Jisung achou estranho seu professor pedir para a turma o acompanhar para fora da sala no final daquela manhã. Todos os alunos pareciam sem entender e faziam um burburinho de especulações sobre o real motivo daquilo, mas em alguns minutos todos entravam no auditório da faculdade, onde a turma de dança do mesmo semestre se encontrava em cima do palco.
–Tá zoando com a minha cara. O que a gente tá fazendo aqui? –Jisung falou baixinho para Chan.
–Se for o que eu to pensando, você tá fodido. –Chan riu.
–Qualquer tipo de interação com eles eu vou estar fodido. –Jisung concordou.
–Bom, agora que estão todos aqui, vamos começar! –falou a professora da turma de dança. –Como sabem, no fim de cada semestre temos um show de talentos e esse ano iremos fazer uma colaboração do sexto semestre de música e de dança.
A agitação começou, as duas turmas começaram a falar ao mesmo tempo e algumas pessoas já estavam até montando grupos para aquilo.
–MAS… –o professor de música falou. –Vocês serão destinados às suas duplas por sorteio. Então não adianta combinarem…
–O tema deste ano é livre, então vocês poderão apresentar o que quiserem. Nós estaremos à disposição para fazer monitorias toda a semana, basta marcarem com um de nós. –a professora de dança apontou para si mesma e para o professor ao seu lado.
–Vamos ao sorteio então? –o professor falou pegando uma caixinha do chão e dando outra para a professora ao seu lado.
–Cara, eu to fodido demais. Depois do que eu falei no show de talentos do semestre passado, quem for minha dupla vai fazer da minha vida um inferno. –Jisung espalmou a mão na testa.
–Ninguém mandou você chamar o pessoal da dança de inútil e dizer que eles só tinham como se apresentar, porque eram completamente dependentes de nós. –Chan bateu no ombro dele e retirou um dos papéis da caixinha que o professor estendia para os dois.
–Não é de todo mentira, Chan… –falou Jisung tirando um papel também. –Eu quase pedi demissão da monitoria do estúdio de tanto remix absurdo que tivemos que fazer.
–Roxo é minha palavra, e a sua? –Chan falou mostrando para Jisung.
–Doce. –Jisung guardando o papel no bolso.
Os próximos minutos se passaram com os professores chamando as palavras e as duplas iam até a frente para seus nomes serem anotados, depois estavam dispensados para trabalharem como quisessem. Tinham um mês para o show de talentos.
–Doce. –Jisung ouviu a professora falar e deu passos vacilantes e arrastados para a frente apertando a alça de sua mochila, olhando para a outra turma.
–Boa sorte, amiga… Você vai precisar sendo dupla do Jisung. –ele ouviu uma menina falar e outra caminhou até os professores sem olhar para ele.
Jisung deu uma boa olhada na garota antes de parar ao lado dela para os professores anotarem seus nomes. Ela usava coturnos pretos muito surrados, uma calça também preta rasgada nos joelhos com correntes penduradas e uma camiseta de banda larga demais para seu tamanho. Seus cabelos eram curtos, tinham uma leve curvatura nas pontas, o que fazia com que eles ficassem com volume e balançassem quando ela caminhava. Sua maquiagem era pesada e combinava completamente com o semblante fechado.
–Então, como você quer fazer isso? –ele perguntou assim que desceram do palco.
–Você não é o grande Han Jisung, rei da música? Decide, grava e eu faço a minha parte. A gente não precisa ficar se encontrando. Se eu pudesse escolher, não seria sua dupla. Então, faz o seu, que eu faço o meu. Beleza? –ela falou sem olhar para ele, pegando a mochila que estava em um dos assentos e indo embora.
Jisung ficou parado olhando ela ir embora sem saber o que dizer. Apesar de saber que ele era odiado por muita gente, ele ficou completamente sem reação. O show de talentos valia nota tanto para ele quanto para ela e ela simplesmente foi embora como se não ligasse.
Naquela tarde, Jisung entrou no estúdio e suspirou pesado. Sua cabeça estava completamente vazia. Não havia um tema para guiá-lo, sua dupla deixou muito claro que não queria contato com ele. Ele olhou a folha em branco do bloco que sempre mantinha por perto e suspirou.
As horas se passaram rapidamente, ele foi interrompido algumas vezes por alguns colegas que vieram marcar os horários no estúdio antecipando o momento em que todos quisessem gravar as composições do show de talentos.
O último a aparecer no estúdio foi Chan, que olhou Jisung preocupado ao vê-lo no meio de um monte de bolas de papel amassadas e com o rosto enfiado entre as mãos.
–Está tendo problemas, Ji? –ele falou tocando o ombro do amigo.
–Cara, eu to puto. Eu nunca tive um bloqueio criativo tão forte assim desde que eu comecei a escrever 7 anos atrás. –Jisung bateu com o punho fechado na mesa descontando a raiva e fazendo as bolinhas de papel pularem.
–Isso acontece. Não é porque você escreve desde adolescente que sempre seria tranquilo. Já aconteceu comigo também. –Chan deu alguns tapinhas no ombro do amigo e então sua atenção foi para a agenda do estúdio.
–Quem é sua dupla, afinal? –Jisung perguntou balançando a caneta entre os dedos.
–Minho. –ele deu de ombros, digitando seu nome e de Minho na agenda para a semana seguinte.
–Não foi ele que ganhou a categoria de dança do show de talentos do semestre passado? –Jisung perguntou largando a caneta na mesa e se espreguiçando na cadeira.
–Sim, a sua dupla também estava no grupo dele. Era ela, Minho, Felix e Hyunjin. Não tinha como não ganharem, são bons demais. –Chan falou se apoiando na mesa e virando para Jisung.
–Se fosse uma competição com a gente, nós ganharíamos. Não tem um semestre, desde que entramos na faculdade, que a 3RACHA não ganha a categoria de música. –Jisung cruzou os braços emburrado.
–Em que mundo haveria uma competição justa entre um grupo de rap e um de dança? Iam avaliar o que? Tá doido, Jisung? –Chan riu.
–Sei lá, mas a gente ganharia, ok? –Jisung revirou os olhos.
