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História Into You - Alícia Luana Gusman é uma Stripper!


Escrita por: Rapha_damasco

Notas do Autor


Eu demorei, sim. Mas venho aqui declarar que essa demora valeu a pena.

Eu dediquei meus dias e noites nesse capítulo, que se não me engano é o maior da fanfic até agora. Eu li, reli, revisei umas trocentas vezes, retirei fala, coloquei fala, ai Jesus mas no final, ficou exatamente como eu queria e como eu imaginei.

Eu espero do fundo do core que você amem tanto quanto e preparem os lencinhos porque infelizmente vocês vão chorar

Nesse capítulo façam uma playlist no celular de vocês com músicas que vocês ouvem ja bad, ou músicas que vocês acham a cara de paulicia, vai dar um clima legal.

Se sintam um dos personagens, vivam esse capítulo, se coloquem no lugar da ali, do Paulo, de todos. E é isso, espero que eu tenha atendido a expectativa de você para um dos grandes capítulos da fic: a grande descoberta!

Boa leitura e beijos de damasco!

P.s. : ~shipperlufer2 parte desse cap vai dedicado a você e espero que você goste da parte #Margalicia na fic, fiz com muito amor para o nosso shipp lindo haha. ❤

Capítulo 32 - Alícia Luana Gusman é uma Stripper!


O sol tinia lá fora, seus raios calorosos invadiram o quarto da gusman fazendo a menina acordar. Ela coçou os olhos e em poucos segundos se acostumou com a claridade. 


8:30.


Sábado. 


Dia da sua formatura. 


Qualquer pessoa estaria ansiosa e feliz, mas ela, bem so estava ansiosa, pois de feliz aquele dia não tinha muito a oferecer. 


Se levantou da cama coberta pelo lençol negro e seus olhos pairaram no corpo adormecido de Paulo. Seu homem. 


Tão doce, tão marrento, tão idiota, tão dela. Paulo guerra era a definição de confusão, e Alícia era o tipo de garota que amava isso. 


Desde que ele entrou em sua vida tudo passou a ter sentido e seu maior medo sempre foi e sempre será perder ele. 


Decidiu não acordar o mesmo e foi para o banheiro. Tomou um longo banho, escovou os dentes e se vestiu. Nada exagerado. Bermuda jeans, camiseta azul e seu inseparável boné roxo. Colocou as chinelas e caminhou lentamente para fora do quarto. 


Ao chegar na cozinha sorriu ao ver suas amigas ali. 


-bom dia! 


-bom dia flor do dia! Quantos orgasmos essa noite? -bianca perguntou maliciosa ao reparar no chupão que havia no pescoço da garota. 


-já pensou em fazer um filme pornô, Bianca Smith? -Majo disse repreendendo a melhor amiga. 


-mas é claro, o koki que não quis. Já pensou eu toda diva, maravilhosa passando no xvideos! -a menina disse fazendo Alícia gargalhar alto. 


-chocada em Cristo, bianca, chocada em Cristo -Carmen disse se benzendo. 


-então, as duas formandas estão preparadas pra hoje? Vai ser incrível -Majo disse animada. 


Carmen sorriu e elas iniciaram uma conversa breve sobre o vestido da nerd. Alícia porém se perdeu em seus pensamentos, imagino se Larissa teria coragem de fazer o que prometeu, apesar de isso parecer impossível, ela não descartava a hipótese. 


-Alícia? -Carmen chamou a amiga. 


-hum? 


-vixi, ta no mundo da lua! -Majo comentou. 


-ou no mundo das bolas de Paulo guerra! -Bibi falou instigante, fazendo a morena corar violentamente. 


-porque sempre que durmo aqui viro assunto principal da casa? -Paulo perguntou sorrindo. 


-bom dia, guerra! -bianca falou sorrindo. 


-bom dia, cunhada! -o menino respondeu rindo. 


-Alícia hoje vamos transformar você, fazer uma maquiagem babado, esse cabelo e eu quero ver o vestido sua diaba! -Majo exclamava fazendo a marrenta revirar os olhos. 


-pode esquecer gata, eu vou me arrumar SOZINHA, meu look será surpresa! -a menina disse vitoriosa fazendo Majo ficar irritada. 


-você é uma estraga prazeres! 


[…]



-Marga? -Daniel chamou a irmã calmo e mesma abriu a porta com a cara inchada e vestida de uma das blusas de Diana. -Maninha... 


-não começa, Daniel. Eu ja falei que pra semana eu volto pra facul! -a menina disse voltando a se jogar na cama. 


-eu sei, ja falamos sobre isso. Eu so vim avisar que você tem visita! 


-não quero ver ninguém! -a Garcia disse ríspida. 


-a Alícia ta ai, ela disse que precisa falar com você! -ao ouvir aquilo a menina de olhos verdes franziu o cenho, estranhando o fato de Alícia vir visitá-la. Tudo bem que a morena era próxima de Diana, mas nunca imaginou que Alícia poderia vir saber do estado de Margarida. 


-manda ela entrar! -não sabia ao certo o por que havia permitido, mas sentia que deveria fazer isso. 


Segundos depois a morena entrou, sorrindo calma, Margarida ajeitou o corpo na cama e tentou parecer simpática. 


-oi! -a gusman disse um tanto tímida. 


-oi, Alícia. Pode sentar se quiser! -margarida respondeu sem jeito. 


-eu sei que isso é bem estranho, mas estamos todos sentindo sua falta. Você tá passando por tanta coisa, marga, a gente precisa te ajudar e nos queremos, mas você também precisa querer. -a menina foi direto ao ponto fazendo margarida se encolher em seu lugar. -a morte da di doeu em todo mundo, claro que é um fato que você foi a mais atingida, mas todos sentem a falta dela, so que nosso maior medo agora é perder você também. O Daniel ta preocupado, ele tem deixado as obrigações dele pra ficar 24hrs com você, pra te proteger, mas você se afasta. Cadê a Margarida gracia que eu conheço? 


