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História Instinto de Gato - Passado


Escrita por: kkleves

Capítulo 10 - Passado


No outro dia, Neo estava um pouco incerto sobre o plano de Len.

–Não me parece que vai dar certo. –Disse Neo.

–Confie em mim, vai sim. –Assegurou Len.

Neo continuava desconfiado.

–Parece até que não tenho mais opções...

–Na verdade você tem, mas, essa seria a melhor.

–Vou falar, o que né?

Foi quando viu seu alvo entrar na sala e começou a sentir uma pontada de nervosismo, se concentrou para retomar a coragem e com isso não fazer besteira, era só manter a calma que tudo daria certo, olhou para ela e começou a colocar em ação o plano de Len na cabeça.

Segunda-feira era dia de aula de português, a aula mais chata da semana, aquilo desanimava tanto, por mais que a professora fosse animada em dar aula, ele odiava tanto aquela matéria que não conseguia ficar animado. Seja como for, mal podia esperar para o intervalo chegar, estava contando os segundos.

Por mais que quisesse o tempo não passava, as palavras da professora deixavam ele tonto, rolava a cabeça na mesa, olhava para fora, contava vários segundos, porém nada. Só depois de muita tortura que finalmente o sinal tocou, acabando com o sofrimento dele.

Todos os alunos saíram enquanto Neo ficou sentado esperando e tomando coragem, começou a pensar no que teria que fazer, um frio subiu pela espinha e sentiu seus braços ficarem moles.

–Len.... Por que você teve essa ideia? –Disse ele em sofrimento.

Já havia passado algum tempo em que o sinal tinha batido, com isso era a hora de agir, Sunny iria levar Saya até do lado do ginásio de esportes onde nenhum professor poderia interromper. Com isso Neo poderia falar com ela tranquilamente, se tudo der certo consertaria as coisas.

Desceu as escadas lentamente enquanto se concentrava em pensar o que ia conversar com ela, várias e várias vezes, o que não podia deixar acontecer e o que queria que acontecesse.

Estava numa completa luta entre estar calmo e estar nervoso, enquanto descia as escadas estava calmo quando chegou na quadra voltou a ficar nervoso, aquilo realmente era difícil, sabia que quanto mais perto de onde Saya estaria mais nervoso ficaria, mas, não tinha o que fazer.

Foi andando lentamente até o lugar combinado, só que chegando lá se surpreendeu, pois, a mesma não se encontrava lá. Olhou em todos os cantos e realmente não estava, será que Sunny teria se atrasado? Foi quando ouviu um grito vindo de um lugar ali do lado. Quando foi investigar o que havia na sala ali perto se surpreendeu novamente vendo que era um clube de Kendo, mais ainda quando viu Saya assistindo a luta, Neo ficou curioso e acabou entrando para ver melhor. Claro que ele não se sentou perto dela.

Essa era a primeira vez que ele via uma luta de Kendo, não se interessava muito por lutas, gostava bem mais de esportes menos agressivos, por isso não fazia ideia de como funcionava.

No centro do tatame havia dois homens mascarados sentados um de frente para o outro e vestindo uma roupa que cobria praticamente tudo, o da esquerda parecia bem mais jovem que o da direita e por isso era óbvio que parecia ter menos experiência, porém não podia decidir isso até começar.

Outro homem apareceu vestido com a mesma roupa que os outros dois, porém estava segurando duas bandeiras, uma vermelha e uma branca. Podia-se dizer que aquele era o juiz, o que significava que a partida estava começando naquele momento.

–Cinco pontos! O vencedor é aquele que conseguir chegar nessa pontuação. Dois pontos se o golpe acertar na cabeça e um ponto no resto do corpo. Podem começar!

Os dois homens levantaram e se cumprimentaram como dita a tradição e então ficaram de guarda, cada um com uma posição, houve um silêncio enquanto os dois estavam concentrados, pareciam que estavam se analisando, procurando alguma abertura.

