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História Investigação Criminal - Capítulo 8


Escrita por: diskgabilu13

Notas do Autor


Boa leitura📖.

Capítulo 9 - Capítulo 8


[Pov Alicia]

Dormi várias horas sem interrupções não tem coisa que eu odeie mais do que acordar por barulhos sejam eles de qualquer natureza. Salvo despertadores e minha mãe. Não sou doida de ir contra a mulher que me deu à luz. Apesar de dormir quase um dia inteiro não me sinto descansada o corpo ainda está dolorido. Dormir durante o dia nunca foi o meu forte desde o colégio. Pego o celular

Droga! Sem bateria.

Olho no relógio na parede ao lado da porta. Sete da noite. Doze horas dormindo. Só ficava cansada assim no ensino médio que é uma amostra do inferno como todos sabem. Levanto vagarosamente aproveitando para relaxar os músculos já tensos à espera da conversa com a Emma. Que de diálogo nada terá, como sempre. Não entendo ainda como nos tornamos amigas somos tão opostas e brigamos tanto, parecendo até irmãs. Me lembro do dia que a conheci tinha acabado de me mudar para o Estados Unidos e sabe aquela cena clássica de levar comida para o vizinho novo, acho que nunca mais ela vai fazer isso afinal ela quase foi agredida:

Flashback On

Ainda me pergunto o que vim fazer nesse país, maldito estágio que o Nathan me arrumou. Aquele sem noção foi procurar briga com o pai dele mesmo estando errado e resultou nisso. Estagiar no FBI é um sonho para qualquer pessoa do ramo investigativo, porém sob as circunstâncias que aqui cheguei deixou de ser um sonho. Meus pais acabaram de se divorciar não que eu fosse ficar de magoada com algo assim, jamais meu amor, jamais. O que aconteceu é que eu descobri que Marcos, meu pai, tinha ou tem, não me interessa mais, uma amante. De primeira eu pensei não é possível que ele o homem que me criou seja tão baixo assim. Como eu queria estar errada, fui mais fundo nessa história e descobri tudo sobre o "relacionamento" dos dois, onde se encontravam e tudo mais.

Isso só trouxe problemas eu acabei envolvendo meu irmão, Alexandre, nesse caso. Ele que de bobo não tem nada descobriu tudo e um pouco mais. Ao ouvir uma conversa de nossa irmã com Marcos ligou os pontos. Logo veio me confrontar e acabou contando o que ouviu. Imagine o meu choque ao saber que na verdade a minha irmã sabia de tudo e ainda por cima chantageava o próprio pai. Algo sujo e sem escrúpulos vindo de alguém da minha família foi muito para mim, contei toda verdade a minha mãe e todo a história virou um circo criado pela mídia. Minha mãe, Elizabeth, respeitando a história deles, recebeu somente o que lhe era direito sem depenar o pobre coitado, que cá entre nós ela deveria ter feito afinal foi enganada por um bom tempo. Meu pensamento é o seguinte se não ama mais a pessoa pede divórcio, ninguém é obrigado a ficar com alguém que não ama.

Parei de pensar nesse assunto ao perceber que algumas lágrimas tomavam minha face. Aquele crápula não merece minhas lágrimas ou qualquer tipo de sentimento, serei uma pedra quando o encontrar novamente, apesar de saber que não conseguiria fiz a promessa para mim mesma. Esse é o problema das promessas feitas baseadas em emoções, elas sempre dão errado. A casa já estava mobiliada pertencia a minha avó, mãe de Marcos, nunca a visitei aqui nos Estados Unidos então a vizinhança por mim era desconhecida. Subi a escada a procura da minha suíte como estava sozinha acabei deixando as malas no andar de baixo. Cansada peguei uma toalha qualquer e fui tomar meu banho doida pra cair na cama, que por sinal é uma cama com dossel, sendo a primeira vez que vi fiquei encantada e louca pra experimentar. Com a água quente correndo tomei meu banho tranquilamente relaxando cada vez mais.

