História Into You - Um encontro com o Guerra

-então você esta namorando e não me falou nada? -alícia perguntou fingindo decepção. -você é uma pessima amiga!

-desculpa ally, mas eu fiquei tão feliz que na hora nem sequer pra Bibi eu falei! -a patricinha disse admirando o anel.

-pois é, ela não falou mesmo! So que como eu sou uma amiga maravilhosa e exemplar, eu descobri pelo brilho do olhar dela! Fora que ela tava toda feliz... -a ruiva disse sorrindo maliciosa.

Alicia abraçou majo e desejou toda a felicidade do mundo, sabia que a decisão de jogar tudo pro alto e ficar com Cirilo não era nada fácil, mas ela conseguiu.

Ficaram mais alguns minutos jogando conversa fora ate que o celular de majo tocou e a mesma saiu aos risos para o quarto, deixando apenas alícia e Bibi na varanda do apartamento.

Um silêncio confortável pairou entre as duas e as mesmas ficaram apenas sentindo a brisa que emanava naquela tarde de quinta. Na mesma hora alícia lembrou do seu último encontro com Paulo guerra, ah aquele garoto estava acabando com sua vida, mas de uma forma boa.

Luana ainda estava sentada quando se assustou com o barulho das palmas de ninguém menos que Paulo Guerra.

-Como deixaram você entrar aqui? -a mulata perguntou ofegante.

-oi para você também, Luana! -Paulo disse ironicamente, ainda sentado na poltrona.

Luana pegou sua toalha e a garrafinha de água descendo as escadas do palco em seguida.

-você não deveria estar aqui, o ensaio é privado!

Luana bebeu sua água e colocou as mãos na cintura, olhando para o Guerra em busca de resposta.

-aliás como entrou aqui?

Paulo levantou e foi ate Luana que recuava para tras conforme o homem ia se aproximando, não era muito inteligente ficar perto de guerra, não com aqueles olhos sobre si, quase a comendo.

-vamos dizer que eu tenho fontes! -o maior disse sorrindo de canto. Aquele sorriso que fazia a mulher perder o fôlego.

-vá embora!

-por que?

Paulo perguntou e colou seu corpo no de luana que automaticamente suspirou com a proximidade. Paulo chegou perto da orelha da morena soltando um suspiro, Luana, involuntáriamente, soltou um gemido fraco. Paulo sorriu.

-quer que eu vá embora por que eu causo em você aquilo que ninguém consegue?

-bem convencido você, hein?

Luana disse e com um pouco de esforço afastou Paulo. A morena ja tinha a calcinha num estado deplorável.

"Valeu guerra!" pensou assim que o mais velho sorriu de canto.

-quando vai se convencer de que você me quer tanto quanto eu quero você? -o moreno perguntou fazendo Luana rir sarcasticamente.

-e quem disse que eu quero você? Sabe como eu sou conhecida aqui? -a morena perguntou com as mãos na cintura e um ar superior. -Eles me chamam de intocável!

Ao ouvir aquilo Paulo sorriu ainda mais e de certa forma aquilo deixou Luana com medo. Ele ia fazer de tudo para conseguir ela. E no fundo, Luana queria que ele conseguisse.

-vamos ver ate quando você se chamará assim! -Paulo disse imprensando a menor na parede. Luana fechou os olhos e respirou fundo. Precisava tirar forças de onde não tinha para não atacar aqueles labios carnudos de Paulo.

-Guerra, vai embora! Eu não vou ceder tão fácil!

-assim como eu não vou desistir tão facil!

-eu so vou entregar isso aqui... -a menor falou apontando para o próprio corpo. -Para quem realmente merece!

Paulo analisou o rosto de Luana e a soltou, arrumou a camisa no corpo e se afastou da morena que o fitava com um sorriso cínico.

-tudo bem, você venceu hoje! Mas eu vou mostrar que mereço isso mais do que qualquer pessoa!

Dito isso Paulo sorriu e saiu dali com uma única certeza: Ele teria Luana, custe o que custar!

Alicia deu um sorriso leve, sentindo seu coração bater feliz. Ela tentava controlar suas ações perto do guerra, mas era impossível. A cada minuto do seu dia se pegava pensando nele, e a cada momento que estava com ele se sentia mais entregue. Não ia demorar muito para poder se saciar dos lábios do guerra, labios ao qual ela desejava ter por todo o seu corpo, ela precisava disso. Alícia tomou a decisão e na próxima vez ela deixaria ele ganhar, baixaria a guarda, poderia enlouquecer se ficasse mais um dia perto de guerra sem poder tocar nele, era torturante.

-duvido se não ta imaginando o guerra em cima de você! -a amiga ruiva disse com uma feição safada.

-céus, Bibi, você so pensa em sexo? -alícia perguntou rindo.

