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História Inocentes - Não fale com estranhos!


Escrita por: narajnosabaku

Notas do Autor


Mais um capítulo para o deleite de vocês pessoas! E eu desejo para vocês uma boa leitura ^^

Capítulo 2 - Não fale com estranhos!


 

Sakura decidiu esperar por suas amigas fora da boate, teve tempo de sobra para inventar uma desculpa para as garotas “mortas” de preocupação devido a sua ausência. Daquela noite não houve muitos danos, somente teve de comprar outro sapato para Ino, ela apenas respondia “foi legal” toda vez que sofria algum interrogatório de seus pais sobre a tal festa do pijama. Uma semana se passou depois do ocorrido e como tinha de voltar a sua rotina, assim o fez, levantando cedo tomando seu banho rápido, fazendo sua higiene pessoal, vestindo seu uniforme: uma camisa social branca, uma saia de prega quadriculada nos tons azul-marinho e azul-claro, meia ¾ branca, e uma sapatilha social preta, fora a gravata em borboleta azul marinho e o terno da mesma cor. Pega sua mochila com o material devidamente arrumado na noite anterior, e desce a escadaria de sua casa que direto no café que ficava no térreo, onde seus pais e os funcionários a esperavam com um sorriso no rosto

—Bom dia! — Sakura cumprimenta com animação todos os presentes, desde a sua mãe a funcionários e clientes se sentando no balcão

— Bom dia Sakura!— os funcionários mais animados repetem e os mais sérios apenas acenam

— Bom dia minha linda— a mãe lhe abraça e entrega uma bandeja a sua mão— Vai comer o deu desjejum! — o pai aparece saindo da cozinha indo até Sakura beijando a testa da filha

— Não enrola para comer mocinha, tá mais do que na hora de ir para a escola! — ele ordena sério e a filha de boca cheia, apenas balança em sinal positivo

Depois do café reforçado foi caminhando para a escola, não era muito longe de sua casa. As aulas foram interessantes, ela sempre gostou de estudar por isso era a melhor da turma.  Mas tinha o seu preço: como o desprezo de algumas meninas de sua sala, e apelidinhos desagradáveis, é claro que para isso ser amiga da Ino desde o jardim, tinha seus benefícios. Só a loira estalar os dedos e já deixava de ser importunada, agora sabia o porquê: todos queriam ir às boates que Ino freqüentava. Na hora da saída, Sakura ficou sentada na escadaria olhando para rua, não tinha a mínima vontade de voltar para casa e ajudar com as tarefas no Café. Suas pernas estavam fechadas com a mochila no colo, seu olhar estava distante, fitava a calçada do outro lado e quase foi para trás com o susto que levou:

— É-é ele... — sussurrou ao ver seu “salvador” passar na outra calçada. Sakura não podia observar melhor o rosto, mas uma agitação interna confirmava que era ele, “só podia ser ele!”

 

 Sakura se levantou apressada ao encalço do homem, pelos cantos para não ser vista, queria falar com ele em um lugar pouco movimentado, seus pais não podiam saber, não falar com estranhos era a primeira regra, e como eram bem conhecidos pela cidade estava cuidadosa, para não esbarrar com algum cliente do Café. Ele fazia de tudo para não ser percebido, porém aos olhos de Sakura ele não escapava, mesmo que se sentisse uma idiota por segui-lo e seu lado mais receoso gritasse para não quebrar as regras não ia voltar atrás. Não percebeu que se afastava da parte movimentada, enveredando por um caminho por ela desconhecido: o antigo bairro industrial. Um local onde moravam pessoas sem a mínima condição financeira para um lugar digno, sendo na sua maioria estrangeiros, pois a qualidade de vida da cidade havia melhorado drasticamente nos últimos anos. Sentiu uma gota forte acertar um de seus ombros, percebendo finalmente o tempo fechado, na procura de uma pilastra por não levar um guarda-chuva, perdeu ele de vista, sobrou para Sakura se escorar na proteção e esperar a estiagem, muito decepcionada.