-falar é muito fácil, Alícia, mas estar na minha pele, ninguém sabe como é. -a Garcia disse com amargura na voz. Alícia sorriu fraco e se achegou até a menina, sentando ao seu lado. 


-eu entendo, marga. Sei como é amar alguém incondicionalmente e perder ela. Mas eu tenho certeza que a Diana não quer te ver assim! 


-o que vocês querem? Que eu saia por ai saltitando e arrumando uma nova namorada pra mostrar que eu superei? Pelo amor de Deus, foi um namoro de seis anos, não de seis dias. Ela me pediu em casamento, nos fizemos amor, nós tinhamos uma vida toda pela frente e no dia seguinte ela morre. Você entende isso, Alícia? -sua voz era alta e falha. As lágrimas desciam como cachoeiras, fazendo Alícia abaixar a cabeça e derramar algumas lágrimas. Todos podiam dizer o que quissesem, mas o que ela sentia não era fingimento. 


-eu amo a di mais do que a mim mesma, mas não tem mais volta, ali. Ela foi embora, pra sempre. -a menina disse olhando nos olhos negros da gusman. -tenta imaginar acordar no dia seguinte e ter a certeza que nunca mais vai olhar nos olhos da pessoa, que nunca mais vai tocar nela, que nunca mais vai ouvir a voz, que nunca mais vai ver ela. Eu sempre acordo sorrindo, mas ao lembrar que ela não vai mais voltar, eu desabo novamente. Eu nunca mais vou ser feliz novamente! 


-isso não é verdade, Marga. Você ainda pode ser feliz sim, você pode ser feliz com seus amigos, encontrar um novo amor, recomeçar e fazer valer a pena a morte da di, ela nunca iria querer você aqui, isolada nesse quarto, se destruindo aos poucos, ela quer ver seu sorriso de novo, ver você acordar bem ir pra faculdade, viver da forma certa. Seus amigos estão sofrendo Marga, eles amam você! 


-por que está fazendo isso? Não é sua obrigação! 


-realmente, não é. Mas eu sei que se você poderia permitir que alguém viesse aqui, esse alguém seria eu. Por favor, Marga, você é importante, não morra aos poucos, nós não queremos te perder. Eu não sou sua melhor amiga, nem nada em especial, mas eu me importo com as pessoas, assim como a Diana se importou um dia quando eu estava na pior, eu quero te ajudar, quero te mostrar que vale a pena sim viver. Tem um mundo inteiro lá fora, a vida é muito curta pra se trancar num quarto e esquecer do mundo e de quem te ama! -Alícia falou segurando as mãos da Garcia, que instantaneamente abriu um largo sorriso. Depois de dias, o primeiro sorriso verdadeiro. 


-não é a toa que a Diana falava tão bem de você, você é realmente incrível! -a menina confessou tímida, fazendo Alícia corar. 


-todos nós somos, precisa recomeçar e eu prometo estar aqui pra isso, eu e todos os nossos amigos, somos uma família, Garcia! -Alícia falou com sinceridade e Margarida a fitava calma. Estava dando certo afinal. 


-tenho medo de não ter forças pra isso, gusman. 


-eu vou estar aqui, seu irmão vai estar aqui, sua melhor amiga, a Diana estará aqui, sempre! -a morena falou apontando para o coração da menina. 


-eu sei. Obrigada. De verdade! 


E sem aviso prévio a garota de olhos verdes se atirou contra os braços da morena, aconchegando seu rosto do pescoço da mesma, enquanto Alícia jogou os braços envolta da cintura da mesma, num abraço forte e revigorante. 


-vai dar tudo certo, caipira! 


-confio em você, marrenta. 


-amigas, então? -a morena perguntou ainda abraçada a ela. 


-amigas, então! -Margarida respondeu soltando um risinho. 


-ah, e hoje nos vamos passar o dia nos arrumando! 


-mas por que? -a Garcia perguntou confusa. 


-a formatura da turma de direito, esqueceu? Pois é, eu comprei um vestido que é a sua cara! -a gusman falou animada e retirou da bolsa um vestido justo com detalhes de renda na cor branca e amarela. 


-Alícia, é lindo! 


-eu tive essa idéia por que a Majo ia encher meu saco e eu quero me arrumar do meu jeito, e pensei em vir aqui. Quero que você esteja lá. Então vamos começar nosso dia de garotas? 


-isso é ridículo, ate pra mim, mas vamos! -a menina falou sorrindo e logo Alícia tirou da mochila tudo o que precisava. 


E prometeu para si mesma naquele dia que se pudesse estaria sempre por perto da garota, protegendo ela assim como deveria proteger Diana, mas dessa vez seria diferente, ela estava disposta a acertar e salvar Margarida sempre que fosse possível. 


[…]



Já era a quinta vez que Carmen ligava para o número oculto de sua agenda. Chamava,chamava e chamava,mas ninguém atendia. Ela iria desistir,mas no sétimo toque a voz grave soou do outro lado da linha.


"Alô?"


-tia mariana? Sou eu, Carmen.


"Carmen? A Carrilho?"


-a própria!


"Meu Deus!"


A mulher pareceu ficar minutos sem respirar,como se estivesse falando com um fantasma.


"O que quer?"


-fazer um pedido....


"Olha,eu sei que eu fiz muito mal a Alícia e..."


-chega desse Papinho furado, eu vim aqui so porque é importante pra Alícia. 


"Fala"


-hoje é a formatura dela! -a menina disse suspirando. -não me interessa se você ama ela, se odeia, foda-se, ela é sua filha e te ama mais que tudo! 


Carmen fechou os olhos, teria que ter coragem pra isso. 


