava preso por algo, ou melhor alguém, foi ai que percebi que não estava agarrada ao meu travesseiro como de costume e sim a um corpo masculino; me assustei, não me lembrava de ter ficado com ninguém ontem a noite.

- Bom diaaa... – o corpo abaixo do meu se moveu sentando na cama e me levando, consigo.

Olhei para seu rosto e gelei ao reconhece-lo; alí estava Hoya me olhando calorosamente com um sorriso no rosto.

- Bom dia. – encarei ele ainda assustada com a situação.

- Dormiu bem? – ele sorri acariciando minhas costas.

- Acho que sim... – encobri meu corpo com o lençol “ o meu deus, eu transei com esse gostoso?!”.

- Queria ficar mais tempo aqui com você! – ele me abraçou colocando a cabeça no meu ombro.

- Mas pelo que me parece temos apenas o tempo para um banho e um café! – sorri pra ele. – Você vai primeiro! – dei um selinho nele e me levantei vestindo a camiseta dele. – Vou ver se pego algumas roupas do meu irmão pra você!

Me levantei e fui até o quarto do meu irmão pegando algumas peças pra ele e voltei, peguei minha roupa e fui tomar banho no quarto do meu oppa, sai de lá já vestida indo pro quarto e encontrando já vestido.

- ficaram boas em você oppa! – sorri e ajeitei sua camiseta. – Vamos tomar café, temos que ir pra sua casa ainda.

Descemos as escadas e fomos até a cozinha onde comecei a preparar o café pra gente enquanto o maior se mantinha abraçando -me por trás, não demorou muito e escutamos passos na escada e a primeira coisa que Hoya fez foi correr pra se esconder o que me fez rir mesmo estando assustada pela movimentação na casa, até que ouvi a voz da Unnie.

- É a Jeh Nonna! – Hoya cochichou pra mim. – Ela não pode me ver aqui! – eu RI mais ainda.

- Tudo bem, calma ela sempre vai até a sala para assistir ao noticiário da manhã e fica lá uma meia hora, você toma café rapidinho e fica me esperando no carro, OK? – Perguntei e ele concordou.

...

Cerca de mais meia hora, meu despertador despertou, deixei meus pensamentos de lado e acordei o Namu calmamente, confesso que fiquei com dó porque ele estava tão lindinho dormindo.

- Mais já? – ele me olhou coçando os olhos.

- Sim, da tempo de um banho rápido e de tomar café vendo o noticiário! – sorri pra ele.

- OK, então vamos pro banho! – ele se levantou da cama colocando uma cueca e me puxou.

- Any, vai primeiro... Eu vou depois! – falei envergonhada.

- Ué porque? – ele me encarou.

- Porque sim! – respondi em tom brincalhão. – e nem ouse dizer que porquê sim não é resposta!

- Ah... – ele riu. – Não sei do que você esta com vergonha, eu já vi tudo isso mesmo! – Ele saiu indo pro banheiro e levando a roupa dele.

- Aish, vai logo!! – Ri da atitude do menor.

Uns 10 minutos depois ele saiu e eu entrei, não antes de trocarmos um beijo né, um tempo depois descemos para tomar café e o mais novo foi o caminho inteiro me perturbando, ora ou outra fazendo cosquinhas e me fazendo rir.

- Nonna, como vamos explicar pra Anto que nós estamos aqui, ou melhor que estamos aqui juntos?! – ele me encarou parando no meio da escada.

- Não sei, dizemos a ela o que realmente aconteceu!

- Any, é melhor não falarmos tudo, podemos até dizer que nos ficamos e estando ficando, mas acho melhor não dizermos que... Bem que transamos na casa dela, melhor dizer que eu dormi no sofá do quarto! – Ele riu e eu acompanhei.

- E que sofá!! – gargalhei e nós continuamos a descer as escadas.

-nonna! – ele me fez parar. – noite passada pode ser considerada um encontro?

- Não sei, talvez! – eu fiquei pensando. – mesmo que não tenha sido totalmente um encontro.

