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História Ino's Darkness - Capítulo X


Escrita por: Emeraude

Notas do Autor


Oi!
Como prometido, aqui vai a segunda parte e em bem pouco tempo! XD

Boa leitura!

Bjs

Capítulo 10 - Capítulo X


Desde então, passaram-se semanas. Durante esse período, os pares passaram por muitas coisas.

O namoro de Hinata e Naruto ia num bom caminho. Estava a ficar cada vez mais forte. Tão forte, que até Hinata passou a ser gótica, apenas no recinto escolar, pois assim que ia para casa, voltava a ser a “velha” Hinata. Fazia-o, porque queria impressionar o Naruto e, pelos vistos, fizera-o na perfeição, para além de que também queria compreender melhor o seu estilo de vida. Naruto estava cada vez mais encantado com a ousadia dela, professando, todos os dias, o seu amor.

Por outro lado, Inai tentava a todo o custo fazer com que Sai esquecesse a Ino de vez. Para isso, começaram a sair mais vezes e a conhecerem-se melhor. Se bem que a Inai, por vezes, dava alguns ares de sua graça e começava a seduzi-lo da forma como costumava fazê-lo. As coisas pareciam ir num bom caminho, já que Sai contribuía muito e, por sua vez, estava a gostar cada vez mais da companhia dela. Aos poucos compreendia que estava a um passo de se apaixonar perdidamente por aquela maluca que estava loucamente apaixonada por ele.

Por último, quanto à Ino e o Gaara, esses continuavam a falar entre si, com uma Sakura enciumada, de vez em quando, a intrometer-se entre os dois. Ino continuava a ser a mesma pessoa fria de sempre, só que com uma excepção. Começara a achar cada vez mais fascinante tê-lo como parceiro. Podia ter conversas de jeito. Ele era uma pessoa com quem podia passar o tempo e até que não era de se jogar fora…mas, o mais divertido, era que também podia fazer ciúmes à testuda da Sakura. Esse até que era o seu principal objectivo, mas…havia outras coisas que ela tinha mais em que pensar. Já o Gaara, esse a cada dia que passava, ficava encantado, embora não o demonstrasse, pela forte personalidade da Ino, passando a vê-la com outros olhos. Mas, ao que tudo indicava, essa atracção não era recíproca. Achava que talvez fosse apenas um bonequinho nas mãos dela, no entanto, apesar disso, faria de tudo para a fazê-la mudar de opinião. Será que o ia conseguir?

[…]

- Pai. Mãe. – disse, Ino assim que chegou perto da entrada da cozinha.

Tsunade, envergonhada com o que estava a fazer antes de ser interrompida, tratou logo de se levantar do colo do seu marido.

- Sim, Ino. O que é que queres, querida?

- Era só para avisá-los que vem cá um rapaz a casa, hoje à tarde.

- Um rapaz? – perguntou, Minato, desconfiado – E posso saber de quem se trata?

- Minato! – repreendeu-o, Tsunade – Com certeza deve ser algum colega da escola, não é, Ino?

- Sim, mãe. Ele é apenas um amigo. Vamos apenas estudar para o teste da semana que vem. – olhou para os dois séria – Não pensem coisas nojentas de mim, ok? Eu não sou como vocês os dois… - tossiu para disfarçar.

- Ino! – Minato começava a ficar irritado com a insolência dela.

- Ok, ok! Já entendi a mensagem. Vou para o meu quarto, por isso, podem voltar a fazer o que estavam a fazer. Eu não me importo, embora eu nunca venha a fazê-lo.

- Porque não, querida? – perguntou, preocupada, Tsunade.

- Porque eu estou fechada para o amor. – Tsunade e Minato olhavam para ela espantados – Agora, se me derem licença, vou para o meu quarto. Mãe.

- Sim, Ino?

- Quando ele chegar, por favor avisa-me, tá?

- Podes ficar descansada. Assim o farei.

Assim que Ino se foi embora, Tsunade e Minato olharam um para o outro. Estavam pasmos com o que a sua filha acabara de afirmar. Preocupados, só esperavam que aquilo não se viesse a confirmar.

[…]

- Ora, ora, Ino… - Inai olhava-a de alto a baixo – Nunca pensei que ficasses tão amiga do Gaara…Ele é tão bom assim?

