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História Intimamente Emma - Do interesse de Leopold


Escrita por: WoundedBeast

Notas do Autor


Olá, amigas leitoras.

Nada de dramas ou explicações para a vida e as coisas que vem acontecendo que impedem maiores atualizações aqui, prefiro que anseiem por novos capítulos e me falem das teorias que vocês criaram sobre essa fanfic ao decorrer do que estão lendo.

Façam uma boa leitura.

Capítulo 23 - Do interesse de Leopold



As batidas na porta interromperam um sono breve e agitado. Há alguns dias David não dormia bem, preocupado com alguma coisa ou alguém que não sabia exatamente quem. Pensava em Emma, não podia ser outra pessoa. Sua mulher estava ali deitada ao seu lado, repousando o sono dos justos, e ele pensou que de manhã cedo quando ela perguntasse como foi sua noite, ele teria de mentir novamente. Não gostava disso, mas o que diria se nem sabia a razão de toda a preocupação. Ouviu a porta, algo batendo no vidro. Ele levantou, viu Mary acordar no susto com o barulho e fez um sinal com o dedo, pedindo silêncio. Era muito tarde para alguém aparecer, no entanto uma pessoa, a única que ele conseguia pensar nesse momento, podia ter aparecido. Não era quem ele pensou.

Esperava ver Emma por qualquer razão que fosse, no entanto ao abrir a porta, diante dele, Ingrid ergueu os olhos que lembravam os de seu pai e o susto foi inevitável.

— Ingrid?! — Fitava a irmã com uma completa falta de entendimento.

Ela fez um sinal com as mãos, pedindo calma, que não dissesse nada enquanto não falasse o que estava fazendo ali parada.

— Me perdoe aparecer a essa hora, irmão querido. — Sem convite algum e receio de não ser bem-vinda ela entrou com a mala. Soltou a bagagem no chão e o olhou de volta, abraçando-o. — Eu não consegui avisá-lo a tempo. — O olhou no rosto depois do abraço desengonçado que ele mal teve tempo para retribuir.

— O que você faz aqui, Ingrid? — David fechou a porta do sobrado e voltou andando até a irmã, cruzando os braços. Ela era a última pessoa que ele esperava ver, mas começava a entender finalmente suas preocupações. Podia estar pressentindo a volta da irmã esse tempo todo.

— Antes de explicar o que aconteceu, gostaria de saber como está? Tudo bem com você? A Mary?

— Estamos bem, Ingrid, muito bem a propósito. — Ele ainda estranhava a presença da irmã. — Eu não esperava que fosse voltar.

— Emma não contou nada sobre a ligação que eu fiz?

— Sim, sim, ela falou comigo sobre a ligação. — Ele apontou para o sofá para ela se sentar. — Não foi uma boa ideia ter avisado que voltaria.

— Pior seria se eu chegasse em casa como cheguei aqui hoje, sem avisar. Por isso precisamos conversar, David. Emma não quer me ver nem pintada de ouro, por mais arrependida que eu esteja do que fiz ela passar. — disse ela após se sentar.

David balançava a cabeça.

— O que aconteceu para vir de repente?

— Perdi meu emprego em East Bay, e com o pouco de dinheiro que eu tinha para me manter não consegui nada melhor nos últimos três meses. Na firma onde eu trabalhava metade das secretárias, incluindo a mim foi demitida. Não sei o que há, David, eu pretendia enviar um dinheiro para Emma, mas estava complicado até mesmo para mim, você entende, não entende?

Ela conseguia ser mansa, encantadora, tinha aqueles olhos azuis claros e o rosto de anjo. Podia enganar qualquer pessoa ingênua, quem não a conhecesse ou nunca tivesse ouvido falar. David nunca deixou de sentir pena da irmã por almejar coisas que não eram para ser dela. Ele sabia o que ela ia pedir, hospedagem por tempo indeterminado, mas como diria a Emma que a mãe dela voltara? Certamente a própria Ingrid teria a resposta para essa pergunta.

— Acredito em você, Ingrid. — David se sentia desconfortável. — Sinto muito. Só me diga uma coisa, por que mentiu quando ligou para mim dizendo que estava bem em East Bay?

