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História Infinito Particular - Nada será como antes


Escrita por: feministhais

Capítulo 13 - Nada será como antes


Havia algumas coisas que Samantha se via incapaz de compreender e uma delas era a maternidade. Ela nunca descartou, tampouco desdenhou da possibilidade de um dia ser mãe, muito pelo contrário. Samantha achava que quando chegasse o momento certo, iria sentar com Lica e conversar sobre terem um filho caso estivessem juntas. O fato de terem passado quatro anos separadas fez com que Samantha sequer cogitasse se relacionar com alguém a ponto de pensar em casamento, quem dirá filhos.

O que havia dito para Lica era verdade, ela nunca conseguiu ficar com alguém por mais de três semanas e isso a chateava em proporções que não imaginava ser possível, levando em consideração que quem ela queria e amava tinha encontrado alguém que preenchesse a lacuna que havia deixado. Samantha ressentia, até invejava, Lica por conseguir seguir em frente e se estabelecer com alguém por tanto tempo. 

Pelo que sabia, e ela se odiava por isso, Lica namorou Stella por mais de um ano e quando terminaram ninguém ficou sabendo, assim como aconteceu com o namoro delas. Clara só soube dois meses depois, quando questionou a irmã sobre a ausência da cunhada. Agora Samantha se sentia a pessoa mais estúpida na face da terra, pois tinha se equivocado ao supor que Lica havia cedido e daria o próximo passo com Stella. Ela também tinha ficado sabendo, dessa vez por meio de Keyla, que era o que Stella queria.

Samantha tinha quase certeza, pelas suas contas, de que engravidou na noite em que encontrou Lica esperando por ela em frente ao edifício no qual morava, esperando que a ex-namorada fosse jogar a bomba em cima dela a qualquer momento. Aquilo nunca aconteceu, mas em nada diminuiu a dor do impacto que foi encontrá-la de novo, linda e serena como Samantha nunca tinha visto. 

— Cê tá melhor, amiga? — Clara perguntou assim que ela saiu do banheiro depois de ter vomitado o pouco que tinha comido ao longo do dia.

— Não. Tudo me enjoa, tudo me irrita... Até o cheiro da Lica me dava náuseas e eu amo o cheiro de bebê dela. — Samantha estava a ponto de chorar de novo, seus olhos inchados ainda tinham resquícios do surto que teve mais cedo.

— É normal você sentir tudo isso, Samantha. — Keyla tentou acalmá-la com carinhos suaves em suas costas, enquanto Clara afagava os cabelos da amiga. Samantha achava fascinante como Keyla conseguia ser tão maternal e cuidadosa sem qualquer esforço e se perguntou se um dia ela também seria assim. — Quando eu tava grávida do Tonico, todos os cheiros me enjoavam e algumas comidas que eu não gostava, passei a gostar.

— Que pesadelo. — Resmungou baixinho, sentindo algumas lágrimas escorrerem pelas maçãs rubras de seu rosto. — Não acredito que isso tá acontecendo.

Samantha ainda encontrava dificuldades em aceitar e entender que agora todas as figuras haviam mudado de linguagem. Seu corpo não era mais só seu e ela não exercia mais qualquer controle sobre ele. Ela estava à mercê de um futuro incerto segundo o qual ela não havia planejado. Não era daquele jeito que gostaria de passar pela experiência da maternidade. 

— Pensa pelo lado positivo, vai... Pelo menos cê tem o quê, vinte e dois… Quase vinte e três anos e não dezessete. — Keyla observou com falsa pretensão de otimismo, fazendo a amiga bufar e afundar ainda mais o rosto no pescoço de Clara. — E você tem dinheiro. 

— Key... — Clara a encarou criticamente. — Não tem lado positivo. Ela tinha acabado de voltar com a Lica e essa gravidez estragou tudo.

— Como estragou tudo? — Keyla murmurou, esquecendo-se por um instante de filtrar as coisas que diria. — Elas nem tavam juntas quando aconteceu e a Lica não iria deixar a Samantha por causa disso, cê sabe muito bem disso. 