Ino havia se esbarrado com a Inai no cimo das escadas. Inai parecia que ia sair.

Ino apenas lhe deu um sorriso irónico.

- Nem te vou responder. E também não tens nada a ver com isso, Inai. Já não tens o Sai? Então porque é que não o aproveitas e me deixas em paz? Seria uma ideia interessante, não achas?

Inai pensava em dar-lhe uma resposta em troca, mas as palavras não lhe saiam. Emburrada, por causa disso, ela lançou-lhe um olhar de raiva, antes de descer as escadas e sair, apressada, por porta fora.

[…]

Hinata estava nervosa. Era o dia em que Naruto viria a sua casa conhecer a sua família. «Ai, meu Deus! O que estamos prestes a fazer?». Ela e a família (o pai, o primo Neji, a namorada deste, a Ten Ten, e a sua irmã pequena, a Hanabi) estavam todos sentados nos sofás da sala à espera que Naruto chegasse.

Assim que Hiashi soube por Hinata que ela tinha um namorado, ao inicio ficara um pouco chocado. A sua menininha não era para qualquer um! Por isso organizara aquele encontro. Estava igualmente desejoso por conhecer o rapaz que havia “roubado” o coração da sua filha mais velha. O Neji só dizia horrores sobre ele, se calhar devia ter uma espécie de querela com o tal de Naruto, mas ele não ia muito pela opinião dos outros. Claro que a opinião de Neji não deixava de ser importante, mas tinha que tirar as suas próprias conclusões quanto ao rapaz. Devia isso à sua filha. Olhava para ela e via o quanto nervosa ela estava. «Só espero que esse Naruto valha a pena…», pensou, conformado.

- Não te preocupes, Hinata. Vai tudo correr bem… - Ten Ten tentava acalmar a amiga. Como namorada do Neji teve de participar naquele encontro, pois era como se fosse da família. – Vais ver que ele não tarda aí a chegar…

- Ai, Ten Ten… - Hinata apertava com força a mão que a sua amiga ofereceria – Tenho medo da reacção do meu pai. E se ele não gostar dele?

- Vai correr tudo bem, Hinata. Tem um pouco de fé no teu namorado e no teu pai, ok?

Hinata apenas acenava com a cabeça afirmativamente.

Hiashi era quem parecia não estar a ter lá muita paciência. Ao que parecia, o convidado estava a demorar. E se havia coisa de que ele não gostava, eram os atrasos.

- E então, Hinata? Vem ou não vem esse teu namorado?

- Deve estar aí não tarda nada, pai…

- É… - interveio, Neji – Se calhar, medroso como ele é, deve ter fugido com o rabo entre as pernas. Não concordas, Hinata?

Hinata e Ten Ten, naquele momento, só queriam matá-lo pela sua inconveniência.

- O que foi? – perguntou, Neji, sentindo o olhar delas a fuzilá-lo – Que eu saiba, eu não disse nada de mais, apenas o que penso.

De repente, o som da campainha fez-se ouvir pelos corredores da casa. «Deve ser ele!», pensou Hinata, enquanto se levantava e ia abrir a porta.

Assim que a abriu, nem queria acreditar no que estava a ver à sua frente. O seu queixo tinha caído por completo. A pessoa que estava ali não podia ser a mesma que ela pensava que fosse. Ou era? Bem…ali, mesmo à sua frente, estava um rapaz loiro de olhos azuis, todo elegante, com uma camisa branca e umas calças pretas, e com o cabelo penteado para trás, como se tivesse posto gel.

Esta pessoa apenas lhe sorriu abertamente assim que a vira a abrir a porta. Os seus olhos também não queriam acreditar no que viam, porque Hinata estava mais bonita do que nunca com o vestido que estava a usar. Era um azul-claro, com um ligeiro decote em V, que ajustava na perfeição às suas formas.

- Hinata…Uau! Estás um espanto! – Hinata continuava sem reacção – Hinata, estás a ouvir-me? – perguntou, Naruto, preocupado.

- Sim…? – Hinata parecia estar a despertar do transe – Naruto…és tu?

- Sim. Quem mais é que poderia ser? – ajeitou o cabelo – A não ser que esperavas outra pessoa.

- Sim, esperava…quero dizer, não! – estava confusa – Ai, Naruto! Porque é que és tão imprevisível?