Voltamos a descer as escadas enquanto ele me fazia rir até que escutamos a voz da Anto.

- Acho q ela já esta acordada! – disse pra ele.

- Será que ela não vai ficar irritada por eu estar aqui?!

- Claro que não, não tínhamos outro lugar pra ir!! – eu gargalhei e por fim chegamos a cozinha.

Lá estava ela a beira do fogão preparando panquecas eu presumo, na mesa haviam frutas, calda para as panquecas, aveia, leite, café e suco além de três pratos na mesa. Ué, um era pra ela, um pra mim e o outro? Ela não sabe que o Namu esta aqui! Ou será que sabe?

- Bom dia Dongs!! – Falei sorrindo.

- Bom dia Unnie e... Woohyun? – Ela sorriu pra mim e tornou sua expressão em uma cara de curiosidade. – Bom dia Woohyun-ah! – Ela sorriu pra ele também. – Não sabia que estava aqui!

Então pra quem é o terceiro prato? Pensei encabulada quando Hoya apareceu com um vidro de geleia na mão.

- Prontinho achei! – Ele colocou sobre a mesa. – Viu foi você que não soube procurar direito Anto!

Hoya? Geleia? Anto? Manhã? Prato? Pera Quê!? O que ele esta fazendo aqui?? Fiquei encabulada.

- Pelo visto não sou o único visitante dessa casa hoje!! – Namu puxou uma cadeira e se sentou na mesa.

- Pois é hyung, eu esqueci minha chave em casa e a Anto me emprestou o sofá da sala! – Hoya disse calmamente também se sentando a mesa.

Sofá da sala? Como assim?! E ela não tirou uma casquinha desse delícia?! ＼(^o^＼)

- Pronto o café esta pronto! – Anto colocou as panquecas na mesa.

Tomamos café conversando sobre coisas aleatórias e dando muitas risadas sobre o comportamento e os comentários da mais nova, o menina palhaça viu! (´∀`) Depois disso os meninos foram tirar o carro da Anto da garagem e procurar o celular do Namu, porque aquele dito cujo de aparelho, santo seja ele, graças a ele eu dei uns pega localizado no cremoso, resolveu se esconder dentro do meu carro e ir pra Narnia; estávamos apenas nós duas sentadas no sofá da sala, já prontas apenas vendo o jornal de notícias e esperando os meninos voltarem, pois iriamos no carro dela.

- não acreditam que vocês transaram na minha casa! – a menor gargalhou me assustando.

- O que? Não... Você não ouviu ele dizer, ele dormiu no sofá! – desfacei.

- Claro e eu sou a esposa de Bang Yong Guk! – ela revirou os olhos.

- Esta bem, você venceu, nós transamos aqui! – me dei por vencida. – mas a culpa foi sua que trouxe minhas chaves com você!

- Eu não estou achando ruim Unnie, só fiquei surpresa, não imaginei que a primeira transa de vocês seria na minha humilde residência! – ela bateu palminhas animada.

- Pois é, nem eu! – RI concordando com ela.

- Não vou nem perguntar se foi bom, porque pela sua cara, foi ótimo! – ela gargalhou me deixando com vergonha.

- Anto!! – repreendi a mesma. – melhor mudarmos de assunto e já mudando de pato pra ganso; como o Hoya veio parar aqui? Porque essa história de chave não colou pra mim não! – Questionei a mesma. – Ele pode até ter dormido aqui na sala e tals, mas... O que foi que rolou ontem em?

- Nem me fale de ontem unnie, só de lembrar me da vontade de tomar uma garrafa de tequila sozinha! – ela colocou a cabeça entre as duas mãos apoiadas nos joelhos.

- Desembucha! – cheguei mais perto.

- Bem, pelo o que ele me disse ele teve uma discussão com o pai dele e ficou meio na bad, ele pegou uma carona comigo e nós fomos conversar e beber um pouco na pracinha.

- Ah sim, mas e com você o que aconteceu? – eu estava curiosa.

- Bem depois que eu... – os meninos apareceram na sala e ela parou de falar.