— Mas a Sam não quer ficar com ela grávida. — Retrucou a amiga, iniciando uma discussão inútil que nada tinha a ver com elas.

— Eu ainda tô aqui, caso cês tenham esquecido. — Samantha se afastou de Clara, apoiando-se na parede ao sentir o estômago revirar outra vez e olhou para as duas. Por mais que estivesse arrasada, sentia-se sortuda por poder contar com as duas naquele momento de assimilação, pois até então eram as únicas que sabiam de sua condição. — Esse inferno de gravidez ainda vai me deixar louca.

— Fica tranquila que isso é só no primeiro trimestre, depois fica melhor. — Keyla a acalmou, tocando o braço dela com afagos. — Cê já marcou sua primeira consulta de pré-natal?

— Eu marquei já. — Clara confirmou. — Ela tá sem cabeça pra isso. — Keyla assentiu, compreensiva, focando em Samantha outra vez. 

— A gente pode te acompanhar nas consultas, se você quiser. — Ofereceu de bom grado, segurando a mão da amiga enquanto ela tentava respirar fundo, de olhos fechados, sem saber se a náusea que sentia era pelo nervosismo da situação ou se fazia parte de sua condição como gestante. 

— É, Sam. Cê não precisa passar por isso sozinha.

— Sua irmã disse a mesma coisa quando veio aqui mais cedo. — Samantha comentou, desviando a atenção do teto para o chão, sentindo-se perdida e arrependida. 

Desde que Lica foi para Paris, Samantha havia desenvolvido uma conexão especial com duas de suas quatro melhores amigas. Ela nunca imaginou que pudesse ter amizades tão sinceras e significativas com outras garotas como tinha com Keyla e Tina, já que Clara sempre foi sua única grande amiga, levando em consideração o fato de que um dia já preferiu se enfiar em grupos de garotos a ter amizades com outras garotas. 

Aquela havia sido uma fase que, felizmente, Samantha tinha deixado para trás conforme amadurecia. Hoje, ela podia dizer que tinha três melhores amigas, embora Tina ainda não soubesse sobre sua gravidez. Apenas Lica, Clara e Keyla sabiam. Samantha ainda precisava internalizar todas aquelas mudanças antes de sair contando para as pessoas. 

— Cês conversaram? — As amigas perguntaram ao mesmo tempo, trocando um olhar que teria sido no mínimo divertido se não fosse o clima de velório.

— Não, eu não tive coragem de falar com ela. — Samantha balançou a cabeça, decepcionada consigo mesma pela vigésima vez só naquela semana. — Achei que a gente fosse... Sei lá, achei que agora fosse o nosso momento, sabe?

— Quem disse que não é? — Keyla instigou com determinação, mas Samantha bufou e apontou para a própria barriga como se o fato por si só fosse resposta. Keyla não se abalou. — Gravidez não é doença, Samantha, e mesmo se fosse... A não ser que... Cê tá pensando em ficar com o pai do seu bebê?

— Pelo amor de Deus, não! — Negou com certo ultraje, sentindo-se enjoada só de lembrar da conversa que teve com quem a engravidou. — Não sei o que eu tinha na cabeça de ter ficado com ele pra começo de conversa. Ele é aquele típico cara imbecil que se esconde e posa como cara legal, engajado... 

— Cê conversou com ele? — Clara perguntou, mudando de lugar para poder encarar a amiga com atenção. Keyla se ajeitou, mas não soltou a mão dela. Samantha assentiu devagar, respirando fundo para conter as lágrimas no lugar. — Como foi, como ele reagiu?

— Ele perguntou se eu tinha planejado, se era o que eu queria. Não teve gritaria nem nada, ele não tava me acusando. Tava até calmo. Acho que ele queria entender, mas eu disse que era óbvio que não, que era a última coisa que eu queria, e que foi um descuido dos dois. — Contou com a voz embargada. — Eu só falei pra ele porque achei que ele tinha o direito de saber, não porque esperava alguma coisa dele. 

— E foi só isso? — Keyla perguntou, ao que Samantha bufou e soltou uma risada seca e sem humor.