Alguns minutos mais tarde saí do banheiro enrolada na toalha que peguei, que na minha opinião ficou bem curta em mim também considerando a minha altura já era de se esperar. Abri a porta do quarto para buscar as malas, que acabei deixando lá embaixo por preguiça, quando ouvi um som de algo se quebrando fechei os olhos pensando puta que pariu o vaso da vovó. Voltei para o quarto pegando a pistola que estava junto de minhas roupas em cima da cama. Com a arma em punho segui pelo corredor silenciosamente, desci as escadas com cuidado e avistei um corpo se encaminhando para a cozinha.

Isso é sério? Assalto em plena luz do dia nos Estados Unidos. Quem diria. Eu, que nunca fui assaltada no Brasil vou ser assaltada bem aqui. Que bela recepção América do Norte!

Segui a pessoa que estava parada no balcão da cozinha mexendo em algo. Vi cabelos na altura do ombro e uma roupa bem despojada para um roubo. Aproveitando a distração do ladrão bati com o punho da arma no pescoço visando desmaiar a moça que logo caiu no chão desacordada. Levantei o pano que estava em cima do pacote que ficou no balcão e percebi que cometi um equívoco.

Flashback Off

Emma no geral é uma pessoa calma somente comigo ela perde as estribeiras também pudera olha o trauma que a coitada passou. Quando vi o que tinha feito chamei uma ambulância e a confusão foi armada, quase fui presa. Não gosto nem de lembrar até eu explicar para o pai da Emma que não era nada daquilo a polícia já tinha chegado ao hospital. Que confusão! Maldita prevenção policial que vive comigo.

Com um suspiro levantei da cama e fui até o closet. Dei uma rodada a procura de uma roupa decente, a noite é uma criança. Já fiquei muito tempo presa em casa, é hora de curtir. Depositei o vestido escolhido em cima da cama e peguei um salto preto para combinar com os detalhes do vestido vermelho que irei vestir. Feito isso tomei um banho demorado tentando relaxar, o que parece impossível no momento. Enrolada no meu roupão desfiz o coque frouxo e comecei a me vestir, calcei o salto, uma maquiagem básica, bolsa de mão e estou pronta pra curtir a noite londrina.

Desci as escadas e passei na cozinha para um lanche rápido. Estava quase saindo de casa quando uma voz me chamou.

- Onde vai Alicia?

- Sair.

- Pra onde?

- Pra onde você acha? - apontei para meu corpo e ela pareceu notar que eu estava toda produzida - vou me divertir um pouco. Eu mereço. - virei de costas e peguei a chave do carro. Porém Emma puxou minha mão e a chave caiu no chão.

- Primeiro vamos conversar.

- Primeiro você vai me soltar, Emma. - ela me solta.

Me viro e a encaro.

- Olha Emma, eu sei que exagerei de manhã tá. Eu só fiquei preocupada. Sei que você é adulta, que falei com como se fosse uma adolescente irresponsável e sei também que você ficou o dia inteiro agoniada com essa conversa. Mas hoje não é o dia pra isso tá. Desde ontem venho refletindo se foi o certo entrar nesse caso, tem mais nessa história que eu quero saber. Então por favor... - agacho e pego a chave que está no chão - só me deixa ir.

Ela suspira passando as mãos pelo rosto.

- Pode parar com isso, Alicia. Eu estou tão afetada com tudo como você. Nem por isso saio gritando com as pessoas, cobrando responsabilidades quando eu mesma não tenho. Para com esse papinho pra cima de mim.

Fico espantada com suas palavras e arregalo os olhos.

- Não faz essa cara de susto. Eu tô puta de raiva desde hoje de manhã quando você chamou minha atenção. Você não é o meu pai Alicia, eu já tenho um e é mais que suficiente para mim, não quero um substituto.

