História Invasora de Minha Mente! - Você me faz sentir...

Do you feel Me

Você me faz sentir.

Nove e meia da noite, arredores de Iwagakure.

_Eu realmente achei essa roupa um exagero, e este horário aqui no convite! Mas o que o velhote do Oonoki está pensando? Por que tão tarde para marcar uma mísera comemoração? – Tsunade bufa cruzando os braços à frente de um palácio rústico e bem decorado com flores ao redor do concreto enquanto Shizune tocava a campainha dotada de um humor deveras adverso a de sua mestra.

_Tsunade-sama, nós duas já conversamos sobre isso, aja de forma legal, experimente sorrir mais. – a morena a fitou esperando o tal sorriso, que veio de forma cômica e muito forçada. – Arff... – finalmente a porta se abriu revelando as duas aquele pequeno mundo interior, onde ao entrarem, tivera os olhares curiosos todos para si, não era para menos, estava trajando um belo vestido vermelho de seda, comprido e solto ocultando suas pernas, em sua base, dois tecidos passavam pelo seu tórax fazendo um x que valorizava seus seios, junto ao decote que surgia das alças grosas presas na altura do pescoço, por adicional tinha seus saltos agulha de prata, seu cabelo era solto e horas caíam algumas mexas à frente de seus ombros, retinha um batom  cereja aos lábios e um rímel negro que alongava seus cílios e valorizava seus olhos âmbar. Logo corava-se não gostando nada do que é a saia justa de ser encarada por todos, absolutamente todos, os olhares masculinos e um feminino em especial, tomou um arrepio quando os olhares de todos se puseram a encarar ao longe, atrás de si, quando sentiu uma mão passear perigosamente do seu bumbum até passar perfeitamente a cintura e colar sua presença ao seu lado. Ela tinha um sorriso impecável e uma luz que ofuscava e até mesmo fazia as pessoas perderem os sentidos. Mei tinha um belo vestido caído que pelo comprimento se arrastava até o chão encobrindo seus saltos, o vestido era colado como se fosse uma segunda pele, de um tom prateado brilhante que lembravam cristais amontoados no escuro da noite. Apenas deixava suas costas á mostra e descia o tecido até suas mãos, apertado no quadril e solto nas pernas, seu cabelo em uma mistura de castanho e ruivo atraia os olhares da noite junto a única loira do local.

_E aí hokage-sama! – Mei sorria ainda colada na loira.

_O-oooi Mei, puxa vida que coincidência encontrar você aqui. – tentava disfarçar com um tom de voz suspeito.

_E num é, ainda por cima chegamos ao mesmo tempo...só pode ser o destino. – sussurrou em seu ouvido causando um arrepio na loira que automaticamente se afastou. Shizune apenas trajava um vestido preto até o joelho e com um decote comportado, ao lado da cintura, uma bolsa de ouro.

Assim a ruiva apenas sorria faceira vendo a loira arrastando Shizune para mais longe da festa, logo não demorou as duas serem recepcionadas por vários convidados que parecem que vieram apenas para parabenizar as duas beldades pela eficiência em guerra.

Mei logo foi chamada por um grupo de mulheres e alguns acompanhantes que aos risos sentaram-se em um sofá confortável, à frente passavam garçons com algumas taças e os abasteciam diarimente, Mei logo foi envolvida por uma conversa do grupo, pegou uma taça de Dry Martine e sentou-se comportada, bebericou a taça fitando mais a frente, Tsunade estava sentada à uma mesa junto a Shizune, as duas conversavam distraidamente com o raikage e o kazekage, isso até a loira por um mero segundo desviar o olhar para a direção de Mei, que assim estava a olhando intensamente. Um rubor instantâneo se fez a sua face, a deixando desconfortável, mas por algum motivo estava gostando disso.

Em tudo, Mei era muito bela, sensual e tinha os olhos que pareciam hipnotizar qualquer um que ela quisesse, não se sabia até quando iria resistir àquela tentação que a deixava mais vermelha que o seu vestido.

“Qual o seu problema?” – sussurrou baixinho mexendo os lábios, a ruiva apenas riu e tornou a olhar na direção das moças que conversavam entre si, levou novamente a taça até os lábios de forma sensual e demorada, sabia que estava sendo observada, até mesmo passou a língua em volta da borda do copo, Tsunade coçou a cabeça tampando sua visão com o braço, tentava se concentrar no que o kazekage falava, mas não funcionava muito. Finalmente um garçom chegava a sua mesa onde pegou uma taça com água, bebeu com pressa, tendo os olhares assustados de Shizune e dos dois kages ali. Shizune se esforçava para não rir.