— Aff, que homem mais escorregadio!— senta no chão seco abraçando as pernas para espantar o frio, provocado pela chuva forte

— Parou de me seguir?— Sakura pula assustada ao se deparar com aquele homem coberto com uma capa de chuva preta parado de braços cruzados na sua frente

—E-eu só-

— Não me importo com suas desculpas, muito menos com agradecimentos! — corta a menina com rispidez

— Mas... Mas... — volta seu olhar para o chão devido o constrangimento

— Tsc, levanta logo menina antes que eu mude de idéia!— Sakura não pensa duas vezes e vai para o lado do desconhecido o acompanhando na chuva forte

Eles se distanciavam cada vez mais indo para uns prédios abandonados. O frio vindo de seu corpo encharcado encurvava seu corpo, vendo somente os pés ligeiros do homem a sua frente. Desta vez ele não parecia tão cavalheiro, se ao menos ele cedesse a capa... Tão entretida em seus resmungos nem percebeu que ele havia parado trombando seu corpo contra o dele. 

— Tenha mais cuidado menina!— ele nem olhou para trás, destrancou a porta, entrou e Sakura foi ao seu encalço

— Nossa... — foi tudo o que disse ao ver o lugar escuro e sem mobilha. Ele não tirou sua capa que respingava, e as gotas faziam um rastro para outra parte da casa,

— A não ser que goste do escuro, é melhor me seguir— gritou do outro lado

Sakura deu de cara com ele escorando uma porta que levava para o porão e isso lhe deu arrepios “será que ele vai me matar?”, ela engoliu seco, paralisada

— Ô garota!— a fez olhá-lo— Vamos logo!— suspirou visivelmente irritado— Se está viva até agora é porque não pretendo matá-la, venha logo!

Apesar dessa frase pouco convencê-la, Sakura o seguiu. Eles desceram a escadaria por incrível que pareça bem iluminada e aí sim pode ver o que se assemelhava a uma casa, jogou a sua mochila ao lado da escada e pôs a analisar o lugar. Tinha várias televisões velhas que passavam imagens do que parecia ser do lado de fora todas bem arrumadas na estante os dois sofás estavam cobertos com uma capa cinza eles eram pequenos ideais para o cômodo, Sakura deu uns passos e viu na cozinha: um microondas “jurássico”, a geladeira azul claro, uma mesa de ferro com duas cadeiras tinha um armário também de ferro, a pia com alguns talheres e a cafeteira sobre ela e o aquecedor

— Menina!— Sakura deu um pulo ficando de cara com o homem. Ele era tão bonito... Pernas longas e cobertas pelo moletom anil, os braços cruzados e a camisa branca não escondia que ele malhava, apesar de ser magro, queixo fino, lábios finos, nariz arrebitado, olhos grandes e pretos, cabelos negros e compridos. — Tsc, toma— jogou uma bolsa plástica— Se troque no banheiro, fica na porta ao lado, embaixo da escada e ponha a roupa molhada perto do aquecedor, preciso repetir?

— Não senhor— Sakura se abraçou ao saco e foi mudar a roupa

O banheiro era menor do que estava acostumada: a pia próxima ao vaso o pequeno espaço para o chuveiro, dividido pela cortina, os ganchos ficavam na porta e sobre a pia tinha uma caixa com o espelho mesmo curiosa só usou o espelho e não viu o que tinha dentro dela. Saiu de lá um pouco envergonhada, não era acostumada a usar as roupas dos outros, muito menos de homens, e embora a bermuda seja de elástico e venha com aquelas cordinhas parecia estar larga, a blusa era um vestido e o casaco; um cobertor, seu cabelo ficou tão bagunçado quando o secou que o prendeu em um coque, deveria parecer uma palhaça, pois o espelho estava muito alto para ver seu corpo todo, o seu rosto teve que se firmar na ponta dos pés. Ele estava no sofá devorando um pacote de bolacha água e sal, um biscoito que detestava,

— Erg!— Sakura fez uma careta enquanto seguia para colocar seu uniforme para secar, depois ficou na porta sem saber muito que fazer começou a brincar com os dedos, chegou a pensar em pegar um jogo eletrônico dentro de sua mochila, quando ia se aproximar ele jogou o pacote vazio na mesa de cento chamando-lhe a atenção

— Tem dois sofás nessa sala, não precisa ficar parada esperando um convite menina!