Foi quando o mais novo decidiu tomar a iniciativa usando um golpe lateral que foi refletido facilmente pelo mais velho que em resposta desferiu um golpe do lado inverso do que havia defendido o que causou um desequilíbrio no atacante que defendeu com dificuldade, o mais velho vendo isso resolveu tirar vantagem desferindo um golpe na cabeça que o mais novo não conseguiu defender.

Depois de vários pontos de ambos os lados, o mais novo estava perdendo e a partida estava 3 a 4, faltava somente um ponto para que acabasse, parecia que tudo estava acabado

Porém, parecia que o mais novo mesmo com aquelas circunstâncias difíceis, não iria desistir tão facilmente, sua postura mostrava sua confiança, o que deixaria qualquer um intimidado, só que o mais velho não parecia estar intimidado o que demostrava sua experiência. O clima estava bem tenso, todos estavam com expectativas esperando o resultado.

Foi quando o juiz deu o sinal para iniciar que rapidamente o mais novo desferiu o mesmo golpe que havia usado anteriormente, como havia defendido facilmente antes, o mais velho sorriu enquanto fazia um leve movimento para defender, porém foi surpreendido quando com um giro do pulso, ele mudou a trajetória da espada e mirou na cabeça do adversário e como ele não estava esperando acabou levando o golpe dando 2 pontos para o mais novo.

Todos ficaram impressionados, tudo aconteceu muito rápido, só perceberam o que tinha acontecido quando o juiz levantou a bandeira informando que havia sido ponto.

–Nada mal, parece que te subestimei no último segundo e essa foi minha cova. –Disse o mais velho enquanto tirava o capacete

–"Nunca subestime seu oponente, isso pode te custar caro", não foi o que eles disseram? –Respondeu o mais novo.

Neo não reconheceu o mais velho, porém, a voz do mais novo, só podia ser o Kensuke. E teve mais certeza ainda quando o mesmo tirou o capacete.

–É, você tem razão, devia ter esperado mais de quem ama kendo. Provou o seu valor.

–Mas, Miguel, você lutou bem, eu quase perdi.

Enquanto os dois jogavam a conversa fora, todos os curiosos iam embora lentamente, Saya no entanto foi conversar com Kensuke. Dava para ver claramente que estava preocupada com ele, o que deixou Neo muito mal. O plano tinha falhado justamente porque o lugar que eles haviam escolhido era do lado do novo clube de Kendo, mas aquilo já mostrava muito. Mostrava que ela se importava com ele.

Sem escolhas, resolveu voltar para classe e esperar a aula começar. No meio do caminho encontrou com Len.

–Como foi?

–Não quero falar sobre isso.

A única coisa que Neo queria era ficar na classe, sem que ninguém falasse com ele. Sentou na cadeira e deitou a cabeça na mesa. Não demorou muito para o sinal bater e com isso todos voltarem para sala. Todos pareciam tão felizes o que seria uma coisa boa caso ele estivesse também. Quando o professor chegou na sala, ele mal conseguia prestar atenção na aula.

E assim que as aulas acabaram foram divulgadas as notas de toda a escola e para surpresa dele, em primeiro lugar estava Kensuke com as melhores notas e em segundo estava Saya e em algum lugar do meio estava as dele, as notas não eram ruins, porém nem se comparava aos dois.

Neo ficou pior do que já estava, não que ele se importasse com as notas, mas aquilo claramente mostrava que Kensuke era melhor do que ele. Para piorar não estava nem no mesmo nível que a Saya, será que merecia ela? Fazia sentido ela escolher o outro garoto ao invés dele que estava tão abaixo. Os pensamentos só iam de mal a pior, Neo não queria mais ficar por ali e resolveu ir embora.

Começou a andar devagar para fora da escola, enquanto pensava somente que estava perdendo Saya, a garota que mais amava, começou a ficar fora da realidade, mas não parou de andar.

Len vendo que ele estava indo embora, tentou chama-lo, não teve nenhuma resposta, o que deixou ele um pouco desconfortável sobre o que havia acontecido, mas, achou que o garoto precisava de um tempo e por isso deixou ele ir.

Já fazia um tempo desde que Neo estava andando sem rumo, parecia como se estivesse fazendo isso para esvaziar a mente, queria apenas esquecer o que havia vivido naquela manhã.