- Porque gosto da maneira como reages às minhas improvisações. – disse num tom brincalhão e ao mesmo tempo safado, aproximando-se dela – Agora…vais-me deixar entrar?

Hinata acenou que sim, dando-lhe passagem. Naruto, assim que entrou, chegou perto dela e deu-lhe um beijo rápido, mas carinhoso.

- E então, o que é que achaste do meu novo look? – perguntou, dando uma voltinha – Só espero que o teu pai vá com a minha cara. Ele nem sabe o sacrifício que eu estou fazendo, só de ter vindo assim vestido!

- Naruto…não era preciso… - aproximou-se dele e acariciou-lhe o rosto – Gótico ou betinho, eu gosto de ti na mesma. Por isso, mesmo que viesses vestido à tua maneira, o meu pai tinha que te aceitar, pois tu és o meu namorado e, se o és, é porque és uma pessoa especial, que o meu pai com certeza iria reparar nisso. Mas…- olhou-o de alto a cima – ainda bem que o fizeste. Com certeza vais dar uma boa impressão à minha família, para além de que…não estava nada à espera! Quero que saibas, que ficaste um gato com essa roupa!

Naruto sorriu com um brilho malicioso no olhar.

- Ui…Se eu não soubesse que estava em território inimigo, se é que me entendes, eu já estava a atirar-me a ti, só por dizeres uma coisa dessas! – os dois iam caminhando até à sala. Naruto sussurrou no ouvido dela – Tu também estás uma gata nesse vestido. Uma gata bem…gostosa!

Aquele comentário fez Hinata ficar super corada, que, quando chegou à sala, nem sabia como havia de olhar para a sua família. Ficara mesmo sem graça.

- Hinata, até que enfim! Estava a ver que nunca mais chegavas! – comentou, Neji de mau humor. Mas, assim que pôs os olhos na pessoa que estava ao lado da prima, a sua expressão mudou completamente – Quem é esse aí? – perguntou, curioso.

- Você não está reconhecendo-o, Neji? – olhou para um e para o outro – Este é o Naruto, o meu namorado!

- O quê?! – Neji levantou-se repentinamente. Ele não estava a acreditar – Só podes estar de zoação comigo, Hinata! O Naruto que eu conheço é um gótico desmiolado, sem estilo nenhum!

Naruto ficara ofendido com o comentário, mas não lhe fez caso. Estava ali pela Hinata. Tinha que dar uma boa impressão ao pai dela e não ao idiota do primo. Sorrindo, como se nada fosse, aproximou-se de Neji e estendeu-lhe uma mão – Olá! Muito prazer em conhecê-lo! Chamo-me Naruto Uzumacky!

Ten Ten, que estava ao lado de Neji, ficara igualmente boquiaberta. Nunca teria adivinhado que aquele giraço com quem Hinata havia entrado na sala fosse o Naruto que ela conhecia. «Meu Deus! Isso é que foi transformação!», pensou, enquanto trocava um olhar com o namorado, fazendo com que este seguisse em frente.

Neji assim o fez. Apertou a mão de Naruto, fazendo-se apresentar igualmente, a ele e à namorada.

Hinata, preocupada, não querendo que houvesse conflitos antes de ainda o encontro ter começado, puxou Naruto por um braço, levando-o na direcção do seu pai e da sua irmã, que se levantaram automaticamente, assim que eles se aproximaram.

- Naruto…Estes são a minha irmã caçula, Hanabi… - Naruto cumprimentou uma rapariga de cabelos castanhos compridos e olhos perolados, iguais aos de Hinata, com dois beijos na cara – e o meu pai, Hiashi Hyuuga.

Naruto e Hiashi deram um aperto de mão. Nesse momento, Naruto sentiu um formigueiro na barriga. «Com que então, este é que é o pai da Hinata…Parece ser um homem rígido…Só espero estar dentro das suas expectativas.», pensou, engolindo em seco.

- Com que então és tu o famoso Naruto. – disse, Hiashi, largando a mão dele – O rapaz que “roubou” o coração da minha menina.

Hinata corou de vergonha.

- Pai…por favor…não digas isso…

Naruto apenas sorriu.

- Eu quanto a ela não sei, mas, quanto a mim, posso dizer que foi ela quem “roubou” o meu. – disse de forma sedutora, depositando um beijo nas costas da mão de Hinata, enquanto a olhava fixamente nos olhos, deixando-a constrangida.