— Ele sugeriu que eu tirasse, já que dinheiro não é problema e a gente podia pagar por um procedimento seguro e... Ai, só de lembrar... 

— Não acredito que ele teve coragem de sugerir uma coisa dessas... — Clara se indignou. — Sorte dele que a gente não se vê mais.

— Por quê, você é contra? — Keyla a encarou com curiosidade.

— Porque quem tem que decidir isso é a Samantha. Ele não tem nada que sugerir que ela faça um aborto como se fosse a coisa mais simples. — Explicou-se, olhando para Samantha e buscando por compreensão da parte dela. — Se for uma decisão sua, a gente te apoia. Até vamos com você, mas ele sugerir isso porque quer se safar... Não mesmo.

— É, isso mesmo. Eu tô com a Clara. — Keyla concordou, apertando a mão de Samantha. — Quem é ele, afinal? Eu não lembro de você namorando...

— O nome dele é Caio, ele estudou com a Clara. — Samantha respondeu com pesar. — A gente se conheceu na minha festa de aniversário, ficamos algumas vezes e foi isso. Ele até queria uma coisa mais séria, mas eu não tava muito na vibe ainda.

— Cês ficaram de novo então? — Keyla constatou com ar confuso, querendo entender o que aconteceu que pudesse tê-la feito chegar aonde estavam.

— Ah, a gente se encontrou algumas vezes depois, mas não rolou nada além de alguns beijos, até... Bom, vocês sabem. — Adiantou antes que pudesse ser mal interpretada. — Ele foi me ver cantar com a Clara e mais alguns amigos que temos em comum, aí depois me trouxe pra casa e quem estava me esperando?

— Eu ainda não sei o que a Lica veio fazer aqui. — Clara pensou alto, chamando a atenção das outras duas. — Depois que cê me contou eu perguntei, mas ela não me disse.

— Ela conversou comigo e com a Tina... — Keyla confessou meio incerta sobre se devia ou não compartilhar a informação. — Ela não disse com todas as letras, mas a gente acha que ela queria saber se vocês ainda tinham chance. 

— Como eu sou idiota. — Samantha espalmou as mãos no rosto, amaldiçoando-se por ter estragado tudo. — Eu achei... Se eu soubesse...

— Não tinha como você saber, Sam. Agora deixa de ser cabeça dura e vê se conversa com ela quando ela voltar. — Clara tentou ser firme, mas a amiga estava fragilizada demais para raciocinar. 

— Voltar... Como assim voltar? — Samantha franziu o cenho, encarando as amigas com um misto de confusão e surpresa.

— Se você tivesse falado com ela, saberia que ela adiantou a viagem pra ontem à noite. — Clara olhou para a tela do celular, vendo que já era quase três horas da manhã. — Ela deve fazer escala em Londres e depois ir pra Paris.

— Talvez tenha sido melhor mesmo... — Samantha quis rir de si mesma. 

Quem ela queria enganar? Ela sentia saudades de Lica. Os dias que ficou sem falar com ela foram muito duros e tudo o que queria era se aconchegar nos braços de seu amor mesmo que o cheiro de sabonete francês dela a enjoasse. Samantha tinha a impressão de que estava passando por provação divina que se estendeu por quatro anos e acabou por se revelar em seu ventre justo quando havia voltado com Lica.

— Melhor coisa nenhuma. — Clara contestou, trocando um olhar com Keyla que não passou desapercebido por Samantha.

— Clara, não... — Keyla tentou, mas Clara passou por cima do tom de aviso e repreensão da amiga.

— Ela queria te pedir em casamento, sua tonta. — Contou para o espanto da amiga e frustração maior de Keyla, que evitou o olhar incisivo de Samantha.

— É verdade? — Perguntou com um fio de voz, ao que Keyla assentiu com os lábios comprimidos. — Quando?

— Era pra ter sido no domingo. 

Samantha não achou que pudesse ser possível sentir seu coração se despedaçar ainda mais do que já estava. Clara balançou a cabeça, dando-se por vencida ao se levantar e deixar as duas sozinhas. Agora Samantha tinha certeza de que tudo estava perdido. Seu coração apertava porque ela sabia que não tinha volta. Nunca teria. Lica tinha planejado pedi-la em casamento. Samantha começava a se perguntar se tinha como piorar. 