Sentiu uma irritação subir pelo peito e jogou seu corpo com força no sofá ao lado

— Meu nome não é menina! É Sakura!— protestou com rebeldia, ele, no entanto, abriu um sorriso de canto como se debochasse dela

— Não me lembro de ter perguntado— ela respirou fundo com tivesse se segurando para não explodir— Você me seguiu! Eu estou em minha casa, se eu quiser te chamar de milk-shake de morango vai ficar chamado entendeu?

— Urg... Seu mal-educado!— cruzou os braços e virou o corpo de costas para o homem, com a cara fechada e a bochecha inflada como uma criancinha birrenta

Sakura ficou balançando as pernas por um tempo até que se acalmou. Passando mais tempo ainda ele voltou a comer seus biscoitos, e até o taciturno mastigar dos biscoitos crocantes podia ser ouvido tamanho era o silêncio e isso a estava agoniando e irritando ao mesmo tempo retornando a virar-se para o seu “torturador”

— Ai porque você não fala nada?!— ele apenas arqueou a sobrancelha sem realizar uma única expressão

— Agora você quer falar?— Sakura deu de ombros

— Ah sei lá, pelo menos o seu nome— mais uma vez aquele sorriso debochado

— Meu nome é Estranho

— Qual é isso nem é nome de verdade! — Sakura bufou insatisfeita

— Isso será o mais perto de um nome meu que você vai conhecer, pois no final é isso que sou: um estranho

Sakura bateu com os punhos cerrados no seu colo para descontar a raiva para delírio daquele homem. Estranho olhou de relance para um dos monitores

—Suas roupas já devem estar secas, parece que parou de chover, vou te levar pra casa— ele se levantou do sofá limpando os poucos farelos sobre a calça

— Ótimo! Pois eu estou de saco cheio de ficar aqui!— Sakura também se levantou foi para cozinha pegar seu uniforme

A voltar a banheiro para se vestir, reparou que havia outra porta na parede ao lado, por um instante foi movida pela curiosidade em abri-la, mas um barulho a fez mudar de idéia

— Já estou pronta!— Sakura estava abraçada as roupas que o Estranho havia emprestado. Ele observava o movimento pelos monitores e nada disse apenas foi até ela tomando as roupas e a jogando em um cesto que Sakura nem tinha reparado naquele canto— Podemos ir?

— Você pode ir eu já estou em casa— ele deu de ombros e voltou a se sentar. O queixo de Sakura caiu tamanha indignação

— Como é?— levou as mãos a cintura se colocando na frente do homem— Eu não vou por aí sozinha! Você tinha dito que ia me levar!

— Eu sei— se levantou em um pulo e levou as mãos aos bolsos— Vamos logo menina— partiu em direção a escada, Sakura correu para pegar a mochila e com ela nos braços subiu os lances

Ela tinha uma leve impressão de que ele estava correndo de propósito, em menos de cinco minutos estavam longe do centro industrial.

— Espera você não sabe onde eu moro!— ela se colocou na frente dele esbaforida, não estava acostumada com corridas, era muito sedentária

— E nem quero saber— Sakura arregalou os olhos em surpresa e medo pelo tom sombrio usado por ele— Minha intenção era te deixar próximo de onde você começou a me seguir, sou um estranho garota não um coleguinha que vai tomar chá com você— ele se virou e a largou sozinha boquiaberta; o vendo se afastar em passos largos e sumir por entre os prédios 


Notas Finais


Espero que tenham gostado
Ps: Peço perdão pela sinopse, eu realmente não me sinto inspirada o suficiente para fazê-la :(


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