–Bem que Changbin vive dizendo que você é maluco. Mas você sabe que para avaliação as categorias ainda são separadas, né? Eu ouvi os professores conversando, eles juntaram os compositores com dançarinos e os instrumentalistas com o pessoal de artes cênicas. –Jisung espalmou de forma estalada as duas mãos no rosto com aquela informação de Chan.
–Então quer dizer que tem chance da minha composição não ganhar, mas a coreografia dela para A MINHA música sim? –Jisung perguntou dando ênfase na frase.
–Exatamente… –Chan confirmou com a cabeça.
–Cara, eu to mesmo na merda. –Jisung resmungou e Chan riu.
–Vem, vamos comer algo. Aposto que você nem almoçou antes de vir para cá. –Chan se levantou e esperou Jisung fechar o estúdio para irem para a cafeteria.
Já fazia uma semana que Jisung olhava aquele bloco de notas em branco e tinha vontade de enfiar a cara em um muro. Ele não conseguia pensar em nada. Nada. O mais absoluto nada.
Toda vez que ele se aproximava da garota na faculdade, ela o olhava com desdém, apenas perguntando se ele já tinha a música. Quando ele negava, ela simplesmente dizia que ele devia voltar quando tivesse.
Depois que a aula acabou, Jisung a procurou mais uma vez por todo o lugar, só que sem sucesso. Quando estava quase desistindo, viu que ela estava sentada na sombra de uma árvore com Chan e Minho. Ele suspirou e foi passando milhões de vezes o que queria falar com ela em sua mente.
–Chan, a gente já vai. –Jisung ouviu Minho falar e segurar o pulso da garota, fazendo com que ela olhasse para Minho e depois para Jisung.
Ele mordeu a parte de dentro da bochecha quando viu o sorriso dela morrer ao vê-lo perto o suficiente, Minho estava sério agora também. Os dois se despediram rapidamente de Chan e saíram.
–Eu precisava falar com ela. –Jisung falou baixo se jogando ao lado de Chan.
–Ela perguntou se eu sabia como você estava indo com a composição. –Chan comentou esticando as pernas.
–É? –Jisung perguntou distraído ainda olhando pro portão que dava acesso ao estacionamento, por onde a garota e Minho tinham ido.
–É, quer dizer, ela perguntou se o “senhor prodígio rei da porra toda Han Jisung” já tinha terminado a composição. –Chan riu.
–E você falou que eu to com bloqueio criativo, né, seu pau no cu! –Jisung olhou pro amigo estreitando os olhos.
–Você sabe que eu não sou bom de mentiras. –Chan deu de ombros.
–Ai, que saco, Bang Chan! Ela já tem uma impressão ruim, pelo menos que eu conseguisse manter a impressão de que sou foda e não um fracasso. Já passei vergonha a semana toda tentando conversar com ela e sendo ignorado. –Jisung passou uma das mãos pelos cabelos, mais bagunçando-os do que arrumando.
–Você devia tentar… Sei lá, ver o que ela gosta de dançar, talvez isso te inspire com algo... –Chan sugeriu.
–Como eu vou fazer isso se ela não vai falar comigo? Você é tapado? –Jisung deu um tapa no braço do amigo. –Mas eu já sei o que fazer. Já que é você no estúdio hoje, vou pra casa porque tenho um plano para colocar em ação.
–Tenho até medo de perguntar, mas boa sorte, Sung. –Chan falou se levantando com o amigo.
–Antes de eu ir, como é o nome do grupo de dança do Minho mesmo? –Jisung perguntou colocando a mochila nas costas.
–Taste. –Chan respondeu confuso.
–Valeu, a gente se vê. –Jisung saiu apressado sem nem mesmo deixar Chan se despedir.
Jisung chegou em casa e subiu as escadas correndo gritando que não iria jantar, deixando a mãe confusa por ele estar falando aquilo tão cedo da tarde.
Bateu a porta do quarto, jogou a mochila de qualquer jeito na cadeira da escrivaninha, pegou o bloco de notas que ele tinha em casa e o notebook e sentou na cama. Abrindo direto no YouTube e procurando por “Grupo Taste” na barra de pesquisa.
O canal do grupo apareceu, assim como vários vídeos de ensaios e ele sorriu satisfeito. Não precisaria conversar com ela para saber o que ela gostava de dançar. Rapidamente ele criou uma playlist e foi adicionando todos os vídeos que ela aparecia do mais antigo para o mais novo.
Algumas horas depois, Jisung estava deitado preguiçosamente com o notebook apoiado na barriga e o bloco de notas jogado ao seu lado. Não tinha muito o que ele pudesse anotar, já sabia que o estilo que o grupo gostava, não combinava tanto com as músicas que ele fazia.
Porém, descobriu que eles costumavam ensaiar na faculdade, sala C, pois a porta sempre estava enquadrada nas gravações. Assim como o relógio na parede, que sempre marcava entre 21 e 23h, foi o que ele deduziu, já que estudavam de manhã.
Jisung estava ficando com sono, ainda faltavam alguns vídeos, mas ele já havia desistido. Tinha se dado por vencido de que ela, assim como o grupo, tinham muita técnica e poderiam dançar qualquer coisa, mesmo que aquilo em nada o ajudasse a compor.
Ele levou a mão no notebook para desligá-lo, mas a reprodução automática deu início ao próximo vídeo e prendeu sua atenção. Era apenas a garota e Hyunjin, um de frente para o outro, mas em cantos opostos da sala.
Ela usava um top tomara que caia e um short extremamente curto e colado ambos em um tom bege apagado, Hyunjin usava uma regata e uma calça de moletom preta e os dois estavam descalços.
Assim que a música começou, Jisung percebeu que era diferente dos outros vídeos, pois era apenas um instrumental. Ele viu a garota e Hyunjin se cruzarem com os olhares fixos um no outro. Os dois mantinham movimentos precisos que combinavam com as batidas calmas, mas marcadas, da música.
Eles espelhavam um ao outro, ora se olhando, ora olhando para a frente. E mesmo quando estavam de costas, o tempo de cada movimento era sincronizado e preciso. Jisung estava vidrado em toda aquela sintonia.
