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História Instead - Um bom filho a casa torna


Escrita por: _brito_

Notas do Autor


Adivinha quem está de volta? rsrs

Vamos ver se vocês aprovam esse novo capítulo!

Beijinhos...

Capítulo 14 - Um bom filho a casa torna


Não tive tempo pra nada. Caí no chão assim que o primeiro soco de Zed me acertou. Ele subiu em cima de mim e me socou mais algumas vezes.

- FICA LONGE DELA CARALHO.

Antes que ele conseguisse me socar de novo, consegui revidar devolvendo um soco direito. Rolamos que nem dois animais e dessa vez quem está por cima era eu. 

Socos atrás de socos e enfim agarrei a garganta de Zed. Ele já estava ficando vermelho quando a voz dela me tirou do momento de fúria.

- Hardin, por favor, não!

Me virei para ela, afrouxando a mão na garganta do moreno. Me joguei para o lado e Zed tossia tentando se recuperar. As pessoas estavam olhando assustadas para nós mas a única coisa que me importava era a loira na minha frente. Os olhos assustados derramaram diversas lágrimas e o corpo todo tremia.

Levantei às pressas, bem desnorteado pelos socos desprovidos em mim, e saí em disparada para meu carro.

- Isso não acabou novato!

Foi tudo o que consegui ouvir de Zed antes de dar a partida e sair daquele lugar.

 

 

 

Meu telefone começou a tocar e vi o número de Landon na tela. Ótimo.

- Alô.

- Hardin, mas que merda? A Tessa me ligou desesperada falando que você entrou numa briga com Zed.

Parei no acostamento e fechei os olhos por um instante. Claro que ela contou para Landon.

- O que você tinha na cabeça? Por que você foi a outra festa na república?

- Pra começar, não fui eu que iniciei a briga. Só fui pra lá conversar com Tessa e...

- Eu te aconselhar não serviu para nada né? - ele respirava fundo na ligação - Olha, seja aonde for que você esteja agora, volte pra casa. Seu pai está preocupado.

- Você falou com meu pai?

Isso não ia acabar bem.

- É claro. Olha a situação que aconteceu! 

Bufei de desânimo. Não podia culpar Landon de fazer o que achava certo.

- Já estou indo pra casa.

- Ótimo.

Ele encerrou a ligação.

 

 

 

 

Estacionei em frente de casa e a última coisa que queria era entrar. Olhei no retrovisor para ver minha situação, que descobri ser péssima. Meu olho direito estava muito inchado e já começando a ficar roxo. Meu outro olho não estava muito bom também e minha boca tinha um belo corte. Passei as duas mãos pelos cabelos e suspirei derrotado.

A noite ainda ia ser longa.

Saí do carro e assim que cruzei a entrada de casa, vi meu pai vindo em minha direção furioso.

- Onde é que você estava com a cabeça Hardin? 

Ele me agarrou pela camiseta e começou a cuspir as palavras em mim. Ele não estava só com raiva, estava desapontado.

- O que está dando em você pra se meter nesse tipo de confusão? Foi pra isso que você foi criado?

- Você não estava lá pra saber mesmo.

Até eu me impressionei com as palavras que saíram. Consegui ver de relance Karen preocupada em um canto e Landon de braços cruzados e cabeça baixa ao lado da mãe.

Meu pai me empurrou até a parede, me fazendo gemer de dor com a força com que ele fez isso. Minha madrasta chamou pelo nome dele assustada, mas ele não tirou os olhos de mim.

- Ken, se acal...

- Karen, por favor, isso não diz respeito a você agora!

Eu o fitava tão intensamente quanto ele. A raiva de pouco tempo atrás estava voltando.

- Eu não comecei nada.

- Droga Hardin, você começou no momento em que decidiu ir em outra maldita festa!

A respiração dele estava acelerada e eu estava começando a ficar igual.

- Ouça o que eu vou te dizer e espero que me obedeça.

- Você não manda em mim! - gritei as palavras em seu rosto - Depois de anos você resolveu fazer o papel de pai? Não, não mesmo Ken!

- Eu sou o seu pai! 

Senti a gota d'água pingando. Nesse instante, eu o empurrei com todas as forças que ainda me restava. Ele foi para atrás totalmente perdido com o que acabara de acontecer.