De repente foi tocado nas costas, parecia que alguém estava o chamando de um jeito muito gentil e nesse momento ele pensou que fosse Saya, no momento uma faísca de esperança acendeu o seu coração.

Quando se virou para verificar se realmente era Saya, se decepcionou ao ver que na verdade era Yume, nesse momento seu coração parecia ter congelado para sempre. Quando ela viu o rosto dele se assustou porque dava para ver claramente que ele estava péssimo mas, não desistiu de tentar falar com ele:

–Oii Neo você está bem? –Perguntou Yume entusiasmada.

–Porque você continua me incomodando desse jeito Yume? –Perguntou Neo friamente.

–É porque Neo... –Yume abraçou ele firmemente –Eu te amo.

O garoto não estava sentindo nada, naquele momento o que mais importava para ele era Saya e como ele não estava ali, pouco importava o que Yume fazia, não era ela.

–Yume, me deixa em paz.

Foi a única coisa que ele disse antes de se virar e continuar andando, aquelas palavras deixaram a garota completamente derrotada, Neo não olhou para trás, mas, talvez ela estivesse chorando, mas, uma coisa era certa, ela havia percebido que não poderia fazer nada, porque não importa o que ela fizesse ele sempre iria ignora-la como se fosse algo normal.

Já havia se passado um tempo desde que havia saído da escola, não fazia ideia que lugar era aquele. A rua estava sem muito movimento e parecia até em outra cidade, porém tudo que o garoto fez foi continuar andando. Dava para ver claramente que ele estava fora do si, afogado em seus pensamentos, o garoto não parava de andar por nada.

Ele só parou quando um lugar estranho chamou a atenção dele, era uma grande construção com um símbolo irreconhecível na frente, estava completamente fechada e com placas de proibido entrar.

Neo ficou horas e horas observando aquele lugar. Por que? Ele não sabia, era como um imã que o estava atraindo. Tudo estava um completo silencio, as ruas que antes tinha um pouco de movimento estavam desertas e a única coisa que dava para ouvir era o vento.

Só que por mais que estivesse o maior silêncio, ele conseguiu ouvir vozes bem baixinhas como se tivessem sido trazidas pelo vento... E quanto mais olhava para aquele lugar mais as vozes iam ficando altas... Era como se aquele lugar fosse parte de algo importante. Porém por mais que ele tentasse se lembrar o que era, não conseguia.

Ele sabia que a informação estava guardada em algum lugar do seu cérebro e forçou cada vez mais por se sentir um fraco e principalmente inútil por não conseguir lembrar até que sentiu sua mente desligar aos poucos como se sentisse um sono muito grande, seu corpo começou a formigar e aos poucos foi perdendo a força, caindo no chão e assim desmaiando.

Quando acordou estava em um lugar completamente diferente, não estava conseguindo entender muita coisa do que estava acontecendo ali, a visão estava embaçada e tudo estava escuro. Algumas palavras e o ambiente ele conseguiu enxergar, a maioria das pessoas que viu estavam de jaleco branco e elas pareciam muito ocupadas, indo de um lado para o outro, não conseguiu reconhecer nenhuma delas.

–Os resultados estão saindo como planejamos... –Disse um deles.

–Vamos conseguir, seremos um fato importante na história

–Nossas vidas iram mudar para sempre...

Tudo parecia ir bem, todos estavam confiantes seja lá o que estavam fazendo, foi quando a escuridão se transformou em uma luz vermelha oscilante e um alarme muito alto começou a tocar. Ele sentiu uma explosão que o jogou para longe e enquanto estava deitado de bruços no chão, uma mulher que estava na frente dele tentava o alcançar. Ela estava fazendo um enorme esforço e parecia estar machucada, ele não conseguia se mexer, por isso apenas ficou observando enquanto ela chegava mais perto.

Por fim quando a mulher conseguiu chegar perto, segurou ele em seus braços e começou a dizer várias coisas.

–Confie em você... Neo, você é forte. Mesmo eu não estando mais aqui, sei que vai me deixar orgulhosa, saiba que onde quer que eu esteja estarei olhando você.

