História Innocence Is Not An Excuse - Um Fio De Esperança

- E como foi ontem? -Perguntei para meu irmão.

- Muito legal. -Abriu um pequeno sorriso. - Ficamos conversando até tarde. Ele é bem da hora.

- Fico feliz por você, meu irmão. 

Peguei em sua mão, lhe deixando meio tímido. Logo, escutei o barulho dos passos de Meg, e tirei a minha mão da mão de meu irmão. 

- Bom dia. -Falou.

- Bom dia. -Dissemos em uníssono.

Meu irmão havia pedido para que eu não contasse para ninguém sobre a nossa conversa da noite anterior, e eu lhe garanti que não faria isso, pois eu sabia que o dia que Henry tivesse pronto, ele mesmo faria isso. Mas independente de qualquer coisa, o amor que eu sentia por ele não mudaria jamais.

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Eu estava no trabalho quando de repente Harry chegou acompanhado de sua mãe. Era estranho, mas cada vez que eu a via sentia um embrulho no estômago, embora ela já tenha sido muito boa para mim, mas as vezes eu achava que ela preferia que eu ainda estivesse presa. Ou talvez só queria que eu mantivesse distância dos seus filhos, mas isso era tão difícil, Harry era um garotinho encantador, e Noah… Ah, Noah, ele era o motivo do meu sorriso.

Harry chegou e nem me olhou, ficava meio mal com isso, mas era assim que as coisas deveriam ser para que sua mãe nunca descobrisse que éramos amigos. 

Fiquei vendo-o se despedir de sua mãe, após isso se dirigiu para o pátio, já a Sra. Harter foi até mim, engoli em seco, tive medo do que ela poderia querer comigo, já que eu não lembrava de termos assuntos pendentes.

- Oi Mia. Como você está?

- Estou bem, Sra. Harter.

- Mia, não estamos mais nos Estados Unidos, pode me chamar de Bridget, meu primeiro nome. -Ela sorriu de forma amigável, o que para mim era meio estranho.

- Está bem, dona Bridget. -Baixei a cabeça de forma tímida.

- Fico feliz que esteja dando a volta por cima. Torço por você, garota.

- Obrigada. -Dei um enorme sorriso. - Eu quero reconstruir minha vida e sinto que aos poucos eu estou conseguindo.

- Bom saber disso. -Sorriu novamente.

Ela me deu as costas, indo em direção da porta principal.

- Espera! -A chamei.

Ela se virou para mim, engoli em seco e mesmo com receio de sua resposta, eu perguntei:

- Acha que um dia eu posso voltar a ser amiga do Noah?

Tá, digamos que Noah e eu estávamos sendo um pouquinho mais que bons amigos, mas eu queria tanto que a gente não precisasse se encontrar escondido e correndo o risco de sermos pegos, queria muito que a Sra… Digo, que dona Bridget permitisse a nossa amizade, ou o que quer que rolasse entre a gente.

- Talvez um dia. -Me deu um meio sorriso e foi embora.

Não contive o sorriso, pois era a primeira vez que eu tive esperança dela me perdoar e aceitar minha amizade com seus filhos, que era tudo o que eu mais queria.

Era por volta de 16h quando recebi uma companhia.

- Ele pode ficar aqui? -Perguntou a volante da escola.

- Claro. -Respondi, e ela se retirou. - Aprontou de novo, seu Harry?

Ele deu de ombros e me esbanjou um sorriso meio travesso. Ah, esse menino era um terrorzinho, mas eu o adorava, e era bom saber que isso era recíproco.

- Eu queria que a minha mãe deixasse você ir lá em casa.

- Eu também queria, meu bem. -Sorri e lhe arranquei um sorriso banguela.

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- E como ele é? -Perguntou Steph assim que eu lhe falei sobre Noah.

- É lindo e muito gentil, educado, atencioso e não é idiota como a maioria dos garotos. -Sorri ao lembrar de Noah. - Mas vou parar de falar nele, antes que você se apaixone.

- Hey, isso não tem possibilidade de acontecer, eu jamais ficaria com um boy de uma amiga. -Falou ao me olhar nos olhos. Deitou de barriga para cima. - Fico feliz que você esteja feliz.

- Obrigada, amiga. -Me deitei do lado dela. - E você? Gosta de alguém?

- Ah… -Deu de ombros.

- Ih, acho que gosta. -Falei ao fazê-la sorrir.

- Ah, gosto sim, mas ele nem me dá bola.

- Posso saber quem é?

Na verdade, eu meio que tinha uma desconfiança, porém nunca tive certeza se de fato, Steph gostava de quem eu achava que ela gostava, até então, ela nunca tinha me confirmado isso.

- Jura que nunca percebeu? -Me olhou fixamente.

- Ai, meu Deus! Você gosta mesmo do Andryws.

- Por favor, não fala pra ele. O Andryws é super a fim de você. -Baixou a cabeça meio chateada.

- Mas eu não gosto dele.

- É, eu sei.

Ficamos uns segundos em silêncio, até que Henry entrou em meu quarto nos comunicando que o jantar estava pronto.

- Esse seu irmão é um gato, hein. -Falou Steph.

- Xi, é melhor você tirar o olho e continuar gostando do Andryws.

- Ué, por quê? -Me olhou meio confusa.

- Ah, porque ele gosta de outra pessoa.

- Sorte dessa pessoa. Ele é muito gato.

Sorri, dei uma revirada de olhos e fomos jantar. Quem havia preparado tudo tinha sido meus irmãos, eles mandavam muito bem na cozinha. Henry e Meg haviam feito um delicioso escondidinho de frango, uma das especialidades da minha irmã. Ah, e por falar nela, Megan e Steph estavam ficando bem amigas, pois durante o jantar, elas estavam descobrindo coisas em comum.

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Em um sábado à tarde, Noah e eu decidimos ir à uma praça para nos vermos, eu sei que ele podia ter ido à minha casa, mas o dia estava tão lindo para ficarmos trancados dentro de uma casa.

- Eu adoro ficar com você. -Me abraçou.

- Eu também. Me dá uma sensação tão gostosa.

Ele sorriu e acariciou levemente o meu rosto, se pondo a me beijar em seguida. Estávamos nos beijando quando escutamos uma voz familiar.

- Mas o que está  havendo aqui?