- Você não é meu pai! Nunca foi!

Ele veio para cima de mim, pronto para desferir um soco, quando Karen gritou.

- Ken, não faça isso!

Sua mão fechada parou no meio caminho, os olhos cheio de raiva me encarando.

- Por favor, não faça algo que você vai se arrepender depois.

As palavras de minha madrasta fizeram efeito e ele logo abaixou o braço. Vendo toda a situação que tinha acontecido, ele apenas balançou a cabeça e me olhou com desprezo. Aquele olhar sim acabou comigo por dentro.

- Não quero mais olhar pra você. Suba antes que eu não te deixe nem pisar mais aqui.

Sem a mínima vontade de discutir mais, soltei o ar que nem sabia estar prendendo e dei de costas para subir pro meu quarto.

 

 

 

 

Eu queria gritar, queria berrar, queria xingar até não poder mais. A raiva que eu estava sentindo não passava e só conseguia andar de um lado para o outro no quarto.

Arranquei os sapatos e joguei longe contra a parede. Me arremessei na cama com a mínima vontade de viver. Por que achei que ir naquela maldita república adiantaria de alguma coisa? A única coisa que consegui lá foi um rosto desfigurado e dolorido.

Tentava lembrar de Zed me batendo mas a única cena que estava bem memorizada em minha cabeça daquele momento era de Tessa, os olhos chorosos e o rosto de espanto.

Ela estava realmente preocupada comigo naquele instante?

Meus olhos fecharam e no mesmo segundo me recordei de nosso momento em seu quarto antes de toda a confusão. Os seus lábios encaixados ao meu, seu corpo quente se esfregando em mim, sabendo exatamente o que fazer. 

Sem que me desse conta, eu estava duro. Imaginei se tivéssemos continuado, se minha consciência não tivesse me lembrado que tinha uma namorada. O que mais teria acontecido? Deixei minha imaginação ir longe, imaginando do que mais aqueles lábios eram capazes.

Como reflexo, levei minha mão até meu membro por cima da calça e comecei a me massagear. Imagens da loira rondavam a minha cabeça e faziam eu latejar lá embaixo.

Há poucos minutos estava repleto de raiva mas agora estava tentando me aliviar. O mais engraçado é que Tessa estava envolvida de alguma forma em ambos os momentos.

Quando comecei a desabotoar a calça, ouvi meu telefone tocando. Minha mãe. Um belo nome para aparecer na tela do meu celular e me broxar.

Não atendi a ligação, o que fez ela ligar mais duas vezes antes de me mandar mensagem. Óbvio que meu pai tinha falado com ela. Não estava no meu melhor momento para responder, então apenas a ignorei.

Aproveitei o momento e fui tomar um banho. O pouco de álcool que tinha em meu corpo já não estava mais fazendo efeito e a água quente do chuveiro me ajudou a relaxar. Quando saí, vi que tinha recebido mais mensagens. Dessa vez, Natalie me pedia para respondê-la para conversarmos. Ótimo, agora até ela sabia antes de eu poder contar o que tinha acontecido.

Suspirei fundo. A culpa me atingiu com tudo. Em que momento eu tinha virado um péssimo namorado e um péssimo filho?

Em meio a quantidade de mensagens, vi a de um número desconhecido.

"Oi. Landon me passou seu número (depois de muito insistir a ele)."

Tessa.

"Queria me desculpar pelo o que aconteceu. Não foi nada agradável ver Zed te batendo."

Não era de se acreditar. Fiquei olhando as mensagens por uns dez minutos, pensando se deveria responder. Por fim, decidi escrever.

"A culpa não foi sua. É difícil controlar animais não adestrados."

A resposta veio mais rápido do que eu imaginava.

"Acredite, eu já tentei adestrar. Espero que seu rosto melhore, estava bem feio quando você saiu da festa."

Sorri com o fato dela brincar também.

"Obrigado Theresa."

Fiquei aguardando por um tempo, mas não tive mais respostas.

Suspirei derrotado e fui para baixo da coberta. 

Aquilo estava se tornando perigoso e mesmo assim, não conseguia me permitir ficar longe do problema em comum.

 



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