Gaara continuou seu assunto super emocionante sobre como ele ganhou a confiança doa aldeões, do lado de Mei, outro garçom passou com sobremesas o que foi muito comemorado pela galera que logo pegaram as suas, mal Tsunade viu, e a ruiva tinha pego um cup cake, sensualmente a ruiva cruzou as pernas e com uma das mãos puxou a base do bolo, dando uma mordida irresistível enquanto a fitava, por fim, lambendo sensualmente o glacê que ficara no canto de seus lábios.

_Isso é demais para mim. – a loira levantou-se transtornada, a ruiva sorriu por que sabia que a culpa era de suas brincadeiras. Tsunade arrastou sua cadeira dizendo que sairia.

_Onde você vai? – o raikage perguntava.

_Banheiro! – disse como numa palavra chave de escapatória.

_Mas o banheiro não fica para ... – o moreno apontou na direção contrária ao qual ela ia, Shizune apenas balançou a cabeça em um sinal, em seguida, Mei se despediu de suas companhias, desfilando até eles.

_Raikage, Kazekage, Shizune-san. – abaixou a cabeça em cumprimento,recebeu o mesmo de volta. Olhou para Shizune que já entendia algo. – Com licença, vou no banheiro. – disse totalmente ousada e com um sorriso de quem iria aprontar.

Seguiu reto olhando para cada corredor que passava, se desanimava a cada que avistava e não a via, será que fugiu? Foi o que pensou... até que encontrou a loira de costas na sacada, escorada numa mureta rústica, apenas parada e escorando os braços esticados na base. Abriu um imenso sorriso e a surpreendeu por trás a abraçando e causando um susto cômico.

_Pelo amor de deus, você quer me matar? – a loira parece que tinha o coração saltando para fora da boca- Dá para me deixar respirar só um pouquinho!? – assim pediu e Mei logo a soltou indo para a parede próxima e escorando as costas, cruzando os braços e a fitando.

_Você quer me matar com este vestido. – afirmou ousada.

Aqui neste lugar, nós dois estamos olhando um para o outro
Tire as preocupações da nossa frente, este lugar é o nosso paraíso

_Será que você pode me dar um momentinho de sossego!? – se virava para ela, visivelmente atordoada, ainda que fosse engraçado para Mei vê-la nessa situação, de certa forma, gostava de “incomodá-la”.

_Você ousou vir para essa festa com esse vestido e nem me cumprimentou direito, e está chamando a atenção dos kages, acha que vou deixá-la em paz depois disso? A senhorita está merecendo um belo castigo.

_Olha como fala pirralha! Eu não estava fazendo nada de mais, eu nem queria ter vindo!

_Oh – se fez de ofendida - Não queria vir só para não me ver?

­_Isso é culpa sua, você não se comporta.

_Loira.

_O que? – a interrompeu em sua fala para lhe mandar um beijinho sugestivo no ar e uma piscadinha desconcertante que a fez tremer e encarar outra direção.

Tsunade arqueou a sobrancelha não acreditando no descaramento da outra, deu de costas tentando sair dali, quando seu braço direito é agarrado e ela é obrigada a se virar e encará-la.

_Por que está tão tensa? Relaxe!...– a ruiva agora tinha parado com as brincadeiras, seu tom era mais calmo.

_Não consigo... – disse sincera e com um pouco de sarcasmo.

_Você sabe que tudo seria mais fácil se você dissesse a eles sobre nós. – levantou a questão.

_Você e eu sabemos que não seria fácil e não quero expor você, afinal eu sou mais velha. – tentou ser sensata.

_Ah mas você vai começar com isso de novo! – a ruiva parecia chateada, sem querer fazia bico e uma cara de revoltada adorável. Tsunade revirou o olhar e Mei a seguiu aonde quer que ela olhasse, quem visse poderia rir com a cena, pareciam duas loucas. -  Tsu...você está assim porque não consegue ficar no mesmo ambiente que eu!

_Agora que você percebeu isso! – usou de sua ironia adorável.

_Mas se somos namoradas, não devíamos estranhar a presença uma da outra, a não ser que... – a ruiva pensou tendo sua cabeça brilhando com uma lâmpada metafórica que lhe clareou o entendimento. Sorriu pervertida em seguida. – Tsunade... – seu tom era implicante – Está me desejando! – afirmou com uma pontada de certeza em face.

_Quem? Eu? Jamais! – respondeu rápida demais, cruzando os braços e desviando o olhar, mas aquela ruiva pestinha era insistente.

