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História Invisible Chances - Se...


Escrita por: ccarolzis

Notas do Autor


oi oi galera dos livrinhos, então nanario ganhou meu coração e eu resolvi criar esse mimo pra vocês. Não é a minha primeira fic, porém eu ainda fico muito insegura em escrever algo pra postar, mas já que ta em falta no mercado resolvi arriscar. Sejam bonzinhos cmg e nos vemos lá no final. desculpem qualquer errinho e boa leitura!

Capítulo 1 - Se...


Fanfic / Fanfiction Invisible Chances - Se...

 

 Você disse que não sabe se não

Mas também não tem certeza que sim

Quer saber?

Quando é assim, deixa vir do coração

 

A noite caia tranquila e Nana não conseguia parar de se revirar na cama, os últimos acontecimentos não saiam de sua cabeça e ela já estava começando a se sentir mal com todo aquele turbilhão de emoções e perguntas que a acometiam. Pensava nos intrigantes “e se” que pairavam na sua mente “ e se ela tivesse se rendido e beijado Mário?”, “ e se ela não fosse casada?”, “ e se ela tivesse dado uma chance ao Mário no passado? ”, “e se ela tivesse dado uma chance a si? ”. E foi assim que Nana adormeceu, pensando no mar de rumos diferentes que a vida dela poderia ter tomado, se algumas situações, como a morte da mãe e a doença do pai não tivessem acontecido.

A noite para Mário, não havia sido diferente, ele também não conseguiu dormir e seus pensamentos só tinham lugar pra uma mulher, sua musa inspiradora, Mariana, aquela que era capaz de tirar dele os melhores versos, os melhores poemas, os melhores sorrisos, os melhores momentos. Por mais que ainda se sentisse ameaçado pelo marido da amada, depois do momento que tiveram, a única certeza que ele tinha era que valia a pena cada coisa que ele fizesse ou se arriscasse, se no final ele pudesse dar e receber todo o amor que estava guardado debaixo de todas as camadas que o  coração de Nana havia criado para se proteger.

Na manhã seguinte, a empresária acorda com uma enorme dor de cabeça, resultante da noite mal dormida e das duas doses de whisky que a sua aventura da noite anterior havia rendido, involuntariamente, seus pensamentos são guiados para o exato momento em que ela estava a um passo de beijar Mário, pensava em todas as sensações que aquela simples dança causou, o toque preciso do homem na cintura, as respirações se misturando, aquele arrepio na espinha e as malditas borboletas que insistiam em brincar de pega-pega no seu estômago, ela se perguntou diversas vezes como era possível sentir-se tão a vontade com um simples amigo e sentir-se uma completa estranha ao ficar a sós com o seu marido.

A verdade é que Mariana Prado Monteiro sempre foi apaixonada por Mário, porém essa foi mais umas das coisas que ela precisou deixar pra trás quando resolveu assumir a postura que tem hoje. Deixou pra trás vários amores, o amor pela arte, o amor pelas coisas simples da vida, o amor próprio e seu amor pelo poeta, esse último ela nunca havia admitido a si mesma, mas ele estava lá no fundo, esperando o momento certo pra sair e se revelar.

Você sabe que eu só penso em você

Você diz que vive pensando em mim

Pode ser, se é assim

Você tem que largar a mão do não

 

O expediente do dia já havia começado, Nana chegou um pouco depois do horário de costume e seu olhar foi direto para a mesa daquele que havia sido seu pensamento da noite, mas não o encontrou, continuou seu caminho e deu de cara com Marcos próximo a sua sala.

- Bom dia, maninho! Chegou cedo, Mário te jogou da cama? – diz Nana com um tom irônico

- Uma queda da cama seria mais agradável do que realmente me fez chegar mais cedo da editora...

- Como assim, Marcos?

- Silvana Nolasco, depois que ela descobriu que o Mário dá um bom psicólogo, o sofá da casa dele agora é um divã.- após ouvir isso, Nana não conseguiu disfarçar o incômodo e antes que ela pudesse falar alguma coisa. Marcos completou- Mas maninha, vamos deixar a vida amorosa do Mário de lado e focar no nosso mais novo sucesso Jess Junior...

- Vida amorosa!? Ele realmente vai trair a editora a esse ponto? Era só o que me faltava, um funcionário da Prado Monteiro se agarrando por ai com a louca que quase mata o meu pai.

Mário que havia acabado de chegar, não deixou de ouvir a última parte da conversa e entrou para tentar se defender.

- Bom dia, meus amados companheiros de jornada!!

- Para você é só dia mesmo! – respondeu Nana ríspida, arrancando um sorriso travesso de Marcos e um olhar assustado de Mario- e você, Marcos? Tá rindo do que? Vão os dois, fora da minha sala que eu tenho muita coisa pra resolver e vocês estão me deixando maluca!! 

Após a porta se fechar, Marcos aproveita a deixa para implicar com o amigo:

- Parece que alguém ficou com ciúmes do meu amigo aqui.... 