Eles se aproximaram mais uma vez, agora de forma lenta, mantendo os olhos fixos um no outro e Hyunjin tocou o rosto da garota, fazendo-a fechar os olhos e se inclinar para ele querendo mais contato. Jisung viu um sorriso convencido surgir nos lábios de Hyunjin, ele deu um passo para trás e a garota o seguia a cada passo, o olhando como se o adorasse.
Hyunjin levantou um dos braços, como se fosse dar um tapa na garota. A música parecia estar chegando em um clímax e no momento em que a garota se encolheu, Hyunjin correu para o outro lado da sala e ela caiu de joelhos. O instrumental voltou a se acalmar.
Jisung não conseguia tirar os olhos da tela, era como se fosse uma cena de teatro coreografada perfeitamente. Os próximos segundos se passaram com a garota indo atrás de Hyunjin e sendo ignorada, ambos continuavam com passos precisos, mas ela parecia triste agora.
Aos poucos, os movimentos dela pararam de orbitar o garoto e quando parecia dançar livremente, os dois se cruzaram novamente com os olhos fixos um no outro. Jisung podia jurar que a tensão entre eles seria palpável. A garota parou e Hyunjin continuou se afastando, agora dando passos lentos de costas para ela.
Quando ela suspirou e fez menção de dar as costas, Hyunjin se virou para ela e estendeu a mão. A música cresceu novamente quando ela correu e Jisung não esperava o que estava por vir.
A garota pulou no colo de Hyunjin enrolando as pernas em sua cintura e ele a segurou firme, com uma das mãos em suas costas e a outra em sua coxa. Mesmo pelo vídeo, Jisung podia ver a força das mãos grandes de Hyunjin a segurando e pensou em como seria pegá-la da mesma forma.
Ele podia jurar que os dois se beijariam naquele momento, de tão próximos que estavam. Mas ela escorregou devagar do colo do garoto e os dois começaram a espelhar novamente os movimentos um do outro, porém agora ela estava colada nele.
Em determinado momento, ela se ajoelhou e Hyunjin se ajoelhou atrás dela, os corpos colados e suados deixando a mente de Jisung viajar em pensamentos impuros quando Hyunjin segurou o pescoço dela e ela tombou a cabeça no ombro dele de boca entreaberta como se tivesse soltado um gemido.
Jisung não reparou quando Hyunjin tirou uma corda vermelha do bolso e nem como ela havia sido amarrada em um dos pulsos da garota, só sabia que no momento seguinte, ela ainda estava ajoelhada e Hyunjin se afastada apenas com aquela corda os unindo.
Então ela levantou e eles voltaram a dançar em sincronia, com a corda cruzando o grande espaço entre eles. Hyunjin puxou a corda, dando duas voltas no próprio antebraço e a garota tentou puxar para o lado contrário, mas eventualmente se rendeu e foi até ele.
Ela deu a mão que não estava presa para Hyunjin, que a fez dar um giro se enrolando brevemente na corda vermelha e então girando de volta para se desenrolar. Dessa vez Jisung reparou o momento que o garoto passou uma nova corda, já com um nó que se apertou no momento que ela puxou o outro pulso.
Novamente ela se afastou e eles dançavam enrolando e desenrolando as cordas de forma impressionante, Jisung não conseguia imaginar quantos ensaios foi preciso para que aquilo desse certo. E quando ele achava que não poderia ficar mais complexo, ele viu a garota se ajoelhar com os braços pra cima e as cordas sendo seguradas firmemente por Hyunjin.
Ele se aproximou e colocou cordas nos tornozelos dela, aumentando ainda mais o grau de dificuldade daquela dança que era performada com maestria pelos dois. Hyunjin enrolava e desenrolava as cordas nos antebraços, parecia controlar uma marionete no meio da coreografia.
Então a música foi crescendo mais uma vez e a garota começou a girar em direção ao garoto que agora estava com as cordas na boca e fazia movimentos com os braços que se encaixavam na música. Quando ela estava bem próxima e completamente enrolada nas cordas, a música acabou no momento em que Hyunjin a segurou pela cintura.
Os dois estavam suados e ofegantes, Jisung não deixou de notar como as cordas pareciam apertadas no corpo dela e a imaginou amarrada completamente sem roupa, sem poder ignorá-lo ou fugir dele como havia feito nos últimos dias.
Hyunjin tirou as cordas da boca e riu com a garota quando se abraçaram assim que tudo terminou. Ele se aproximou da câmera e o vídeo foi encerrado. Jisung fechou com força o notebook e sentiu uma fisgada em seu baixo ventre.
–Era só o que faltava mesmo… –resmungou apertando o volume em sua calça jeans e suspirando.
Ele tentou relaxar, para fazer a ereção ir embora, mas assim que fechou os olhos sua mente pintou a bela imagem da garota amarrada com cordas vermelhas e olhos pidões para ele. Aquilo o fez morder o lábio inferior com força para segurar um gemido, enquanto abria apressado a calça jeans e baixava a cueca, segurando o membro duro e molhado na mão.
Ele imaginou como seria se colocar completamente na boca dela, seus olhos marejados engasgando com seu tamanho. Imaginou como seria colocar os peitos dela na boca e chupar até ela revirar os olhos gemendo seu nome. Imaginou como seria ela de quatro, completamente aberta para ele, toda amarrada com aquelas malditas cordas vermelhas. Pensou em como ele se afundaria nela, a penetrando sem dó, apertando seu quadril até deixar a marca de seus dedos.
E foi assim que Jisung se desfez na própria mão abrindo os olhos pesadamente, com a respiração levemente ofegante, ainda sentindo os leves espasmos de seu recente orgasmo percorrerem seu corpo.
–Mas que merda. –ele falou antes de levantar para tomar um banho.
Jisung sabia que tinha como acessar as agendas das salas da faculdade pelo computador do estúdio, mesmo que não pudesse alterar nada, conseguiria saber quando ela ensaiaria e se estaria sozinha ou acompanhada.
No dia seguinte, descobriu que ela tinha agendado horário para todos os dias daquela semana. Sala C, entre 21h e 23h. Nem sabia o que iria fazer exatamente, mas sabia que queria vê-la ensaiar algo pessoalmente.