_Admita!...Você é muito linda assim! Fica uma gracinha quando me deseja! Fico até emocionada. – Mei dizia um pouco alto devido sua euforia, Tsunade como um inseto antenado ouvia se alguém se aproximava para ouvir aquilo, e puxou a ruiva para perto da sacada onde ninguém podia vê-las tapando sua boca e encostando ela na parede.

_Cala sua boca! E se alguém escutar? – sua face era assassina.

_Escutaria se eu realmente gritasse. – disse após a loira destampar sua boca. – Hey, que desespero todo é esse mulher!?

_Mei Terumi, tão intensa que chega a arder mais que pimenta, você é o tipo de pessoa que precisa vir com manual de instruções, não sei lidar contigo menina! – causou um grande riso em Mei.

_Hey... – chamou a atenção dela falando de forma mais cálida, e entreolharam com atenção, o olhar de Mei estava menos intenso e mais dócil, aproveitou que a mão da hokage estava escorada na parede de concreto e levou sua mão até a dela, segurando com delicadeza. – Você está linda. – dizia apaixonada.

_Você está maravilhosa... – a loira retribuía de igual, ainda que suas bochechas queimassem. Ambas riram, Mei envolveu-a pela cintura e se abraçaram de frente encarando uma a outra.

_Não é sempre que consigo te ver, como vão as coisas em Konoha?

_Tudo sob controle, e em Kiri?

_Tudo na paz, os meninos me ajudam muito. Mas vamos falar de coisas mais legais como... qual é a cor da calçinha que você está usando? – a audaciosa levou um tapinha no braço pela afronta e um olhar de reprovação.

_Mei, isso é coisa que se pergunte! – advertiu.

_Você gostou, olha como está corada! – a fez rir.

_Olha garota se você não parar eu vou te bater de verdade! – ameaçou, prestes a explodir.

_Eu duvido...seu olhar me diz que vai fazer outra coisa...e que vou gostar muito.

Agora, a música está começando, ela nunca irá parar
Seus olhos são brilhantes, assim como as estrelas do céu
Nesta noite brilhante, eu estou sozinha
Nunca mais me deixe sozinha nesta noite escura.

_Sua abusada... se o meu está dizendo essas besteiras, imagine o seu! Podia pegar mais leves nas encaradas, você é desconcertante de mais para mim, imagina para os garanhões lá fora!? – deu como uma advertência enciumada.

_Está com ciúmes? – arqueou uma sobrancelha, como se tivesse achado o pronto fraco de alguém.

_Eu não disse isso!

_Mas seu olhar sim. – ganhou dessa vez.

_Argh, eu não consigo lidar com você!

Eh yeah, o meu coração está explodindo
E a razão disso é você
Não me deixe dessa forma
Oh Baby

_Mas é claro que consegue... só você não reparou que tudo o que fiz, os meus olhares, absolutamente tudo que fiz desde que cheguei aqui, até mesmo chegar na festa ao mesmo tempo que você...foi porque eu queria a sua atenção, não meço esforços para isso. – seu olhar penetrante voltava novamente, firmando suas orbes e enfeitiçando as da hokage que nem mesmo tinha forças para fugir.

_Sua tola, você já chama a minha atenção simplesmente por existir... – a loira olha de lado para parte de suas costas, onde a ruiva subia lentamente suas mãos até os ombros dela, as peles em contato pegavam fogo e Mei parecia segura de seu bote, ela era incrível, não importa quem fosse, Mei conseguia conquistar qualquer ser do universo com sua sensualidade.

_Tsu... – sussurrou em direção ao seu ouvido direito, sentindo a mulher se entregar a seus domínios – Sabe o que eu quero fazer com você?... O mesmo que fiz com aquela sobremesa. - O local inteiro ardia em um calor insuportável, a ruiva mordeu de leve o lóbulo da orelha de Tsunade deixando-a totalmente envolvida, as mãos da loira passeavam do ombro da outra até seu rosto, o desejo já dava claros sinais de que estava a deixando fora de controle, numa situação como aquela, tudo o que menos queria era chegar a este momento num lugar tão “perigoso” para as duas, mas Mei era invencível, foi a rendendo passos para trás até a mesma ter o bumbum prensado na parede, fechou os olhos sentindo os lábios macios em seu pescoço, lhe dando espasmos adoráveis.

_Mei, aqui não! – abriu os olhos a fazendo cessar e a encarando.