-por favor, tia, vai ser o dia mais importante da vida dela, eu sei que os meios que ela tomou são errados, mas tudo, exatamente tudo foi por você. Eu nunca vi alguém amar tanto outro alguém, como a Alícia ama você e eu sei que no fundo, você ama e sente orgulho dela! 


E naquela hora qualquer argumento que a gusman mais velha tinha foi embora, pois a mesma chorava copiosamente. 


-ela vai estar lá, naquele palco e sei que quando ela olhar para a platéia o que ela quer ver é você, aplaudindo e dizendo "eu te amo"! 


"Ela vai querer te matar por isso. "


Mariana falou fazendo Carmen rir, realmente ela conhecia a filha. 


-eu sei, mas eu adoraria morrer sabendo que fiz a coisa certa! 


"Eu tenho medo e se ela me rejeitar?"


-ai eu mato ela, apesar de que sou mais do time dela do que do seu! 


"Certo"


-você vem? 


Um minuto de silêncio se instalou na linha. 


Carmen tinha os olhos fechados e mariana a respiração pesada até que a mesma sorriu em sua casa e confirmou sua presença. 


"OK, eu vou. Não fale nada pra ela! "


-relaxa, vai ser nosso segredo! 


[…]



-Laura? Onde você tá? -a loira gritou ao celular enquanto caminhava pelo apartamento. 


"Você é um pé no saco, Larissa. Puta que pariu!"


- dane-se. Está tudo pronto? 


"O que você acha?  Te falei que o hacker era bom, ele vai aduterar o vídeo bem na hora da homenagem"


-ótimo, finalmente você mostrou sua inteligência! 


"Falou a garota que não sabe nem o que é um software"


-isso não vem ao caso. Eu espero que saia tudo como o planejado! 


"Vai sair, relaxa. Você é um monstro!"


-e vem!  Não se cansa de ser chata? -a mulher falou irritada e Laura bufou cansada. -enfim, não demora a voltar, temos que estar lindas para hoje a noite, eu nem acredito que esse dia chegou, não me contenho de tanta felicidade! 


"Legal, jovem. Eu vou desligar."  e dito isso Laura finalizou a chamada fazendo a loira revirar os olhos. 


- Garota irritante. Ainda bem que vou me livrar de você e daquela vagabunda de uma só vez. Ah, o sabor da vitória, tão doce! 


E então a mulher se jogou na cama, comemorando por finalmente conseguir tudo o que queria. 


Ela levantou calmamente e foi até o quarto pegando o vestido dourado do closet. Colocou-o na cama e observou cada detalhe do mesmo. Parecia ter sido feito para ela. O decote profundo, mangas longas e uma enorme fenda na perna direita. O vestido digno de uma rainha do inferno. Do qual ela era e com orgulho. Não importava o quanto as pessoas dissesem que ela era má, nunca negou isso e sempre lutou pelo que quis, e qualquer um que se metesse em seu caminho seria apagado. E Alícia fez isso e ela seria apagada, ou melhor, humilhada de tal forma que sumiria da vida de todos. E então, mais uma vez, Larissa loughlin teria sua vitória. 


[…]



-Marga? -a morena chamou a amiga assim que saiu do banheiro já devidamente vestida. -como estou? 


A menina de olhos verdes estava vidrada em sua imagem no espelho e ao virar a face em direção a gusman quase caiu pra trás. A morena estava perfeitamente vestida. O vestido preto e brilhoso com um decote generoso na frente, mangas compridas e estilo sereia, marcava cada cuva de seu corpo, os cabelos castanhos e com mechas avermelhadas estavam com ondulações, fazendo-os ficarem ainda mais volumosos, os olhos estavam marcados por um delineador estilo gatinho, com cílios avantajados, blush rosado e o toque final, o batom vinho matte. Estava divina. 


-Minha santa Cher das sapatão encubadas! -a caipira soltou assim que terminou de analisar a gusman. -você tá linda, Alícia, extremamente linda! 


-você acha? Eu sempre me achei um desastre de vestido, sempre odiei! -a menina falou demonstrando certa insegurança. 


-para com isso, sua boba. Ficou incrível, Ali, esse vestido foi feito pra você! 


-acho que a noite pede isso! -a gusman disse sorrindo nervosa. -meu último dia, minha formatura, finalmente alcancei meu objetivo, ou um deles! 


-você merece, você e seus amigos, se eu não me engano Jaime, Adriano, Cirilo e Carmen são da mesma classe que você, certo? 


-sim, sim. Inclusive Jaime acabou de ligar dizendo que daqui a vinte minutos chega! 

Assim que terminou de falar, o celular da morena deu mais um toque, só que dessa vez era Jorge. 


-oi, chefinho! 


"Como vai a nova advogada do pedaço?" -o homen falou brincalhão. 


-nervosa, mas bem. Você vai, né? 


"E eu lá perco alguma boca livre?"


-misericórdia, cavaliere. Incorporou o Jaime agora? 


"Deus me livre, mas enfim. Assim que você estiver lá me da um toque pra eu não ficar sozinho"


-relaxa, riquinho. Vou te avisar qualquer coisa. Ah, eu vou levar uma companhia pra você! 


"Ué, achei que você e a Larissa fossem inimigas"


-ha ha, engraçadinho. Não fala no nome do demônio nem brincando. É outra pessoa -nessa hora Alícia ouviu o grito de Margarida avisando que o palilo já estava a espera das duas. -tenho que ir, poderoso chefão, até daqui a pouco! 


E então a menina desligou o celular e seguiu com sua pequena bolsa ate a sala. E junto com margarida e Daniel, ela desceu no elevador e entrou no carro onde estavam Jaime e Adriano. 

Depois de se cumprimentarem, Jaime deu partida no carro enquanto ouviam uma música qualquer, ambos tentando manter o foco. Alias não era todo dia que se formavam. 