Ingrid era uma boa atriz, e da mesma forma que conseguia sorrir e olhar com meiguice para o irmão, podia mudar em dois segundos. Fez cara de choro, recolheu-se e falava como se isso fosse ausentar sua culpa.

— Não queria que se sentisse decepcionado comigo, irmãozinho. Há anos venho tentando superar os transtornos que causei a vocês, em especial Emma. Queria volta para cá com presentes para ela, voltar com a certeza de que poderia, enfim, terminar de criar a minha filha com todo o conforto que ela merece.

— Ao invés disso você mentiu, Ingrid. Até posso acreditar que está arrependida dos seus sumiços, eu só não entendo o porquê de mentir para ela e para mim todas as vezes. Ela não gosta de você, ela tem uma péssima impressão e toda vez que conversamos, tocamos no seu nome ela sofre, consigo perceber. Se você quer mudar voltando para Mary Way Village agora, não creio que consiga tão fácil. Se depender de Emma você volta para East Bay.

Mary estava no corredor desde que David levantou da cama. Havia escutado ele falar com a irmã e sentia uma péssima sensação imaginando as caras que a cunhada devia estar fazendo para convencer seu marido. Sabia muito bem quem era Ingrid, a cunhada egoísta que tinha e que envergonhava a família sucessivas vezes, desde a época em que ela namorava David ainda muito jovem. Quando entrou para a família Swan, Mary Margaret se tornou uma vítima junto do marido. Com o passar dos anos, viu Emma sofrer com as ausências da mãe e antes que Ingrid escolhesse ir embora de Mary Way Village, ela sugeriu criar a garota como se fosse sua filha e de David. Embora o marido tivesse a mesma vontade, Ingrid fez o possível para a mãe, uma mulher já idosa, pensar que o filho mais novo e a nora queriam cuidar de Emma para substituir a criança que não conseguiam ter. Mary ficara muito ofendida ao saber o que a cunhada tinha feito, mas nem por isso deixou de se preocupar com a sobrinha em momento algum. Saber que aquela mulher decidiu do dia para a noite voltar para Mary Way não fazia sentido e nesse instante a apavorava.

Apareceu na sala sorrateiramente, com os braços cruzados tal como o marido. Rodeou o sofá e parou perto de Ingrid, querendo olhar bem para seu rosto e tentar desmascará-la na frente de David.

Ingrid ergueu os olhos para a cunhada e sorriu cinicamente.

— Mary Margaret! — se levantou para abraça-la, só que Mary sequer se moveu.

— Como vai, Ingrid? — perguntou Mary, séria.

— Bem, na medida do possível. — Ingrid soube que não seria fácil convencer Mary com aquela simpatia toda. — Eu estava agora mesmo falando com meu irmão sobre Emma.

— Eu sei, eu estava ouvindo. Concordo com o meu marido, ele está certo quando diz que você terá muito trabalho se quiser se estabelecer de novo nessa cidade.

— Tenho completa noção disso, Mary, por isso vim primeiro aqui para conversar com vocês. — mexia nas mãos, inquieta. — Preciso de um lugar para ficar até consegui falar com Emma.

Mary e David trocaram olhares.

— E em quanto tempo pretende fazer isso, Ingrid? — questionou David.

— Alguns dias, não muitos. — ela olhou para os dois.

David respirou fundo, pensou um pouco e disse:

— Não posso mantê-la aqui por muito tempo, é minha casa e da minha esposa. Se Emma ver você, não poderei fazer muito.

— Eu sei, claro que sei o risco que corro antes de me encontrar com ela. Soube que Archie empregou ela no Hotel. Irei pessoalmente agradecê-lo. — Ela afastou os cabelos enrolados para trás da orelha.

— Não devia agradecer apenas a ele. Muitas pessoas ajudaram Emma enquanto você não dava notícias durante todo esse tempo. — Mary esteve prestes a pular no pescoço de Ingrid, mas David a pegou pelo braço antes que ela pudesse fazer isso.

Ingrid se afastou, buscando a mala.

— Sinto muito que eu tenha causado tanto mal à Emma.

— Não parece. — replicou Mary Margaret.

— Fique calma, Mary. — David a segurou com as duas mãos dessa vez.