_Não vou aguentar...estou mais incendiada do que você imagina...estou me contendo, e muito! – podia jurar ver uma coloração flamejante no verde esmeralda dos olhos dela e aquilo seria inevitável, só bastava apenas um ato para desmontar de vez todas as defesas da sanidade de Tsunade, e não tardou Mei a hipnotizá-la de novo, e com a mão esquerda segurá-la entre a nuca e rosto, se aproximando com toda a chama que guardava dentro de si, selou seus lábios com tamanha luxúria que fazia Tsunade gemer junto consigo durante o ato, as duas precisavam se separar pelo ar, mas Mei não deixara, insaciável, a beijava de sua forma insaciável, largando apenas alguns segundos depois, onde a loira demorou a abrir os olhos ainda buscando oxigênio suficiente para se manter viva.

_Vamos embora...  – olhou-a cheia de desejo.

_Para onde senhorita?

_Para qualquer lugar onde só estejamos nós duas.  – Mei sorriu vitoriosa com o pedido afobado de Tsunade.

_Adoro quando você admite.

_Odeio quando você me deixa assim! – a loira irritava-se mas isso era só fachada.

_Uh, vai me agarrar? – Mei fez charminho.

_Neste momento, para seu próprio bem...melhor eu não dizer o que está se passando em minha mente fazer com você. – a ruiva se impressionou e foi surpreendida pela loira que segurou sua mão fazendo as duas voltarem o caminho que vieram, retornando ao centro do salão, onde ao ser avistada rapidamente, Tsunade soltou a mão de Mei em uma face cômica, as duas estavam com aquela típica cara de quem fizeram coisas indevidas em um lugar indevido, mas sabiam disfarçar muito bem.

_Vejo que vocês duas estavam conversando! – Oonoki finalmente aparecia com um traje de gala e uma taça de espumante, encarava as duas, uma envergonhada e a outra animada até de mais.

_O que achou que estivéssemos fazendo? – Mei pergunta daquele jeito sarcástico entreolhando Tsunade que praticamente quis comê-la pelo olhar por causa dessa afronta.

_Banheiro, lugar em que as mulheres vão juntas. – Shizune chegou salvando a pátria.

_Não só ao banheiro Shizune-san – Mei rodopiava o dedo indicador com veemência fazendo todos olhá-la, abusadamente piscou para Tsunade na frente de todos e segurou sua mão. – Bem senhores eu lhes peço a devida licença, eu e a hokage-sama nos retiraremos, precisamos fazer algo que só mulheres podem... – sorridente saiu dali seguindo com a loira quase querendo matá-la por isso.

_Mas o que foi isso? Está louca! Querendo nos expor assim? – Tsunade reclamava feito um bebê chorão.

_Querida, se eu quisesse nos expor mesmo, eu teria feito coisas piores e obscenas demais com você segundos atrás. – alertou seriamente, seguindo para o portão afora.

_Para onde está nos levando? – ela perguntava, estava gostando do modo que Mei segurava sua mão e guiava seus passos um pouco mais a frente, mas iria negar até a morte. Não respondeu, o que fez a loira parar a caminhada e fazê-la lhe encarar, odiava quando era ignorada.

_Se não formos logo para um lugar só nosso, farei dessa rua a nossa selva...acho que você não curte muito atentado ao pudor, né? – aquelas palavras fizeram a loira engolir seco à provocação, assim seguiu silenciosa até uma residência onde a mizukage parecia conhecer bem. Adentrou a pousada pedindo um quarto ao recepcionista, dali foram subindo pelas escadas centrais após pegar um malho de chaves e rodopiar em seu indicador com um sorriso de uma vitoriosa nata.

Subiram até o terceiro andar e seguiram por um corredor, Mei soltou a mão de Tsunade para caminhar mais a frente e achar o número do quarto, felicíssima passou a chave pela abertura.

_Você já veio aqui antes?

_Tempos passados, de uma vida de solteira que não tenho mais. - respondeu, entrando.

_Eu não precisava ter ouvido isso! – pareceu se encabular, por fim entrou, ficando boquiaberta com o quarto digno de uma realeza, a pradaria estava guardada perfeitamente por trás das prateleiras cobertas com portas de vidro, um cama que dava vontade de dormir só de olhar, grande e fofa da cor da neve em todo o seu tecido, tapetes de mesma cor e algumas pétalas de rosas vermelhas pelo chão, alguns móveis mognos que davam um contraste em todo o branco, a iluminação era agradável e acalmava a visão. Mei seguiu desinibida mais a frente, se apoiando na cama para retirar seus saltos, aquele vestido atrapalhava um pouco, escorou no tecido com os dois braços, seu cabelo foi jogado para o lado , deixando-a sensual enquanto olhava seu pé retirando as amarras de metal do calçado. A hokage quase que tropeçava em seus próprios saltos, precisou se escorar na porta, despertando a atenção e a face adorável da mizukage.

