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História Insecurity - YugBam - 3 - I'm So Sorry


Escrita por: xxuliana

Notas do Autor


oirrr kkk demorou mas tá aqui.
boa leiturinha ✨

Capítulo 3 - 3 - I'm So Sorry


  Bambam decidiu acordar uma hora tarde naquele dia, cansou da rotina chata de ter que acordar às seis horas todos os dias para chegar no consultório antes dos pacientes. Naquela segunda-feira, o terapeuta resolveu acordar às sete e, por sorte, aquilo não o atrasou, não chegou nem muito tarde, nem muito cedo, talvez o trânsito de Seul tenha colaborado um pouco.

— Bom dia, Yoon Da-young. — Bambam sorriu para a única recepcionista que já havia chegado, as outras duas ainda estavam ausente.

— Bom dia, Sr. Bhuwakul.

  A mulher ainda tinha dificuldade para pronunciar o sobrenome do tailandês e Bambam achava aquilo adorável e um pouco engraçado, por isso a pediu que o chamasse de Bambam, mas a Yoon insistia em chama-lo daquela forma até que acertasse a falar seu sobrenome corretamente.

— Eu não consegui imprimir a sua lista de pacientes deste dia, mas não há nenhum que o senhor já não esteja acostumado, com exceção de um, mas eu não consigo lembrar o seu nome agora. — A morena sorriu sem graça.

— Não tem problema, Yoon Da-young. — Sorriu de volta. — Tenha um bom dia de trabalho.

— O senhor também. — A mulher levantou-se para fazer uma reverência ao tailandês que repetiu o gesto ao entrar em sua sala logo em seguida.

  Sobre o último sábado, ele havia sido tranquilo, seguido de algumas risadas juntamente à Lisa que fez questão de passar o dia com o amigo. Já o domingo serviu apenas para que ele pudesse estudar e ler um dos livros que comprou no mês passado mas que ainda não tinha criado coragem para lê-lo. Achou que Yugyeom fosse telefonar para se desculpar ou pedi para que se encontrassem em algum restaurante próximo dali ou no apartamento de um dos dois, esperava algum tipo de manifestação do mais novo, por mais mínima que ela fosse. Pelo menos uma mensagem de texto, um pedido de desculpas qualquer pelo chat, porém nada foi feito, o coreano simplesmente sumiu durante aquele fim de semana.
Bambam não sabia dizer se ele realmente acreditou que estava indo para a casa de Jackson quando saiu de seu apartamento ou se ele ainda mantinha aquela ideia idiota e sem fundamento nenhum de que ele estava o traindo. Também não conseguia dizer se aquele surto do Kim foi por conta do álcool ou se ele realmente estava sóbrio. Era difícil dizer. 

— Bom dia, Sr. Bhuwakul. — Os pensamentos de Bambam foram interrompidos por Shin Ye-Eun, sua primeira paciente do dia.

  Ela era uma garota de apenas vinte anos em conflito com a sexualidade e péssima em convivo social, além disso, tinha um péssimo relacionamento com a mãe. A única que realmente lhe dava atenção, segundo a menina, era sua irmã mais velha, Shin Ye-Jin.

— Bom dia, Shin Ye-Eun. — Sorriu ajeitando a blusa social que usava. — Sente-se, por favor.

  A garota obedeceu, enquanto sorria fechado encarando seu terapeuta.

— Como foi seu fim de semana?

— Foi legal, eu acho. — Deu de ombros. — Bem, eu saí com a minha irmã, fomos a Jeju.

— Deve ter sido divertido. Você gostou?

— Foi bom. — Torceu o beiço. — É legal passar um fim de semana sem a minha mãe.

  Bambam abaixou o olhar, anotando algo na prancheta.

— Sobre sua mãe, como vocês duas estão ultimamente?

— Ah, você sabe... A mesma coisa de sempre. Ela chega do trabalho bêbada e desconta suas frustrações em mim, as vezes me bate ou me xinga e, bom... Eu já estou acostumada. — O terapeuta suspirou encarando a garota, que analisava cada canto daquela sala de paredes brancas como se nunca tivesse a visto.

— Mas não deveria se acostumar com isso. Isso se chama abuso psicológico e não é nada legal. — Alertou. — Sobre sua faculdade, como está indo?

— Está indo bem, eu diria, mas esses últimos dias tem sido um saco. Muita matéria, provas e minha amiga, Sunny, que não para de falar dos encontros às cegas que tem a cada semana. Tudo isso tem sido muito cansativo para mim, entende? — O tailandês concordou.

— Como seu corpo tem reagido?

— Eu não consigo dormir direito, sinto falta de ar constantemente, ultimamente tenho tido algumas crises de pânico e ansiedade. Sunny repete constantemente que estou muito impaciente e que me estresso rápido demais. Talvez eu concorde com isso, por isso não me incomodo quando diz isso. Também tenho tido muitos problemas para me prestar atenção nas aulas ou em qualquer coisa que exija minha total concentração.