- Você está se ouvindo? Eu não quero acreditar que eu estou ouvindo isso de você. Só tento cumprir a promessa que fiz ao seu pai. Cuidar de você.

- Esse é o maldito problema. Eu não pedi nada disso. Sou maior de idade e vacinada não preciso desse cuidado vindo de você. Só preciso da sua amizade. Por que não estende isso logo. É só isso que você deve ser, uma amiga. Não quero você bancando o pai pra cima de mim, não é porquê o seu pai não presta que você deve tentar ser melhor que ele.

- Epa, epa. Quando aquele destruidor de lares virou assunto? Não estou te entendendo.

- Então vou te esclarecer. Não fique seguindo ordens do meu pai já que o seu não consegue fazer isso direito.

- É o que eu estou ouvindo mesmo? Está com ciúmes do seu pai e está usando aquele traste como desculpa. Isso é baixo, Emma, até para você.

- Não é ciúmes. Só acho que se você tem um pai, faça promessas pra ele. Não sou culpada por sua mãe não saber segurar um casamento. Deixa de ser mimada garota é só um divórcio não o fim do mundo.

Confesso que isso me chocou de verdade.

- QUE PORRA VOCÊ TÁ FALANDO?

- NÃO GRITE COMIGO. - isso foi muito irônico já que ela gritou comigo. Respirando com calma ela retornou a falar - Eu só queria dizer que você deveria parar de interferir na minha vida ou por acaso quer ser minha nova madrasta. Casar com meu pai e dar o golpe.

Ela usa um tom irônico que não via desde que a conheci. Além de me chamar de golpista

- Agora você ultrapassou os limites, Emma. Vê acorda princesinha eu não preciso de ninguém me bancando, manera nesse jeito de falar comigo que eu não sou qualquer uma que dorme na casa dos outros.

Só ouvi um barulho de tapa e uma dor em minha face. Estanquei no lugar segurando meu rosto. Percebendo sua ação ela tampou a boca com as mãos com os olhos arregalados.

- Aly, me... - começa a falar com um tom arrependido. Mas minha mão teve uma reação mais rápida e lhe um tapa.

- Cala a boca, Collins.

Merda, o quê eu acabei de fazer?

- Estou indo embora. - após falar isso ela parece despertar de eu estupor, porém nada diz.

Subi as escadas abri o closet e peguei uma mala. Coloquei alguns pares de roupas, itens de higiene e alguns eletrônicos. Enquanto isso Emma tentava argumentar comigo.

- Alicia reconsidere, por favor. Desculpe por aquilo lá embaixo.

- Não, Emma. Se por algum momento da sua vida você realmente pensou nas palavras que usou comigo eu acho melhor você repensar essa amizade. Não larguei minha vida no Brasil para ser chamada de vadia por você tão longe de casa. Nathan vai vir buscar o resto das minhas coisas. - minha visão começou a ficar embaçada pelas lágrimas quase em queda.

Respirei fundo fechando a mala de maneira desastrada. A depositei no chão quando lembrei da minha teia de fotos e fatos que ficavam no meu cômodo negro. É um péssimo nome eu sei, mas é só uma parte do trabalho não precisa ser muito criativo. Ainda tinha que buscar todas aquelas coisas.

Que saco.

Resolvi buscar mais tarde preciso de tempo para desmontar toda aquela bagunça. Puxei a mala indo em direção a saída, abri a porta da casa, destravei o carro e joguei a mala dentro.

- Você vai mesmo embora? Mesmo depois de descontar sua raiva em mim?

- Vou exatamente por isso. Diz para o seu pai que eu quebrei minha promessa. Adeus. - disse enquanto entrei no carro.

Liguei o carro e parti cantando pneus.

[Pov Alaska]

Então quer dizer que a princesinha recém formada que nem chegou na empresa direto e já quer sentar na janelinha, é gay e está interessado no Nath. Bom saber.

