História Ink Boy - BÔNUS: Ink Mingyu

As repentinas batidas oscilantes e terminalmente eficazes na modificação do coração acelerado do morador ocasionaram os passos deste a se dirigirem a porta frontal. Devia ser onze horas da noite e Kim Mingyu, como bom adulto - ou criança crescida - que era, não deixava para dormir depois dessa hora, o que por vez lhe fez temer ainda mais a visita desconhecida e corriqueira.

— Então, Mingyu — e para seu alívio, mas logo percepção de não havia motivos para tanta surpresa recebera o loiro inquieto e sua companhia dentro de sua casa, sem muitos cumprimentos.

— Boa noite para vocês também. Tudo bem Mingyu? Tudo, tudo ótimo apesar de que minha casa foi invadida em plena noite pelo meu melhor amigo e sua namorada.

— Boa noite Gyu-sshi como você está? — A garota logo o confortou com um curto sorriso na face. O proprietário apenas rolou os olhos da saudação tardia.

— Então, como eu ia falar, precisamos de um favor.

Os dedos pálidos de Minghao estendia um felpudo animal de pequeno porte e os finos da garota por vez estendiam uma bolsa na destra e uma sacola plástica na canhota. As orbes negras do rapaz de fios que reproduziam o mesmo tom fitaram as faces; a estrangeira primeiro, logo a feminina e então a do cachorro.

— Querem que eu cuide do cachorro?

— É. Você pode cuidar do Mingyu, né? — A garota sorriu. O alto de pele bronzeada uniu as sobrancelhas ao franzir e comprimiu os olhos antes de tombar sutilmente a cabeça.

— Que?

— Ele vai cuidar do Mingyu. — Xu afirmou sem delongas, sorrindo amplamente a face de sua amada.

— Que?

— Meu deus Mingyu você é burro? — O chinês falou em alto tom, estendendo novamente o animal cujo rabo balançava incessantemente. — Eu já namoro Areum há anos e você ainda não entendeu que o cachorro dela se chama Mingyu?

— Ele se chama Mingyu?! — Os olhos por vez se arregalaram conforme a face reajustava.

— Meu deus — Seok largou as sacolas em mão no piso de madeira e escorou-se no namorado, sutilmente apoiando a face em seu braço.

— Mingyu, você vai cuidar do Mingyu por uma semana.

E no término da fala os olhos chineses fitaram diretamente os olhos da face delicada e ambos esboçaram seus enormes sorrisos enquanto deixavam o gargalhar escapar de seus lábios de tonalidades diferentes; a semelhança nos nomes nunca deixaria de ter sua graça. Já Kim, levemente emburrado pela zombaria que ambos pareciam atuar sobre si apenas agarrou o animal e deu atenção a este, acariciando-lhe os brancos pelos enquanto o casal melosamente atuava em sua frente.

— Vocês vão em lua de mel?

— Mingyu — Areum soprara o nome. — Todo esse tempo eu sempre te vi como uma pessoa um pouquinho mais inteligente que isto. — Pronunciara em tom mediano.

— Ué — Kim largou o animal no chão e deixou que livremente viesse a percorrer em seu “hotel” semanal para familiarizar-se com a área. — o que eu falei de errado?

— Eu não estou casando com a Areum! — Minghao usou um tom repreensivo ao amigo, como sempre quando farto das inutilidades que deixava escapar de seus lábios rosados, mas logo o olhar de intensidade superior da menor lhe ardera a pele. — Não que eu não queira me casar com você, você sabe que é isso que eu mais quero.

Os olhos da única mulher presente rodaram e ela sobrou um riso bufado. — Mingyu. — Procedeu a falar calmamente, coisa que aquele ao seu lado claramente não saberia fazer. — Lua de mel é para quem vai se casar.

— Ah ok. — Esboçou um grande sorriso em seus lábios finos. — Mas vocês vão ter bebês, né?

Com um singelo interesse o rapaz dos fios loiros levou toda sua atenção para aquela mais baixa dos cabelos longos sutilmente enrolados e castanhos, fitou-lhe a face e deixou que os lábios delineassem um curto sorriso sutilmente mais elevado no canto direito. Seok apenas fitou-o e soprou um riso fraco enquanto com a canhota batia contra seu peito.

— Não, não vai rolar bebês, gatinho. Tudo é bem seguro. — E a canhota tapeou sutilmente a pele coberta pelo tecido.

— Ok então sem ter bebês. — Xu voltou o olhar ao amigo.

— Mas eu quero um bebê.

— Então adote um — Os namorados pronunciaram em um uníssono e com isto dedicaram a atenção um ao outro murmurando em meio aos costumes que vinham a tornar-se iguais. — Mas falando sério agora — Areum desenrolara ao ver Kim com a face enfezada e relativamente decepcionada. — se você quer um bebê, quando voltarmos eu posso te dar um.

— Sério?! — Desta vez o uníssono viera dos melhores amigos.  — Pera, o que? Você vai dar um bebê para o Mingyu? — O cenho de Xu franzira.

Ela suspirou fundo e enfiou os dígitos destros na face chinesa empurrando está sutilmente para trás. — E depois você tira sarro do Mingyu.  O que eu to querendo dizer é que Mingyu está grávida.

— Que? — O moreno engasgara na própria saliva. — Eu não posso ficar grávido.

— Ah porra! — A mulher dos fios castanhos agarrou alguns destes. — O cachorro é na verdade cachorra e está grávida. Ele, quer dizer, ela, vai ter filhotes.

— Então por que ela continua se chamando Mingyu? — O bronzeado oscilou o tom.

— Por que lembra você — Caçoou Myungho, recebendo um tapa no braço esquerdo da namorada e um do melhor amigo no direito.

— Ele tá acostumado com isso, faz anos. Por que eu mudaria para, sei lá, Mina?

— Uh, esse é um bom nome. — Meneava a cabeça aquele ao seu lado.

— É eu sei — Ela meneou da mesma maneira enquanto esboçava um sorriso.

O morador da casa recém invadida veio a cruzar os braços e apenas observou cada traço tão adorável do casal que fazia questão de deixá-lo, em sua própria moradia, como vela e apenas observando-o. Suspirou, agachou-se e passou a dar atenção ao pequinês que já quase adormecia.

— Ok! — O tom do proprietário gritara. — Vão embora agora.

— O que? — O casal lhe fitou.

— Eu tenho bebês para cuidar e — O rosto ergueu-se para cravando as faces amigas e próximas. — já está tarde pelo amor de deus arrumem um quarto que não seja na minha casa.

A mais nova presente se aproximou e selou a cabeça do amigo, agradecendo-o em tom baixo e logo dirigindo-se para a entrada. Xu repetiu o ato fazendo com que Mingyu viesse a se contorcer em meio a melosidade esboçada pelo amigo, dando um chute em sua coxa enquanto ele se afastada junto a amada.