Enquanto ela ia falando, podia se ouvir várias vozes de outras pessoas falando desesperadas em todos os cantos.

–Temos um acidente!! –Disse alguém.

–Salvem os Feridos!! –Disse outro alguém.

O alarme continuava tocando enquanto o garoto ia perdendo a consciência aos poucos.

Neo levantou rapidamente achando que havia sido atacado e que estava acontecendo um acidente, porém quando acordou percebeu que estava em um lugar completamente diferente.

Olhando em volta pode ver que estava em um quarto todo branco bem iluminado e estava deitado em uma das quatro camas que havia lá, além disso havia vários armários com gavetas de vidro naquele local, não dava para ver o que havia dentro deles.

–Um sonho? –Pensou ele.

Sua cabeça doía muito e ele não sabia se era porque havia batido a cabeça ou por causa do sonho estranho, fora isso seus olhos estavam lagrimejando, parecia como se estivesse chorando fazia tempo, seu rosto estava todo molhado.

Um barulho da porta se abrindo fez ele limpar o rosto para que não tivesse que passar a vergonha de alguém achar que estava chorando.

Aquele que entrou no quarto era o seu amigo, Len, que se surpreendeu ao ver que o amigo estava acordado.

–Hora, hora... Veja só quem acordou... –Disse ele enquanto se sentava em uma cadeira que estava próxima a cama.

–E parece que mal acordo já vem alguém me incomodar.

–Nossa, não sabia que tinha tanto mal humor quando acordava.

–Nem eu sabia que você podia ser tão chato.

Com isso os dois riram, era interessante como eles se conheceram por um acaso, colegas de quarto que agora estavam rindo como verdadeiros amigos, Neo pensou que para ser amigos não precisava de uma razão especial, eles eram porque eram e aquilo era muito especial.

De repente as risadas de Len se transformaram em uma cara de preocupação que deixou Neo um pouco assustado.

–Você lembra de alguma coisa?

Até agora ele não havia pensado nisso, como havia parado ali? A última coisa que lembrava é que estava na escola.

–Bom, tudo bem se não conseguir responder, não force muito a cabeça pensando nisso, principalmente tentando se lembrar de algo. –Disse Len.

As palavras do amigo, fizeram ele lembrar no que havia acontecido.

–Eu desmaiei na frente de um barracão.

–Isso.

–E depois? O que aconteceu? Como eu vim parar aqui?

–Um rapaz te trouxe aqui, disse que era seu amigo.

Um rapaz? Quem poderia ser? Neo ficou curioso.

–Qual o nome dele?

–Ryu.

Automaticamente ele se surpreendeu. Ryu? Como poderia ter levado ele para o hospital? E ainda dizer que era amigo dele?

–Você parece surpreso.

–É realmente é um choque. Mas, deixando isso de lado, o que eu tenho?

–Bom, eu não sou médico, então vou deixar para que ele te explique. Por hora descanse. E tente não pensar muito no passado, ok?

–Ok.

Depois de ouvir que o amigo estava bem, Len poderia finalmente descansar, depois de ficar esperando preocupado esperando que ele acordasse.

–Agora que você está melhor, logo vai poder sair dessa cama e eu posso ir descansar. –Disse ele enquanto levantava da cadeira e ia em direção a porta.

–Hey Len.

–Hm?

–Obrigado.

Len se surpreendeu com Neo agradecendo, raramente viu uma cena como aquela, porém reagiu apenas virando de costas enquanto sorria e acenando de leve quando saiu pela porta, o que estranhamente para eles significava muito.

Com a saída do amigo, o garoto começou a sentir bastante sono, tudo estava tão parado naquele quarto que fazia com que ele sentisse muito sono.

Quando Neo acordou, já havia melhorado bastante, tanto que saiu da cama apressadamente, queria voltar logo para casa, porém a enfermeira disse que o doutor Wellington queria conversar com ele.

Sem opção foi até o consultório onde a enfermeira havia instruído, a porta estava aberta e o médico, um homem que parecia ser um pouco mais baixo que ele, cabelo castanho raspado e uma barba cheia estava mexendo em seu computador.