Daniel estava indo como acompanhante de Carmen, a Margarida como a de Alícia, mesmo que Paulo também fosse estar lá. A caipira encostou a cabeça no ombro da morena que fez um breve cafuné nos cabelos castanhos de Margarida. 

O celular de Alícia deu um bipe leve e a mesma pegou o celular apenas para sorrir aquela noite. Daniel havia mandado uma mensagem. 


"Obrigado por isso, Alícia. 

Se não fosse você, talvez a Marga nunca mais saísse desse quarto. Você salvou e libertou ela, assim como um dia ela fez com Diana. 

O que você fez pela minha irma não tem preço, meus sinceros agradecimentos. 

                              -Daniel. "


A menina olhou brevemente para o Zapata e sorriu emocionada. Parece que sua cota de irmãs e irmãos havia crescido. 


"Eu que agradeço por ter conhecido vocês, dani boy. 

                                  -Gusman"


[…]



-Alícia, pelo sangue de Jesus Cristo,onde você... - a menina parou de falar assim que bateu os olhos na melhor amiga. -chocada em Cristo!


-eu to bonita? 


-bonita? Você ta pisando na sociedade, puta que pariu, se eu não fosse hétero eu te pegava! -Bibi exclamou aparecendo vestida de vermelho. Carmen ainda estava em choque com a aparência da amiga.


-você ta linda minha bebê! -e finalmente ela se expressou dando um abraço na maior.


-você também,car. Te amo,quatro olhos! 


-também te amo! -a menina respondeu indo em seguida cumprimentar o namorado.


-cadê aquela vadia,bianca? -Maria Joaquina perguntou ao avistar a ruiva e assim que olhou a marrenta a menina quase caiu para trás. -Ai. Meu. Deus.


Sua expressão era de puro choque,as mãos macias e pequenas foram levadas a boca, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.


-você está... Divina! Maravilhosa. Esplêndida. Meu Deus, quem é você e o que fez com Alícia gusman? -a menina soltou dando pulinhos e abraçando a amiga que jà estava igual a um pimentão de tão corada.


-Alícia? Ela chegou? Cadê ela? -Paulo apareceu afoito no jardim de eventos da universidade,onde ocorreria a formatura.


Ele olhou para todos os lados,até que seus olhos encontraram os dela. O brilho era evidente,era como se as pupilas de ambos dilatassem. Faíscas de paixão e amor saiam daquele olhar tão... Verdadeiro.


-Gusman....


Foi tudo o que ele conseguiu dizer,pois logo em seguida se perdeu no sorriso largo e radiante que só Alícia tinha.


-Guerra... - a menina falou sem jeito. -eu tô bonita?


O menino analisou,pela vigésima vez, a aparência da namorada. Seu vestido, sua maquiagem, o cabelo. Tão linda quanto jamais havia visto. Era como se a menina marrenta e seria, florescese como se sempre tivesse sido assim. Era apenas Alícia gusman.


-não há uma mulher se quer que esteja mais bonita que você! -o homem pronunciou, se achegando a morena e segurando a mão da mesma, depositando um beijo na costa da mão macia e cheirando a morango.


-estou lisonjeada -ela respondeu,como se so houvesse os dois ali. -e excitada também!


E sorrindo travessa a mulher passou o braço pelo do namorado que ao ver que estavam sozinhos, acariciou de leve a intimidade da morena por cima da roupa.


-mal posso esperar para satisfazer seus desejos, madame!


[…]



As duas "amigas" estavam na última fileira do auditório improvisado. Laura havia vindo como convidada de seu irmão e pediu para levar uma amiga que Jaime não saia quem era,nem se deu ao trabalho de perguntar o nome da mesma então foi extremamente fácil a loira entrar na festa. Seu sorriso mal cabia no rosto, segurando uma taça de champanhe, ela bebia e vez ou outra trocava uma mensagem com o hacker no celular. Tudo estava perfeitamente bem e seria assim até o final da épica festa.


Laura tinha olhos apenas para o loiro sentando nas cadeiras da frente, longe de onde ela foi praticamente obrigada a estar. O sorriso dele era de contagiar qualquer um, o brilho em seus olhos, tudo valia a pena. Ela amava Adriano com todas as forças,mas estava conformada de talvez não ter ele em seus braços.


Larissa estava tão radiante e luminosa quanto seu vestido, não era pra menos que ela estava chamando mais atenção que o normal na festa.


-tudo bem, Laurinha? -a mulher perguntou passando a mão na coxa da gianolli.


-não, e você? -a menina respondeu, sarcástica.


-que grosseria, não é assim que tratamos os amigos! -a loira falou sorrindo falsa.


-você não é minha amiga, é só uma cobra criada que eu como de vez enquando!


-obrigada pelo elogio, amore! -a mulher falou soltando um beijo no ar,fazendo Laura revirar os olhos. Enquanto estava se divertindo vendo todos os amiguinhos da gusman felizes e imaginando a cena linda que ocorreria daqui a algumas horas, a mulher loira forçou a vista para a entrada do jardim vendo uma mulher bastante conhecida pra ela e um homem loiro, a acompanhando.


-ora,ora, isso vai ser mais interessante do que eu imaginava! -a loira falou rindo maldosamente.


-ta falando do que, Larissa? -Laura perguntou impaciente.


-olha quem tá vindo ai! -então a morena virou seu rosto apenas para encontar Mariana gusman e Jorge cavaliere entrando no local e sentando também nas últimas cadeiras, uns metros distantes das duas mulheres.


-isso vai ser horrível, meu Deus! -a gianolli falou amargurada.


-deixa de ser frouxa,meu Deus do céu! -a loira sussurrou já irritadiça. -para de chorar,na cerimônia vai começar!


Ela falou se ajeitando em seu lugar e bebendo mais um gole de sua bebida.


-e logo,logo, minha vitória também!