No momento em que ele voltou do banheiro e quase caiu duro no chão quando viu que eu estava quase arrancando uma explicação de um jeito um pouco malicioso do Nathan por ficar tão mexido com a presença do projeto de advogado, me segurei com todas as forças para não explodir de tanto rir da cara de decepção dele, coitado.

É pesado eu sei, e infantil também, mas eu não consigo explicar por que caralhos eu implico com Philipe, no momento em ele entrou na sala de reuniões olhando a Alicia com aqueles olhos azuis tão parecidos do de meu irmão mais novo que logo uma sensação estranha que não era ruim mas também não era a das melhores que senti. A mesma sensação veio quando entrei na casa do Nathan. Não sei explicar o porquê, nunca vi Philipe na minha vida, nunca ouvi falar dele nem nada parecido, porém olhar ou ficar perto do mesmo me dá arrepios como quando se vê um fantasma, eu sabia que não era só ciúmes do Nathan, tinha alguma coisa nisso e eu vou descobrir o que é mais cedo ou mais tarde.

Mas seremos realistas mas eu adorei ver ele se corroer de ciúmes por dentro, meu anjo, eu adorei mesmo, o coitado ficou branco que nem farinha de trigo depois que viu eu e Amy abraçadas com Nathan na sala assistindo TV seminus. Acho que ele pensou que tinha rolado um sexo a três ou algo do tipo e estávamos dando uma pausa pra descansar, porquê a cara que ele fez foi imperdível. Fiz questão de dar a entender que realmente tinha rolado alguma coisa ali. Vocês não sabem o prazer que eu tive de fazer essa cena. Não vou facilitar as coisas para ele, se quiser ter algum tipo de relacionamento com meu amigo ele vai ter que ralar muito para conseguir tal feito. Não só para convencer a mim mas também para mostrar ao Nathan que eles podem dar certo, o que eu acho muito difícil.

Antes do filme chegar a metade eu já tinha dormido tranquilamente. Nathan me colocou na cama dele junto com Amy, enquanto ele dormiu no quarto de hóspedes. Ele é muito gentil. Se fosse na minha casa a cena seria bem diferente.

Após uma noite revigorante passamos o dia assistindo séries, aproveitando a nossa breve paz. Quando já estava ficando tarde troquei de roupa para ir para casa. Tenho muito trabalho amanhã. Amy também estava pronta para ir, mas um bolo feito pela empregada que trabalha na casa de Nath nós atraiu para ficar um pouco mais. Coloco um pouco de café em uma xícara e dissolvo uma colher de margarina no mesmo enquanto pego um pedaço de bolo.

- Isso é nojento. - Nath comenta encostado no balcão junto a Amy.

- Vou te mostrar o que é nojento lá no quarto.

- Por que você leva tudo pro lado sexual sua tarada? Quanto fogo no meio dessas pernas, meu Deus!

- Você tá louco para apagar esse fogo que eu sei.

- Eu estou louco é pra te pegar de jeito e não é no bom sentido. Fico impressionado como o Jay não consegue apagar esse fogo com aquela posse dele de "eu mando muito bem na cama".

- Vou fazer você engolir essa xícara se falar mais uma vez que estou tendo um caso com o Jay.

- Quem conhece que te compre, Alaska.

Entre nossa discursão sobre se eu tinha ou não um relacionamento com o advogado da empresa, a campainha toca e Amy desistindo de nos fazer parar com as brincadeiras infantis um com o outro, vai atender a porta.

- Aposto que o Philipe esqueceu mais alguma coisa aqui ontem só para voltar aqui e ver se consegue lavar roupa nesse seu tanquinho aqui - deslizo minha mão livre no abdômen definido dele aproveitando que ele chegou perto - Só Deus pra dar juízo em alguém que ver um homão da porra sem camisa se oferecendo.

- Eu não sou oferecido. Continua assim que vou acabar com você sua safada - ele entra na brincadeira tentando disfarçar o constrangimento - Vamos subir para o quarto ou vai ser aqui mesmo na cozinha? - ele me pega no colo e coloca em cima bancada aproximando o rosto meu.

