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História Into The Dead - Capítulo 2


Escrita por: control5h

Notas do Autor


Estou de volta. Desculpe a demora! Tentarei postar com mais frequência! Obrigada pelos favoritos e comentários!
Boa leitura e me perdoem por qualquer erro.

Capítulo 2 - Capítulo 2


Camila PDV

Três semanas depois

Os primeiros raios solares da manhã fria de Dezembro – que eu não sabia o dia ao certo, mas sabia que estávamos próximos do Natal por causa do frio cortante – lutavam entre as nuvens densas no horizonte. Tento me aconchegar ainda mais dentro do casaco que havia encontrado entre as poucas peças que estavam abandonadas dentro do guarda-roupa.

Através da janela, eu podia ver a luz pálida da manhã iluminar a rua à frente. Em um muro chapiscado estava escrito em letras caixa alta: “ONDE ESTÁ O GOVERNO AGORA?”. Provavelmente a mensagem havia sido deixada depois que tudo desmoronou de modo que nem as forças armadas puderam controlar.

Mesmo com o presidente dos Estados Unidos da América declarando Lei Marcial o caos se alastrou. Leis militarizadas não resolveram a crise política e civil que não só nosso país entrou, mas também o mundo todo. Aquela merda estava em todos os lugares.

Observo o estabelecimento à frente. Era meu turno de vigia e apenas as respirações brandas das pessoas dormindo atrás de mim mostravam que eu não estava sozinha. Olho para trás e vejo Sofia dormindo abraçada ao seu ursinho de pelúcia. A menina estava com um cobertor a mais, o meu, mas ainda assim eu temia que ela sentisse frio. Suas feições latinas e cabelos negros faziam com quem olhasse jurasse que ela era uma pequena cópia minha.

Eu tentava ao máximo não me deixar levar pelos pensamentos nostálgicos, mas o que eu mais desejava era ver o sorriso dos meus pais novamente. Ouvir a risadas deles junto a da minha irmã, que agora, era a única razão de eu continuar viva. Eu precisava protegê-la de qualquer coisa ou de qualquer pessoa.

Ao seu lado estava Dinah Jane, uma jovem que costumava ajudar seu pai mecânico no estado da Califórnia. A jovem, que era um ano mais nova, havia se mudado para Miami na tentativa de mudar de vida com a sua irmã caçula, Regina, que agora estava abraçada a ela. Após encontrá-la no início daquele inferno, eu e Dinah nos tornamos boas amigas por causa do instinto protetor que tinha.

No canto esquerdo do pequeno apartamento que decidimos passar a noite estava Allyson Brooke, ainda pálida por causa da grave infecção que teve em um corte no seu braço esquerdo. A baixinha loira era enfermeira em um hospital no lado Sul de Miami, quatro anos mais velha e minha vizinha. E, por estarmos juntas desde o início, não pensei duas vezes em sair em busca de remédios para ela.

Elas eram minha família e eu faria qualquer coisa para mantê-las salvas.

- Seu turno já acabou a meia hora. – uma voz grave nas minhas costas me faz estremecer por alguns segundos. Viro-me e vejo Austin dando um sorriso amigável, oferecendo-me um pedaço de seu pão.

- Eu estou bem, obrigada. – respondo, com um sorriso fraco.

Austin Mahone era um jovem que ainda estava na academia para se tornar um policial. Mas agora ele havia se denominado um por causa da necessidade. Encontramo-nos em um posto de gasolina quando meu grupo era maior. O jovem queria uma carona até o centro de Miami onde existia o CDC, Centro de Controle e Prevenção de Doenças, e eu hesitei um pouco antes de ceder.

Os cientistas – que ficaram responsáveis por achar uma cura – permaneciam lacónicos sobre qualquer informação. Ao chegarmos lá nos deparamos com o prédio destruído e a única esperança que nos restou foi o CDC de Georgia, o estado próximo. Este era nosso objetivo de viagem, mas não é fácil transitar com duas crianças e uma mulher doente, portanto, isso fez com que nos atrasássemos algumas semanas.