21:30



A cerimônia já havia começado. Imagens da história da universidade,seus fundadores e sócios passavam nela. Fotos das construções, alunos destaques ao longo dos anos, enfim. 

Tudo muito entediante para Larissa que contava as horas para a hora H chegar. E não tardou muito a isso.

Ela se animou ao ver o presidente e professores da classe subirem ao palco. A loira sacou o celular e digitou rapidamente para o garoto que a ajudava em seu plano.


"Prepare tudo, quando eu der o sinal verde, você age"


E feito isso a loira sorriu, preparando seu emocional para a grande vitória.



                      22:25


Depois de uma apresentação da turma de música, os formandos fizeram uma fila para receberem seus diplomas, e no meio de todo aquele alvoroço lá estava ela.


A sexta aluna da fila.


A menina sorridente que logo se tornaria uma mulher.


A menina que pensava nesse dia apenas como a sua formatura,um passo importante, nada mais.


Alícia gusman.


Pobre Alícia gusman.


Após algum tempo, ela sobe e recebe seu diploma, o fotógrafo avisa e ela,ao lado do diretor, se posiciona para a foto. Assim que está prestes a descer sua visão paira no rosto de sua cópia, anos mais velha.


-mãe? -a gusman mais nova pergunta, abalada.


-minha filha... -aquelas palavras. Aquelas duas palavras. Essas conseguiam ser melhores que um "eu te amo". -eu não consigo expressar em palavras o orgulho que sinto de você!


-mamãe, eu...


-não precisa falar nada, eu só espero que um dia, meu bem, você perdoe essa mulher teimosa e cruel que um dia fui. Eu amo você, meu amor! -mariana poderia ter tido a pior das atitudes,mas seu coração, ah,esse se rendeu ao ver a filha alcançar seu lugar no mundo. Ela amava a menina. E faria de tudo por ela.

Alícia apenas sorriu em meio as lágrimas e abraçou a mãe. Ao ver isso, mesmo contra a sua vontade, as amigas sorriram e Carmen sentiu que havia feito a coisa certa.



                       22:45


Após cada um dos alunos receberem seu diploma, a menina morena volta ao palco, assumindo o microfone. Como representante de sua turma, Alícia pega seus papel para iniciar o discurso para todos ali,como forma de agradecimento em nome dos alunos.


-Boa noite, senhoras e senhores. -ela iniciou, tentando se acalmar. Algo estava errado,ela sabia disso. -Meu nome é Alícia Luana gusman, mais uma aluna, mais uma garota,mais um ser humano no meio do mundo, mas acima de tudo, venho aqui colocar em palavras todo a gratidão que eu e meus colegas de classe sentimos nesse momento. Somos alunos que lutaram, perderam noites e dias se matando, lendo artigos e decorando leis, jovens que agarraram a responsabilidade de ser alguém, que seguraram a obrigação e correram atrás dos seus sonhos!


Nesse momento, Larissa levantou da cadeira onde estava, foi ate a área afastada e colocou a tela completamente verde no grande celular. Laura caminhou, disfarçadamente, até a área de iluminação, mas a morena não percebeu que uma ruiva a seguia, no meio da penumbra.


-nós passamos por cima de palavras negativas, de rancor, desacreditação, passamos por cima do "não" e hoje, somos os advogados, juízes, promotores, delegados, que vão ajudar vocês daqui a dois,três anos. Vocês se lembraram de nós,por que nós vencemos! Em nome da turma de 2013, eu Alícia gusman, declaro a vitória de cada um. Obrigada!


A menina terminou sorrindo emocionada,enquanto todos levantavam e aplaudiam. Os amigos soltavam assovios, enquanto Paulo sibilava "eu te amo" para a menina que sorria e respondia.


-agora, infelizmente, temos que lembrar de alguém que fez parte da vida de muitos aqui. Uma pessoa que teve os sonhos interrompidos por um ser estúpido que não tomou o devido cuidado. Uma pessoa inocente que morreu com uma heroína. Quero pedir a todos que tirem 1 minuto de silêncio para refletir sobre quem somos no trânsito hoje, pois uma pessoa boa e íntegra morreu na mão de um marginal. Tirem 1 minuto para lembrar de Diana Ayala!


Assim que a gusman se afastou até a parte escura do palco, a tela grande foi preenchida com o rosto de Diana, fazendo Margarida fechar os olhos com força, ao ver,em seguida, uma foto dela e da ex-noiva. E naquele mesmo momento, quando a música de fundo começaria a tocar, Larissa levantou o celular,dando o sinal para o garoto no carro preto, do outro lado da rua, adulterar as imagens.




                    23:00



A tela ficou completamente preta. Todos soltaram gemidos surpresos e irritados. Os amigos da gusman e sua mãe olharam para a menina que parecia confusa. Nessa hora,as luzes se apagaram. Fazendo todos exclamarem em confusão.

Foi ai que a morena levantou o olhar e viu o que nunca na vida preferia ter visto.


A tela enorme se encheu de um vídeo muito bem gravado. Um video onde Alícia aparecia entrando pelos fundos de um estabelecimento com roupas normais à noite e sair do mesmo lugar pela manhã com um sobretudo preto. 


Na mesma hora a voz grave e imponente de Larissa invadiu as caixas de som, fazendo Alícia fitar a tela em medo e desespero. 


"Alícia Luana gusman. Como alguém consegue guardar um segredo por tanto tempo? Como alguém tem a coragem de enganar as pessoas que a amam?  Como alguém consegue ser tão descarada?"


-isso não pode está acontecendo! -a morena falava mais para si mesma do que para os outros. 


Paulo não conseguia ter outra reação, ele so sabia olhar e ouvir aquilo com atenção, assim como Margarida, Mario, Marcelina e Daniel, que estavam extremamente confusos, assim como os demais presentes. Já Jaime, Adriano, Majo, Bibi, Carmen, mariana e Jorge estavam apreensivos, sem reação, tentando achar um jeito de ajudar a morena. 