Se assustou fechando a agenda das salas de dança quando viu Chan e Minho entrarem no estúdio e sorriu inocentemente.
–O que você está aprontando aí? –Chan brincou espiando a tela do computador, conhecia o amigo.
–Que? Nada, ué. Só esqueci que viriam hoje. –ele deu de ombros.
–Você não estava vendo pornô no estúdio de novo, né? Se você deixar as coisas grudando mais uma vez, eu te faço limpar com a língua. –Chan falou em tom de ameaça.
–Jisung é desses, então Chan? –debochou Minho dando uma risadinha.
–A fama dele de babaca se espalhou depois do último show de talentos, né… Ele anda na seca tem um bom tempo… –Chan explicou rindo.
–Aconteceu uma vez só, tá bom. E porque você e o Binnie chegaram antes que eu pudesse limpar tudo direitinho. –Jisung cruzou os braços emburrado e olhou para o chão.
–Só uma vez que eles descobriram, você diz, né Jisung? –Minho gargalhou ao ver os olhos de Jisung se arregalarem e suas bochechas grandinhas ficarem extremamente vermelhas, enquanto ele negava para Chan com as mãos levemente levantadas.
–Você vai fazer a gente acabar perdendo o direito de nos inscrevermos pra tomar conta do estúdio se continuar com isso, Jisung. –Chan cruzou os braços irritado.
–Mas eu falei que não, você que está indo na onda do Minho. –ele se explicou.
–Deixa ele, Channie. É só uma punhetinha em um lugar público, a adrenalina de poder ser pego a qualquer momento deve mexer com a cabeça dele. –Minho falou passando os dedos numa carícia no antebraço de Chan.
Aquilo era algo que não passaria despercebido por Jisung, mas ele falaria com o amigo sobre quando estivessem a sós. Sabia que Chan não era de esconder as coisas dele.
–Tá, vamos começar? Eu gravei o beat ontem nos horários vagos, vou gravar a voz agora. –Chan falou se inclinando para o computador e abrindo o arquivo que já tinha deixado ali.
–Eu te guio e você me guia, ok? –Jisung combinou com o amigo antes de ele entrar na salinha de gravação.
Jisung disse para Chan que ficaria até mais tarde no estúdio trabalhando no beat de sua música, mesmo que ainda não tivesse ideia do que faria. Ainda lhe faltava inspiração.
Ele arrastava a cadeira de rodinhas de um lado para o outro, ansioso e inquieto, à medida que o relógio se rastejava até dar 21h.
Assim que o relógio marcou o horário que ele tanto aguardava, Jisung ainda esperou mais uns minutos, para não ter a probabilidade de encontrar com a garota antes de ela estar na sala e ela simplesmente desistir de ensaiar.
Além da sala C, outras três tinham pessoas ensaiando e ele caminhou rápido tentando não ter visto até parar na frente da porta que ele queria. A porta de metal tinha um grande vidro, onde Jisung conseguia ver a garota dançando concentrada ao som de uma música que ele reconheceu ser de um dos vídeos.
Ela estava com uma camiseta larga, uma calça de moletom e um bucket hat enfiado na cabeça. De onde Jisung estava, não conseguia ver os olhos dela, nem mesmo pelo espelho e torcia para que ela não conseguisse vê-lo espiando também.
Uma hora e meia se passou, ela ensaiou repetidamente algumas coreografias que Jisung não conhecia dos vídeos, xingando quando errava algo ou perdia o tempo. Indo até o celular para colocar a música de novo.
Ele a admirou por persistir até acertar e pensou que acabou desistindo de compor rápido demais por causa de seu bloqueio criativo, de alguma forma ela o fez se sentir pequeno. Jisung se gabava de ser sempre o melhor por ter facilidade com suas músicas, mas ele deveria dar valor também para aqueles que trabalhavam duro e exaustivamente até alcançar o resultado desejado.
Estava completamente absorto em seus pensamentos, que não notou quando a garota foi novamente até o celular e colocou outra música. Mas no momento que a batida começou ele despertou de seus devaneios, sua boca escancarando totalmente ao ouvir a própria voz ecoar na sala.
Jisung a viu fazer alguns passos soltos enquanto a música fluía, acertando completamente a batida em alguns momentos, em outros ela apenas aperfeiçoava alguns movimentos.
A próxima música começou e ele teve certeza que ela havia achado seu Soundcloud. Era a única plataforma que ele tinha feito upload de suas músicas autorais como J.One, em todas as outras plataformas era sempre em parceria com Chan e Changbin como 3RACHA.
Enquanto via ela fazer alguns passos para suas próprias músicas, Jisung se sentiu animado. Queria fazer algo que a fizesse brilhar no palco e naquele momento ele entendeu o motivo de juntarem duplas de cursos diferentes. Lembrou do quão animado Minho estava enquanto Chan gravava naquela tarde e como até mesmo deu palpites na gravação.
A dupla faria uma apresentação única, mesmo que fossem avaliados separadamente, a sintonia provavelmente seria um dos critérios avaliados. Jisung sentiu sua garganta apertar em saber que por fazerem tudo separados, provavelmente não seriam os melhores.
Se assustou ao ver os outros alunos saírem de suas salas e pegou o celular no bolso, olhando que faltavam 10 minutos para às 23h. Ele se distraiu brevemente com os olhares de julgamento que recebeu, dando um sorriso sem graça quando passaram por ele.
E então ele ouviu a porta se abrir atrás de si, fechando os olhos e encolhendo levemente os ombros por ter sido descoberto de forma constrangedora.
–Se você queria assistir o ensaio inteiro deveria ter entrado, ao invés de ficar espiando pela janelinha, Jisung. –ela falou friamente.
–Ah… Eu… –ele se virou sem saber direito o que falar.
–Precisa de algo ou só veio assistir? –ela perguntou ainda com um tom frio.
–Não… Eu… –a mente de Jisung era uma confusão por ter sido pego e ele só conseguia gaguejar.
–Queria entender como você consegue compor, se não consegue nem ao menos falar. –ela estalou a língua e riu.
–Eu consigo falar, ok. Só… Sei lá. –ele deu de ombros com o ego ferido.
–Tá, você vai querer entrar ou vai ficar aí fora parado espiando pela janela como se fosse um pervertido? –ela perguntou dando espaço para ele passar.