— Entendo sua raiva por mim, cunhada, eu apenas gostaria que fosse um pouquinho benevolente como você sempre me pareceu e procurasse entender meu arrependimento.

Mary olhou incrédula para o marido, ficou calada, mas sua cabeça ficou perdida em um redemoinho, sendo obrigada a aceitar a desculpa descarada de Ingrid. Ela deu as costas, saindo para voltar ao quarto. Não tinha dúvida de que David aceitaria hospedar a irmã sem qualquer explicação que ela decidisse dar e não conseguiria impedir isso. Ficou esperando David voltar para o quarto para lhe dizer uma coisa muito importante. Ele apareceu algum tempo depois de acomodar a irmã no quarto desocupado.

— Não sei de quem mais tenho pena, se de Emma ou de você. — disse ela quebrando o silêncio sombrio entre eles.

— Ela prometeu que não ficará muito tempo, querida. — disse ele, puxando a manta para cima do corpo deles.

— Ela vai ficar até Emma aceitá-la de volta em casa. Você acha mesmo que a sua sobrinha vai acreditar de novo nesse “arrependimento” que ela diz sentir?

— Emma é uma boa menina, ela vai conversar com a Ingrid e as duas vão se entender. — David ponderou.

— Não, David, sua sobrinha não é mais uma menina e muito menos vai aceitar que a mãe voltou. É por essa sua ingenuidade toda que sinto pena de você, David. Eu só espero que sua irmã desista bem depressa de recomeçar essa vida que ela está planejando ter com Emma, escreva o que estou dizendo, David, será melhor para as duas que fiquem bem distantes uma da outra.

Mary virou-se para o lado e se cobriu até o pescoço com a manta, esticando a mão para apagar a luz do abajur que tinha ao lado da cama na cabeceira. O tom de sua voz era o mais aborrecido possível, deixando David confuso quanto ao que acabara de fazer, aceitando Ingrid como hóspede por alguns dias em sua casa. Ele preferia não ser tão ingênuo como a esposa dizia, assim não teria tanta necessidade de proteger Ingrid ou sua sobrinha, ao mesmo tempo isso lhe era muito cruel, coisa de homem insensível e algo que nunca foi. Passou mais uma hora sem dormir, e quando pegou no sono teve um sonho com a época em que era criança e quem o protegia era sempre Ingrid.




Começaram a transar no auge da madrugada, feito uma gangorra e seu vai e vem provocado por um corpo agitado. Emma jogava os cabelos para trás, os olhos se mantinham cerrados, permitindo se envolver com a umidade exagerada que ela mesma provocou na pele quente da coxa de Regina. Houve um momento em que quis olhar aquilo e viu seu gozo feito leite derramado na parte mais alta da perna da mulher. Não sabia de onde tinha saído tanto corrimento, ou, como diria a sra. Mills em seus contos, ambrosia feminina que provinha do sexo, e por isso foi ainda mais fácil ter outro orgasmo e quase implorar para Regina experimentar com a boca, o que certamente a levaria a outro gozo ainda mais demorado e intenso. A ideia a excitava tanto quanto ver os seios da escritora balançando quando ela trocava de lugar e ficava por cima. Era assim que Emma descobria que eles cabiam exatamente com o tamanho da palma de suas mãos.

Regina deixou uma marca no pescoço dela, lhe disse algumas obscenidades no pé do ouvido e abusou mais um pouco da malicia saborosa da jovem. Trocavam beijos e mordidas nos lábios sem a pressa do sexo que acabavam de fazer, partindo para um final romântico de uma cena não planejada entre elas.

— Diz pra mim que você me ama e que vai ficar comigo pra sempre. — pediu Emma, segurando as mãos de Regina entre as dela, ainda em seu colo, ofegante e levemente cansada da maratona sensual.

— Eu te amo e vamos ficar juntas para sempre, para todo o sempre, meu amor. — Regina se prolongou, procurou a boca da amada e roubou um beijo.

— Ah, meu amor, sinto que podemos morrer assim, fazendo amor pelo resto dos dias. Vamos nos alimentar de nós mesmas e nunca mais nos separarmos. — Emma delirava com os olhos fechados, entrando num torpor irresistível.

— É uma ideia um tanto ousada, mas confesso que gosto dela. — respondeu Regina. — E não vou deixar você, hum? Qualquer coisa estou ali no fim da rua. — sussurrou.