"Ela mentiu. Mentiu sobre tudo. Ela nunca foi a mocinha aplicada e responsável. Ela sempre foi uma farsa!"


-mas que palhaçada é essa, Alícia? -o diretor da universidade, que estava próximo dela, perguntou irritado. 


-eu não sei! -ela não sabia o que falar, só queria correr dali, se esconder, fugir. Seu maior medo sempre foi ser descoberta e agora isso estava acontecendo na frente de todos, inclusive de Paulo. 


-trate de acabar com isso! 


-você acha que eu gosto do que ta acontencendo? -Alícia gritou nervosa. Suas mãos tremiam e suas pernas fraquejaram. Ela tirou a beca que estava no seu corpo e sem querer olhou para a plateia atrás de si. Paulo ainda estava com os olhos vidrados na tela e Alícia sentiu seu coração apertar ao ter certeza que ele saberia de tudo. Todos saberiam de tudo. 


"Entendo a feição confusa de vocês, mas deixem eu apresentar quem é a verdadeira Alícia Luana Gusman!"


E dito isso a tela ficou preta e logo depois um novo vídeo apareceu. 


A música lenta ecoou no local, uma batida forte e sensual enquanto o corpo da mulher balançava em cima de um palco. Ela estava de costas, mas não demorou muito para a stripper virar de frente mostrando seu rosto coberto por uma máscara. 


Agora não havia mais dúvidas. 


Alícia era Luana. 


Apenas ele não percebeu. 


-não é possível.... -o guerra falou baixo, sentindo a mágoa e a decepção invadir seu coração. 


Alícia só sabia chorar copiosamente, sua vida estava escorrendo pelas suas mãos e infelizmente ela não conseguia fazer nada. 


Um clarão surgiu e mesmo contra a vontade, cada pessoa ali permaneceu no local e viu o desfecho daquela história. 


"E se mesmo assim ainda não acreditam em mim, ouçam isso"


O mesmo vídeo da dança ainda rolava na tela, mas dessa vez a música foi substituída pelo áudio que trouxe a certeza de tudo a todos. 


"- eu vi a Larissa no shopping hoje! -a voz de Carmen soou apreensiva. 


-é o que? Mas como? -A voz da gusman também apareceu, mostrando surpresa. 


-eu não sei, ela tava lá. Acompanhada de uma mulher morena e, estranhamente, essa mulher era a irmã do Jaime! 


-a tal Laura? 


-a própria. Ela veio falar comigo, disse que ouviu falar de mim pelo Jaime e enfim. Ai depois foi embora com a Larissa. Eu não dúvido que ela seja irmã do Jaime, mas que foi estranho ela vir falar comigo estando com a Larissa, isso foi!" Nesse momento Bibi apareceu segurando Laura pelo braço, na mesma hora que Jaime encontrou o olhar da irmã, que parecia desesperada. 


"-concordo com você. Tenho certeza que esse é mais um planinho da Larissa pra me derrubar. Eu não vou mentir não, car. Eu to com medo de ela conseguir o que quer! -a morena demonstrou o total medo que sentia. 


-o que? Tomar seu lugar na dollhouse? 


-provar que eu sou Luana e Alícia ao mesmo tempo, tirar o paulo de mim. Se ele descobrir que a noite eu trabalho como stripper ele... Ele vai me deixar, vai me odiar pra sempre. Não sei se to preparada pra isso,  Car!" Foi como um soco na boca do estômago de Paulo. O homem que antes parecia apenas confuso, agora olhava para a imagem atordoado. Não era possível que mais uma vez, a vida tenha dado uma rasteira nele e mais uma vez com uma pessoa que ele ama. Ou melhor, amava. 


"-oh, minha linda. Se acalma. Essa perua tá blefando, tá tentando te assustar pra te tirar da jogada, esse é o planinho dela, certeza, mas eu to aqui e mesmo que o pior aconteça eu não vou te deixar! -a melhor amiga falou calma. 


-espero que ela não faça nada. Ninguém, ninguém mesmo pode, ou deve saber que Alícia gusman é Luana, uma stripper!" O local se encheu com murmúrios surpresos, Alícia abraçou o corpo, suas lágrimas caiam como cascatas. Aquilo era seu verdadeiro inferno. 

Os amigos da gusman estavam perplexos, todos eles, sem exceção de nenhum. 

Mariana, a mãe da menina, apenas olhava pelos lados, a procura do monstro que fez isso. Ninguém mexia com sua cria e sairia ileso. 

Jorge sabia muito bem quem havia feito isso, mas esperaria o momento certo pra agir. 

E Paulo. 


Ele estava quebrado. 


É a única palavra para definir o garoto nesse momento. 


"Espero que agora todos saibam que essa mulherzinha, não passa de uma tratante. Um ser sem valor nenhum, uma pessoa podre, sem valor e sem honra. Uma pessoa de baixo nível, e todas as outras palavras que definirem uma pessoa que não presta... essa é Alícia Luana gusman, uma stripper, ou melhor, uma prostituta!"  E então a tela se apagou, assim como a voz de Larissa que sumiu, dando lugar ao murmúrio das pessoas e ao choro de Alícia. 


-senhorita gusman? -o diretor olhou a menina da cabeça aos pés. -pode me explicar que diabos foi isso? 


A morena soltou um riso sarcástico e olhou no fundo dos olhos do homem. 


-você não ouviu? Eu sou uma farssa! Alícia gusman não passa de uma menina com uma personalidade dupla! -ela praticamente gritou, atraindo a atenção da maioria ali. -faça o que quiser, vamos, tome o meu diploma, mas se você acha que pode me humilhar mais do que isso, tenha certeza que não! 