•••

Samantha acordou quase nove horas da manhã, com o cheiro de ovos e café, e correu direto para o banheiro. Ela estava exausta de se sentir daquele jeito, como se estivesse passando por uma ressaca eterna. Não aguentava mais os refluxos e as mudanças repentinas de humor, além dos seios sensíveis e a sensação de inchaço no abdômen. Ela não via a hora de chegar na décima segunda semana de gestação, que seria quando os sintomas desagradáveis começariam a desaparecer.

Ela foi até a cozinha e encontrou Clara conversando com sua mãe, o que a surpreendeu, já que àquela hora ela nunca estava em casa. Keyla tinha ido embora assim que amanheceu, pois havia deixado Tonico com Tato por tempo demais. Samantha chegou à conclusão de que tudo estava conspirando contra ela, pois ver a mãe naquele momento era o que ela não queria. Percebeu o tom sóbrio da conversa e viu a curiosidade aumentar, mas logo perdeu o interesse assim que se aproximou o bastante para entender que o assunto do qual falavam era linguística. 

— Ninguém trabalha mais nessa casa? — Ela disse assim que sua presença foi notada enquanto pegava um iogurte na geladeira.

— A única que não trabalha aqui é você. — Sua mãe retrucou, passando creme de ricota no pão integral com toda calma do mundo. Ao contrário de Samantha, Vanessa tinha um senso de humor mais seco e pontual. Ela nunca sabia quando sua mãe estava brincando ou falando sério. 

— Vou fingir que não ouvi isso. — Samantha resmungou, distraída enquanto procurava por canela em pó nos armários. Nos últimos dias, ela havia desenvolvido um vício por canela que até então era inexplicável. — Não tem mais canela?

— Se você não tiver usado tudo... — Rute surgiu de repente, pronta para ajudá-la a procurar quando Samantha lembrou onde tinha colocado a canela ontem à noite. — Por que a canela tá dentro da geladeira?

— Porque ela é louca. — Clara respondeu, terminando de comer sua torrada. — Sam, a tia Vane vai ser a minha orientadora, não é demais?

— Cê já não teve aula com ela? — Samantha franziu o cenho, juntando-se às duas na bancada da cozinha.

— Por isso mesmo, eu sei que ela é incrível. — Clara fez um muxoxo, estendendo o braço para tocar a mão da mãe de Samantha, que sorriu encabulada.

— Acho que a Clara deveria ser a minha filha. — Vanessa constatou depois de um segundo, ao que Clara acenou positivamente enquanto Samantha bufou com leve irritação. — Bom, o papo foi muito bom, mas eu tenho que me preparar pra uma palestra que vou dar na Unifesp. 

— Aquisição linguística? — Clara adivinhou, interessada. 

— Chato. — Samantha resmungou sem realmente prestar atenção no que as duas estavam dizendo. 

Vanessa estava prestes a responder às duas quando teve sua atenção dispersa por Samantha, que despejava canela em pó em seu iogurte natural. Ela quase não via a filha pelas manhãs, mas havia percebido a mudança de rotina e estranhou.

— O que deu em você, Samantha? — Ela perguntou de braços cruzados. — Nunca te vi tão resmungona e comendo desse jeito. Ontem mesmo tava comendo maçã com leite condensado e canela onze horas da noite. Tá de TPM?

— Não, eu tô grávida. — Respondeu simplesmente, levantando-se para ir para o seu quarto. 

Ela já estava de saco cheio de ter que escutar as pessoas falarem sobre seu humor, logo ela que dificilmente perdia a calma e compostura, e seus novos hábitos alimentares. Clara arregalou os olhos e quase engasgou com o suco de laranja que tomava. Vanessa semicerrou os olhos e logo se deu por vencida, sem levá-la a sério. 

— Ha. Ha. Engraçadinha. — Samantha observou sua mãe se afastar, indo se arrumar para sair. Deu de ombros e encarou Clara, que a encarava de volta.