–Neo Landcaster? Pode entrar. –Disse o médico quando viu que o garoto estava na porta.

E enquanto ele ia sentando na mesa, o médico ia pegando alguns arquivos que parecia ser justamente do garoto.

Ficou um silêncio um pouco constrangedor dos dois olhando um para a cara do outro até que o médico quebrou o silêncio:

–Então, como se sente?

–Eu estou melhor.

–Ótimo, isso é ótimo. Você já havia desmaiado antes?

–Já, essa é a segunda vez.

–Você se lembra da primeira?

–Eu estava tentando me lembrar de antigo professor assim acabei desmaiando, mas, não lembro de ter ficado tanto tempo dormindo.

–Hmm...

O médico ficou pensativo enquanto analisava os relatórios, o que estava deixando Neo preocupado.

–Eu estou muito mal, doutor?

–Por favor não me chame pelo o que eu faço, isso me faz sentir uma sensação estranha.... Meu nome é Wellington Miyamoto.

Aquilo foi estranho, mas, se ele estava dizendo então tudo bem. Porém, Miyamoto? Aquele sobrenome não era estranho para ele.

–Tudo bem. O que eu tenho Wellington?

–Então, você desmaiou e dormiu durante quatro dias e com anos de profissão nunca vi um caso como o seu, mas, acredito que seja algum problema psicológico. Você consegue lembrar do seu passado.

–Só algumas partes.

–Então é como eu pensei, parece que a sua mente bloqueou suas memórias, provavelmente isso se deve a algum trauma. Por isso quando você tenta “forçadamente” se lembrar delas, você força o seu cérebro a abrir essas portas que estavam fechadas o que precisa de muita energia e assim você acaba desmaiando.

–Então, não é tão ruim assim. Mas, significa que eu nunca mais vou lembrar dessas coisas?

–Olha, amnésia é complicado, com o tempo muitas memórias vão voltando, existem casos que com estímulos de alguns objetos ou ambientes te façam despertar e também há uma pequena chance de que não recupere nenhuma. Não há como saber, somente com o tempo.

–Tudo bem.

–Eu sugeriria que você tomasse cuidado e fosse com calma quando estivesse lembrando dessas memórias. Se não pode acabar causando danos no cérebro. E fique longe do lugar onde você estava antes de desmaiar, provavelmente foi dali que veio o seu trauma.

–Como sabe disso?

–Porque foi ali que você respondeu de uma forma pior do que as outras não?

–Sim

–Por isso, e você só estava perto dele, então, fique longe, trabalhe com as memórias devagar e lembre-se sua vida está ótima no momento não tem necessidade de ficar procurando por algo que está adormecido, por isso tome cuidado. Buscas assim acabam com qualquer pessoa, seja ela a mais forte ou a mais inteligente de todas. E se for mesmo para se lembrar com o tempo você irá.

–Ok, farei isso Wellington.

Com isso, Wellington sorriu.

–Até porque você tem que ficar bem para a sua namorada e seus amigos que estavam preocupados e vieram te ver.

–Namorada?

–Sim.... Uma garota bem bonita que ficou o tempo todo do seu lado. Ela era bem simpática, todos adoraram a presença dela aqui, daria uma ótima enfermeira.

Para eles acharem que ela é minha namorada sem dúvida deveria ser a Yume, apesar de que a descrição está muito estranha para ser ela, pensou Neo que no fim acabou deixando para lá.

–Bom, seja como for, eu não vou exagerar, é só isso?

–Sim, é só entregar esse papel na recepção que poderá ir embora.

–Obrigado por tudo e principalmente por se preocupar comigo, se precisar voltarei aqui.

–Espero que não precise. –Disse ele enquanto Neo ia embora.

Apesar dele não ter visto o tempo passar ainda assim não gostava de ficar debilitado, o pouco tempo que passou no hospital já deu vontade dele sair, ver o que aconteceu enquanto esteve fora, provavelmente muita coisa havia mudado e ele havia perdido muitas coisas, só que já era um pouco tarde para alguém estar na escola, então Neo apenas decidiu ir para o dormitório e esperar para ver o que o amanhã lhe traria.



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