_Está tudo bem aí? – retirou o salto restante, empinando aquele bumbum da forma mais sedutora que era capaz. Tsunade apenas afirmou com a face, visivelmente nervosa. – Já fizemos isso antes, por que esta ansiedade toda? – finalmente saiu da posição torturante e pôs os pés no chão desfilando calmamente até ela.

­_Você fala como se tivéssemos feito isso muitas vezes! – reclamou.

_Uma vez...e você estava bêbada, abusei de você bastante, nyah! - personificou uma gatinha manhosa.

_E você acha isso bonito Mei? – ela expressava toda a sua indignação por ter ficado por baixo nessa.

_Ah Tsunade, mal vejo a hora de você me mostrar tudo o que não mostrou naquela noite. – deixou à outra boquiaberta, que Mei era ousada ela sabia, mas o modo que conseguia desconsertar qualquer ser humano, era admirável, isso se, não estivesse na pele deste ser. Mei deslizou seus dedos pela lateral do rosto da loira, tocando-a com sutileza e chegou bem próximo a seu pescoço para inalar aquele perfume que a acendia. – Onde estávamos mesmo? – disse encostando sua boca na pele da loira, firmando as mãos em seus braços, distribuía chupões alucinantes por aquela extensão, finalmente ouviu um pequeno suspiro contido, parou para olhá-la, ver sua loira corada era o sinal de que devia continuar. Possessivamente preencheu a cintura dela com suas mãos, a trazendo para próximo de si num tranco, as duas não piscavam nem desviavam o olhar na altura similar, a loira deslizou suas mãos pelos braços da ruiva, sentindo o atrito com a veste colada dela, por fim segurou-a pelas laterais do rosto e aproximou os lábios com tamanha paixão, era um beijo diferente do daquela vez, devido à privacidade que tinham, sentiam uma sensação maravilhosa, de brincar com um perigo tentador.

_Mei... – disse separando os lábios e colada ao rosto dela. – Acho que você não terá vez agora... – causou uma imensa alegria na face da outra.

_Me mostre... – numa surpresa, Tsunade virou-a o corpo a encurralá-la na parede, com atitudes firmes a dominava como se sua vida dependesse disso, a ruiva apenas a aguardava com toda a excitação mostrada no corpo, Tsunade segurou a mão esquerda dela com a sua direita, entrelaçando os dedos e pressionando as costas da mão dela no gélido liso da parede. Para Mei era um sonho ver sua hime lhe dando amor, isso somente reforçava o sentimento que estava crescendo entre as duas desde a guerra, até mesmo se lembrou de alguns momentos, assim fez Tsunade parar suas carícias no pescoço da amada sabendo que algo acontecia, os olhos esmeraldinos insistiam em encharcar-se de emoção.

_Você está chorando? – sua voz foi penosa e sua reação era preocupada.

_Não, é que lembrei do dia em que me declarei para você...pensei que nunca iria me aceitar.

_Você sentimental à uma hora dessas? – brincou provocando sorrisos das duas. – Fiz a melhor escolha da minha vida. – recebia um beijo em sua testa, depositado com carinho pela mizukage. – Pelo visto esta noite sou eu que me aproveitarei da senhorita.

_Ah mas nem conte com isso! –Mei limpou os olhos – Eu só estou deixando você achar que está ganhando! – encostaram seus lábios com uma paixão que jazia amor em seus gestos, a felicidade contornava seus lábios fazendo os atos cheios de carinho. Podiam sentir o frio agradável que vinha da janela, balançando as cortinas e arrepiando-as de imediato. Começava a chover fino lá fora e aquele aroma que vinha dos ventos era embriagador, o melhor perfume para deleitar as duas nesta noite.

_Então vamos ter que fazer cabo de guerra!

_Ou eu simplesmente acho o seu ponto fraco e venço!

_Não vejo bebidas nesse quarto, como vai achar meu ponto fraco?

_Você se esquece que eu já achei uma vez... – deixou Tsunade sem palavras, mas logo se recompôs.

_Duvido que seu vestido espalhafatoso deixe você fazer qualquer coisa! E o meu muito menos! – sorria como se tivesse vencido.