- Bem…podemos agora comer qualquer coisinha, papá? – perguntou, Hanabi, chegando perto do pai – É que tou com fome!

Hiashi começou a rir-se.

- É claro, filha! – bagunçou-lhe os cabelos com uma mão, para de seguida olhar para as restantes pessoas presentes – Podem sentar-se. Mandarei com que Marie traga os aperitivos cá para a sala. Neji. – Neji olhou para o tio – Podias fazer esse favor aqui ao teu tio? – Neji, conformado, suspirou e levantou-se, indo até à cozinha – E…enquanto o meu sobrinho não vem…Senta-te aqui ao meu lado, rapaz. Não te acanhes. – disse, enquanto lhe indicava um lugar a seu lado no sofá – Como estava dizendo, enquanto o Neji não vem, que tal começarmos a conhecermo-nos melhor, Naruto? Sendo o namorado da minha filha mais velha, tenho o direito de saber se a pessoa com quem ela namora é de confiança, não? – perguntou, alegre, enquanto lhe dava umas palminhas na perna, deixando Naruto sem graça – Por isso, não fiques constrangido com certas perguntas que irei fazer, ok?

- Ok. - «Onde é que eu me vim meter!», pensou, quase desesperado «Ai, Hinata…o que eu não faço por ti, minha flor...».

[…]

Tocam à campainha.

- Já vou!

Tsunade estava um bocadinho atrapalhada na cozinha, mas, assim que terminou o que estava a fazer, dirigiu-se até à porta. Quando a abriu, quase que caia para trás com o susto.

É que, quando abrimos a porta na boa, sem saber o que nos espera, e de repente surge-nos à frente uma pessoa toda vestida de preto…pensa-se logo que é a morte…Foi isso, mais ou menos, o que se passou com Tsunade.

- Boa tarde, minha senhora. – cumprimentou-a, educadamente, Gaara. – Estou aqui, porque eu e a Ino ficamos de combinar estudar. Ela está?

- Boa tarde… - Tsunade era para lhe perguntar quem era, mas depois, quando este falou em uma sessão de estudo com a Ino, lembrou-se do que a filha tinha-lhes dito, a ela e a Minato, naquela manhã. «Ah…com que então, este é que é o tal rapaz…», pensou, dando ênfase à palavra “tal”. Apercebendo-se de que este lhe olhava, à espera que ela fizesse algo, é que se deu conta de que começara a divagar – Ah…desculpe… Sim, ela está. Pode entrar… - disse, dando-lhe passagem. Assim que Gaara entrou, ela fechou logo a porta – Fique à vontade, enquanto eu vou avisar a Ino de que já chegou. – dirigiu-se para as escadas e, a meio delas, começou a chamar a Ino aos gritos.

Enquanto Tsunade chamava a filha, Gaara começara a prestar atenção ao que estava a seu redor, analisando cada canto daquela casa. «Até que é bonitinha.», pensou com um sorriso contrafeito.

Ele não sabia ao certo o que estava a fazer naquela casa, mas, de uma coisa tinha a certeza, tinha muita vontade de conhecer melhor a Ino. Por alguma razão inexplicável, durante aquelas semanas que haviam passado juntos, fizeram que ele começasse a observá-la com mais interesse. Dai que aceitara aquela sessão de estudos em casa dela. Estudar não era bem o seu forte, apesar de que era um dos melhores da turma, no entanto era necessário fazer certos sacrifícios, como entrar no território do inimigo.

Quando Tsunade o havia aberto a porta, tratou de a cumprimentar com a maior educação. Apesar de ser gótico, isso não invalidava que fosse educado, já que pertencia a uma família rica, embora ninguém na escola, à excepção dos professores e do director, o soubessem. Contudo, ao ver aquela senhora, não pôde deixar de ver que ela e a Ino até que tinham algumas parecenças no rosto, daí que deduziu que ela fosse a mãe dela.

Ele considerava que tinha um poder atractivo acima da média e, por isso, iria usar isso a seu favor, tentando conquistar a simpatia quer da mãe, quer do pai. A da mãe, ao que tudo indicava, já estava no papo, quanto à do pai…esse ainda tinha de o conhecer para tirar as suas próprias conclusões, pois sabia que os homens, em geral, eram difíceis de se conquistar, quando se tratava das suas filhas.