Ele entrou devagar e viu que a mochila dela estava em um banco, perto da caixa de som. Se encaminhou para lá e deixou a sua ali também.
–Então, você veio só olhar ou o quê? –ela perguntou novamente.
–Sei lá… Acho que eu precisava de inspiração pra sair do meu bloqueio. –ele respondeu olhando para o chão.
–O que te dá inspiração geralmente? Espiar as pessoas? –ela debochou.
–Eu não… –Jisung queria negar, mas ele realmente estava espiando. –Não sei, nunca passei por isso.
–E como se sente passando por um bloqueio criativo como um mero mortal, ó todo poderoso Han Jisung? –ela debochou mais uma vez, agora levantando a sobrancelha e dando um sorriso sarcástico.
–Você estava dançando minhas músicas. –ele tentou virar o jogo.
–Sim, eu preciso ter uma ideia do que me espera. E se por causa da sua incompetência eu tiver que criar uma coreografia de um dia pro outro? –ela deu de ombros.
–Eu não sou incompetente! Eu só… Só estou meio perdido. –ele confessou baixo, mas ela ainda assim escutou.
–Veio me ver dançar pra se encontrar? –ela riu se aproximando dele em passos rápidos.
–Ah… E-eu… –ele gaguejou dando um passo para trás, batendo no banco e caindo sentado.
–Calma, eu só vou pegar a minha água. –ela riu se inclinando para a mochila dela e pegando uma garrafa do bolsinho do lado. –E então, você gostou do que viu?
Jisung concordou com a cabeça nervosamente, ficando meio confuso se aquela pergunta tinha um duplo sentido ou não. Ele não a conhecia o suficiente e não soube identificar.
–Tem alguma coreografia que você tenha gostado mais? –ela perguntou tirando o bucket e passando a mão pelos cabelos suados para desgrudá-los da testa.
–Aquela com seu namorado… Hyunjin? Acho que é esse o nome dele. A das cordas vermelhas. –ele confessou olhando pro bico dos All Star plataforma que usava e juntando as pontas dos pés levemente para dentro.
–Você andou vendo vídeos no YouTube, Han Jisung! –ela riu.
–Eu… Ah… –ele deu de ombros, sentindo as bochechas quentes.
–Toxic obsession. Gosto daquela também, é cheia de significado. –ela falou dando um gole na água. –E deixa o Felix te ouvir chamando o namorado dele de meu namorado, pra ver se ele não soca a tua cara.
–Desculpa, eu achei que… –ele a olhou confuso e ela gargalhou.
–Achou que porque ele me pega de jeito naquela coreografia a gente tinha algo? –ela riu alto mais uma vez. –Achou errado, Jisung.
–Como vocês fazem para amarrar as cordas sem parecer que estão realmente amarrando elas? –ele perguntou curioso e ela sorriu.
–Nós fazemos um nó corrediço… –ela falou largando a garrafa e tirando uma das cordas vermelhas do bolso da frente da mochila.
–Você anda com isso sempre por aí? –ele perguntou olhando as mãos ágeis da garota fazendo o nó na ponta da corda.
–Não, mas eu e Hyun estamos ensaiando para os estaduais. Ele não pôde vir hoje, mas deixei as cordas na mochila. –ela riu mostrando para Jisung a corda.
–E o que seria um nó corrediço? –ele perguntou olhando sem entender a diferença para qualquer outro tipo de nó.
–É que, bom… Dá a mão. –ela passou a corda pelos pulsos juntos e esticados de Jisung. –Um nó corrediço só fica firme quando puxa.
E então ela puxou a corda com força, fazendo com que ela se apertasse e Jisung caísse do banco de joelhos no chão, por não estar esperando. Ela segurava firme a corda e sorria de lado ao ver o leve desespero do garoto tentando se soltar instintivamente.
–Tá, já entendi. Agora como solta. –ele falou forçando a corda e sentindo ela roçar de forma incômoda em seus pulsos.
–Você não entende muito de nós, né Jisung? –ela perguntou se aproximando e ele estendeu os braços para cima, para que ela desatasse.
Mas ela o ignorou e amarrou uma parte da corda na barra de alongamentos que estava fixa na parede atrás do garoto. Soltando o restante que havia sobrado pesadamente no chão.
–O que você está fazendo? –ele perguntou com os olhinhos redondos arregalados quando ela se afastou sorrindo.
–Sua marra foi embora rapidinho, hein? –ela alargou mais o sorriso.
–Me solta. Agora! –ele falou trincando o maxilar, vendo que ela estava brincando com ele.
–Se solta você, ué. Você alcança o nó na barra. –ela riu.
Jisung se arrastou até a barra, vendo que nó que ela havia feito ali era muito mais complexo do que o segurava seus pulsos. Ele tentou puxar algumas partes da corda, mas foi em vão.
–Mas que saco, me solta! –ele falou alto. –Socorro!
–Eu nunca imaginei que você iria pedir socorro porque uma mulher te amarrou. –ela riu e se agachou na frente dele, virando seu rosto para o espelho que cobria uma das paredes da sala. Ele se viu jogado no chão, com os cabelos levemente jogados no rosto e os olhinhos redondos arregalados. –Olha sua carinha de desespero, cadê o Jisung marrento?
–Vou te mostrar o Jisung marrento. –ele falou irritado soltando o rosto do aperto dela e tentando avançar, apenas caindo sentado quando a corda puxou seus pulsos.
–Você é tão mal educado… Você merecia uma lição, sabia? –ela sorriu se aproximando novamente, passando delicadamente os dedos por uma das bochechas de Jisung e arrastando o polegar pelo lábio inferior ele.
–E… O que você pensa em fazer comigo? –ele falou em um sussurro sentindo seu pau começar a dar sinais de vida dentro da cueca por causa do tom de voz que ela havia usado e pelo breve toque.
–Você já vai ver. –ela falou em tom malicioso perto da orelha de Jisung e sorriu ao vê-lo se arrepiar quando seu hálito quente acariciou a pele dele.
