História Inside Sou Luna... - Capitulo 3 - Imagination

"Em meus sonhos

Você está comigo

E somos tudo o que queria que fôssemos"

Ponto de vista Karol Sevilla

Fim do primeiro show.

Fim do primeiro beijo sem ser modo disney. Foi incrivel. Confesso. Foi o melhor beijo da minha vida.

- Karol, a água que você pediu - Ally me entregou três garrafinha d'água.

- Tá natural - falei depois de tomar um pouco.

- Todo show que te entrego água você fala isso - ela ri e se joga no sofá.

- Eu ainda tenho esperança de você aparecer com uma água gelada - ri de deitando com a cabeça em seu colo, já conformada que não tomaria uma água gelada tão cedo, já que os preparadores vocais da Disney não permitiam.

 - Se eu fizer isso eu perco meu emprego, pazzo¹.

- É Italiano? - assentiu - acho Italiano tão bonito, você e o Rugg podiam me ensinar - ela gargalhou - o que foi?

- O Rugg nunca te ensinaria Italiano - perguntei o porque - porque é a forma que eu e ele nos comunicamos sem você saber do que estamos falando. 

- Isso é horrível - ela riu - então vocês tem segredo?

- Nós também temos - ri, concordando com ela - bom... tenho que ir, tenho que ver como está as coisas pro próximo show - ela deu um beijo na minha testa - e ainda temos que conversar sobre o beijo.

- Nããão - escondi o rosto na almofada.

- Siiiim - ela olhou o celular - sua mão tá te chamando, ela tá na entrada - assenti me levantando.

Eu estava procurando a porcaria da saída, porque aquele lugar era enorme e tinha tanta porta que parecia um filme do monstros S.A., já estava quase parando pra perguntar onde era a saída quando escutei a voz de Ruggero, ele estava ao telefone e parecia cansado.

- Cande... olha me escuta por favor... eu já die que foi só um beijo - eles estavam brigando por causa do beijo, o beijo gerado por aquele contrato maldito, que eu havia concordado em assinar - Não... eu já disse que não... só mais uma chance, por favor - ela queria terminar com ele... e culpa era toda minha! Eu estava estragando a felicidade de uma das melhore pessoa que entraram na minha vida! - Obrigada... tchau, beijo - só me dei contar que estava chorando quando um soluço escapou dos meus lábio - tem alguém aí? - tratei de enxugar minhas lágrimas depressa, porque ele não precisava ver que eu estava desmoronando.

- Oi - disse assim que ele me encontrou.

- O-oi, Kah - ele passou a mão nos cabelos, eu o conhecia o suficiente pra saber que aquilo era sinal de nervosismo - Faz muito tempo que está aí? - neguei 

- Acabei de chegar - ele analisou meu rosto, procurando traços de mentira.

- Tava chorando? - ele pegou me queixo e analisou meu rosto de perto.

- Não - menti me desvencilhando de seu toque.

- Tá mentindo - suspirei - não gosto quando você mente pra mim... me sinto como se não merecesse saber a verdade. - o olhar que ele me direcionou quase me desmoronou, ele me olhava como se estivesse decepcionado comigo.

- A verdade, Ruggero, tem que ser uma pista de mão dupla pra mim, tem que confiar em mim como eu confio em você... - as palavras saíram da minha boca no automático, e eu me dei conta de como odiava quando ele me escondia as coisas.

- Você não chegou agora, né? - neguei e ele suspirou - e-eu não posso te contar o que tá acontecendo, porque na verdade nem eu sei direito o que tá acontecendo...

- Que bom... Porque eu também não faço ideia do que está acontecendo - lhe dei um beijo na bochecha e fui atrás da minha mãe.

(....)

Era hora de mais um beijo, não modo Disney, e dessa vez eu me sentia mais nervosa porque eu não queria destruir mais um relacionamento, mesmo não sendo a intenção. Eu não precisava de mais xingamentos nas redes sociais, como os que minha mãe me mostrou hoje. Eu não queria ser ignorada no set, de novo. Queria que tudo fosse como na minha imaginação, eu nunca teria beijado aquele garoto, e eu seria amiga de todo mundo ainda, e na minha imaginação, o menino que eu beijava era Ruggero, mas era só um sonho. Como sempre.

- Luna - vai acontecer de novo... - Eu gosto muito de você - ou ou... isso não estava no roteiro -  Nunca duvide disso! - e ele me beijou... eu não sorri e nem tive reação, foi muito rápido. Eu só tive tempo de empurrar ele quando senti que sua língua iria adentrar minha boca, e ele me fitou confuso.

- Depois... - sussurrei e saímos correndo do palco, e as luzes apagaram.

(...)

- Karol? - olhei a porta do camarim e vi que era Martin, pedi pra ela entrar - Quer conversar sobre o que aconteceu no palco? - neguei - sabe, que pode contar comigo, né? - assenti - se não quiser cumprir o contrato, não precisa, eu te ajudo a pagar a multa. - assenti.