- Desculpe… - disse Tsunade, aflita, interrompendo os pensamentos de Gaara – Espera só mais um pouquinho, enquanto vou até ao quarto dela chamá-la. Ao que parece, ela não me está a ouvir.

Assim que ela foi na direcção do quarto da Ino, Gaara, encontrando-se sozinho, começou a divagar pela casa. Olhar ao longe não bastava. Queria ver as coisas de perto.

Parou, assim que passou por uma cómoda, que estava ao lado da porta, reparando nas fotografias que estavam em cima desta. Eram cinco passepartours ao todo. Um com a família toda, outro com, supostamente, o pai; ao lado estava o da mãe e, à frente, estavam os das filhas, mas quando estas eram crianças.

Analisou as fotografias, uma por uma, e pegou naquela em que uma das gémeas estava a sorrir. Ao vê-la de perto, soube logo que aquela era a Ino, já que aquele sorriso era igual ao sorriso que ela lhe havia lançado, durante a campanha de protecção às baleias. «Ela tem um sorriso lindo...», pensou, dando um meio sorriso. Mas então o que é que havia mudado para ela se transformar daquele modo?

Nesse momento, Minato sai do escritório atarefado e, ao ver Gaara, ficou um tanto assustado e desorientado.

- Quem és tu? O que fazes em minha casa?

Gaara olhou-o de alto a cima. Ao que tudo indicava, pela cor dos olhos e do cabelo, aquele era sem dúvida o pai. Logo teria de causar igualmente uma boa impressão.

- Não se assuste. Sou o Gaara no Subaku, um amigo da sua filha Ino. – disse, enquanto lhe estendia a mão.

Minato o olhava com muita desconfiança, principalmente para a mão que este lhe estendia. Gaara não pareceu se importar com a desconfiança. Afinal, ele não passava de um estranho naquela casa, embora algo lhe dissesse que aquilo havia de mudar…

Tsunade apareceu ao pé deles e disse ao marido que ele é que era o amigo de estudos que a Ino havia falado.

- O quê?! – Minato ficara estupefacto – Deves estar a gozar comigo, não, querida? Ou tás a gozar, ou a nossa filha perdeu o juízo de vez e não sabe escolher bem as amizades!

- Gaara.

Minato, Tsunade e Gaara, ao ouvirem uma voz, seguiram com a cabeça na direcção de onde ela poderia ter vindo.

Ino estava no piso de cima, com os braços sobre a varanda, a olhar para as três pessoas que estavam lá em baixo.

Por uma questão de segundos, os olhares de Gaara e Ino não se paravam de cruzar. Estavam completamente vidrados um no outro, apesar de ser por razões diferentes.

Ino decidiu acabar com o clima, que não passara de despercebido a Tsunade.

- Gaara. Vamos. Podes subir.

Assim que Ino voltava para o seu quarto, Gaara dirigiu-se para os pais dela.

- Desculpem, mas…tenho de ir. Quero que saibam, que é um prazer conhecê-los. – fez uma vénia e, subindo as escadas, foi ter com ela.

- Meu Deus…quantas mais dores de cabeça é que eu terei com essa menina? – perguntou, Minato, abanando a cabeça.

- Não sei, querido. Mas…se vamos a ver, este rapaz, apesar de ter um visual ao qual não estamos acostumados…

- É gótico, Tsunade! Gótico! – interrompeu, exasperado.

- Como ia a dizer…apesar de ser assim, ele até que é simpático. Charmoso e galante. Diferente do Sai, nesse aspecto, não achas?

Minato não estava nada a gostar do rumo daquela conversa, decidindo, portanto, mudar de assunto.

- Onde está a nossa outra filha? A Inai?

- Essa saiu, querido. Acho que foi ter com o Sai.

- Oh, meu Deus! Estou atrasado! Super atrasado! – exclamou, assim que olhou para o seu relógio de pulso – Querida, tenho de ir! Não contes comigo para jantar! – beijou-a e depois foi-se embora, fechando a porta atrás de si.

Tsunade olhava para a porta com um sorriso maternal. Coitado do marido…ainda não fazia a mais pálida ideia do quanto ainda tinha de sofrer com as suas duas filhas…

Suspirando, ela resolveu voltar à cozinha. Agora a sua prioridade era fazer um delicioso lanche para aqueles dois lá em cima…

[…]

Hinata, depois do lanche com a sua família, resolveu amostrar o resto da casa a Naruto. Como seu namorado, ele tinha esse direito. Assim ficava a conhecer um pedacinho dela.