- Depois de quase ter arrancado os bancos do seu carro, achamos o bendito celular dele caído embaixo do bando de trás, perto do porta malas nonna! – Hoya me entregou as chaves.

- Eu disse que ele estava lá! – Namu completou.

- Sim você realmente disse, mas e então, podemos ir? – perguntei me levantando e pegando minha bolsa e minhas pastas.

- Sim podemos, já tiramos o carro da garagem. – Hoya respondeu e depois disso todos nos dirigimos ao carro.

Faltava cerca de uns 2 quilômetros para chegarmos a residência do infinite quando o Namu cortou a conversa que estávamos tendo para levantar uma questão no mínimo importante.

- O que vamos dizer ao Gyu hyung quando chegarmos? – ele encarou Hoya que fez uma cara de pensativo.

- Bem, direi a ele a verdade, sai para desabafar com a Anto e como já era muito tarde para voltar para casa acabei por dormir no sofá da casa dela. – Ele deu de ombros. – Agora você diz a ele que ficou sem a chaves e acabou dormindo no sofá do quarto da Nonna! Simples assim, a verdade Ué!

- Não sei não... – me intrometi na conversa. – Não seria melhor dizer que vocês dois dormiram na sala? Sabe, porque né... Pode ficar estranho dizer aos meninos que o Namu dormiu no sofá do meu quarto. – mal terminei de falar e fui fuzilada com o olhar pelo Namu.

- Isso é verdade! – Hoya concordou comigo. – é uma opção hyung.

Namu nada disse apenas concordou com o mais novo com um aceno de cabeça e me avisou com o olhar que teríamos uma conversa pelo jeito, todos ficaram em silêncio depois disso até chegarmos na casa dos meninos; Anto estacionou e nós saímos os meninos ficaram um pouco para trás e nós entramos dando de cara com Dongwoo e Sungyeol sentados no sofá e um Gyu desesperado andando de um lado pro outro falando ao telefone.

- Eles não estão lá! – ele desligou o telefone e olhou pros mais novos logo notando nossa presença. – Ah... Nonna, Dongs! Namu e Hoya sumiram! – Ele falava rápido apavorado. – Nonna depois que você trouxe o Namu em casa você sabe se ele saiu e.. – Os meninos entraram rindo pela porta atrás de nós.

- Annyonghaseyo hyung! – Namu e Hoya cumprimentaram o mais velho.

- Onde vocês estavam seus, desgarrados de uma figa?! – Gyu começou a jogar as almofadas do sofá neles. – Estávamos aqui os cinco preocupados com vocês e os bonitos vadiando; seus, seus idiotas!! – Sungyeol encarava o líder levemente assustado enquanto se escondia atrás do Dongwoo que entregava as almofadas ao líder rindo divertidamente do piti do maior.

- Bem nós dormimos... – Hoya foi interrompido ao ser acertado em cheio no rosto pela almofada de camurça.

- Dormiram aonde seus infelizes irresponsáveis?! – Gyu gritava como uma mãe histérica.

- Na sala da casa da Anto! – Namu desviava das almofadas até se esconder atrás de mim.

- O quê?! Porquê?! – Gyu parou os encarando com uma expressão de duvida no rosto. – Porque foram incomodar as meninas? – ele pediu para que eu me afastasse e começou a jogar almofadas novamente. – Vocês não têm casa não?! – Dongwoo ia pegando as almofadas que o líder arremessava e as entregava a ele novamente.

- Estávamos sem as chaves e já era tarde, então as meninas deixaram que nós dormíssemos nos sofás da sala! – Hoya se esquivou dessa vez vendo a mesma almofada que o atingira antes passar sobre sua cabeça.

- Hyung, o celular dos outros hyungs só da na caixa postal e... – L e Sungjong vinham descendo as escadas. – Ah, eles já estão aqui! Onde estavam?! – L questionou.

- Eles dormiram no sofá da casa da Anto nonna! – Sungyeol disse saindo detrás da poltrona perto da escada.

