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História Ink - Mint Green Ink


Escrita por: gyack

Notas do Autor


mint green = verde água

bem, sei que está pequeno, mas o que vale é a intenção :3
junto desse cap vou tentar fazer uma capa melhor e tals.. ngm merece achar que isso aqui vai ser um bgl de morte - a capa atual dá a entender, convenhamos -

bom.. espero que gostem e até o próximo :D

Capítulo 2 - Mint Green Ink


Fanfic / Fanfiction Ink - Mint Green Ink

Mint Green Ink

 

 

Kwon Soonyoung, também conhecido como Hoshi, não só estudava artes plásticas como também dava aulinhas de dança para algumas crianças. Tendo isso em vista, o garoto sempre tirava notas altas e seus trabalhos também eram bem conhecidos pelos coordenadores da área. Não é como se fosse um ídolo, mas era muito bem compensado pelo seu “trabalho”. Algumas artes eram vendidas para que pudesse sustentar não só a si mesmo como também seus estudos – era uma universidade de primeira classe, aliás.

Naquele momento, a única coisa que fazia era pingar corante dentro de um vidrinho de porção cheio de cola em seu interior. O trabalho da semana era se inspirar em conto de fadas, mas Hoshi preferiu fazer o seu próprio. Já havia terminado de fazer três porções: amor, numa garrafinha pequena de vidro; cura, num vidro de esmalte que havia pego de uma de suas colegas; e sono, num frasco de leite de coco. A porção do amor era vermelha, a garrafinha sendo tampada por uma rolha em detalhes com glitter assim como as outras, a da cura era azul e a do sono amarela. Naquele momento o jovem elaborava a dourada, que, no caso, restaurava tudo. Seu frasco era um pouco mais simples: um tubinho de tirar sangue que havia pego com Vernon, que cursava medicina.

Ao terminar os detalhes de tudo, Hoshi resolveu queimar as bordas dos papéis com um fósforo aceso, quase causando um acidente. Não tinha colega de quarto e se sentia um pouco mal por isso. Talvez por ser um dos poucos estudantes meio-bolsistas – os diretores cobravam muito, já que só pagava metade do preço que em si era muito alto. Colocou tudo dentro de uma maleta que comprara na loja de artes da própria universidade e fora direto para a cama, pensando como seria o dia seguinte.

 

 

O amanhecer chegou rápido. Os estudantes todos cansados pela correria da semana. Suas razões? Muitos trabalhos para fazer, mas Hoshi só entendia os estudantes de medicina e biologia. Para ele, quem se cansasse com a arte não deveria cursar arte – afinal, os trabalhos passados se baseavam na criatividade do aluno.

Esbarrou em algumas pessoas mais velhas durante o caminho, não se importando ao receber algum xingamento ou reclamação. Não era acostumado e mesmo assim se limitava a ficar calado quando aquilo acontecia. Bizarro, mas tinha de ser desse modo.

Procurou seu lugar de sempre, na segunda fileira, cadeira do corredor. Sempre um dos primeiros alunos a chegar e por consequência sempre tendo muito tempo vago. O garoto de madeixas platinadas resolveu verificar se estava tudo certo dentro de sua mala, aliviando-se ao saber que sim. Haviam poucas pessoas dentro da sala e todas elas não trocavam uma palavra sequer consigo, então com certeza não iriam pedir pra ver o que havia feito.

Equívoco.

— Posso ver o que você fez? – era a aluna mais velha da turma, conhecida como Park Bom. — Acho que o meu ficou sem graça.

Arqueando as sobrancelhas em surpresa, o garoto deixou a maleta livre para a moça ver, mas sempre vigiando. Contentou-se ao ver a expressão chateada dela.

— Puxa... Acho que eu poderia ter feito melhor... – ela resmungou baixinho.

— O que fez? – resolveu perguntar.

Ela demorou um tempo para responder e nem o fez, apenas saiu com a cara emburrada. Hoshi achou melhor não perturbá-la. Provavelmente ela daria um jeito de melhorar algo, embora o loiro não soubesse o que a mesma havia feito.

Entretanto, acabou sabendo.

Ela voltou com uma pequena maquete de argila – Hoshi identificou ao passar levemente o dedo – toda colorida e cheia de glitter. A paleta de cores escolhida era alegre, das cores do arco-íris até os sombreamentos e clareamentos feitos com misturinhas. Era um castelo pontudo com dois cavaleiros na frente do portão, parecendo felizes. Aquilo o lembrava de vários contos ao mesmo tempo, mas se limitou ao não perguntar quais.

— O que achou? – ela perguntou insegura. — Seja sincero.

Ele pensou por alguns segundos e, dentro desses segundos, ele chegou a conclusão de que havia muitas cores ali. Talvez a ideia da moça fosse que, naquele tempo, as coisas poderiam ter ocorrido melhor e em paz, mas... Faltava algo. Quando o explicou, a moça o encarou confusa e se retirou como se não fizesse ideia do que ele estivesse falando.

O sinal tocou, dando início a aula.

 

 

— Não pensa em vender? Creio que muitos jovens hoje em dia estejam em busca de algo tão delicado como o que você fez – a professora sugeriu. — Ou talvez você possa expor.

Hoshi entendia o que aquilo significava.

— Sei que meu trabalho ficou bom, segundo você, mas não acho que vá ser uma boa ideia vender ou expor isso aqui. Quero dizer, eu teria muito trabalho para tal.

Ela o encarou, assentindo.

— Bom, eu vou estar aqui caso queira alguma ajuda. Deveria aproveitar esse cargo, muitos querem estar em seu lugar.

Hoshi sentia-se, acima de tudo, desconfortável com aquilo. Era como se ele estivesse num pódio, sempre recebendo alguma recompensa. Para ele, a sala de aula não era uma competição e sim um ambiente para se trocar ideias e aprender.

Retirou-se rapidamente, usando a deixa de que os corredores estavam bem vazios para que andasse livremente sem ser parado.

Passou pela loja de artes para comprar novas coisas para seus trabalhos. Não só para seus trabalhos, havia seu amor pelo o que fazia também. Estava louco para retratar um de seus melhores alunos em tintas frias e pendurar ao lado de sua estante de cadernos – que eram muitos – junto com seu próprio retrato em tinta azul.

— O que está fazendo? – uma voz masculina se fez presente, Hoshi notando que estava testando a textura de uma tinta sem a permissão de um funcionário. — Apesar, desculpe, eu não estava aqui pra te atender.

Hoshi olhou para todos os cantos, só percebendo que o atendente estava ao seu lado. Era pequenino, parecia uma criança. Tinha os cabelos rosa num topete junto à um boné vermelho mais o uniforme colorido da loja. Chegava a ser fofo se ele não o encarasse irritado.

— Desculpe, eu fiz sem perceber – Hoshi tratou de limpar rapidamente e colocar o pote médio de tinta em seu devido lugar. — E eu deveria ter esperado alguém, perdão.

O baixinho suspirou de braços cruzados, lhe dando permissão para testar as tintas após.

Foi a vez de Hoshi suspirar, mas de alívio. A lenda sobre pessoas pequenas serem fofas, mas darem medo se tornara algo real para ele e a prova obviamente era aquele funcionário.

Acabou levando cinco telas, dois tons de azul e cinza escuro. A tinta escolhida tinha textura lisa, quase sendo confundida com gelatina derretida. 



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