— Amiga, a gravidez não te cai bem. — Debochou ela para a maior irritação de Samantha. 

A verdade era que a palavra gravidez ainda não caía bem, assim como a ideia em si, visto que dificilmente conseguiria internalizar o fato de que havia uma nova vida dentro dela. Achava que a ficha só iria cair de verdade quando sua barriga estivesse do tamanho de uma bola. Os sintomas já eram provas o suficiente, mas ainda não acreditava. A maternidade naquele momento pareceu um fardo que não tinha certeza estar apta ou disposta a carregar.

•••

Depois que Clara foi embora para casa, Samantha havia cochilado no sofá enquanto assistia ao filme Um Dia. Ela não tinha certeza do porquê havia escolhido aquele filme, já que o final sempre a fazia derramar algumas lágrimas e, em sua atual situação, estava certa de que choraria de soluçar. Era para ela um pouco triste e pessoal como os dois personagens principais se gostavam tanto, mas que, por algum motivo desconhecido, viveram vidas separadas por vinte anos. De repente, os quatro anos que ficou longe de Lica pareciam irrisórios em vista do que Emma e Dexter tiveram que passar até ficarem juntos. Ainda assim, fossem quatro ou vinte anos, o tempo trazia suas marcas. 

O filme ainda não tinha chegado na parte que a fazia chorar quando despertou com o barulho da campainha soando incessante em todo o apartamento. Rute tinha saído para fazer compras e ela estava sozinha, sobrando então para ela a tarefa de atender a porta. Samantha olhou para o relógio no caminho até a entrada e ainda não passavam das dez da manhã. Quando abriu a porta, Clara passou feito uma bala por ela e mal conseguiu fazer sentido das próprias palavras de tão nervosa que estava.

— Amiga, que bicho te mordeu? — Samantha fechou a porta e a seguiu até a sala, onde Clara parecia a ponto de hiperventilar enquanto tirava da Netflix para um canal aleatório de notícias.

— Eu cheguei em casa e tava minha mãe e o Edgar falando disso. — Clara aumentou o volume da televisão e a âncora do plantão de notícias falava com pesar sobre ataques simultâneos que aconteceram na Europa. A manchete dava conta de um ataque a bombas em Londres e outro no ar entre o Canal da Mancha e o Oceano Atlântico.

— Esse não é... — Samantha sentiu um choque percorrer seu corpo com a implicação do que aquelas notícias traziam. 

— Sam, é o avião em que a Lica faria escala de Londres a Paris. — Clara murmurou com um fio de voz, respirando pesadamente enquanto a voz da âncora fornecia detalhes sobre os ataques com imagens em tempo real passando na tela. — Eu falei com a Marta no caminho pra cá e ela tá desesperada tentando entrar em contato com a companhia aérea pra saber se a Lica embarcou... — Samantha precisou sentar para digerir tudo o que estava ouvindo, tentando fazer sentido do que dizia a âncora:

— O avião que levava cerca de 165 passageiros caiu no mar a caminho de Paris por volta de 8:34 pelo horário de Brasília. Ainda não se sabe se há brasileiros entre os passageiros e, segundo as autoridades locais, não há estimativa de sobreviventes. Voltamos a qualquer instante...

Samantha sentiu como se algo dentro dela tivesse se rompido, como se o ar tivesse sido sugado de seu pulmão por uma energia forte que a cegou por alguns instantes e a fez perder a consciência. Ela não se lembrava de nada a não ser da intensa pontada que sentiu no peito e a angústia na boca do estômago ao lembrar da promessa de Lica. O último pensamento lúcido que teve antes de suas vistas escurecerem era de Lica prometendo que somente a morte a separaria de Samantha.


Notas Finais


eu to com muito sono, mas quis postar pq sou muito legal

queria dizer que os comentários de vocês são muito top, topster, topperson, topissimos, amo todos

desculpem qualquer coisa,

a gente vai conversando.

deixo aqui um bjo de luz, cheio de good vibes, na paz do senhor, e um até mais. 💖


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