— Bem.. Isso são sintomas de estresse psicológico. Se não estou enganado, você disse no nosso último encontro que as discussões com sua mãe vem aumentando, quer me contar sobre isso?

— Ela anda relembrando muito sobre a causa que levou ela e meu pai, acho que já contei sobre isso. — Kunpimook fez que sim, ora olhando para o que anotava, ora encarando a garota. — Isso tem me deixado incomodada, porque ela sempre coloca a culpa em mim por ter contado sobre sua infidelidade ao meu pai; eu era muito pequena, não sabia o que fazer. Sempre acabo me irritando com isso e nós acabamos gritando uma com a outra e no final a discussão acaba quando ela me dá um tapa no rosto.

— Lembro de ter lido no seu prognóstico que você costumava ter pânico noturno quando criança, isso ainda ocorre? — A garota fez que não, fazendo Bambam sorrir minimamente. — Isso é um alívio, Shin Ye-Eun. É um sinal de que você está evoluindo.

  Ye-Eun fez uma careta como se discordasse do terapeuta.

— Eu acho que estou gostando de alguém... — Admitiu. — Uma garota, Ji Sun-he.

— Isso é bom?

— Não sei, mas... Só de pensar nisso eu sinto meu estômago embrulhar, náuseas, começo a soar bastante, as vezes minha respiração acelera ou sofro por falta dela. Sem contar que quando eu penso que posso estar gostando dela, começo a chorar ou ter ataques de pânico.

— Isso aí já é algo bem mais sério, você pode estar desenvolvendo filofobia.

— O que é isso?

— É o medo irracional de se envolver emocionalmente com outra pessoa. — Explicou. — Nós vamos acompanhar esses sintomas e a situação ao longo das nossas sessões, ok?

  A conversa foi longa, Ye-Eun tinha muito o que falar e Kunpimook muito o que perguntar. A sessão durou exatamente uma hora e três minutos, foi realmente longa, mas não que tenha passado do tempo que costumavam ficar naquela sala. Bambam ainda tinha muitos pacientes ao longo do dia.
Yugyeom, por sua conta, já estava exausto corporalmente. Seu corpo pedia para que senta-se um pouco e descansasse, porém não podia agora, precisava terminar de ensaiar aquela coreografia o mais rápido possível. Analisava cada movimento que fazia em frente ao grande espelho; cada mínimo detalhe era importante. Porém, quando sua mente resolveu, sozinha, pensar no namorado, acabou parando para tomar água e se sentar um pouco. Iria resolver tudo pessoalmente, hoje. Não aguentava mais não poder mandar mensagem ao mais velho. 
Encarou o relógio de pulso e notou que já se passavam das duas da tarde, precisava voltar para casa e se trocar.



   E outra vez Bambam encarava o celular esperando que ele vibrasse, indicando uma mensagem de Yugyeom, mas nada. Esperou por ela o dia inteiro, ligava o celular nos intervalos entre um paciente e outro que saía, porém a celular nem sequer ligava. Se sentia exausto, atenderia o último paciente, por isso já ensaiava um sorriso no rosto para que a próxima pessoa que entrasse se sentisse confortável ao conversar consigo. Era costume do tailandês parecer o mais simpático possível com todo mundo que atendia, até porque ninguém se sentiria confortável conversar com alguém que vivia o tempo inteiro com a cara fechada, apenas anotando algumas coisas e encarando fixamente. Bambam fazia de tudo para que todos se sentissem confortáveis.

  A porta foi batida duas vezes, arrancando um suspiro aliviado de Kunpimook por saber que aquela sessão era a última e que depois poderia voltar para casa.

— Entre... — Gritou, enquanto terminava alguma de suas anotações.

  Ouviu a maçaneta ser girada e a porta ser fechada outra vez.

— Boa tarde-... — Quando finalmente encarou o paciente que entrava, espantou-se imediatamente. Poderia dizer que o coração quase saiu pela boca. — Yugyeom? O que faz aqui?

— Boa tarde, Sr. Bhuwakul. — O mais alto sentou-se a sua frente.

  O tailandês franziu o cenho, estranhando a forma como o coreano lhe chamou.

— Bem, eu... Nunca fiz uma sessão de terapia, mas um amigo meu me disse que seria bom para que eu pudesse deixar minha insegurança de lado.

— Então procure outro terapeuta, isso vai contra o meu profissionalismo, e-...

— Bam... — Yugyeom arqueou a sobrancelha direita e fez um bico manhoso.

  Bambam suspirou, entendo perfeitamente o que o Kim estava tentando fazer. Respirou fundo, ajeitando-se na poltrona, logo gesticulou com as mãos, indicando que Yugyeom podia prosseguir.