-meu amor, sexo é vida. Nós deixa feliz, ta vendo como a majo rir a toa? -bibi disse fazendo alícia gargalhar alto. -queria eu ta rindo assim! -a ruiva disse emburrada.

-ué, mas você não tava saindo com aquele cara da boate?

-estava, mas vi que tinha alguma coisa estranha quando eu rebolei no colo dele e ele ficou parado me olhando, acredita que ele era gay? -Bibi falou sorrindo divertida.

-não creio! Bibi que má sorte! -alícia zoou e a amiga mostrou a língua.

-mas eu gostei daquele amigo do seu boy, ele tem cara de ser bem ativo! -a ruiva disse arqueando a sobrancelha.
-misericórdia, vou dizer pra Carmen te levar na igreja, você precisa tirar esse espírito do corpo!

-ahta, nem vem! Sei que você com certeza ja teve uns pegas com o senhor todo poderoso, vulgo Paulo guerra, fora que a ave Maria Carrilho ta namorando a um bom tempo, tenho certeza que o Daniel ja tirou esse cabaço! -Bibi falou e recebeu uma almofada na cara de uma alícia que chorava de tanto rir.

-bom eu não vou dar informações da car, ela tem que dizer isso, ja eu, bem, ainda não tive nada com o guerra! -alícia disse suspirante.

-como não? Meu deus você ta bem lerda, hein?

-não é isso Bibi, é que você sabe que eu não durmo com clientes...

-Paulo guerra não é um cliente, ele é O cliente. Ja viu o tamanho daquela bunda? -Bibi falou fazendo medição com as mãos.

-eu hein, tira o olho do meu homem!

-ah, assim é que se fala, mas é sério, você tem que pegar ele, a Larissa anda rondando aquele terreno e se você não mostrar quem manda ela vai pegar seu prêmio! -a ruiva disse um pouco mais séria.

-eu sei, é complicado Bibi, mas eu vou dar um jeito. O guerra vai cair aos meus pés, ou melhor, aos pés da Luana! -falou convencida. A morena não ia perder para Larissa, mas nem se estivesse morta.

-adoro quando você põe a Luana no modo "on",fico excitada so de pensar!
-meu Jesus, Bibi você tem que arrumar um homem pra apagar todo esse fogo!

-calma, gata. To quase pra arrumar! -a ruiva disse esfregando as mãos, fazendo alícia rir.

Naquela hora o celular da morena acende mostrando na tela uma ligação pelo whatsapp.

-Bibi, estão me ligando, e é o guerra! -a morena disse olhando para a ruiva que apenas ria. -Bibi!

-sorry, baby!

-eu te mato! -alícia falou e saiu caminhando ate o quarto, desligou a ligação e retornou para o número, mas agora da forma tradicional.

-boa tarde, senhorita Alícia! -a voz de guerra soou rouca do outro lado da linha, alicia teve certeza que todos os pelos do seu corpo se arrepiaram.

-tem tanto medo de mim que teve que pedir meu número pra minha amiga? -a morena disse implicante deitando na cama.

-não é medo, apenas queria ter seu número sem levar uma patada!

-ceus guerra, eu não sou tão grossa assim! -alícia disse fingindo ofensa.

-ah, você é sim, mas tudo bem, eu suporto!

Alícia olhou para o teto e deu um sorriso leve. Era bom saber que alguém a suportaria, mesmo que so por um momento.

-por que me ligou, guerra?

-queria fazer um convite. Domingo vai ser aniversário da minha irmã e como ela te conheceu que eu sei, ela me obrigou a te convidar, pode trazer suas amigas se quiser, não vai ter muita gente! -ele falou naturalmente.

-eu não sei... -a morena disse mordendo o lábio inferior.

-ah, qual é alícia? Vai ser legal! Ja que você não quer ir comigo num encontro sabado a noite, então não faça essa desfeita! -o menino disse num tom divertido.

-vai ser um almoço?

-sim!

-okay, guerra. Você venceu!

-finalmente,até por que, bem eu quero ver você... Mal nos falamos na faculdade hoje...

Alícia não evitou sorrir como boba nessa hora. Ele... Ele queria ver ela?  Ele realmente confessou estar com saudades? Isso esta bom demais para ser verdade!

-Paulo guerra confessando estar com saudades, isso é novidade pra mim!

-eu sei. Estranho, né? Mas a culpa é sua...

-é... Talvez.

-bem, eu... Eu tenho que ir. -ele disse dando uma lufada de ar no final.

Alicia ficou grudada no telefone sem falar nada. Ela tinha uma ideia, ela precisava saber se guerra estava mais para alícia do que para Luana. Ela queria saber se mesmo depois de ter alícia ele ainda procuraria Luana, não que isso fosse traição ate por que alícia e luana eram as mesmas pessoas, mas ela tinha a necessidade de saber isso, ou talvez so quisesse uma desculpa pra sair com ele. Que loucura.

