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História Innocence - Bokuto Koutarou(Haikyuu!!) - Esperança


Escrita por: ravinelle

Capítulo 2 - Esperança


Mesmo depois de tanto tempo, S/N ainda sentia que estava presa naquela lembrança.

Era como se voz estridente e raivosa de Bokuto ainda estivesse ecoando em sua cabeça o tempo inteiro.

Os gritos de desespero daquele garoto...

Ela tentava se acalmar e esquecer isso, mas como?

Koutarou literalmente a arrastava para qualquer lugar que ele fosse. 

E quem teria coragem de reclamar?

Apesar de odiar viver daquele jeito, ela ainda tinha um pingo de esperança de que um dia poderia ser libertada.

Viva ou morta, um dia ela seria.

O jardim era o único lugar que ela podia andar, e isso com guardas no seu pé.

Naquele dia, por um milagre, Bokuto permitiu que Akaashi fosse com ela.

E apesar de ser fiel ao rei, Keiji sentia pena da situação em que a pobre garota havia se metido, e para tentar aliviar um pouco de seu sofrimento, ele deixou que ela passasse um tempo sozinha.

Não existia nada além de árvores e flores, então não teria como ela fugir.

— Eu avisei. — Ela reconheceu aquela voz. Se virando para uma árvore, S/S conseguiu ver Kuroo deitado em um galho, seu sorriso continuava o mesmo de sempre. — Nós avisamos.

— E-eu sei. Do que adianta falar algo agora, bichano? — S/N retrucou.

— Já tentou envenenar ele? — O moreno riu da cara chocada que sua amiga fez.

— Acho que já não tem como piorar. 

— Ora, minha querida, dizem que falar isso é como um ímã para coisas horríveis. — Tetsuro arrancou folhinhas e jogou nos cabelos C/C. — Satori sente sua falta na hora do chá.

— Também sinto falta das loucuras dele. — A tristeza parecia socar o estômago da menina, que lutava para não chorar.

— Hm?! Uh, oh! Acho que alguém está chegando! Tenho que ir, boa sorte, S/N, você precisará!

— O que?! Ei! Espere! Kuroo! — Ela só pôde observar ele desaparecer antes de ouvir sons de passos atrás dela.

— Falando com as árvores, minha rainha? — Suas pernas tremeram. Oh Deus, ela só queria um pouco de paz. — Parece que Akaashi vacilou um pouco com minhas ordens.

Akaashi... Ele não teria coragem de matar seu fiel guarda, não é?

Não é?!

— Não se preocupe, querida! Ele me explicou que você queria me fazer uma surpresa! — S/N encarou Keiji, que estava no portão do jardim.

— D-desculpe por não ter conseguido segurá-lo, rainha. — Akaashi tentou disfarçar.

— Então, qual é a surpresa? — O brilho nos olhos de Koutarou já não enganavam mais a garota, mas suas preocupações eram outras naquele momento.

— E-eu... — Pense, S/N, pense. — Eu queria fazer um buquê de flores, mas nenhuma me agrada, já que eu queria cravos, mas não achei nenhum.

— Oh, isso não é um problema! Eu aceitaria até mesmo grama, desde que viesse de você. Mas de qualquer forma, Akaashi, se certifique de que amanhã já tenha as melhores flores para minha rainha! — Bokuto ordenou, o guarda suspirou antes de sair. — Apesar de não estar bravo, estou chateado por não receber nada.

— Eu p-posso fazer uma coroa de flores. — A voz da menina saiu mais baixa do que ela esperava, mas ainda foi o suficiente para o rei ouvir.

— Não sei... eu queria outra coisa... — S/N sentia como se alguém estivesse marchando em seu peito, a proximidade entre seus corpos a deixava em pânico.

— Koutarou! — S/S o empurrou, congelando no momento em que ficou consciente de suas ações.

Ele iria cortar sua cabeça?

Seus milhares de pensamentos assustadores sumiram quando uma risada ecoou em seu ouvido.

— Eu jamais farei algo que minha rainha não queira. — Sua mente estava embaralhada, ele era extremamente complexo. E ela estava cansada de tentar entender como ele funcionava.

“Eu jamais farei algo que minha rainha não queira.”

Ele estava zombando de sua cara?

Ele a trata como uma bonequinha, a aprisiona em um palácio e ameaça seus amigos.

E agora fala isso?

— Vamos lá, hoje fizeram tortinhas de morango, uva e maçã! 

Ela tinha ódio dele.

Uma raiva pura.

Porquê ela sabia que jamais teria coragem de retrucar.

— Pode ir na frente, ficarei para aproveitar um pouco do sol. — Sua voz gentil soou convincente o suficiente para ele sorrir e apenas concordar.

Minutos depois, Akaashi voltou para o portão do jardim.

— Eu espero conseguir te ajudar um dia, apenas sobreviva até lá. — Em meio a tanto caos e tristeza naquele castelo, Keiji era o único normal, que compreendia a sua situação e tentava de tudo para não piorar.

Ela só esperava que sua sanidade durasse até sua liberdade chegar.

Ou, que suas esperanças continuassem vivas.



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