- Entendi! – L disse rindo enquanto observava Gyu arremessar almofadas por toda sala tentando acertar os menores e um Dongwoo que ria enquanto entregava as almofadas ao líder.

- É o que? – Sungjong gritou depois de parecer ter filtrado o que ouvira. – Eles, eles dormiram na casa da minha nonna?! – Jonggie descia as escadas se munindo de algumas almofadas. – Quem vocês pensam que são?! Ela é minha nonna!! – o Maknae se juntou ao Líder distribuindo almofadas para todos os lados.

Gyu parou de arremessar as almofadas e ficou a observar o Maknae irritado gritando e arremessando almofadas na direção do Namu e do Hoya. O líder chegou perto de mim e rindo um pouco perguntou:

- Devemos ficar preocupados? – Eu o olhei e olhei a cena.

- Não sei, devemos?! – Namu correu até se esconder atrás de mim.

- Nonna me proteja ele esta possuído. – Namu se pós atrás da minhas costas segurando minha cintura carinhosamente.

Pela primeira vez, não corri ao seu toque, aquilo me parecia tão normal, parecia que eu estava acostumada com aquele carinho, era muito confortável e me deixava feliz; por outro lado, Gyu pareceu reparar em como Namu havia me abraçado e nos olhou com, no mínimo uma pontidinha de... Ciúmes?!

Gyu estava com ciúmes da gente? De mim ou do Namu? Comecei a pensar nisso e encarei o outro lado da sala onde Dongwoo nos olhava atentamente com um sorrisinho de canto e um olhar profundo. Meu deus o que esta acontecendo com esses meninos hoje?

A confusão continuava, o pobre do Hoya era cada vez mais encurralado pelo Maknae e quando todos achamos que ele ia receber uma chuva de almofadas, Anto desarmou o menor.

- Jonggie, já chega... – ela retirou as almofadas da mão do menor. – pra que tanta braveza assim?! – Ela riu e colocou as almofadas no sofá. – olha a bagunça que vocês fizeram na sala, eu e a Unnie arrumamos ela ontem, que falta de respeito com o trabalho dos outros!

O pequeno Maknae pareceu fuzilar a Anto com o olhar, mas depois seu semblante suavizou.

- Vem, vem me ajudar com as compras no carro! – ela o puxou enquanto ele a olhava sério.

- Eu vou ajudar vocês! – Hoya se ofereceu e ia os seguindo, mas o mais novo se virou para ele o parando.

- Não! Eu já estou indo ajuda-la! – Jonggie encarou o mais velho irritado. – Aqui é entre eu e a minha nonna!

- Um já é o suficiente Hoya, o jonggie me ajuda! – Anto apoiou a mão no ombro dele, ela olhou pro mesmo e saiu puxando o maknae que não estava com uma cara muito boa.

Um clima estranho ficou na sala depois que os dois mais novos saíram.

- vamos preparar o café, que tal?! – sugeri e todos concordaram.

Fomos pra cozinha, mas ela se tornou pequena pra nós todos, então alguns foram arrumar a casa, ficando apenas eu, Dongwoo e o Gyu na cozinha. Quando o café estava quase pronto L veio a cozinha e levou o Gyu consigo, ficando apenas eu e o Dongwoo; estava organizando a louça limpa quando Dongwoo se pronunciou.

- pois é... Woohyun, o Gyu... Esta podendo em?! – ele riu.

- O que? – o encarei em pânico.

- Relaxa, sou bom em guardar segredo. – ele sentou no balcão. – vc esta com o Namu?

- Como assim Dongwoo? – disfarcei.

- Ah nonna, vai não sou bobo... Vai me conta.

- Não é tipo junto, junto... Mas estamos.

- Sabia! – ele gargalhou. – Vcs são bonitinhos juntos!

- Vc acha?! – o olhei.

- Sim eu acho, mas assim... E sobre o Gyu?

- O que tem o Gyu?

- Você não reparou ainda? – ele fez cara de quem estava surpreso. – Ele anda bem interessado em você, digamos assim!