-Paulo... É... Sei que pode parecer loucura, ou muito moderninho, mas.... -alícia deu uma pausa para respirar, a essa altura ela estava nervosa demais. -você... Você quer... - "vamos, alícia, não seja covarde!" -Quer sair comigo?  Hoje a noite?

A menina disse de uma vez. Alícia fechou os olhos e prendeu o ar, aquela demora estava matando ela. Paulo respirou fundo do outro lado da linha e soltou um riso leve, alicia teve certeza que agora seu famoso sorriso de canto prevalecia.

-achei que nunca fosse ceder! -ele disse divertido fazendo alicia rir aliviada, agora ela sabia como os garotos se sentiam nesses momentos. -que horas passo pra te buscar?

-as 19:00...eu quero te levar à praia, lá é lindo de ver as estrelas, não que você se importe, mas...

-não, não, eu quero! Tenho certeza que vai ser incrível!

-certo... Então, ate mais tarde... -a morena disse quase chorando de tanta felicidade.

-até,senhorita!

Paulo desligou e alícia finalmente se permitiu gritar, pular e comemorar tudo aquilo, céus ela parecia um cara que finalmente conseguiu um beijo da garota por quem ele era apaixonado, mas ela não ligava, tudo o que importava era que ela ia sair com Paulo guerra e tudo poderia se decidir hoje, pelo menos no lado de alícia.

Luana seria decidido depois. Hoje ela iria esqueçer suas danças e a sensualidade, seria apenas Paulo e alícia, alícia e Paulo e mais ninguém para atrapalhar.

-ally? Ta gritando feito louca por que? -Carmen adentrou a porta do quarto das duas e alícia apenas correu e pulou no como da melhor amiga que riu da atitude infantil da morena.

-eu vou ter um encontro, Car!

-um encontro? Mas com quem?

-Paulo. Paulo Guerra!

-céus, isso é um milagre! Ally, que bom.

-eu sei. -a morena disse sorridente.

-ai meu Deus, ally! -Carmen disse animada.

-o que foi, Car?

-você... Você esta apaixonada! -a menina disse de forma alegre.
Alícia riu sem humor.

-o que?  Claro que não, Car. Ele é apenas um garoto... Nada demais. -alícia queria ter certeza do que estava falando, mas ela não tinha.

-claro que sim. Suas mãos estavam trêmulas quando me tocaram, sua bochecha esta corada, você esta ofegante e sorrindo como boba, o que mais isso quer dizer?

-não sei... Mas... Ai, Car. -alicia bufou e se jogou na cama.

-está com medo por causa do seu outro lado? -Carmen disse se sentando ao lado da amiga e acariciando seus cabelos.

-sim... Tenho medo que ele descubra e tudo caía por água abaixo... Não sei por que, mas eu sinto a necessidade de não enganar ele, por mais que seja isso que eu to fazendo. E olha que não faz nem um mês que nos conhecemos! -alícia disse ja com os olhos marejados.

-ta vendo! mais um motivo para você esta apaixonada. Você não precisa conhecer ele a milênios atrás para pode gostar dele, quando nos apaixonamos por alguém desde o primeiro momento em que vemos essa pessoa, nosso coração bate forte e nos sentimos que toda nossa vida vai mudar. Eu sei por que ja passei por isso! -Carmen disse sorrindo, ela sabia da vida da melhor amiga, sabia o por que ela fazia o que fazia, e sabia que a mesma estava apaixonada.

-eu ainda não tenho coragem para admitir isso, Car. É complicado, eu tento não pensar tanto nisso, mas a Luana faz parte de mim. Eu fico com medo so de pensar em como Paulo vai reagir ao saber disso, tenho medo que ele me olhe com nojo e nunca mais queira me ver, tenho medo que ele me esqueça e...

-se apaixone por outra pessoa! -carmen disse pensativa.

-é... -alícia deitou no colo da amiga e se permitiu chorar por um tempo. Isso nunca havia acontecido com ela, esse medo de perder alguém e ser trocada, sentiu isso apenas por sua mãe.

-vai ficar tudo bem, ally. Tente não pensar nisso hoje, aliás você tem um encontro com Paulo guerra e precisa estar linda, agora vai tomar um banho que depois eu vou fazer uma massagem em você! -carmen disse sorrindo e batendo palmas.

-você ta certa. Tenho que deixar a Luana de lado, hoje é o dia de alícia!

-assim é que se fala!

Dito isso, alícia levantou da cama e foi tomar seu banho, enquanto a melhor amiga ia ver uma roupa para a mesma.
Naquele dia alícia tinha apenas uma certeza: a noite com certeza promete!