Ela se afastou devagar e apagou uma das luzes da sala, então foi até o celular, parecia procurar uma música. Enquanto isso, tudo o que Jisung conseguia fazer era se xingar mentalmente, passou o dia inteiro tendo pensamentos impuros com a garota amarrada naquelas cordas e quem acabou ali amarrado era ele.
Ele levantou o olhar quando uma música extremamente sensual começou a tocar e ela voltou a se aproximar. O jeito de caminhar dela havia mudado, seu olhar estava baixo e malicioso.
–Você vai dançar pra mim? –ele deu uma risadinha convencido.
–Eu vou fazer você se arrepender de ter zombado do curso de dança, meu querido. –ela sorriu passando levemente as mãos pelo próprio corpo e vendo o olhar dele acompanhar o movimento.
Ela dançava de forma sensual cada vez mais perto, perto o suficiente para que Jisung a tocasse se não estivesse amarrado. Ele mordeu o lábio inferior quando ela levantou a blusa mordendo a barra, expondo a própria barriga.
Ele precisou segurar um gemido quando viu ela passando as próprias mãos pela pele exposta, sorrindo de olhos fechados. Jisung se arrastou para mais perto, fazendo com que a corda puxasse seus punhos para trás por cima de seu ombro, mas ele não se importou.
Agora ela rebolava ainda mais perto dele, ela colocou as pernas cada uma de um lado dos joelhos dele e sentou ali, se esfregando devagar enquanto jogava a própria camiseta longe, revelando um sutiã preto de renda fina sem bojo.
Jisung salivou ao ver os mamilos duros dela através do tecido e se inclinou o máximo que podia, apenas para vê-la se afastar o suficiente para que ele não pudesse tocá-la. Tudo o que ele queria era enfiar a cara naqueles peitos, chupá-la e vê-la revirando os olhos de prazer.
Ele não conseguia mais raciocinar, sentia o pau totalmente duro e molhando sua cueca. Enquanto ela continuava dançando montada nos joelhos dele, se esfregando, Jisung conseguia sentir o quão quente ela estava mesmo que os dois ainda estivessem vestidos.
–Quer ver como eu não dependo da música para dançar? –ela falou se aproximando e sorrindo quando ele se inclinou.
Ela passou levemente o nariz pelo dele, alargando o sorriso e se afastando brevemente toda vez que ele tentava beijá-la. Jisung agora apertava uma coxa contra a outra na tentativa de ter algum atrito em seu pau esperando que aquilo fosse aliviá-lo.
Ele soltou um gemido manhoso quando ela levantou, ela sorriu se abaixando e segurando o queixo dele.
–Você é manhosinho, então? –ela falou roçando de leve os lábios nos dele e ele soltou mais um gemido arrastado.
–Eu sou o que você quiser, só me desamarra, eu preciso te tocar. –ele falou em tom pidão.
–Eu ainda não terminei. –ela falou se levantando e arrastando a calça de moletom para baixo.
Ela sorriu ao ver o suspiro que ele deu quando viu que sua calcinha também era de renda, porém vermelha. E virou de costas pra ele, a música tinha parado, mas ela continuava dançando uma música que somente ela ouvia.
Ela ficou de quatro no chão e ele gemeu alto, fazendo com que ela sorrisse. Mesmo de costas, ela acompanhava todas as reações dele pelo espelho e ele já estava ficando uma bagunça.
Ela engatinhou até ele e se inclinou, ficando completamente próxima de sua ereção totalmente marcada na calça, o olhando de baixo enquanto passava a língua nos próprios lábios.
–Me solta, por favor. –ele falou com a voz saindo rouca.
–Já está pedindo por favor? –ela sorriu voltando a posição de antes e se aproximando ainda mais, para sentar no colo dele, bem em cima do volume. –O que você vai fazer se eu ficar assim?
–Por favor… –ele manhou novamente quando tentou tocá-la com a boca e ela se inclinou para trás sorrindo.
–Só se você disser o que eu quero ouvir. –ela sorriu maliciosa rebolando devagar no colo dele e ele gemeu alto.
–Por favor… Eu não sei… Vão acabar pegando a gente aqui. –ele começava a ficar ofegante com a maneira que ela o provocava.
–Eu sempre saio meia noite da sala, ninguém vai vir procurar. Temos cerca de… –ela olhou para o relógio na parede. –Quarenta minutos ainda.
–Eu falo! Tudo o que você quiser. –Jisung falava entre gemidos conforme ela quicava devagar em seu colo agora.
–Pede desculpas pelo que falou no show de talentos do ano passado. –ela falou baixinho no ouvido dele segurando os cabelos da nuca dele com força.
–Eu… –ele não conseguiu continuar, porque ela passou a língua devagar pelo seu pescoço.
–Hm, estou ouvindo… –ela falou mordendo o lóbulo de sua orelha.
–E-eu… Me desculpa! Eu… Não deveria… Ah, ter dito aquilo. –Jisung falou entrecortado pelos gemidos.
–Bom garoto. –ela soltou a nuca dele e segurou seu rosto se aproximando para beijá-lo
–Você é maravilhosa. –ele falou baixinho e ela hesitou. –O que…
Ela se virou no colo dele e sentou novamente, se esfregando de uma maneira diferente, inclinando o corpo de forma que ele conseguia ver a calcinha de renda atolada naquela bunda gostosa.
–Fala de novo… –ela gemeu e aquilo o fez revirar os olhos.
–Você é maravilhosa. –ele gemeu.
–De novo. –ela se esfregava ainda mais, conforme os gemidos dele iam ficando mais constantes.
–Maravilhosa! –ele sentia os cabelos grudando na testa, seu pau parecia que ia explodir de tão duro. –Se você continuar assim eu vou…
Antes que ele terminasse a frase, ela parou e sentou ao lado dele. O olhando brevemente enquanto apertava sua ereção por cima da calça e via ele soltar um gemido manhoso encostando o rosto no ombro dela.
–Me deixa te beijar. –ele pediu. –Por favor.
–Você é patético, sabia? –ela riu apertando ainda mais o pau dele e sentindo-o pulsar.
–Eu sou patético demais… Por favor, me beija. –ele implorou puxando os pulsos para tentar se aproximar dela e sentindo a corda roçar em sua pele.