Emma a fitava bem próxima de seu rosto, roçando a ponta do nariz no dela, estavam tendo uma conversa que ninguém iria ouvir.

— Não posso visitar você na casa do fim da rua, se esqueceu?

— Mas sabe onde estou quando não estou aqui.

— Só vou sossegar no dia em que estiver bem distante do Daniel. Tenho medo dele, sei lá uma sensação de que ele pode te fazer algum mal mesmo sendo um doente inválido.

— Não fica pensando nisso, está bem? Nós duas temos coisas mais importantes para fazer e planejar. — A mulher afastou os cabelos de Emma do rosto para os lados. — Nossa viagem pela Europa, hein? Depois poderíamos ir para o oriente, o que acha? Países pouco explorados, lugares onde ninguém foi. — Ela tentou mudar o foco de Emma, lembrando como era fácil encantar a moça com aquele tipo de conversa.

Emma respirou lentamente, se mexeu na coxa da mulher e demorou a responder.

— Seria capaz de me levar a todos esses lugares? E onde iríamos morar?

Regina escondeu a satisfação que sentiu por terem mudado de assunto.

— Deixe-me ver, numa cabana no meio do mato em qualquer cidade do Canadá? Quem sabe em um barco e nossa música seria aquela da Enya: Sail Away, Sail Away... Ou em um trailer? Fica ao seu critério. — Se permitiu sonhar, sorrir para a jovem, e ela havia adorado isso.

— Todas as ideias me encantam, mas a que eu mais gosto é a do barco. Um porto como quintal a cada dia. — Emma acrescentou silenciosamente. — Falando em barco, quero mostrar uma coisa a você qualquer dia desses na praia. — lembrou ela.

Regina juntou as sobrancelhas numa expressão curiosa.

— É mesmo? E o que seria?

— Você verá. É algo que deixei lá há muito tempo e as ondas não levaram.

Swan se levantou do colo de Regina e da cama, puxando o lençol todo junto ao corpo. Isso fez Regina se sentar com o susto.

— Onde está indo?

A moça deixou o lençol escorregar de proposito do corpo, caminhando na direção do banheiro. Parou com a pergunta de Regina e permaneceu de costas para ela.

— Preciso de um banho. Você me deixou tão molhada que sinto a minha vulva pingando até agora. — Falou com a espontaneidade que não lhe faltava às vezes, e continuou caminhando para o banheiro. — Você não vem? — dizia já dentro do box.

Regina estava boquiaberta, olhou para o chão coberto pelo lençol abandonado nele. Viu o rastro de umidade no tecido e soube do que Emma estava falando então. Riu da própria capacidade enquanto seguia Emma até o chuveiro.




Dias mais tarde naquela mesma semana, Daniel fez uma ligação para o escritório do Prefeito, pedindo que o encontrasse no restaurante do píer às oito da noite do dia seguinte. Uma semana havia passado da ligação que Leopold White fez para ele, solicitando que Daniel e a esposa o encontrassem para conversarem sobre uma proposta de negócios. Há exatos quatro dias Daniel não via a esposa, nem sequer sentia o perfume dela no corredor pela manhã antes dela desaparecer ou se trancar no quarto de hóspedes. Mas não era esse o problema que o fazia refletir nas últimas horas. Passou o resto dos dias pensando no que o Prefeito pediu, e por algum instinto que ele não questionou, sentiu perfeitamente quais eram as intenções de Leopold, afinal o homem dera muita ênfase ao pedir que Regina estivesse com ele. Tudo se encaixava, o sr. White era viúvo, dono de estabelecimentos espalhados por Mary Way Village, aparentemente solitário em sua vida particular e, além disso, Daniel recordou a forma cautelosa a que o homem olhou para sua esposa no dia em que esteve no Town Hall para discutirem sobre a exposição de suas obras.

Por mais que uma atitude não lhe rendesse nada no fim, o pintor teria ele mesmo uma breve conversa com Leopold, deixando claro sua resposta para a proposta.