— Ultimamente, eu tenho me sentindo muito inseguro em quase tudo na minha vida, no meu trabalho, na minha relação familiar, com os meus amigos e, principalmente, com meu namorado. — Kunpimook engoliu seco. — Nós estamos juntos há um ano e dois meses e ele é o relacionamento mais sério que eu já tive e o mais... especial, eu diria. Eu realmente gosto muito dele, eu posso dizer que ele eu o amo muito, muito mesmo. — O tailandês teve que respirar fundo para prender o sorriso que insistia em sair por seus lábios. — Mas, as vezes, minha insegurança acaba transparecendo demais no nosso relacionamento e isso me incomoda, tanto quanto o deixa chateado.

— Há alguma situação recente?

— Sim, tem. — Concordou. — Na noite de sexta eu e meu namorado saímos com dois amigos para um bar e estava tudo muito ótimo até então. Nós quatro estávamos conversando, bebendo e rindo de coisas bobas, mas talvez eu tenha estragado tudo. Algumas horas depois, o ex do meu namorado apareceu lá, sinceramente, eu me senti ameaçado de algumas forma. Meu namorado foi cumprimentar o ex, já que hoje em dia eles são amigos. Eles pareciam tão íntimos e eu não consegui ficar parado quando vi eles se abraçando e trocando sorrisos. Eu puxei ele pelo braço e o fiz se despedir dos nossos amigos e depois fomos para o meu apartamento. Ele é muito calmo, por isso ficou calado quando chegamos, mas estava muito estressado e não sabia o que fazer, por isso gritei com ele e acabei duvidando da fidelidade dele, ele foi embora depois disso.

— E como você se sente depois disso?

— Eu só consegui dormir naquela noite porque estava um pouco bêbado, mas se não fosse por isso, eu teria passado o resto da noite acordado, assim como na noite de sábado e domingo.

  Isso explicava o rosto cansado do mais novo.

— Eu pensei em mandar mensagem pedindo desculpas várias vezes, mas eu preferi resolver tudo pessoalmente.

  Bambam suspirou.

— Você já teve alguma frustração amorosa? — O Kim negou. — Algum conflito ou rejeição paterna ou materna? — Outra negação. — Então, eu diria que isso é só uma fase, todos nós temos inseguranças e é normal que coisas como essa aconteça em um relacionamento.

— Eu realmente espero que ele me perdoe, porque eu já não aguento mais ficar sem falar com ele.

  Bambam encarou a prancheta, girando a caneta freneticamente nos dedos.

— Bom... Como terapeuta, eu devo dizer você deve confiar mais em si mesmo e no seu namorado também, a não ser que ele te passe algum motivo para desconfianças. — Yugyeom negou rapidamente.

— Eu confio nele, confio nele de olhos fechados, ele é a pessoa mais sincera que eu já tive a oportunidade de conhecer. — Bambam sorriu mínimo, deixando a prancheta na mesa ao lado.

— Então, agora... Na posição de seu namorado, eu digo que te perdôo e que também não aguento ficar muito tempo sem falar com você.

  Yugyeom sorriu largo, ajeitando-se na cadeira, aproximando-se do namorado.

— Acho que a sessão terminou bem rápido, né?! — Yugyeom se pôs de pé, assim como Kunpimook, aproximando-se em passos lentos. Quando já estavam próximos o sufiente, Yugyeom rodeou a cintura do namorado. Bambam concordou com a indagação do mais novo, enquanto esboçava um sorriso bonito nos lábios. — Posso beijar você?

— Deve. — Puxou o mais alto pela nuca aproximando os lábios um do outro em um selar simples.

  Começaram apenas com o toque dos lábios, aproveitando a maciez e doçura de ambos, até Yugyeom sugar um inferior alheio sorrindo bobo, ato que fez o tailandês entreabri os lábios, dando abertura para o Kim aprofundar aquele beijo. Trouxe o tailandês ainda mais perto, colando totalmente os corpos. Bambam aproveitou para rodear o pescoço do mais alto com as mãos, acariciando os fios da nuca. Era um ósculo terno, que deixava bem claro que o pedido de desculpas e a aceitação deste, ambas foram sinceras.

— Nunca mais duvide de mim, ouviu bem? — Bambam disse, assim que o ar lhes faltou, os fazendo cessar o beijo, colando as testas.

— Não vou, eu prometo.

— E, se quer saber, Jackson está namorando e era sobre isso que estávamos conversando.

  Yugyeom estalou a língua, se sentindo idiota.

— Eu também devo um pedido de desculpas a ele, não devo?

— Sim, você deve. — Riu. — Mas faça isso depois, por hora, continue a se desculpar apenas comigo.

— E então... Você está livre hoje?

— Estou.

— Que ótimo! Então nós vamos aproveitar o que não aproveitamos no fim de semana, sim?

  O tailandês assentiu sem mais discussões. Arrumou as coisas e saiu do prédio junto a Yugyeom.
O Kim admitia que tinha sido ciumento demais e que o erro foi seu, mas estava tudo bem, Bambam o perdoaria quantas vezes forem preciso, porque sabia que ele o amava da mesma forma como o ama.


Notas Finais


é issooooo... espero que tenham gostado.
o epílogo sai já já, prometo.❤️


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