–Você vai acabar se machucando assim. –ela falou o empurrando de leve e se aproximando.
–Me beija. –ele sussurrou totalmente entregue quando ela passou de leve a língua pelo lábio inferior dele.
Ela se afastou mais uma vez, apenas para vê-lo completamente rendido e então o beijou. Jisung estava tão entregue, que ela dominou facilmente o beijo e ele apenas gemia e suspirava enquanto as línguas se encontravam e se acariciavam de forma sensual. Por mais que o tesão dos dois estivesse nas alturas, o beijo era lento, quase carinhoso demais.
Ela engoliu o gemido dele sem quebrar o beijo quando sentou novamente em seu colo, ela começou a acariciá-lo devagar. Indo de sua nuca, passando devagar pelo pescoço, apertando de leve os ombros. Levantou a camisa de Jisung apenas para passar as unhas de forma lenta e torturante pelo abdômen levemente definido, até parar com o indicador no cós da calça dele, brincando com o elástico da cueca que aparecia ali.
–Isso, sim… –ele gemeu desconexo contra a boca dela quando sentiu a calça ser aberta, e o pau ser puxado para fora da cueca, sendo libertado daquele aperto incômodo.
–Você está tão duro… E tão molhado… –ela sussurrou contra os lábios dele, passando de leve o polegar na cabecinha inchada que expelia pré-gozo.
Ele gemeu algo desconexo em concordância quando ela começou com movimentos lentos de vai e vem com a mão enquanto deixava um beijinho atrás da orelha dele. À medida que a mão dela acelerava os movimentos, ela ia dando mordidas, lambidas e chupadas em todo o pescoço dele.
–Eu vou gozar… –Jisung falou baixinho e ela intensificou os movimentos sentindo o corpo dele começar a ficar tenso e o pau pulsando ainda mais em sua mão.
Ele se derramou na mão dela, apoiando a testa em seu ombro suado e ofegante. Ela limpou a mão na camiseta dele, que já estava suja e respingada e levou as mãos até os pulsos dele o soltando com um puxão na corda.
–Mesmo que eu soubesse que era tão fácil assim de soltar, eu não teria soltado. –Jisung falou contra o pescoço dela e ela riu o abraçando.
–Eu falei que você ia acabar se machucando. –ela falou puxando os pulsos dele e vendo as marcas vermelhas que estavam ali.
–Valeu a pena. –ele sorriu dando de ombros.
–Que bom que se divertiu. –ela saiu do colo dele sentando no chão.
–Agora que eu estou solto, é sua vez de se divertir. –ele falou se jogando por cima dela e a deitando no chão.
Ela não teve tempo de falar nada e ele a beijou com urgência, quebrando o beijo apenas para tirar a camiseta suja. As mãos dela acariciavam as costas nuas de Jisung e ele deixava apertões fortes nela, ora na cintura, ora nas coxas, ora na bunda e suspirava toda vez que ouvia ela gemer.
Ele desceu os beijos pelo pescoço dela, enquanto uma de suas mãos envolvia um dos seios ainda cobertos pela renda fina. Sua boca foi descendo cada vez mais, deixando um rastro de saliva por onde ele lambia e beijava no caminho.
Jisung apenas puxou o tecido de renda do caminho e abocanhou um dos mamilos durinhos estimulando o outro com os dedos, revezando entre eles com mordidas leves e chupões mais fortes. E ela fez exatamente como ele imaginou, gemeu alto seu nome.
Depois de um tempo, ele desceu a boca para a barriga dela, lambendo o caminho e em seguida mordendo a coxa dela. Ela colocou as mãos na cabeça e se contorceu de leve quando ele passou um dedo de leve na renda molhada de sua calcinha.
–Jisung, eu… –ela ia falar algo, mas no momento seguinte arqueou as costas gemendo novamente ao sentir ele passar a língua delicadamente por sua intimidade depois de arrastar a calcinha dela para o lado.
Jisung fazia movimentos precisos com a língua no clitóris dela e os gemidos dela eram música para seus ouvidos, o incentivando a continuar cada vez mais rápido. Ele estava deitado de bruços no chão e já sentia seu pau endurecer rapidamente.
Ele viu que ela já estava escorrendo e então colocou um dedo dentro dela, fazendo leves movimentos de gancho procurando por seu ponto g. Quando viu que ela tremeu com os estímulos, sabia que tinha achado e colocou mais um dedo, ainda sem parar com a língua.
–Jisung… Eu… Isso… –ela gemia o nome dele e mais um monte de coisas que ele não tinha ideia do que eram.
–Vai gozar, princesa? –ele perguntou ainda sem parar com os dedos e a viu assentir segurando as próprias coxas com força até os nós dos dedos ficarem brancos.
Ele voltou a chupá-la e sentiu o exato momento em que ela apertou seus dedos, gemendo manhosa enquanto espasmos percorriam todo seu corpo. Jisung deitou por cima dela, segurando o peso com um dos braços e acariciou o rosto dela com a mão limpa.
–Você está duro de novo. –ela falou baixinho sem abrir os olhos.
–Estou… –ele respondeu no mesmo tom deixando uma trilha de beijinhos pela bochecha dela. –O que você quer fazer a respeito disso?
–Tem camisinha no bolso de dentro da minha mochila. –ela falou apontando e ele se levantou depois de deixar um selinho em seus lábios.
Rapidamente rasgou o pacote com os dentes, posicionou a camisinha no pau já completamente duro e voltou para onde estava a beijando, ambos dividindo o gosto dela que ainda estava na boca de Jisung.
–Posso? –ele sussurrou contra os lábios dela, colocando sua calcinha novamente para o lado e a penetrou devagar quando ela assentiu.
Ambos gemidos foram abafados pelo beijo que se iniciou novamente e foi ficando desajeitado à medida que Jisung acelerava as estocadas. Ele colou a testa na dela, sentindo ela apertando seus braços com força, e se contentou apenas em gemer contra seus lábios conforme ia sentindo seus músculos se contraírem denunciando que ele gozaria novamente.
–Sabe o que eu queria muito desde que eu te vi naquele vídeo? –ele falou sentindo a garganta seca diminuindo a velocidade.
–O que? –gemeu ela conforme ele estocava de forma lenta e forte.