O Prefeito já o esperava em uma mesa afastada da entrada quando Daniel chegou no restaurante. Leopold fiscalizava o relógio de pulso por baixo do terno com risca de giz, ansioso e certo de que Regina acompanhava o marido, portanto a primeira coisa que perguntou a Daniel após o formal cumprimento de mãos foi sobre ela. Ele olhava para todas as direções, antes de perceber que se enganou sobre a escritora.

— O que houve com sua esposa, sr. Colter?

Daniel se sentou na cadeira que Leopold disponibilizou para ele a sua frente na mesa.

— Minha esposa tem afazeres mais importantes, não pôde comparecer, e suponho que seremos breves nessa conversa, sr. Prefeito.

Leopold assumiu uma expressão intrigada.

— O senhor por um acaso sabe do que se trata este jantar entre nós?

— Não fui informado, embora eu tenha uma impressão do que seja. Sinto decepcioná-lo, Prefeito, Regina jamais viria se eu contasse o que passou pela minha mente.

Um garçom se aproximou, servindo vinho para os dois em taças distintas.

— Os senhores desejam pedir o menu? — questionou.

O Prefeito ergueu uma das mãos, pedindo que se retirasse. Seu semblante preocupado não assustou Daniel.

— Presumo que tenha havido um engano, sr. Colter.

— Eu ficaria agradecido se me chamasse pelo nome apenas, sem formalidades. Não devo estar enganado, pelo contrário, talvez eu esteja certo em pensar que esse jantar de negócios sirva de fachada para a real proposta que vou receber. — Daniel se mantinha sério, no seu melhor estado de sanidade.

— Exato, há uma proposta que devo fazer, de interesse meu e certamente seu. Se já desconfia do que se trata, podemos ser diretos.

Ambos assentiram.

— Por favor. — disse Daniel, segurando as próprias mãos por baixo da mesa. De súbito havia começado a tremer, perdendo a passividade do comportamento.

— Certo. — Leopold passou os dedos pelo cavanhaque recém crescido no queixo. Os olhos escaparam para a inquietude que Daniel não conseguia mais conter. Ignorou isso após um momento, achando ser uma parte dos sintomas que o pintor portava da doença desconhecida. — Pago um milhão de dólares pela sua esposa. Para não assustá-lo acho que tenho uma primeira ideia mais confortável para ambos. Pago cem mil por uma noite inteira na companhia de Regina, e então se ela concordar, viajaremos juntos, onde acertarei todos os detalhes que forem necessários para o divórcio. Quando os papéis estiverem prontos, entrego o restante em dinheiro vivo, ou como preferir, Daniel.

O insulto na proposta do Prefeito fez o sangue de Daniel subir à cabeça. Exatamente como ele pensou, Leopold White queria Regina. A mão de Daniel bateu numa faca sobre a mesa independente de seus comandos. Ele ainda bufou irritado.

— Como eu imaginava. Não entendo por que me sinto tão ofendido com a proposta.

— Sinto muito que tenha ofendido qualquer princípio e convicção, Daniel. — Leopold se encostou mais distante na cadeira.

No limite do controle de si mesmo, Daniel conteve a mão que bateu na mesa e também a inquietude do corpo, pois isso estava o deixando mais fraco.

— Não entendo de onde surgiu uma ideia tão ambiciosa quanto. Jamais imaginei que alguém pudesse fazer uma proposta pela minha mulher. Eu estou impressionado com a sua audácia em me oferecer um milhão de dólares, Prefeito. Infelizmente para o senhor, não irei aceitar qualquer valor por Regina. Deixe-me dizer que minha esposa vale mais do que qualquer preço que homens pouco honestos como o senhor queiram dar a ela. Regina não está à venda e muito menos aceitaria ser vendida como uma prostituta de luxo. Sugiro que faça essa proposta a outro homem de personalidade fraca e ego pequeno. — Se levantou e deixou a mesa, finalmente inexpressivo, e de alguma forma invisível chamou a atenção das poucas pessoas que jantavam em outras mesas.


Notas Finais


A atitude de Daniel é muito respeitosa, mas fica a dúvida se ele não fez isso para vingar o ego ferido antes por Regina ou para protegê-la, afinal, ele ainda a ama.

Espero que esse capítulo tenha agradado. Na dúvida, fico sempre a disposição, não se acanhem em perguntar qualquer coisa.

Um grande abraço, fiquem bem e até o próximo.


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