As palmas solitárias da loira invadiu o local, Larissa estava ali, naquele palco, sorrindo vitoriosa. Seu dia havia chegado. 


-que exemplo de superação, gusman! Estou emocionada! 


-sua cretina... -Bibi rosnou subindo no palco e pulando em cima da loira, as mãos estapeavam o rosto da loira que gritava por socorro. Laura e Majo se prontificaram a separar a ruiva. -se você soubesse o nojo que eu sinto de voce, sua vagabunda, minha vontade é mandar você pro inferno, mas acho que nem o diabo te aguenta! 


-falou a selvagem, tomando as dores da amiguinha, mas é claro, alias é uma farssante igual a ela, não é, bianca ruby? -Larissa soltou irônica e a ruiva tensionou o corpo. -achou mesmo que eu ia foder a vida da Luana sem foder a de vocês também? Tenho uma péssima notícia: vocês acharam errado! 


-como pode ser tão descarada? Pra quê fazer isso, Larissa? So pra se sentir melhor já que sua vida é uma merda? -dessa vez Majo se pronunciou, irritada. 


-ora, e o que falar da maravilhosa Joaquina medsen? Rica, poderosa, uma stripper, uma mulher de baixo nível tanto quanto a amiga. Um lixo! -a loira soltou fazendo Cirilo e Kokimoto respirarem fundo, enquanto fitavam as namoradas. 


-por que fez isso, Larissa? O que eu fiz pra você me odiar tanto? -a gusman tomou a frente da discussão, aliás, o problema de Larissa era com ela. 


-não é obvio? Desde que você chegou na minha vida tudo o que eu tinha foi tirado de mim. Meu posto, minha dança, meu reino, meu homem. Você chegou destruindo tudo o que eu levei anos pra construir. Você tomou o lugar que era meu, você tomou o homem que era meu. Você simplesmente tomou a minha coroa, ficou no meu caminho e qualquer pessoa que fique no meu caminho, eu elimino! -a loira desabafou tudo o que sentia, enquanto lágrimas se misturavam ao batom roxo em seus lábios. 


-isso não é motivo para fazer o que está fazendo. Isso é cruel. Tem noção do quanto está destruindo minha vida? 


-tem noção do quanto você destruiu minha vida quando chegou na dollhouse? Pensou na família que tinha? Na faculdade que eu pagava? Pensou no quanto eu tinha que me sustentar? Você pensou Luana? -a mulher gritou, mostrando sua dor que estava a anos escondida no fundo de seu coração. -não se faça de coitadinha, não banca a boa moça, por que na hora de me colocar pra escanteio você não ligou, só pensou no quanto você poderia crescer financeiramente naquele lugar. Esqueceu que eu também tinha uma vida! 


Larissa chegou mais perto da morena, respirando fundo, olhando nos olhos escuros de Alícia, um conflito de dores e mágoa se encontrando. 


-você foi tão cruel quanto eu, Luana! E sabe disso, o que to fazendo aqui é apenas a retribuição do favor que você me fez anos atrás! -a mulher soltou uma gragalhada alta e medonha. -parabéns pela formatura, queridinha! 


A loira se virou e olhou no rosto de cada um alí. Se em algum momento aquelas pessoas duvidaram dela, aquela dúvida acabou alí. Vingança era a nova especialidade de Larissa loughlin. 


-meus sinceros agradecimentos por terem apreciado o show, espero que tenham gostado da minha homenagem a nossa querida gusman, meus parabéns pela mulher que tem, Senhor Paulo Guerra! -e dito isso a loira desceu de cabeça erguida, desfilando no meio da multidão até fora dali. 


De um por um, os convidados se foram, sobrando apenas o diretor da universidade, os amigos mais próximos, Jorge, mariana e Paulo. 


Todos estavam em estado de choque. Ninguém sabia o que falar. A vergonha no rosto da morena era visível, ela se recusava a levantar o olhar, ela se recusava a olhar para Paulo. Ela sabia o que viria a seguir. 


[…]



Sua noite estava sendo maravilhosa, ela finalmente conseguiu o que queria, finalmente ela derrotou a mulher que tanto assombrou seus dias e noite. Ela venceu, mais uma vez. 


Larissa caminhava sorridente até seu carro, mas passos apressados foram ouvidos por ela, em seu coração algo dizia quem era, mas ao virar para onde os passos eram ouvidos ela teve uma surpresa. 


Tudo o que sentiu foi o tapa forte e rápido em sua face, fazendo ela ir de encontro ao gramado. 


Os tapas continuaram sendo depositados, as unhas da agressora pegavam várias vezes em seu rosto, fazendo cortes pequenos. 


-minha vontade é matar você, é esfolar essa sua cara montada, minha vontade é te pendurar na ponta de uma faca, garota, para aprender a respeitar uma gusman. Mas infelizmente não posso te matar, eu iria presa, por uma boa causa, mas iria. Agora me escute bem! -Mariana rosnou, segurando a barra do decote da loira, já inconsciente. 


-fique longe da minha filha, fique longe dos amigos dela, fique longe de nós. Se algum dia eu encontrar você por perto, pode ter a certeza que eu vou jogar ácido nessa sua cara de boneca azeda. Nunca mais, ta ouvindo? Nunca mais encoste um dedo da minha filha, sua puta de beira de estrada! 


E para finalizar, a gusman mais velha fechou o punho, dando um soco direto na boca da loira que não tardou a sangrar. Mariana se levantou e ajeitou o vestido no corpo. Respirou fundo e caminhou, segurando o braço de Jorge que sorria para ela. 


-está se sentindo bem? -o loiro perguntou divertido. 


-melhor do que nunca! 


[…]



Aquele olhar era intenso. Castanho no castanho. Faíscas de desespero saiam de ambos os olhos. Mágoa, dor, ressentimento, decepção. Palavras-chave para definir aquele momento, pelo menos no lado de Paulo, o de Alícia era definido apenas com uma palavra: Medo. O total e doloroso medo de perder o homem de sua vida. 