Depois de amostrar-lhe muitas divisórias, ela abriu a última porta no andar de cima, aquela que dizia corresponder ao seu quarto.

Assim que entraram, com Hinata à frente de Naruto, ele decidiu fechar a porta. Fechou-a com tal força, que Hinata, sobressaltada, teve a necessidade de se virar para ver o que se passava. Contudo, Naruto não a deixou fazê-lo, já que assim que o fez, dirigiu-se até ela e a abraçou por trás, rodeando a sua cintura com os braços.

- Finalmente…sós…Hinata… - sussurrou ao ouvido da jovem.

Hinata, com aquele gesto, arrepiara-se na hora. Nunca tinha sentido tal coisa na sua vida. Aquele rapaz fazia todo o seu corpo vibrar de emoção, disso não restavam dúvidas.

- Ai, Naruto… - este fez com que ela se virasse para ele – Sabes que não podemos fazer nada aqui …o meu pai está lá em baixo e…

Naruto a fez calar, colocando dois dedos sobre os seus lábios.

- Eu sei, Hinata. É por isso que agora que podemos estar um pouco sozinhos, achava que pudéssemos aproveitar o momento. Só tu e eu… - sussurrou, enquanto aproximava, cada vez mais, o seu rosto do dela, acabando por a beijar.

Hinata, não conseguindo resistir-lhe, acabou por ceder e, tal como ele o havia-lho dito, estava a aproveitar o momento.

O beijo entre os dois era fogo! Os dois estavam tão perdidos na paixão um do outro, que não deram com a cama, caindo sobre esta, ele sobre ela, a rirem-se da situação.

Naruto ia a iniciar o seu ataque, no entanto Hinata o impediu, empurrando-o, com as mãos sob o peito deste, para trás.

- Não, Naruto…não podemos… - virou a cara para o lado – Desculpa…não me sinto ainda preparada…

Naruto, enternecido, beijou-a na testa.

- Tens razão. Eu é que peço desculpas…pela minha impulsividade. - riu-se para alegrar o ambiente – No entanto…tens que me compensar de algum jeito…

Hinata mordeu o lábio inferior e, divertida, decidiu entrar no jogo dele.

- E que jeito seria esse?

Naruto fingiu que pensava por alguns segundos.

- Não sei…mas sabes…é que aturar o teu primo, durante o lanche todo, não foi tarefa fácil! Principalmente, quando ele se punha com aquelas ironias. – só de o lembrar, já lhe causava náuseas.

-Ai é?! – Hinata parecia estar a divertir-se com a situação. – Tu não existes! – beijou-o delicadamente.

- Não. Tu é que não existes. – olhou-a bem fundo nos olhos – Eu nem acredito que isto esteja realmente a acontecer. – suspirou – Mas quero que saibas, que faria este sacrifício todo de novo. Para mim, és a pessoa mais importante. – tocou-lhe delicadamente com as costas da mão na cara – Amo-te.

Hinata nem conseguia falar. Estava muito emocionada, com as lágrimas a ameaçarem sair dos olhos.

- Naruto… - tocou-lhe no rosto com a mão, aproximando o seu rosto do dele – Eu também te amo. – deu-lhe um selinho.

- Bem…se é assim…que tal a gente aproveitar, só mais um bocadinho, o momento? – olhava-a de uma forma marota - É que não me apetece, tão cedo, voltar lá para baixo e enfrentar todos, principalmente o Neji…

- Ok. – colocou os braços à volta do pescoço dele – Mas tens de me prometer que depois tens que inventar uma boa desculpa para este nosso atraso…

- Tudo o que tu quiseres, minha flor. Tudo o que quiseres… - sussurrou, antes de a beijar apaixonadamente.

[…]

Ino e Gaara estavam no seu quarto a estudarem. Ela sentada na sua cama a ler o livro da matéria. Ele sentado no chão e lendo também o mesmo livro, só que o dele.

Desde que entraram no quarto, que eles se puseram cada um para seu lado. Pareciam que nem estavam a estudar em conjunto. O único momento em que conseguiram trocar palavras entre si foi quando a Tsunade entrou, dando-lhes o lanche que tinha preparado.