Com o passar do tempo o jovem policial havia se integrado ao nosso pequeno grupo se tornando a figura que passava segurança para as crianças. E eu gostava disso. Porém, não sabia ao certo o que o prendia ali, mas gostava de imaginar que fosse o CDC.

- Se houvesse alguma falha nesse plano você já teria achado. – murmura Austin, estudando junto a mim o supermercado pela janela. Ele passa a mão pelos poucos fios de barba que estavam espalhados em seu rosto. Seu rosto denunciava sua idade, mas seu corpo era já adulto.

- Precisamos de muito estoque para continuar. – digo, analisando a entrada na parte dos fundos do estabelecimento.

Havíamos escolhido aquele apartamento de propósito para ficarmos de olho no supermercado durante as três noites que já estávamos ali. Nenhum sinal de humanos e isso era bom. Austin insistia em dizer que agora humanos eram tão perigosos quanto os mortos, pois os que sobreviveram até ali eram fortes.

- Levaremos Dinah. E Ally fica aqui com as crianças. – sugere. Eu afirmo com a cabeça, concordando. Não tínhamos nos nomeado líderes, mas boa parte das ações era feita por nós dois.

- Nós devemos entrar pelos fundos e sair pela porta da frente. – digo, apontando para o outro lado.

- E não podemos voltar pelo mesmo lugar, porque aqui estará infestado de zumbis quando arrombarmos a porta. – ele concorda com a cabeça, entendendo meu plano.

- Sim.

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Observo por cima do ombro que Austin estava inquieto.

- Eu... eu não tive o oportunidade de falar... – ele começa, hesitante. Ele limpa a garganta algumas vezes, tomando coragem. – Mas eu fiquei preocupado quando você voltou no meio da noite na última vez que saiu para buscar suplementos.

Viro-me para ele e dou um sorriso amigo.

- É que... aconteceram alguns problemas. – digo, com o meu sorriso diminuindo ao lembrar-me daquele dia.

Os olhos verdes daquela mulher ainda rondavam a minha mente. Principalmente o medo neles quando eu decidi deixá-la para trás. Eu ainda me questionava o porquê de ter me arriscado em voltar para ajudá-la, mas parecia o certo. Eu não era nenhum monstro que deixaria uma pessoa ser estraçalhada. Mas a culpa ainda me corroía por deixá-la dentro daquela cabine. Se ela havia conseguido sair dali? Eu não sabia, porque não havia ficado ali para descobrir.

- Você foi corajosa em voltar no meio da noite. – continua Austin.

- Obrigada... – sussurro.

Corajosa era a última coisa que eu me sentia. Eu me sentia horrível por ter feito aquilo com aquela jovem que mal conseguia correr.

- Não faça isso de novo... – ele sussurra.

- O que?

- Eu apenas não quero que você se machuque... – sua voz estava mais próxima e eu sentia sua respiração próxima do meu pescoço.

Viro-me surpresa e entendo o que ele estava querendo fazer, mas não tenho tempo de reagir por seus lábios já estarem pressionados contra os meus. O homem me puxa contra seu corpo tentando mais contato. Sua língua força entrada em minha boca, mas eu nego.

- Austin... não... – sussurro, empurrando seus ombros para trás. – Eu...

- Camila... – ele tenta novamente e me agarra pela cintura, mas eu continuo mantendo um espaço seguro entre nós.

- Eu ainda não tenho cabeça para isso. – respondo, levantando o rosto para encontrar seu olhar machucado. – Eu... por enquanto apenas quero encontrar um lugar seguro para Sofia. Isso... isso pode dificultar as coisas e...

- Eu também quero protegê-la!

- Eu sei disso! – digo, dando um passo para trás. – Mas... agora não, por favor.

Austin inspira fundo e concorda brevemente com a cabeça.

- Eu... eu acho que devemos acordá-los. – sugere o homem, começando a se distanciar. – Se fizermos a coleta de suplementos antes do fim da tarde ainda podemos voltar ao posto alguns quarteirões ao sudeste e encher o tanque com a bomba reserva.

- Sim. – digo, ainda analisando sua expressão triste.  Austin não parecia ser um cara mal, mas eu não tinha controle sobre meus sentimentos. Talvez no futuro, em meio a uma calmaria, algo entre nós poderia acontecer. Talvez...