_É por isso que vou fazer você tirá-lo! – colou-se a ela repousando suas mãos na cintura da loira, puxando de leve o tecido do vestido com as unhas, trazendo-a para si, agora a guiava passos de costas até a cama, Tsunade apenas se deixava caminhar.

_E posso saber como vai fazer isso? – perguntou, quase se rendendo a ruiva que estava mais radiante do que nunca.

_Assim. – disse indo até a boca da loira, mordendo o lábio inferior e a puxou para mais um beijo eufórico, onde o golpe baixo foi a ruiva conseguir passagem forçada com a língua, assim ambas revezavam naquela dança frenética e envolvente, Tsunade tentou relutar suas mãos por duas vezes, mas não conseguiu na terceira, seus dedos percorreram as mangas do vestido de Mei, puxando o tecido pelo caminho – Estou vendo o quanto você quer tirá-lo – dizia no intervalo do beijo, muito realizada em seu ultimato.

_Minhas palavras não funcionam com você, então apenas vou agir. – respondeu cheia de desejo, puxando a ruiva para si, calando sua boca com outro beijo apaixonante, Mei segurou em suas mãos guiando-as até o fecho de suas costas, ali a loira assumiu , puxando deliciosamente o zíper contra o fecho, folgando seu vestido, agora cessaram o beijo para que o vestido pudesse cair livre e como ele era colado nas mangas e no quadril, Tsunade precisou se abaixar para puxar o tecido para baixo, o vestido desceu revelando o corpo escultural da mizukage, que estava apenas de calçinha, Tsunade observou-a bem, puxando o restante do tecido das pernas da outra, onde ao descobrir seguiu uma sequencia de beijos pela coxa direita superior dela, causando leves arrepios na ruiva, por fim o pobre vestido estava rendido ao chão, deixando a ruiva livre para se abaixar e segurar Tsunade pelos braços, com possessividade, forçou-a a se levantar, Mei nitidamente queimava a desejo e iria assumir e retribuir de forma melhor.

_Seus atos me deixam louca. – sussurrou à lateral do ouvido da loira, de surpresa jogou-a com força na cama, onde somente ela pôde cair e se erguer pelos cotovelos, corou-se quando Mei engatinhou até ela da forma mais provocante possível,a ruiva observou a base do vestido, retirou os saltos da hokage e beijou a base de seu pé direito, dali pela liberdade que tinha com o tecido do vestido, foi descobrindo-a tortuosamente, seguindo uma trilha de beijos que alcançaram a panturrilha e subiu mais para a coxa, deixando a loira gemendo baixinho devido a sensualidade da cena. As mãos da ruiva alcançavam áreas alarmantes enquanto a mesma mantinha um sorriso no rosto. – Olha o que eu achei. – dizia bobamente a provocando com sua mão direita na intimidade dela, podia sentir o tecido sedoso da calçinha. Tsunade se ergueu, indo até ela, mas foi impedida pela mesma, que segurou em seus pulsos, fazendo-a se chocar contra a cama, preencheu-a por cima, encarando-a face a face. – Quero fazer tantas coisas com você que nem sei por onde começar... – a loira sorriu provocante em seguida.

_Seja o que for que vá fazer – dizia enquanto passava sua mão direita pela lateral do rosto da ruiva, em sua trilha passando pelo pescoço dela e parte do busto - seja rápida...logo eu vou dominar você. – disse séria, causando uma face de ansiedade em Mei.

_Entendi, mantenha-se assim, vou tirar seu vestido. – pegou a barra do vestido subindo-o lentamente, descobrindo o quadril da loira, colou seu corpo ao dela enquanto alcançava as costas dela para afrouxar o zíper e facilitar a retirada, Tsunade esticou os braços para que Mei terminasse de passar o tecido pelo seu busto e rosto, observava o corpo exposto da hokage com fascínio aos olhos,o volume do vestido e a alça ficaram no rosto da loira, bem na altura dos olhos, a mesma que logo tinha uma feição de impaciência, percebendo que estava presa enquanto a ruiva a observava, debateu-se um pouco. – Você está tão linda assim...

_Mei se você for brincar comigo de novo, eu – já estava brava quando a ruiva serelepe e com um enorme sorriso cintilante lhe descobriu os olhos e o rosto, terminando por retirar o vestido dos braços até as mãos, deixando-a livre.