Depois de terminarem de lanchar, retomaram o seu estudo até que, a determinada altura, Gaara, não aguentando mais aquela situação, ao lado dela, perguntou-lhe se tinha alguma dúvida na matéria.

- Não tenho, obrigada. – respondeu, Ino, com pouca disposição para aquela conversa – E, mesmo que tivesse, eu não precisaria da tua ajuda. Sei-me desenrascar muito bem sozinha, obrigada.

Passado um bocado, Gaara, que ficara fascinado com a atitude anterior dela, começou a olhar-lhe fixamente. Aquela rapariga continuava a ser um mistério para ele.

- O que foi?

Sem que ela desse por isso, Gaara levantou-se, colocando-se se joelhos à sua frente, e deu-lhe um beijo na boca.

Ino arregalou os olhos na hora, surpreendida com a atitude repentina do rapaz. Furiosa e indignada, ela o empurrou, afastando-se o mais longe possível dele.

- O que pensas que estás a fazer? Que cena foi esta? – esfregava a boca com a mão.
Gaara não sabia bem o que dizer. Estava tão atordoado quanto ela. Nunca pensou que fosse capaz de fazer-lhe tal coisa. Nem a ela, nem a nenhuma mulher.

- Desculpa, Ino… - levantou-se do chão e olhou para ela – Foi um impulso. Prometo que isto não volta a acontecer.

- É bom que isto não volte mesmo a acontecer! Mais uma gracinha dessas e diz adeus à sessão de estudo! Expulso-te logo de minha casa! – disse-lhe de forma ameaçadora.

Gaara levantou as mãos, em jeito de rendição.

- Tudo bem. – sentou-se no chão e pegou no seu livro – Voltemos à nossa pequena sessão de estudos? – perguntou-lhe, olhando para ela com uma sobrancelha arqueada.

Ino, dada por satisfeita, embora ainda um pouco desconfiada, voltou a sentar-se na cama e retomou o que estava a fazer, antes daquilo ter acontecido. Lançou-lhe um último olhar, antes de voltar a pousar os olhos no livro.

[…]

O dia havia chegado ao fim. O sol já se estava a pôr-se ao longe. Com ele, dava por finalizada a tarde de Naruto em casa de Hinata.

Vendo que já eram horas de se ir embora, Naruto despediu-se de Hinata e da sua família.

- Bem, tenho de ir. – olhou para cada um dos membros da família Hyuuga – Foi um prazer conhecê-los!

- O prazer foi todo nosso, Naruto. – disse, Hiashi, dando um passo em frente e colocando uma mão sobre o ombro de Hinata.

Naruto coçou a cabeça, envergonhado.

- Obrigado, Sr. Hiashi…

- Olha ele! Todo envergonhadinho… - ironizou, Neji, levando de seguida uma cotovelada de Ten Ten.

Naruto precisou de todo o seu autocontrole para não ir para cima dele. Não podia se precipitar. Se até ali tinha conseguido aguentar, iria conseguir aguentar mais um bocadinho. Aquele Neji não se iria rir dele.

- Volta qualquer dia, tá, onii-chan? – perguntou a pequena Hanabi, atirando-se para os braços dele, abraçando-o.

Surpreendido, Naruto retribuiu o abraço, com um sorriso nos lábios.

- Ok, pequena! – beijou-lhe o topo da cabeça – Prometo que um dia volto e, se tiver tempo, brinco um pouco contigo! Assim tá melhor?

- Sim! – respondeu, Hanabi, toda sorridente, regressando para junto do pai.

Naruto olhou para o horizonte, vendo que em breve se faria noite, caso se não despachasse.

- Tenho mesmo de ir. – dirigiu-se para Hinata e deu-lhe um selinho – Adeus, Hinata. A gente vê-se segunda na escola, ok? – ela acenou afirmativamente com a cabeça – Adeus a todos! E obrigado por esta tarde magnifica! – acenando, afastou-se, até que a família Hyuuga o perdesse de vista.

Enquanto Neji, Ten Ten e Hanabi se retiraram para dentro de casa, Hinata e o pai permaneceram no mesmo sítio, a olharem na direcção que Naruto tinha seguido.

- E então, pai? O que achaste dele?

Hiashi sorriu.

