História Intrínseco - 1

Quando se encontraram pela primeira vez (um encontro marcado unicamente pelos amigos em comum dos dois), Jongin não acreditou que Kyungsoo fosse realmente um alfa. A estatura pequena - alguns bons centímetros menor que si - e o jeito como ele se encolhia dentro das roupas grandes e quentes chegava a ser, até mesmo, fofo. 

O espiou antes de se sentar na cadeira em frente ao mais velho, pigarreando baixinho para chamar a sua atenção e as dúvidas de Jongin foram por água abaixo quando Do fixou os olhos em si e a voz rouca murmurou um comprimento que soou quase obsceno aos ouvidos do moreno. Havia gostado muito de Kyungsoo.

Nunca haviam se encontrado pessoalmente e dependiam das características que os amigos haviam dado, Jongin achou engraçado quando eles disseram que Kyungsoo era quieto e que, por vezes, chegava a ser até mesmo frio, mas ali, depois de vinte minutos de conversa, lê-se monólogo, o Kim concordou com os amigos, Kyungsoo era... Reservado. Apesar da quietude do menor, trocaram os telefones e ficaram de marcar outro encontro. Por mais que não fosse admitir em voz alta, Kyungsoo havia gostado muito de ter aceito aquela loucura que os amigos haviam planejado.

Não demorou um dia para que voltassem a se falar, na verdade, assim que chegou em casa, com os calçados encharcados por ter pisado em uma poça, Jongin foi remoer suas dores com seu novo hyung, nesse meio tempo aprendeu o quanto era divertido ficar enchendo o mais velho com mensagens apenas para vê-lo perguntar se ele não tinha mais o que fazer, não?

Marcaram o segundo encontro para o outro final de semana, no mesmo café que haviam ido antes, Kyungsoo havia sugerido um filme, mas Jongin não gostava dos que estavam em cartazes.

"Sugeri o cinema apenas para lhe roubar alguns beijos no escuro, não para ver o filme, Jongin."

O moreno corou e demorou para responder, do outro lado da tela, Kyungsoo sorria (com Jongin, Kyungsoo sorria com muita frequencia), estavam se falando pela primeira vez por vídeo. Jongin demorou três dias para entrar no skype novamente.

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Estavam no final do mês quando Jongin recusou um dos seus convites para um café no final do seu trabalho, no primeiro dia, não estranhou, mas o moreno também havia recusado mais um café no dia seguinte. Kyungsoo se preocupou, perguntou para os amigos onde estava o mais novo e eles deram de ombros, a dois dias o moreno também não estava indo dar as suas aulas de dança, mas isso era algo normal, Do apenas não sabia. 

Não demorou em pegar o carro e ir até a casa do Kim, ele podia estar doente, por Deus!, podia estar precisando de ajuda. Desceu do carro as pressas e antes que chegasse a porta da casa pequena, ele entendeu. O cheiro doce e irresistível o acertou em cheio, o corpo se tornando tenso, Jongin estava no cio. Puta merda!, praticamente rosnou, seu corpo andando por vontade própria até a porta, controlando-se para não esmurrá-la; ainda não acreditava na própria sorte. 

"Por que não me disse?" Sussurrou assim que o mais novo entreabriu a porta, os olhos vagando pelo corpo parcamente coberto, o cheiro excitante se tornando ainda mais forte, imaginava o quão molhado o seu ômega deveria estar. 

"Soo..." Chamou baixinho, tentando se explicar de alguma forma, a boca se tornando seca quando sentiu as mãos pequenas, mas firmes indo, sem hesitação alguma, para a sua cintura. É claro que já haviam ficado, beijos e mãos bobas foram as únicas coisas que aconteceram quando marcaram de ver um filme na casa do mais velho, mas agora... Era diferente. Seu corpo queimava de tesão, a líbido alta e a lubrificação natural de seu corpo deixando a peça de baixo encharcada, o membro rijo sem um estímulo sequer. Jongin se lembrava apenas de sentir a boca faminta em seu pescoço e dedos do mais velho invadindo sua cueca para acaricar sua entrada antes de ser praticamente arrastado para quarto. Naquele final de tarde Jongin teve certeza que Kyungsoo era muito bom de cama.

As mãos firmes sabiam muito bem onde lhe tocar e o corpo, mesmo que menor, o prendia contra a cama, a boca macia lhe beijava e marcava a pele sensível, abusando dos mamilos e o fazendo gemer alguns oitavos mais alto ao descer por seu abdômen. Kyungsoo o controlava com força, lhe fazia se submeter e implorar, lhe puxava os cabelos, apertava e estapeava com possessão, fazia de Jongin o que bem entendesse. E o mais novo adorou ser controlado daquela forma.

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Kyungsoo sentia-se leve naquela manhã, o corpo, por mais que estivesse cansado, estava relaxado e o sorriso, mesmo que leve, não saia de seus lábios. Observava Jongin dormir, lhe acariciando o rosto macio, gravando cada detalhe da expressão serena; Do nunca se cansaria de passar as manhãs olhando para o mais novo. 

"Jongin, acorde!" Sussurrou de forma rouca, o hálito sendo soprado contra a adição do moreno, sabendo que bastaria isso para o acordar de seu sono leve.

"Continue me fazendo carinho, Soo, estava gostoso." Murmurou com preguiça, não fazendo a mínima questão de abrir os olhos, as mãos quentes deslizando pelas costas do outro, podia sentir os arranhões que havia deixado na noite anterior com a ponta dos dedos, sorrindo ao ouvir a risada do namorado. "Desculpe." Pediu em um sussurro mesmo que não tivesse o mínimo arrependimento. 

"Jongin, estamos juntos a dois anos, pare de pedir desculpas por isso. Agora me dê um beijo e me deixe te foder o dia inteiro."

O moreno corou, abaixando os olhos e sorrindo sem graça; nunca se acostumaria com aquela falta de vergonha do seu alfa.