_Oh, o que vai fazer comigo? – começou a tomar seu tom brincalhão. – Será que eu deixo? – Mei parecia o ser mais feliz da terra, apenas a observava enquanto se dispunha a acariciar as madeixas loiras que lhe caíam do rosto ao braço. – O que foi? – percebeu as hime lacrimejar os olhos e morder o lábio em uma feição triste, Tsunade saiu de sua posição, encarando a ruiva de frente, ambas sentadas sobre suas panturrilhas.

_Mei, você é tão adorável comigo que nem parece justo...- seus âmbar pareciam cintilar em um brilho terno, pôs a mão direita a bochecha esquerda da ruiva. –Tenho tanto medo de não te satisfazer, você sabe que eu nunca fiz uma coisa dessas...

_Tsunade, eu entendo como se sente, para mim também não é tão fácil, tenho discussões internas comigo mesmo e em segredo contra a sociedade...tenho tanto medo por nós que até mesmo desistiria se fosse o melhor para nós...mas de alguma forma eu sinto que vai tudo bem, eu te amo de qualquer forma e tenho certeza de que...do fundo do meu coração...e de minha alma feminina...eu vou saber demonstrar. – acariciou-a por cima de sua mão, a loira apenas teve uma vontade imensa de abraçar a sua amada e foi o que fez, admirava Mei e sua disposição a enfrentar o que fosse pelo sentimento que tinham. Agora só faltava ela própria não temer mais e fazer a sua parte.

Assim mais nada foi dito e todas as frustrações foram sanadas, as duas se abraçavam na base da cintura, e beijavam-se de forma cativada.

Realmente, quando se há amor, tudo é mais fácil...

Tsunade parou para observar e se perder no rosto perfeito da mizukage, segurou suas mãos apertando-as com apresso, seu olhar transmitia paixão e a determinação que precisava para prosseguir, Mei acenou positiva e docemente com o olhar de mesmo nível. Delicadamente a loira deitou a ruiva ajeitando sua cabeça no travesseiro, deixando-a apenas um pouco mais alta para que pudesse lhe ver, a loira não deixou de conectar os olhares de ambas por nenhum momento, direcionou-se a intimidade da ruiva, que segurou em sua mão direita, a ansiedade tomava conta da mizukage, já podia sentir sua respiração acelerar ou até mesmo falhar quando mais precisasse, inclinou a cabeça para trás levemente quando Tsunade beijou sua intimidade, logo se dispôs a afundar sua língua e seguir com movimentos de sucção, Mei apertava sua mão com carinho e se contorcia extasiada.

Eu quero que você, me toque mais
Eu quero que você, me toque mais
Não tenha medo, mesmo se eu me aproximar de você
Você é tão fofa quando está surpresa
Eu quero abraçá-la.

_Mais hime!...Ahhhhg! – puxou um grande suspiro, sentindo toda aquela sensação que sua amada a proporcionava, não suportou mais tempo e acariciou os cabelos de Tsunade, cravando suas unhas na nuca, agora inclinava-se para frente, e gemia mais alto, arranhando as costas da loira como consequência. Mei sentiu seu ápice logo quando Tsunade foi até ela as juntar em um beijo cheio de provocações, Mei a encarava ofegante e tinha que reconhecer o quanto se surpreendeu. – Você quer...acabar comigo, não é? – se sentia fatigada, mas completamente acessa. Rapidamente, Mei deitou Tsunade no seu lado da cama, acariciou seus fios dourados que teimavam em lhe tampar o pescoço devido ao suor, com sua boca começou um ritual prazeroso beijando-a em todos os lugares, seus beijos delicados no pescoço dela a fazia rir, o que deixava as carícias engraçadas. – Se você ficar rindo eu não vou conseguir fazer! – disse entre risos enquanto era abraçada.

Eu quero a menina que você é
Você é a ultima peça do meu quebra-cabeça não terminado
Se eu não posso te ver
Isso é um crime, irei para a prisão
Isso é real, isso é real
Mas eu não sou uma mulher típica
Você sabe o por que?
Eu posso fazer você ser a garota mais top

_A grande Mei Terumi se rendendo a risadas? Eu não sabia que era tão fácil te dominar!

_Sua sem graça! Você sabe que não resisto a suas risadas. E mesmo assim, eu nem comecei, portanto fique quietinha...ou se preferir, somente chame por mim. – disse completamente sedutora, Tsunade mordeu seu indicador sorrindo de orelha a orelha, se aquietou, quando sentiu os toques e os beijos da ruiva se aprofundarem e reagir magnificamente com sua pele já em chamas.