- Gosto de adrenalina...

- E quem não gosta...

- Você não era um homem decente comandante Lacerda?

- Disse muito bem, ERA decente, no passado, agora não sou mais.

- Decente você só foi com a Alicia.

- Ela é uma lady, merece minha decência.

- Bom saber que alguém aqui me elogia. - nós viramos e vimos Alicia encostada no batente com um olhar triste e uma mala ao seu lado.

- Mala? Tá de mudança por acaso?

- Quase isso, rainha do gelo. Que clima é esse aí?

Amy chega e só revira os olhos.

- Tem clima por aí não Aly. Não posso deixar vocês um segundo sozinhos que a putaria começa.

- Que putaria? Está vendo alguma putaria aqui Nathan? - me faço de desentendida descendo da bancada.

- Não e você está vendo, Alicia?

- Não me coloquem nessa coisa que vocês têm, eu não tenho nada com isso.

- Voltando a o motivo dessa mala e desse seu rostinho triste Lícia. - Nathan caminha até ela e acaricia cabelo em um carinho de irmão - O que aconteceu?

- Não me chama de Lícia, Nath. Alex vai ficar possesso se souber. - ela sorriu fraco acredito que seja por se lembrar de seu caçula.

- Sem fugir do assunto. - Alicia toma uma lufada de ar para responder.

- Eu e Emma brigamos.

- Novidade.

- Oh poço delicadeza! - ele bagunça meus cabelos jogando os cachos em minha boca, os tiro delicadamente depois de dar um tapa no seu ombro.

- Sou uma lady querido.

- O mundo inteiro viu como você é uma lady.

- É bom que todos saibam. Mas voltando ao assunto o que aconteceu, Alicia?

- Bom, ela acredita que estou sendo super protetora com ela. Então ela disse um monte de coisa que me magoou muito. E também não podemos esquecer do tapa que ganhei. - diz irônica.

- Ela não é a única que se sente protegida de mais. - Amy diz ácida se direcionando a mim.

- O que você quis dizer com isso, Amélia Carter?

- Se a carapuça serviu, já não é mais comigo.

- Vocês não estão me ajudando. - Alicia suspira colocando a cabeça entre as mãos - Enfim eu contei da promessa que fiz ao pai dela e a briga começou. Ela me disse que eu queria mesmo era transar com o pai dela e viver no luxo, acabei chamando ela de mimada e recebi um tapa na minha cara. Como não tenho sangue frio voltei um tapa nela e resolvi ir embora. Afinal eu quebrei minha promessa.

- Wow, agora fiquei surpresa. Como você toda certinha fez isso, Alicia? E aquela pintora de roda-pé te deu um tapa também? Tipo na sua cara? Gente o mundo vai acabar. - começo a surtar.

- Para tudo tem uma primeira vez, Alaska.

- Bom em parte eu entendo a Emma, mas ela também não precisava ter dito que você queria transar com o pai dela. Ela pegou pesado com você. - Amy tentou amenizar o problema, porém ela acabou piorando as coisas.

- Ela que é uma ingrata, isso sim.

- Olha acho que vocês duas estavam de cabeça quente, disseram coisas que queriam e que não queriam e ouviram o que queriam e o que não queriam. Então se você está atrás de um conselho, espera a poeira baixar, mesmo que isso demore, e depois conversa com ela e pede desculpas, por ter falado tudo o que dissestes. - Nathan falou acariciando a cabeça de Alicia.

- Nossa Nath, falou até bonito me senti em uma consulta com um psicólogo agora.

- No seu caso é psiquiatra, Elza. - Amy ri e Alicia a acompanha.