-Paulo... 


-não encosta em mim! 


O moreno bradou assim que Alícia tentou tocá-lo. O rosto de ambos estava coberto pelas lágrimas, era a pior coisa sentir o que eles estavam sentindo naquele momento. Era o pior dos pesadelos. 


-me deixa explicar... 


-explicar?! Explicar o que Alícia? -o homem gritou, nervoso. -Como você pode? Como teve coragem de... Você mentiu, você me enganou... 


-não foi bem assim, é complicado... 


-complicado? Não pareceu tão complicado assim me fazer de idiota! 


Paulo colocou as mãos na cabeça, seu choro se tornou audível por todo o local, assim como Alícia que soluçava. 


-eu demorei anos, Alícia, anos pra finalmente entregar meu coração a alguém e quando eu encontrei você, foi como encontar a luz. Eu te amei desde o primeiro momento, te amei sem te tocar, sem te beijar, eu apenas te amei. Eu confiei meu amor a você, e você sempre pareceu a pessoa certa... 


-eu continuo sendo a pessoa certa, guerra! 


-para! Para de ser tão cínica, me dá nojo ver você tentar tapar buracos com remendos. -aquilo não era uma briga normal. Ser traído uma vez, ele suportaria, mas duas vezes. Sua cota de idiota tinha um limite. Ele odiava ser enganado. 


-eu sei que eu errei, eu fui estúpida, eu deveria ter te contado, mas por favor, ainda da tempo de consertarmos isso. Me dá mais uma chance, por favor, amor! 


-não me chama de amor, Alícia. Isso é ridículo demais, até pra você! 


Aquilo foi doloroso. Foi como um punhal atravessado em seu coração. Foi a dor da decepção. A mais dolorosa decepção. 


-não aja como idiota, você também me enganou. Dizia que me amava e depois ia cair nos braços da Luana! 


-pelo amor de Deus, Alícia. Vocês são a mesma pessoa, porra! -ele gritou irritado. -não foi traição, nunca foi, mas você, você me traiu, você fingiu ser alguém, aliás quem é você de verdade? Quem é a Alícia de verdade? Por que pelo visto a que você me mostrou foi só uma personagem! 


-para com isso, Paulo! -dessa vez Marcelina tentou apaziguar a confusão. 


-cala a boca, Marcelina! Cala a boca todos vocês. Ninguém sabe o que ta acontecendo aqui.. -ele gritou, apontando para a cabeça e, em seguida, para o coração. -e nem aqui... Ta tudo confuso, vocês não entendem! 


-Paulo, por favor, olha pra mim. -dessa vez a morena gritou, segurando o rosto do guerra que foi obrigado a manter contato visual com a gusman. Sua doce gusman, sua salvação e sua ruína. Uma grande e dolorosa ironia. -eu te amo! Amo mais do que a mim mesma, por favor, me perdoa. Eu errei, eu menti, fingi ser alguém que nunca fui, mas quando eu estava com você eu era eu, sempre fui. Você me fazia sentir em casa. Você sempre foi meu verdadeiro lar, guerra. Me dá mais uma chance, eu largo tudo pra te mostrar que o que vivemos foi real, todas as vezes que estive com você eu era sempre eu mesma, você sempre me salvou do meu outro lado. Eu te amo Paulo, acredita em mim! 


Alícia suplicava, as lágrimas faziam caminhos até os lábios vermelhos. Lábios carregados de mel, lábios que mais pareciam um vício para Paulo, mas o que ele sentia, nada faria ele voltar atrás. Ele era Paulo guerra, e nunca se deixava ser humilhado. 


Aquelas palavras, os "eu te amo" já não tinham mais valor. Tudo foi destruído, pisado, jogado fora como um copo plástico. Não tinha mais valor, aquelas palavras, aquele choro,aquela dor nos olhos de Alícia, tudo, parecia falso. Era tudo falso. Uma grande mentira. 


-eu realmente gostaria de acreditar, Alícia, mas não dá mais. -ele tirou as mãos dela do seu rosto e se afastou lentamente. -você me mostrou o amor e tirou ele de mim da pior forma possível, você matou o Paulo guerra que te amava, isso mesmo, amava, porque eu não te amo mais. Fique apenas com as lembranças do homem que eu fui, porque ele não volta mais. Adeus Alícia Luana gusman! 


E então ele saiu dali, chorando copiosamente, enquanto ela caía no chão, gritando ao ver seu grande amor partir da pior forma possível. 


E a maior história de amor que ela havia vivido terminou alí, naquela noite escura e chuvosa, no mesmo momento que a silhueta de Paulo era envolvida pelas gotas da tempestade. 

O mundo descobriu que Alícia Luana gusman era uma stripper, da pior forma possível. 


Paulo guerra descobriu que Alícia Luana gusman era uma stripper, da pior forma possível. 




Notas Finais


Eu to tombada
Destruida
E chorando.

De todos os diálogos esse foi o mais doloroso de escrever, eu me pus no lugar do Paulo, tentei sentir o que ele sentiu, e nossa, é horrível. Vocês podem não acreditar, mas eu chorei muito nesse final de cap.

E mariana pisou na cara da inimiga, gente a titia gusman é chock de monstro, adoro.

Agora esse desabafo da larissa doeu na alma, meu senhor.

E o momento margalicia? Eu adorei, foi lindo e Prevejo uma nova amizade nascendo.

E é isso, eu não tenho muito o que dizer, ainda to em choque.

Me digam vocês o que acharam. Dêem seu ponto de vista, falem tudo, eu amo os comentários de vocês.

Até o próximo e se preparem que daqui pra frente vai ser só tiro porrada e bomba.

Beijão de damasco. ❤


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