 

Já era próximo do meio-dia quando Austin, Dinah e eu já estávamos prontos. Tomamos um café que se resumia em algumas barras de cereais e água mineral. Em nossas costas estavam mochilas vazias para enchermos de coisas menores, enquanto traríamos as coisas maiores nos carrinhos de compras. Em minhas mãos estava a minha pistola Steyr M.

- Você vai ficar bem, Kaki? – a voz angelical da minha irmã me chama atenção.

Agacho-me e acaricio seus cabelos.

- Vou sim, querida. – respondo, sorrindo. – Eu apenas vou cruzar a rua e pegar algumas comidas.

- Tia Dinah vai te proteger? – pergunta a menininha, cabisbaixa. – O tio Austin também?

- Sim. – digo.

Seguro um sorriso ao ver que Sofia ainda insistia na mania de chamá-los de tios. “Talvez ela ainda seja nova demais para esse mundo” meu cérebro me tortura.

- Vai ficar tudo bem, meu amor. Ally vai ficar aqui para cuidar de você e da Regina.

- Ok... – murmura Sofia, me abraçando novamente. Eu fecho os olhos, sentindo o pequeno calor de seus braços ao redor de meus ombros.

- Vamos pegar as comidas e vamos para Georgia, ok? – digo, levantando-me novamente. Ela assente com a cabeça e corre até onde Regina brincava com duas bonecas.

- Vou cuidar delas, pode ir despreocupada. – diz Ally, sentada ao lado delas. A loira ainda tinha o braço enfaixado, mas conseguia fazer alguns movimentos com ele.

- Eu sei que vai. – respondo, sorrindo fraco.

Austin arrumava mais algumas coisas em sua mochila quando Dinah caminhou até perto de mim, segurando um sorriso.

- Eu vi aquela interação mais cedo... – ela sussurrou. Estremeço, pensando que talvez as outras pessoas pudessem ter visto também.

- Não foi nenhuma interação. – retruco, lançando-a um olhar duro.

- Qual é, Camila...? – replica Dinah, revirando os olhos. – Tanto eu quanto a Ally sabemos que ele só continuou conosco por causa de você.

- Prefiro pensar que ele continuou conosco por causa do CDC em Georgia. – digo, desfazendo o cadarço da minha bota apenas para fazê-lo novamente.

- Então você é uma iludida, querida!

- Dinah!

- Desculpa, mas é a verdade! – ela diz calmamente e dá de ombros.

- Eu não tenho tempo para esses romancinhos. – rosno, colocando-me de pé novamente. – Eu preciso achar um lugar seguro pra Sofia. Olhe só o mundo, Dinah. Acha que ainda existe amor?

- E você acha que não existe? – retruca a jovem, lançando-me um olhar duro.

Eu suspiro e decido ignorar sua resposta.

- Prontas? – pergunta Austin, se aproximando de nós segundos depois.

- Sim. – respondemos.

Abrimos a porta do nosso quarto e olhamos no corredor apenas por precaução. Havíamos limpado todos os quartos dos três primeiros andares três dias atrás – o apartamento era composto por cinco andares. Encontramos apenas um velho rastejando e uma loira que parecia ser a recepcionista dali. Todos haviam provavelmente fugido quando as notícias apareceram na TV.

Conseguimos ainda saquear algumas coisas importantes como cobertores, roupas e alguns produtos de higiene.

Descemos as escadas e Austin, na frente como protetor, abre a porta do apartamento e olha para os lados na rua fria. Apenas alguns zumbis aleatórios perambulavam longe dali há quatro quarteirões de distância. Cruzamos a rua e com um alicate, o homem abriu a cerca e nós adentramos no perímetro do supermercado.

A cerca repleta de ervas daninhas fazia parte de uma barricada sem sucesso do exército no início do Apocalipse – como Ally nomeou, por ser uma mulher religiosa. Algumas tendas estavam armadas e restos de cartuchos de bala estavam espalhados pelo chão, mostrando que um tiroteio aconteceu ali antes de todos serem mortos de um jeito ou de outro.

- Vamos fazer uma varredura. – ordena Austin, com a sua arma levantada. – Vamos ver se é seguro antes de entrarmos.