- É um bom rapaz, embora pudesse ser menos trapalhão, não te parece, Hinata?

Hinata risse deste comentário do seu pai.

- Tens razão, pai. – olhou para ele – É pena que o Neji não goste lá muito dele.

- Ai, filha… - disse, aborrecido – A mim lá me interessa o que o Neji gosta ou deixa de gostar! Como pai, só me interessa saber da felicidade da minha menina. – virou-se para ela e colou-lhe as mãos nos ombros, fazendo com que esta estivesse de frente para ele – Diz-me uma coisa, Hinata. Estás feliz com ele?

- Sim, pai. Muito. Amo-o…

- Então se o estás, eu também estou. Por vocês os dois. – olhou-a nos olhos – Têm a minha bênção. – beijou-lhe na testa e entrou em casa, dirigindo-se para o escritório.

Hinata estava super contente. O seu pai e a sua irmã haviam gostado dele e o primeiro tinha dado a sua bênção. Se ao menos conseguisse com que o Neji o aceitasse, nem que fosse por um bocadinho…

Entrou em casa, fechando a porta atrás de si e foi ter com os outros, que estavam na sala.

Ten Ten, com uma mão no ombro de Neji, tentava chamar-lhe à razão.

- Neji…tal como o pudeste constatar hoje, é melhor dares-te por vencido. A tua prima namora com ele e, pelos vistos, ele a faz feliz.

- Mas…

- Mas nada, Neji. – interrompeu, Ten Ten – O importante aqui, não é a tua pequena querela com o Naruto, mas sim, a felicidade da tua prima. Se ele a faz feliz, então deverias te dar por satisfeito, não?

- Ok… - disse, contrafeito – Tens razão, Ten Ten. Se essa cabeça de fósforo faz a Hinata feliz, porque não lhe dar um desconto? – virou-se para ela, sério – Mas quero que fique bem claro. Só faço isto pela Hinata, ok?

- Neji… - os dois namorados olharam para Hinata, que, desde a porta, correu para os braços do primo, sentando-se no colo deste e dando-lhe muitos beijinhos na cara – Neji! Obrigada! És o melhor priminho do mundo!

- Também não é para tanto, Hinata… - Neji estava constrangido – O importante é que estejas feliz. – olhou-lhe nos olhos – Mas se ele fizer alguma coisa para te deixar triste, ele arrepender-se-á de um dia ter nascido!

Hinata deu um largo sorriso e abraçou-o fortemente. Neji retribuiu-lhe o abraço, sob o olhar enternecedor de Ten Ten.

[…]

- Vou indo. Adeus, Ino. Até segunda. – fez-lhe uma reverência. Ino, contrafeita e maldisposta, virou-lhe a cara. Depois virou-se para Tsunade – Adeus, minha senhora. Foi um prazer conhecê-la. – beijou-lhe as costas da mão – Até qualquer dia.

Assim que Gaara se foi embora, Tsunade virou-se para a sua filha.

- Ai, Ino – suspirou – Esse teu amigo é…tão…hum! – tinha um olhar de puro divertimento – Bem melhor do que o Sai. Se não tivesses acabado com ele, não terias conhecido um rapaz assim, desse gabarito!

Ino rolou os olhos, enojada com o rumo da conversa.

- Se o achas assim tão bom, porque é que não ficas com ele? – perguntou, indo na direcção das escadas.

- Olha-me esta, hein? A menina já anda muito saidinha da casca! – rindo-se, seguiu até à cozinha.

[…]

Ino, entrando no quarto, fechou a porta com força e jogou-se na cama. Estava furiosa com tudo o que tinha acontecido. Ele não tinha o direito de a beijar! Como é que ele foi capaz de tal atrocidade?

Esse pensamento fez com que uma avalanche de imagens e sons começassem a surgir na sua mente. Eram de todos os momentos que ela passara com Gaara. Desde o momento em que o conhecera, ainda era a “velha” Ino, até ao beijo daquele dia.

Ela não estava a gostar nada daquilo. «O que é que se passa comigo? Porquê que ele me vem à cabeça? Porquê?», questionou-se a si própria, aflita, sem saber o que fazer…


Continua...

Notas Finais


Gostaram? Se sim, por favor comentem! Se não, também o façam na mesma! O que eu gosto é de saber a opinião dos meus leitores queridos!

Bjs


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