Respiro fundo tentando manter o clima da conversa e não estrangular Amy, pelo menos a Alicia riu da piadinha da loira. Não lido muito bem com a Alicia, talvez por nos duas termos o instinto competitivo e querer sempre estar na liderança, mas no fundo - bem lá no fundo - eu gosto dela, um bom exemplo que me faz ter uma boa convivência com ela, foi por ela ter conseguido mexer uns pauzinhos pra que nos liderássemos a investigação do caso em que eu carinhosamente apelidei de "uma doce e silenciosa vingança" se bem que "vingança" é uma palavra muito forte, vamos mudar para "lição".

- Eu não aguento vocês, meu Deus... - ela ri tristonha.

- Ah lá pelo menos para fazer os outros rirem você presta hein, Amy, a senhorita não é um caso pedido da humanidade.

- Já você, só Jesus voltando para te por no caminho certo, Alaska.

- Eu vou dar na cara de vocês duas suas projetos de urubu.

- Quê? Projeto de urubu? De onde tu tirou isso criatura? - Aly dá um riso um pouco mais prolongado o que quer dizer que me fazer de palhaça estava dando certo.

- Prefiro não revelar minhas referências sobre o assunto. - Nathan se faz de misterioso.

- Bom mesmo Nathan, bom mesmo... - Amy entende o motivo do "urubu" em virtude do nosso tempo de escola e na marinha que diga-se de passagem foi muito bom, claro, com seus altos e baixos.

- Acho que vou deixar vocês dois terem essa conversa sobre gente protetora de mais e vou-me embora por que isso não é pra mim. Desculpa Lice, melhoras viu xuxu. E oh, deixar o orgulho de lado às vezes faz bem - digo me despedindo.

- Olha o sujo falando do mal lavado... - Amy diz pegando a sua bolsa pronta para me acompanhar.

- Você está esquecendo que eu tenho uma arma? - olho sugestivamente para ela.

- E você se esqueceu que te conheço desde sempre? - Diz segurando minha pistola em sua mão.

Essa peste.

Viro o rosto para ela segurando o riso mostrando a pistola dela que estava no cós de minha calça. Dou um tapa de leve na coxa do Nath me despedindo dele e dou um beijo rosto de Alicia e olho pra Amy.

- Vamos logo embora prejuízo da indústria farmacêutica.

Saio da casa depois de pegar minhas e entro no carro. Vejo Amy entrando em seu carro espero ela dar partida para mim ir embora também. Dirijo pela cidade por um tempo até pegar o caminho para casa. Enquanto estacionava na garagem meu celular tocou atendo usando o auto falante do carro.

- Pronto.

- Isso é jeito de atender seu irmão que você não vê à 3 anos, piralha?

- Steve? Meu Deus!

- Oi mana, como você está?

- Não, não vamos falar de mim não criatura, me fala você. - digo ficando empolgada.

- Bom, voltei inteiro da Síria, comemore, eu vou poder ficar mais tempo com minha família então acho que você já está sabendo que estamos de malas prontas para ir à Londres e pretendemos ficar por tempo indeterminado. Tenho que colocar em dia todos esses três anos sem te irritar.

- Pois é, papai me ligou dizendo que vocês viriam, já sabe quando precisamente? Preciso dar uma geral aqui em casa já que terei uma criança de visita e como sou uma pessoa responsável não posso deixar meu arsenal espalhado pela casa.

- Meus ouvidos te agradecem por ter dito isso meu anjo.

- De nada. - Sorrio, era bom ouvir a voz do meu irmão sem barulho de gritaria, explosões ou tiros ao fundo, fazia meses que nós não conversávamos.

- Ahhh! Um passarinho loiro me contou que você está investigando o caso daquela boyband. Precisamos ter uma conversa sobre isso, Alaska.

- Nem vem, Steve. Não é nada disso que você está pensando, pode parar com essas paranóias loucas que tu tem.

- Quem te conhece que te compre, Masen, nós vamos conversar sobre isso sim, eu sei muito bem o que está tentando fazer.

- Steve, por favor. - suplico.

