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História Insolente (Boruto x Mitsuki) - Fifteen - "Como uma correnteza"


Escrita por: sallydear

Notas do Autor


Oioi, espero que estejam todos bem.

Esse cap pode conter ⚠️ gatilho ⚠️

Capítulo 15 - Fifteen - "Como uma correnteza"


Mitsuki on

No meio da noite eu acordei com o Boruto grudado em mim. Seu braço abraçava a minha cintura com certa força - como pode ter tanta força enquanto dorme? Eu não vou fugir daqui.... Ele é realmente péssimo para dormir com outras pessoas, e depois do que fizemos, isso se torna mais desconfortável ainda. Além disso sua respiração quente estava bem perto da minha nuca, isso é... perigoso.

— Boruto... me larga. — Falo tentando me afastar dele, mas ele apertava ainda mais o meu corpo.

Depois de uns minutos acabei desistindo de o acordar e aceitei nossa posição. Mas eu não conseguia parar de pensar em nosso beijo, e ele tão próximo assim.... por que ao mesmo tempo isso parece tão... bom?

No dia seguinte, eu acordei sem aquele aperto, ainda sonolento olhei para trás de mim e Boruto não estava na cama - apertei os olhos, me sentei os coçando e logo desligando o despertador. Eu vou deixar Boruto me influenciar mas uma vez... não vou trabalhar hoje. Apesar de não ser uma boa idéia mentir para a minha chefa, eu realmente não quero sair de casa hoje.

— Boruto? — Chamo ele mas não havia ninguém no quarto, nem no banheiro. — Boruto??

— Oi! senpai, já acordou? — Escuto sua voz vindo de longe e então ele aparece na entrada da porta.

— Por que saiu tão cedo da cama? — Pergunto me levantando e caminhando até o banheiro.

— Fui comprar nosso café da manhã, não tinha nada legal na geladeira — Eu fiz uma careta e ele sorrio.

— Relaxa... quando terminar venha para a cozinha.

Assinto meio resistente e entro no banheiro para fazer a minha higiene. Quando termino vou para a cozinha e vejo o que ele havia comprado. Ele fez praticamente um café da manhã completo para nós dois, havia algumas torradas, sanduíches, panquecas, café e suco. - Eu mordi levemente meu lábio interior e sorri sem nem perceber.

— Atencioso demais — Digo me sentando — Obrigado pela refeição — Falo começando a comer.

— Isso não é nada — Ele sorrio muito largo por sinal e começou a comer também.

Não é tão ruim assim ter alguém cuidando de você... Só não posso me acostumar.

Agora eu já estava em meu terceiro pão, Boruto deve estar assustado com eu comendo praticamente tudo que estava na mesa. Eu quando estou bem como bastante, mas quando não estou, praticamente não como, era só isso. - agora ele estava me encarando sério, até demais.

— O que foi? — Perguntei tomando um gole do café.

— Uh... eu queria saber porque não gosta de me contar nada... mas não quero estragar o café da manhã então vou ficar quieto... — Ele disse parando de comer e só me observando.

— Não conto... porque... não queria te envolver em nada disso. Desde o início queria que nossa relação fosse apenas de aluno e professor, e olha onde você está agora — ergo as sombrancelhas — Irônico, não acha? — Suspiro.

— Entendi... mas sabe, me sinto meio mal... Parece que não confia em mim.

— Não é isso, pode ter certeza.

— Então... Senpai, eu sou muito curioso, poderia me dizer pelo menos algumas coisas... — Ele me olha com aqueles olhos novamente.

— O que quer saber? — Pergunto limpando minha boca e prestando atenção nele. Como eu estava cheio, não tinha objeção a falar.

— Errr... por que mora aqui sozinho? E por que tem dois empregos nessa idade?

Ele pergunta e penso se respondo ou não, ele acabaria sabendo de tudo se respondesse essas duas coisas. Mas bom, eu sabia que essa hora chegaria.

— Okay... — assopro o ar que inspirei — É simples, eu tenho dois empregos porque preciso manter esse lugar, pagar contas, comprar coisas para mim, me alimentar, vestimentas e essas coisas... meus tios me ajudam também. E também estou juntando dinheiro para pagar a faculdade já que perdi a bolsa...

— Ah... okay, isso faz sentido. Mas por que perdeu a bolsa senpai? Você é tão inteligente...

— Por causa da minha mãe — Digo direto.

— Hã? O que ela fez?

— Eu escolhi cuidar dela.. É por isso estou nessa situação agora. Mas não é como se eu estivesse necessitado, entende? eu consigo me virar bem... — Explico.

— Foi uma boa escolha, afinal é sua mãe... Então como ela está agora, melhor?

— Uh... ela já morreu. — Respondo simples.

— O que?

— Quer que eu repita isso? — Pergunto.

— N-não, eu entendi... Desculpa... — Ele desvia o olhar desconfortável mas depois me olha novamente — Tudo bem... então é por isso... uh- e-eu sinto muito...