–Que eu queria muito te comer amarrada. –ele confessou de olhos fechados.
–A corda tá ali. –ela falou sorrindo e colocando as mãos no peito dele para empurrá-lo gentilmente.
Ela engatinhou até a corda e deu o nó de forma rápida com maestria, enquanto ele a observava se masturbando lentamente.
–Como você prefere? –ela perguntou estendendo a corda para ele.
–Assim. –ele falou colocando a corda nos pulsos dela, puxando para ficar firme e a virando de costas.
Ela apoiou as mãos no banco, abrindo as pernas e suspirando ao sentir ele se encaixar nela por trás ainda sem penetrá-la. Jisung a puxou para trás, colando as costas dela em seu peito e a segurando pela cintura com um dos braços, de forma que a corda agora estava esticada.
Ele deixou beijos delicados por todo ombro dela, antes de se posicionar e penetrá-la com força, estimulando os mamilos expostos dela com a mão livre, sorrindo contra seu pescoço quando ela fez manha e estocando cada vez mais rápido.
–Ji-Jisung… –ela o chamou entre gemidos.
–Hm? –ele perguntou beijando o pescoço dela.
–Olha. –ela falou e ele levantou a cabeça para ver para onde ela estava olhando e viu o reflexo dos dois no espelho.
O pau dele pulsou com a visão, ela estava completamente entregue para ele, da mesma forma que ele deveria estar quando estava amarrado. Ele a inclinou de leve, afastando o corpo dos dois. Se retirando completamente dela, para então entrar com força novamente apertando sua cintura.
Ver aquilo por outro ângulo o deixou ainda mais duro, ele sabia que gozaria a qualquer momento. Então depois de mais algumas estocadas mantendo o olhar dos dois conectado pelo espelho, ele voltou a colar o corpo dela no peito dele e começou a estimular o clitóris dela com a mão livre.
–Eu… Eu… –ela gemeu alto conforme o ritmo dele aumentava ficava cada vez mais frenético.
–Eu também. –ele falou rouco sentindo o corpo dela se contrair, da mesma forma que o dele.
Então ela gozou, o corpo tendo espasmos e tremendo. Assim que ela apertou Jisung, ele se desfez dentro dela na camisinha e a abraçou para impedir que ela caísse, dando um beijinho em sua nuca.
–Como que solta aqui mesmo? –ele perguntou baixinho.
–Puxa essa parte com força. –ela indicou uma pontinha solta no nó e ele o fez, liberando as mãos dela.
Ela sentou virada para ele e ele acariciou os pulsos dela, deixando beijinhos por toda extensão, vendo que também estavam machucados como os dele e viu ela sorrir com aquilo.
–Onde eu coloco isso? –ele perguntou tirando a camisinha e dando um nó.
–No lixo ali. –ela indicou com a mão a lixeira perto da porta e ele deixou um beijo na bochecha dela antes de levantar, vendo que ela estava trêmula.
–Mas o que vão dizer se encontrarem? –ele perguntou vendo que o lixo estava vazio.
–Como se alguém se importasse, você não imagina a quantidade de vezes que Felix e Hyunjin já batizaram essas salas também. –ela riu.
–Eca. –ele falou soltando a camisinha no lixo.
–Se sente menos perdido agora? –ela brincou quando ele sentou ao lado dela e abriu os braços para aconchegá-la. –Talvez mais inspirado?
–Hm… Acho que vou ter que voltar mais vezes essa semana. –ele brincou e ela riu contra o pescoço dele.
Ela o puxou para deitar no chão e eles ficaram de frente um para o outro, se olhando, apenas sentindo as respirações se misturarem. Jisung passava devagar os dedos pelas costas dela e ela acariciava sua bochecha.
Ele sentia os olhos pesados e sabia que poderia dormir ali mesmo abraçado nela depois daquela transa, mas eles estavam na faculdade e já estava ficando tarde.
–Acho que está na hora de irmos. –ela falou olhando para o relógio na parede, vendo que faltavam 5 minutos para a meia noite e ele assentiu.
Os dois se vestiram em silêncio, Jisung embolou a camiseta suja e colocou na mochila, tirando um moletom para vestir. E assim que os dois estavam prontos, ela apagou as luzes e trancou a porta atrás deles.
–Te vejo amanhã? –ele perguntou enquanto percorriam os corredores vazios da faculdade.
–Se você ainda precisar de inspiração. –ela riu o empurrando com o ombro e ele a puxou para um abraço de lado.
–Hm… Acho que não fiquei inspirado o suficiente hoje. –ele falou brincando e dando um beijo na bochecha dela.
–Não sei se você está dizendo que foi ruim ou que você gostou e quer mais. –ela riu dando um tapa fraco no peito dele.
–Deve ter sido ruim… –ele falou ironizando. –Eu já estava pensando em você antes mesmo de acontecer.
–Estava? –ela o olhou surpresa com aquela confissão e resolveu falar. –Pra falar a verdade, eu também. Acho que no fundo, pelas suas composições, eu estava apostando que você não era só um babaca que se achava.
–Eu sou parcialmente um babaca que se acha. Mas eu também sei ser legal. –ele riu quando eles entraram no estacionamento.
–E sabe pedir por favor também, pelo jeito. –ela brincou rindo ao ver o rosto dele corar.
–Posso ir te ver amanhã mesmo? –Jisung perguntou hesitante olhando para o chão quando pararam ao lado do carro dela.
–Você quer? –ela perguntou levantando o rosto dele pelo queixo.
–Uhum. –ele confirmou fazendo um beicinho.
–Talvez eu possa te inspirar mais um pouco mesmo então. –ela riu lhe dando um selinho demorado.
–Se sua ideia de inspiração for sempre assim, você não vai mais conseguir ensaiar. –ele riu a abraçando pela cintura e enfiando o rosto no pescoço dela.
–Nos vemos amanhã então, Jisung. –ela sorriu se desvencilhando dele e deixando um carinho em sua bochecha antes de entrar no carro.
Ele se pegou sorrindo bobo, enquanto ia até o próprio carro. E como Jisung pensou no dia que eles haviam recebido as duplas para o show de talentos, ele realmente estava fodido.
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