- Sem "por favor" nós iremos conversar e ponto. Chegamos em uma semana. Vai preparando as coisas por aí. Preciso desligar estão precisando de mim aqui. Pense nas escolhas que você está fazendo para sua vida, sabe muito bem que isso não vai trazer ninguém de volta somente dor.

- Tá bom Steve, vai lá. - digo fazendo birra de irmã mais nova.

Desligo o celular e o carro que havia deixado em ponto morto, pego minhas coisas no banco de trás e desço. Após esperar uns vinte minutos o elevador a impaciência me toma e subo os vinte e cinco andares de escada até a cobertura. Entro no apartamento, tranco a porta e me jogo no sofá, respirando fundo.

Já vi que a estadia da minha família terá muitos altos e baixos.

[Pov Narradora]

Na manhã seguinte Nathan, que havia dormido na mesma cama junto de Alicia, por insistência dela, acordou a jovem, que demorou para dormir na noite anterior, de maneira delicada. Juntos, levantaram e vestiram-se para ir trabalhar.

Depois de alguns minutos a dupla desceu para o café da manhã. A mesa já estava posta, Alicia já havia esquecido dessa mordomia à muitos anos ela não tinha uma mesa servida ao acordar, Nathan, porém não abriu mão dessa regalia, apesar de ter aprendido a cozinhar quando morou junto de Alicia, não conseguiu deixar para trás os mimos que tinha em casa.

Os dois se sentaram diante da mesa e começaram a alimentar-se.

- Está melhor, Aly?

- Nada que uma boa noite de sono não cure. Meu encontro com o Horan é esta noite?

- Sim. Foi tudo combinado com o Cowell. Gosta de comida italiana?

- Tá de brincadeira? - a moça faz uma careta de descrença e o moreno menea a cabeça negando.

- Você sabe quantos anos eu não coloco qualquer tipo de comida italiana na minha boca?

- É bom retornar as origens.

- Para de graça, apesar de meu nonno ser italiano, nunca fui a Itália ou algo do tipo.

- Mas é fluente em italiano.

- Ossos do ofício.

- Como se mexer com qualquer máfia italiana fizesse parte do trabalho da polícia.

- Indiscutível, porém aconteceu.

Alicia diz com certa inocência o que acabava fazendo Nathan rir muito daquela mentira descarada. A moça tinha conseguido ser jurada de morte em uma parte da Itália sem ao menos passar perto daquele país. E ainda tinha o disparate de dizer que "aconteceu" como se fosse um acidente.

- Você tem sérios problemas garota.

- Me erra, Nathan - diz revirando os olhos.

- Isso me lembra um pouco nossos cafés da manhã na época da faculdade. Era sempre divertido.

- Exceto nas semanas de prova. Era chato para um caramba ver você fazer uma revisão no café. - ela sorri ao reviver as lembranças - Foram bons tempos. - Alicia levanta para colocar a xícara suja no lava louças. - Nathan preciso que me arrume um apartamento pra ontem.

- Não vai mesmo voltar a morar com ela?

- Não. Ainda tenho as palavras dela se repetindo na minha mente. Se esse contrato não existisse ela já estaria em New York com o Enzo. Ele precisa de um reforço por lá. - Nathan suspira decidindo se contava a Alicia a única opção que ainda tinha disponível.

- Tenho um lugar em mente. É do meu pai - ao ver o rosto confuso de Alicia se corrige - Quer dizer, agora é meu. Mas antes era do meu pai. Quando ele era cônsul.

- Quantos anos já faz isso?

- Que é meu o apartamento ou que meu pai foi cônsul?

- Cônsul.

- Uns 10 anos, acho. Mas ele adquiriu o apartamento ainda na planta. Quando o apartamento ficou pronto ele já tinha entrado para a política.

- Tem algo errado com o apartamento?

- Não exatamente.

- Então por que você mora aqui e não lá?