_Mei... – a alertou em tom baixo. – Vai...com calma! – sentia seu corpo inteiro se energizar pelas descargas dos lábios da ruiva, irresistivelmente ao encontro de seu pescoço, ela lhe chupava e sugava. Tsunade mordia o lábio sentindo seu corpo involuntariamente se rebelar, Mei deslizou por seus seios beijando-os delicadamente, e foi o ápice para que a loira agarra-se parte do lençol e sem que se desse conta, o rasgasse pela força que se contorceu. – Mei... – suspirou seu nome, como se pedisse por algo, não sabia ao certo o que era. Mei abriu as pernas da amada com suavidade, beijou as laterais internas de sua coxa e retirou sua calçinha, beijou sua intimidade logo passando sua língua pelo local, intensificou os movimentos sentindo sua hime se arquear e chamar por seu nome entre os suspiros. – Meeei!...eu vou acabar aaaaah! – foi estimulada ao máximo, seu corpo inteiro se rendia aquela queimação que fazia ambas transpirarem desejo no ato. Se contorcia de prazer, contorcendo os dedos dos pés no fino lençol, e antes que se desse conta, ergueu a cabeça da ruiva em sua direção, para lhe dar um beijo repleto de vontade, era sua e nada poderia negar ou separá-las. Com movimentos carinhosos, agora Mei abraçava Tsunade por trás, beijando suas costas e ombros após por as madeixas para a lateral, a abraçava e recebia o contato caloroso das mãos dela nas suas e apenas sentiam uma à outra como se fossem apenas uma. Aproveitavam daquela paz e daquele momento célebre, a brisa que saía da janela as trazia uma noite confortável.

Agora, a música está começando, ela nunca irá parar
Seus olhos são brilhantes, assim como as estrelas do céu
Nesta noite brilhante, eu estou sozinha
Nunca mais me deixe sozinha nesta noite escura
Baby

_Eu preciso de você...sempre. – Mei disse docemente se aprofundando em seu abraço, recostou sua cabeça nas costas da amada, se pudesse dormir, ali faria com todo o sossego.

_Eu também!...Quero você sempre! – disse acariciando as mãos de Mei. – Vamos tomar um banho? – se virou para ela, se levantando e erguendo sua mão para ela, que logo a segurou. Seguiram elegantemente para o box, ligaram a água e deixaram que escorresse pelo corpo horas se revezando, horas juntas, entre beijos, olhares e brincadeiras fofas, entre as brincadeiras, terminaram o ato desligando o chuveiro e secando em suas respectivas toalhas, as vezes uma ajudava a outra a se secar inclusive nas pontas dos cabelos que ficaram úmidas, se olhavam no grande espelho na parede lateral em cima da pia, ali se ajeitavam e uma ajudava a por o pijama da outra. Entre os abraços e brincadeiras, ambas se deitaram na cama, onde Tsunade se escondeu embaixo da coberta clara.

_Você acha mesmo que está se escondendo? – Mei disse, em seguida a loira se descobriu, revelando-se, olhou um tanto espantada por não ver Mei ao seu lado. – Bú! – disse fazendo a loira se assustas de leve, olhou para o lado da cama e lá estava Mei indo lhe abraçar da forma mais carinhosa que pôde.

_Como você fez isso? – ficou incrédula e até mesmo admirada.

_Meu amor, somos ninjas... – riu de uma forma deleitosa. Logo pulou para o seu lado da cama e se deitou de lado após se cobrir, e ficaram assim se encarando com aquela vontade imensa de sorrir sem motivo algum. O cheiro da essência de flores do sabonete junto ao aroma da brisa gelada, deixava o quarto aconchegante diante da companhia indispensável uma da outra, os olhos de Mei pesavam e a mesma tentava lutar contra o cansaço. Tsunade deslizou seus dedos pela face da ruiva, como se estivesse ninando-a para o adormecer.

Você me faz sentir. Você pode ouvir meu coração?
Você me faz sentir. Você pode ver meu coração?
Você me faz sentir. O meu coração é todo seu
Você me faz sentir

_Eu não quero dormir... – a mizukage disse baixinho. – Quero ficar te olhando mais tempo.

_Eu não vou fugir, descanse... – seus olhos também pesavam, seguraram-se as mãos entrelaçando os dedos e repousando no tecido da cama. – Você me faz sentir coisas tão inexplicáveis... – Mei fechou os olhos e sorriu refletindo internamente.

_Você pode ouvir meu coração?

_Está acelerado...

_Ele diz que pertence a você. – diante daquela sensação agradável, o sono lhes convidara a mais uma noite relaxada, mais uma de muitas que viriam.

O meu coração está explodindo
E a razão disso é você...

Fim#