— Tudo bem... enfim, eu me formei bem cedo na escola — Decido continuar explicando tudo sobre mim para ele — Como minhas notas eram ótimas no ensino médio, eu consegui uma bolsa para entrar em uma faculdade excelente. Porém nessa época, a minha mãe ficou doente e o mais importante era ela, então eu escolhi cuidar dela, mas ela acabou morrendo. Era uma doença grave, não tinha muito o que fazer, as esperanças que eu tinha não eram suficientes para mantê-la comigo, então ela foi embora e me deixou aqui. — Sussurro — E agora trabalho em uma cafeteria e como seu professor particular, para ganhar dinheiro, por ter muita coisa que fazer com o dinheiro eu equilíbro ele, as vezes encomomizo até demais por isso minha geladeira esta assim, mas não é nada preocupante. — Eu pauso um pouco para respirar já que falei até demais. — Cuidar dela sozinho, foi o que mais deu trabalho, era difícil e eu tinha 16 anos, ainda estudava e tudo mais. As pessoas que viam ajudar, no caso os meus tios, sempre deixavam eu me virar com tudo no final do dia. E sobre o meu "pai"? — Fiz aspas — Assim que a mamãe ficou doente o cara que doou esperma foi embora nos abandonando completamente.

— M-Mi-senpai... não precisa-

— Não foi tão ruim assim, ele não foi um bom marido muito menos um bom pai, ele batia na mamãe, então foi meio que um alívio ver ele ir embora. Seria apenas mais um fardo ter alguém como ele aqui. Por parte, acho que minha mãe não melhorou por causa dele, a cabeça dela está cheia de problemas, eu sei que ela em algum momento desistiu de tentar e se entregou a doença. Mesmo que não tivesse mais jeito, ela era do tipo que não desistia. Então quando vi seus olhos, a expressão, e o terror, entendi que ela não queria mais ficar entre nós. Eu fiquei muito fodido nessa época, e ainda estou um pouco. Mas eu consigo lidar melhor agora, eu sou mais forte que antes. — Completei.

A expressão de Boruto não era muito boa, mas isso é passado ele não precisa ficar assim. Talvez não devesse ter falado tudo isso... mas eu queria dizer para alguém, e acabou sendo ele.

— Por isso não queria que fossemos próximos, apesar deu querer alguém para conversar, não quero que ninguém se meta em meus problemas. Eu não quero te envolver nisso, não quero te preocupar. Entende?

— Desculpa senpai. E-eu não imaginava tudo isso... Isso é demais para uma pessoa — Ele sorri fraco e passa a mão nos fios. Boruto parecia estar se segurando — Mas... e-eu já estou envolvido, e já estou preocupado. Na verdade, muito preocupado.

— Boruto, seu pai vai acabar me demitindo, você não tem haver com nada disso. Eu só decidi te contar porque você não iria me deixar em paz se eu não te falasse o problema.

— Por causa disso tudo estava chorando naquela hora? está muito sobrecarregado? precisa de um descanso ou algo assim? — Ele me enche de perguntas ignorando o que disse antes.

— Boruto...

— Só deixa eu ficar do seu lado? Só isso que eu peço a você. É tão jovem quanto eu, não tem que passar por isso sozinho senpai... Não tinha ninguém antes, mas agora tem! — Ele arrasta sua cadeira até perto de mim e fica me olhando esperando uma resposta. — Por favorzinho. Eu não vou força-lo a nada, prometo, só vou me intrometer quando você dizer "Boruto, preciso de você"! — Os seus olhos praticamente diziam por ele.

Fico olhando para cara dele e rio bem em seguida.

— Está achando engraçado senpai? Por que eu não estou — Ele diz sério balançando a cabeça — Mas pelo menos está rindo...

— Eu posso pensar sobre isso e depois te dar uma resposta, okay?

— Sim, claro claro — Boruto avança em cima de mim e me abraça fortemente.

Eu não aguentei e acabei o abraçando de volta. Eu não estava tão mal agora, era como já havia dito a ele antes, sempre que o ensino consigo me concentrar no que é bom, e não penso em muita besteira. Eu não sou exatamente tão fraco quanto ele pensa que sou, a única coisa que eu queria mesmo é que ela não tivesse me deixado, mas já que isso aconteceu eu tenho que seguir em frente e mostrá-la que posso prosseguir com meus próprios esforços. Agora, e talvez... com a ajuda do Boruto.

Não acho que as coisas vão mudar muito entre nós dois, mas vou considerar o que ele disse.

— Senpai! Não vai se atrasar para o trabalho? — Ele pergunta se afastando lentamente de mim deixando nossos rostos próximos.

— Decidi não ir... gostou disso? — Pergunto e sorrio mais uma vez.

Por que estou sorrindo tanto para ele?

— Se eu gostei? é claro que sim, vamos passar a tarde juntos... não precisa me dar aula hoje já conversei com o meu pai

— Boruto? Boruto?? — Muito surpreso.

— Minha mãe que recomendou — Ele sorriu pequeno — Não se preocupe com o seu emprego senpai, esta tudo bem! — Boruto disse e beijou minha bochecha descaradamente, depois se levantou e começou a arrumar a mesa. Guardando as coisas em seus devidos lugares.

Fiquei uns segundos sentado, e pensativo, depois me levantei e comecei a lavar a louça.

Eu estou me deixando levar por ele... Boruto é com uma correnteza, ou uma onda forte. Eu estava lá parado e ele simplesmente apareceu, me levando com certa força junto a ele, isso faz eu querer ficar perto dele... de algum jeito.



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