Concordo com a cabeça e caminho pelo lado esquerdo do estabelecimento. Algumas caçambas de lixo espalhadas, carros estavam abandonados, mas nenhum sinal de zumbis ou... humanos. Dinah faz um sinal com a mão que segurava seu machado, mostrando que do outro lado também estava limpo.

Voltamos nós três para a porta dos fundos e eu tento ignorar os respingos de sangue nas paredes. Austin novamente toma a frente e dá um chute na fechadura da porta, que em primeiro instante não quebra. Ele tenta novamente e a madeira quebra, gerando um barulho que facilmente ecoou pelo silêncio da rua. Os fundos do supermercado deram num corredor. Estreito, escuro e frio. Adentramos e eu coloco um tijolo que peguei do lado de fora como peso contra a porta.

O corredor terminava em um depósito. Continuamos a andar pelas penumbras e vejo algumas caixas vazias estavam espalhadas e empoeiradas. Assovio, chamando a atenção dos dois. Antes que continuássemos eu bato com o cabo da minha arma em um pedaço de metal fazendo um barulho agudo e estridente ecoar. Se qualquer coisa morta estivesse ali não demoraria muito a aparecer.

Esperamos por alguns segundos e apenas um grunhido ressurge ao longe. Rapidamente um segurança gordo aparece. Em seu pescoço estavam as marcas da mordida profunda que rasgara suas veias. Dinah toma a frente e com um só golpe enfia o machado na cabeça do zumbi, com o som aquoso ecoando.

Depois que fizemos a varredura completa e tivemos certeza que estávamos sozinhos, nós pegamos os carrinhos de compras e começamos a encher. Algumas prateleiras estavam vazias, mas outras ainda cheias. Pegamos água e muita comida enlatada – que Sofia não aguenta mais comer. Achamos também alguns remédios na pequena farmácia e alguns instrumentos de jardinagem que serviriam como armas.

Já estávamos prontos para irmos embora quando o barulho de um motor roncando ecoou do lado de fora. Austin e eu nos entreolhamos, preocupados.

- Droga... – rosna o homem, me puxando pelo braço até onde Dinah estava escondida, atrás de balcão da farmácia. Olho para trás vendo minha pistola ficar em cima do carrinho cheio de coisas.

Agachamo-nos e encostamos contra o balcão. Ouvimos o barulho de conversa na frente do supermercado e eu pude pelo menos diferenciar três vozes... ou mais.

- O que vamos fazer? – sussurra Dinah, apavorada.

- Tem muita comida aqui... – respondo, tentando acalmá-la. – Podemos simplesmente conversar com eles e fazer um acordo que ninguém saia machucado.

- Vamos ver com o que estamos nos metendo primeiro! – retruca Austin, olhando para a porta.

Eles forçam a porta de vidro transparente, apenas para checar se ela estava fechada ou não. Ouço o barulho de metal e levanto-me um pouco para ver um homem alto, forte e de cabelos negros tentando abrir a porta com um pé-de-cabra. Outro homem loiro se junta a ele e com esforço eles finalmente conseguem abrir. O loiro segurava uma AK-47 e o de cabelos negros uma pistola que de longe não consegui diferenciar.

Sento-me novamente com o meu coração disparado. E se fosse um grupo de apenas homens? Se eles fossem aqueles loucos e estupradores? Austin era forte, mas não suficiente para nos proteger de todos.

Ouço mais passos e vozes ecoarem pelo estabelecimento. Tinha uma voz feminina e isso me fez dar um breve suspiro de alívio.

- Chris... o que vamos fazer com a porta? – a voz feminina pergunta.

- Deixe-a entreaberta. – responde um dos homens.

Espio por cima do balcão e vejo que quem respondeu era o homem de cabelos negros. Ele tinha a barba por fazer e um corpo atlético. A mulher estava ao seu lado e tinha a mesma fisionomia dele, porém com cabelos longos e aconchegada em um suéter grande. “Talvez irmãos?” me pergunto mentalmente. Atrás dela estava uma jovem de cabelos encaracolados e pele morena, tão bonita que eu me questionei rapidamente se ela não era uma daquelas dançarinas de programas de TV.