- Louis Tomlinson. Ele mora um andar abaixo e para evitar encontros desagradáveis como o da festa decidi morar em outro lugar. O apartamento é na cobertura não fosse esse empecilho moraria lá tranquilamente.

- Não acredito que aquela peste mora um andar abaixo. - disse Alicia revirando os olhos.

- Você não gosta dele, Aly?

- Mais ou menos isso... Depois te conto. O apartamento é perto da empresa certo?

- Sim.

- Passa a chave. Me mudo hoje mesmo.

- Essa é minha garota. Vamos logo para não nos atrasarmos. Não quero piadinhas da Alaska logo pela manhã - diz o moreno se levantando e depositando a louca na pia.

[...]

No carro, a Lange Rover de Nathan, os dois foram ouvindo músicas aleatórias no rádio e em um silêncio confortável.

- Nathan?

- Manda.

- Você sabe se o corpo do caso Vincent já foi liberado?

- Ainda não, a família aceitou um pedido da Amy para segurar o corpo por mais uma semana, agora não me pergunte o motivo disso que ela não quis dizer a ninguém.

- Eu já sei o motivo. - diz a morena lembrando-se do exame laboratorial que estava em sua bolsa.

- Ela te contou? - Nathan a olhou de soslaio.

- Quase isso.

- Alicia, Alicia o que você está aprontando?

- Nada nenê. Fique tranquilo. - ela piscou para tentar tranquiliza-lo.

- Essa é boa. - Nathan lhe devolveu um sorriso travesso - Virou piadista agora? Com você eu posso ter tudo menos tranquilidade.

- Vou resolver esse B.O tranquilamente. Amanhã já pode liberar o corpo, mas antes manda a Emily junto da bendita para computadorizar os traumas e danos, quero fotos e vídeos também. As amostras dos tecidos peço pessoalmente a Amy.

- Não sou seu secretário não. - a olhou indignado estacionando o carro.

- Se tu fosses o Emmet teria falado tudo gritado e exigido tudo até o fim do expediente.

- Eu tenho dó do pobre garoto às vezes. Você consegue ser tão cruel quanto a Alaska.

- Quase me senti ofendida agora. - colocou a mão direita sobre o peito fingindo indignação - Você é um péssimo mentiroso. Tá na hora das aulas de teatro bebê. - Alicia ri pegando sua bolsa e saindo correndo do carro para pegar o elevador. Assim que às portas se abrem a Alicia divertida dá lugar a Alicia séria e centrada.

Voltei. Mas rápido dessa vez. O próximo capítulo já está sem escrito. Arrumei uma beta pra me ajudar com a história. Agora eu acho que vai fluir. Eu tomei a decisão de fazer a história do Nathan e do Philipe como um conto extra da história. Não vou me concentrar neles agora vai demorar um pouquinho pra fluir. Vocês já viram que a Alaska não gostou do Philipe e isso tem um motivo que logo será revelado. No mais é isso. Até a próxima.

O despertador tocou logo cedo antes mesmo de o sol nascer, Ice ainda dormia ou melhor ainda estava em um coma induzido ao meu lado e motivo de acordar tão cedo assim ? Uma longa viagem ao aeroporto, Alicia chegava de viajem hoje então combinei com o pessoal de ir recebê-la lá mesmo sem muita algazarra.
Me levantei e fui ao banheiro tomar um banho, ja estava ficando incomodo com o suor seco no meu corpo por causa da agitação durante a noite. Oh fogo viu, não sei como os sensores de incêndio não foram ativados... Mas voltando ao assunto Alicia, era a primeira vez que iria reve-la desde a faculdade apesar do nosso relacionamento ter terminado de um jeito meio desagradável, nós ainda mantínhamos um pouco de contato e depois de decidir abrir essa empresa resolvi propor uma sociedade com ela e claro que ela aceitou.


Notas Finais


Gente eu posto essa fanfic no Wattpad também. Tá aí o link.


https://my.w.tt/c4pOLc45QL


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