- O Gyu?! – meu queixo foi no chão. – Pera, como assim?

- Pois é, ele esta interessado em vc! – Ele encarou as próprias unhas.

- O Gyu? Nossa, eu nunca imaginaria...

- Agora vc sabe...

Começamos a conversar sobre algumas coisas aleatórias até que o Hoya trouxe umas louças q estavam no quarto dos meninos, ele as lavou e as deixou no escorredor saindo da cozinha.

- O que aconteceu com ele? – perguntei o vendo sair calado. – ele estava tão animado até agora pouco!

- Sabe que eu não sei, mas sabe, acho que foi porque a Anto deu bola pro Maknae e não pra ele, por isso! – ele deu de ombros secando as loucas e as guardando. – Hoya é um dos que mais se sai bem no que faz entre nós, ser deixado de lado fere o ego dele. Fora que ninguém gosta de levar um fora... Principalmente na frente de todo mundo!

- Isso é verdade, é muito chato você ser deixado de lado na frente das outras pessoas é muito chato! – Concordei com ele e logo vai o Gyu voltar a se juntar a nós.

- Tudo sou eu nessa casa... Me sinto como uma mãe aqui dentro! – ele revirou os olhos enquanto procurava alguma coisa dentro da gaveta.

- O que foi hyung? – Dongwoo o questionou.

- Esse povo não acha nada sem mim! – Ele parecia irritado por não encontrar o que queria.

- O que eles perderam Gyu? – perguntei curiosa.

- A chave do quarto dos dois mais novos! – ele agora procurava a chave entre o molho de chaves. – L trancou o quarto e esqueceu a chave na fechadura do lado de fora; Sungyeol pegou a chave pra devolver a ele e a perdeu!

- Ah sim! – Eu e Dongwoo falamos juntos.

- E semana passada aquele poste estava mexendo aqui na gaveta e perdeu uma das chaves reservas, espero que não tenha sido a do quarto dos menores! – O líder parecia preocupado.

- Vixe, mas vocês só tem uma chave reserva de cada porta? – Perguntei

- Any, tem outra cópia das chaves em uma caixinha na dispensa! – Ele apontou pro cômodo.

- Eu vou lá pegar! – Dongwoo ia na direção do cômodo quando escutamos o som de vidro se quebrando e ele parou olhando na direção da escada tomando rumo a ela. – Eu espero que não seja minha cristaleira de cima da mesa do corredor, ou alguém vai fazer os serviços da casa sozinho por um mês! – ele saiu da cozinha nos deixando sozinhos alí.

- Eu vou procurar então! – fui em direção ao cômodo e comecei a procurar, algum tempo depois que eu estava procurando avisei uma caixinha sobre a prateleira de cima e longe do meu alcance.

- Eu te ajudo Jeh! – me assustei ao ouvir a voz dele no pé do meu ouvido e me virei.

- Ai que susto! – RI nervosa com a aproximação.

Ele riu demonstrando uma risada fofa e levemente grave e em seguida levantou o braço pegando a caixinha sobre a prateleira.

- Aqui está! – ele me estendeu a caixinha com uma mão e eu a segurei com uma das minhas.

Ele não a largou, ficou alí me olhando profundamente, eu podia sentir todo o corpo dele encostado no meu, me prensando contra as prateleiras, sua mão em minha cintura, seus olhos voltados pros meus lábios, seu rosto a milímetros do meu enquanto cada pedacinho do corpo masculino era sentido por inteiro pelo meu, desde os músculos ao calor de seu corpo

Eu já estava totalmente desesperada com aquela situação, com aquele homem me prensando – senhor do céu controlar meu corpo, esse homem gostoso esta aqui me provocando – eu tinha que vencer a tentação, afinal aquele alí era o Gyu, eu não podia ceder ao charme dele, ele pode até estar interessado em mim, mas eu gosto do Namu né?! – né? Meu consciente já não sabia mais responder, era muita tentação envolvida no momento pra ele trabalhar!