- Ok... vamos fazer o seguinte... – outra voz ecoou, mas não consegui achar quem havia dito.

Meu corpo arrepia ao reconhecer aquela voz. “Não pode ser... Não pode ser ela!” imploro mentalmente.

Chris e Troy vão para o lado esquerdo e eu e Nornami vamos para o direito. – continua a voz feminina. – Qualquer barulho pode alarmá-los e não sabemos quantos tem aqui...

- Se tivesse algum andarilho já teria aparecido. – retruca a outra voz de mulher.

- Eu sei, Tay. – responde a voz que eu jurava reconhecer.  – Está tudo tranquilo, então você pode voltar para o carro para cuidar de Claire.

- Tudo bem...

Os barulhos dos passos recomeçam e nós três estremecemos.

- Deveríamos dizer que estamos aqui, não? – sugere Dinah, com a voz banhada no meio. – E se eles tiverem armas? E se eles...

- Shiiiii – rosna Austin, ainda pensando.

Os segundos passaram e os passos cada vez mais se aproximavam. Estávamos no lado esquerdo e a qualquer momento os dois homens nos achariam.

- Pessoal! – a terceira voz feminina ecoa.

- O que foi, Mani? – pergunta um dos homens. Estremeço ao ver o quão perto ele estava de nós.

- Tem dois carrinhos cheios de mantimentos aqui. – ela grita e eu fecho os olhos. – Algum humano esteve aqui dentro.

Levanto-me lentamente, mas Austin segura meu braço apertando-o e me puxando para baixo.

- O que você vai fazer? – grunhe o homem, me encarando. Sua pupila estava dilatada e respiração um pouco acelerada.

- Eu preciso ir pegar minha arma! – rosno, soltando-me de sua mão com um puxão. – Não vou deixar que levem tudo o que conseguimos pegar!

E antes que ele resmungasse mais alguma coisa, eu começo a engatinhar para fora do balcão. O homem loiro, que eu denominei logicamente como Troy, estava de costas analisando o de cabelos negros, Chris, caminhar até Nornami do outro lado. Engatinho até perto de uma prateleira e fico agachada, olhando por entre os produtos.

Respiro fundo e começo a correr ainda abaixada pelo fundo do supermercado, dando a volta. Eles pareciam discutir e olhar para os lados, procurando por alguém vivo ou morto dentro do estabelecimento.

Agacho-me novamente e engatinho até o meu carrinho de compras que estava mais ao fundo. Devagar, eu estico o braço para pegar a arma em cima, mas o barulho de uma arma sendo destravada ecoa nas minhas costas e eu arregalo os olhos, com meu coração apertando.

- Nem pense em fazer isso... – a voz que eu jurava reconhecer estava a centímetros de mim. – Coloque as mãos na cabeça e vire-se devagar!

Com raiva, eu faço o que me é mandado. Viro-me lentamente e um suspiro de exaustão sai por meus lábios ao dar de cara com os olhos verdes que me atormentaram há semanas. A jovem semicerra os olhos me reconhecendo imediatamente.

Ela vestia uma calça Skinning preta, regata azul e por cima uma jaqueta também preta. Um par de coturnos desgastados estava em seus pés. Seus cabelos longos e encaracolados nas pontas caiam em seus ombros. Ela continha um arranhão no supercílio esquerdo e alguns hematomas na clavícula branca exposta. Mas seus olhos... aquelas íris verdes demonstravam uma satisfação imensa de vingança ao me ver.

- Olhe só isso... – ela murmura e um sorriso debochado se forma em seus lábios, enquanto ainda mirava sua arma para a minha cabeça. – Acho que o jogo virou, não é mesmo, querida?

Ela completa com uma risada sarcástica e eu reviro os olhos, amaldiçoando mentalmente quem ainda tomava conta do meu Destino. 


Notas Finais


Eu sei que é chato, mas peço que divulguem a fanfic. Mandem para as amiguinhas ou amiguinhos. Quantos mais leitores, mais feliz a autora será e mais capítulos virão! hahaha (brincadeira, vocês não são obrigados).
Se o capítulo tiver alguma resposta talvez amanhã eu poste outro! :)


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