- Obrigado, mas... eu vou continuar com o contrato... demorei pra decidir isso, no começo, e não pretendo voltar atrás agora, depois de ter assinado aquele papel... - eu não queria ser covarde e fugir do contrato e dos sentimentos.

- Sabe que é como uma filha, pra mim, né? - assenti - se quiser conversar comigo, eu to aqui - abracei ele.

- Obrigado, por tudo que fez por mim naquele set, Martin - ele sorriu.

- Por nada - ele deu um beijo na minha testa e saiu - ah... e amanhã vocês dois vão ter que sair, juntos.

- Sério? - me joguei no sofá, sem acreditar que ficaria com Ruggero o dia todo, lidando com aquela confusão interna, que eu tinha medo do que era, mas mais medo ainda de descobrir o significado.

(....)

No outro dia, Ally me acordou as dez da manhã, gritando comigo por estar atrasada - o que não era novidade - e que Ruggero me esperava no térreo.

 Eu não ouvi o despertador tocar porque eu estava sonhando com Ruggero, no sonho a gente se beijava e éramos felizes, como um casal de verdade, mas era só um sonho. 

- Desculpa - abri a porta e ela entrou parecendo um foguete, ela estava muito brava - Escolhe minha roupa enquanto eu tomo um banho - nem esperei sua resposta e fui correndo tomar uma ducha rápida, enquanto a ducha quente caía, me dei conta que, talvez, eu estava começando a descobrir o que as borboletas na barriga significava, e agora, eu tinha mais medo do que nunca. 

- A sua roupa tá encima da cama - ela franziu o cenho pro celular, e logo depois soltou um suspiro.

- Que foi? - ela negou com a cabeça, e seus cachos balançaram e eu percebi que ela estava arrumada demais. - Vai sair? - perguntei, enquanto vestia a calça preta.

- Vou.

- Com quem? - perguntei colocando a blusa branca de malha fina.

- Agustín - eu a encarei tipo: sério? - e não grita, por favor...

- AAAAAAAAAAAAAHHHHH - soltei uma grito estridente e me joguei encima dela. - Meu casal! - eu torcia tanto pra eles ficar junto, mas eu não sei se o Agus é lento ou ela que é cabeça dura demais, pra não perceber que tem tudo pra darem certo juntos.

- Karol, você tá me sufocando - ela disse com dificuldade pra respirar e eu a soltei me desculpando - coloca seu casaco - terminei de por os brincos e coloquei o casaco vermelho, bem chamativo, Ruggero definitivamente não me perderia.

- Por que vermelho? - perguntei enquanto fechava a porta do quarto.

- Ruggero gosta de vermelho... principalmente em você!

(....)

Assim que as portas do elevador se abriram, meu olhar se encontrou com o de Rugg... ele estava tão lindo, com roupas escuras e a única coisa chamativa que havia em sua roupa era um cachecol, vermelho. Ele fica lindo de vermelho.

- Você tá lindo.... - disse lhe dando um beijo na bochecha.

- Você também - ele me mostrou aquele sorriso que eu achava lindo, e as borboletas voaram.

- Bom.... - Ally chamou a atenção e nós a fitamos - As instruções são: vocês vão andar pela cidade, podem ir aonde quiserem, um paparazzi vai seguir vocês  e lançar as fotos na web ainda hoje, tentem andar de mãos dadas, as vezes, e sejam carinhosos um com o outro.

- Isso não vai ser difícil - eu e Rugg olhamos confusos pro Argentino - Fala sério! Vocês ficam se agarrando o tempo todo, até parecem namorados - Eu corei, tipo muito, eu e Rugg gostávamos muito um do outro, e não poupávamos abraços, piadas e carícias para demonstrar isso.

- Cala a boca, mané - Ruggero deu um tapa na cabeça de Agus.

- E nada de beijo, por hoje - Agus riu do comentário de Ally e eu e Ruggero coramos - A gente já vai - nos despedimos deles e os dois saíram do hotel.

- Onde vamos?

- Surpresa, Sevilla - ele sorriu e logo depois me olhou de cima a baixo - puta madre, Karol, tu in rosso è il mio inferno - ele sussurrou no meu ouvido as palavras em Italiano e meu corpo inteiro entrou em combustão. 

- O que vo-você disse? - ele sorriu daquele jeito, Matteo Balsano.

- Nada... - Rugg arrumou o casaco azul escuto -  gostei do casaco - elogiou assim que saímos do hotel, de mãos dadas, e meus cabelos voaram com o vento frio que me atingiu. 

Andar com ele de mãos entrelaçadas me causava uma conforto enorme, mas também acelerava meu coração, parecia uma bateria dentro do meu peito.

- Obrigado. Ally disse que gosta de vermelho - em mim. Completei mentalmente.

- Eu adoro vermelho - ele e aproximou e falou com a voz a rouca no meu ouvido - Principalmente em você... De preferencia nos seus lábios...

"Nossas mãos se entrelaçaram docemente

Um sentimento que não consigo descrever"