- Jeh, estou curioso pra saber de algo... - ele disse bem próximo ao meu ouvido. ( que tipo de Gyu é você?) - Depois do evento, o que aconteceu noite passada?

- Hyung, você viu a Jeh nonna por ai?! – No momento que a porta abriu e eu reconheci a voz do Namu eu gelei e empurrei o Gyu alguns passos para longe de mim, mas mesmo assim Woohyun nos encarou com uma cara de espanto que foi se fechando e se tornou aquela mesma de ontem quando o francês me cumprimentou, a cara de raiva e ciúmes misturados e duplicados.

...

Assim que saímos da sala eu me arrependi, me arrependi friamente; como eu poderia estar alí sozinha com o Maknae depois do que ocorreu ontem entre nós, depois que eu passei a noite com o Hoya? Oh céus como conseguiria olhar pra ele, como poderia olhar naquele rosto esperançoso e lindamente esculpido?

Estava presa a meus pensamentos, com o medo vagando sobre meus ombros e entorpecendo meu interior, cada passo que eu dava para mais próximo do carro, para mais próximo do fim daquela caminhada, mais desesperada eu me sentia, mais forte o calafrio dominava minha espinha, eu já podia ver o carro a uma distancia de um braço de mim quando algo me parou no caminho; SungJong segurava meu braço.

- O que é que está acontecendo em nonna? – ele me virou para sí e encarou meus olhos.

- Acontecendo o que SungJong? – tentei me soltar. – Não tem nada Acontecendo!

- Como não? – Ele foi andando para frente me levando consigo, presa a seus olhos até sentir minhas costas em contato com a lataria do carro. - O que foi aquilo ontem? Porque o hyung dormiu na sua casa? Porque você me trata carinhosamente uma hora e na outra já esta calada, como se nem ao menos eu estivesse aqui?

- Não sei do que esta falando Maknae, melhor tirarmos as compras do carro e... – tentei mudar de assunto novamente, mas o menor me prendeu ainda mais contra o carro.

- Como não nonna? – ele riu divertido. – vai me dizer que não me beijou ontem por vontade própria? – ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Eu estava bêbada Maknae, nós estávamos bêbados, não tem nada haver e...

- Como não? Bêbada? – ele gargalhou – A qual é nonna? Não tente me enganar! – senti seu hálito perto do meu ouvido. – Porque não admite que me beijou?

- Aquilo não foi beijo, foi um selar, um selar cálido! – consegui sair de seu aperto e me pus perto do porta malas do carro o abrindo e pegando a maior parte das sacolas, - Vamos, pegue o resto e traga até a...

- Eu levo isso pra você anjinho... – O Menor sorriu e me deu um selinho molhado, logo retirou as sacolas da minha mão e pegou as outras no por esta malas. – Vem nonna!

Eu fiquei alí alguns segundos parada tentando entender o que ocorrera alí, até que minha ficha caiu, tranqueira k carro e sai correndo atrás dele.

- O que foi aquilo? – O alcancei. – SungJong?

- Ué nonna, um selinho... Um selinho de verdade! – ele sorriu e eu me coloquei a frente dele começando a andar de costas.

- Mas... Mas...

- Você pode cair e se machucar andando assim nonna, ande direito, fique aqui ao meu lado e segure meu braço apenas. -Parei de andar de costas ficando ao lado dele mas sem pegar em seu braço.

- me da um pouco dessas sacolas Maknae, esta pesado anda...

- Pesado para você, ande, apenas segure meu braços vai! – ele mesmo segurando as sacolas parou e me estendeu o braço cujo eu relutei em segurar.

- Não precisa SungJong! – tentei convence-lo de seguir em frente.

- Enquanto você não pegar no meu braço não vou me mover daqui! – ele parou.

- Aish, você vai machucar o braço, anda se mova! – tentei puxa-lo e empurra-lo mas nada, por fim vencida segurei em seu braço e ele continuou a caminhar com um sorriso vitorioso no rosto até que parou um pouco antes de entrarmos.

- Nonna, depois que você saiu daqui, o que aconteceu noite passada?

...