- Ah, Marcos, você não faz ideia do quanto eu queria que isso fosse real. Ontem nós tivemos um momento a sós e foi tão perfeito, eu queria que o mundo tivesse parado para eu guardar cada detalhe.

- Nossa, mas está muito apaixonado, cuidado pra esse ciúmes dela não virar raiva, cunhadinho. Bom, eu preciso ir pra resolver umas coisas do nosso lançamento. Tchau tchau e boa sorte!

Eu levo a sério, mas você disfarça

Você me diz à beça e eu nessa de horror

E me remete ao frio que vem lá do sul

Insiste em zero a zero e eu quero um a um

 

O dia na editora correu na maior normalidade possível, Nana havia ficado trancada no escritório o dia todo afundada em papéis e mais papéis com o objetivo de esquecer aquele sentimento doce que se instalava no seu peito todas  as vezes que seu cérebro a traia transportando ela para a noite anterior, mas logo em seguida o doce dava lugar a um gostinho amargo que insistia em se instalar quando ela lembrava a aproximação entre Mario e Silvana, ela colocava a culpa na raiva que sentia pela mulher que tocou fogo nos livros. Todos já haviam ido embora da editora, e Nana ainda estava entretida com os documentos, quando Mario entrou na sala a chamando:

- Oi, Nana! Você não acha que já está bom por hoje? Ontem você passou mal, talvez fosse melhor descansar, ficar em casa, curtir sua filha, seu marido.

- Oh, Mário, cê não tem mais o que fazer não? Sua namoradinha te dispensou hoje a noite?

- Minha “namoradinha”? Do que você tá falando? 

- Agora você vai se fazer de desentendido? Sei muito bem que tá rolando uma coisinha entre você e a Silvana, não precisa mentir não, nós somos amigos, não somos? - disse a empresária se levantando e se aproximando do poeta.

- Realmente Nana, eu não preciso e nem quero mentir pra você, ta rolando alguma coisa entre eu e a Silvana sim. – Mário deu uma pausa, esperando com que a mulher se pronunciasse, porém sua única reação foi se afastar abruptamente do homem, que sentindo falta do calor dela se aproximou novamente, tocou suas mãos e continuou seu raciocínio.- Tá rolando uma amizade, ela estava precisando de ajuda e eu não recusei, você deveria parar de julgá-la, são mais parecidas do que você pensa.

- Você tá dizendo que eu, Mariana Prado Monteiro, tenho alguma coisa a ver com a louca da Silvana Nolasco? Faça-me o favor, Mário!!!?. - o homem respirou fundo e completou:

-Veja, ambas tem um passado doce e meigo, que foram obrigadas a abandonar para se tornarem as mulheres fortes que são hoje, no entanto, vocês não percebem que deixar esse lado para trás, tira a essência de vocês , tornando vocês mulheres frias e que não conseguem se desfazer da capa que criaram, negam até o que sentem. – ele disse se aproximando cada vez mais, Nana ficou reflexiva e, antes que ela pudesse responder, Mário continuou - eu acho que você tá precisando relaxar - foi para as costas da morena e começou a massagear aquele local, sem perceber, Mariana virou-se e ficou cara a cara com o escritor, como na noite passada, instintivamente ele abaixou a mão até sua cintura. Nana sentiu todas as sensações que ela queria negar a si mesma, o frio na espinha, o coração acelerado, as borboletas, o desejo, e ela sentiu vontade, vontade de provar aqueles lábios que tanto desejavam os seus, levantou os olhos e encarou as íris de Mário, ele se encontrava encantado com a cena que via, ela estava totalmente entregue, então mordeu os lábios e foi inevitável o que aconteceu a seguir. 

Quer saber?

Quando é assim, deixa vir do coração

Você sabe que eu só penso em você

Você diz que vive pensando em mim

Pode ser, se é assim

Você tem que largar a mão do não

Soltar essa louca, arder de paixão

Não há como doer pra decidir

Só dizer sim ou não

Mas você adora um se

 

Os lábios se encontraram e a explosão de sentimentos veio, Mariana há tempos não sentia o que estava sentindo,  abriu a boca para receber a língua de Mário, que aprofundou o beijo, explorando cada parte da boca que há tempos desejava. Quando desgrudaram das bocas os corações estavam acelerados, as respirações descompassadas, Mario colou sua testa na de Nana e assim ficaram por um tempo que ninguém sabia ao certo mensurar, com as mãos nas bochechas da amada. o homem falou:

-  E como diria Vinicius de Moraes: “ … Que não seja imortal, posto que é chama; Mas que seja infinito enquanto dure.” Você não tem ideia do quanto eu esperei por esse momento, Mariana!

A mulher ficou paralisada, estática, tentando organizar seus sentimentos e pensamentos. Havia tanto a ser dito, ela queria dizer que também esperava por aquilo, mas rapidamente recobrou os sentidos e lembrou-se da sua realidade, trazendo a mulher fria de volta e, mais uma vez, abandonando seus sonhos para viver sua realidade. Se afastou de Mário e disse:

- E...e..então, está ficando tarde, acho melhor eu ir embora, quero chegar a tempo de jantar com meu pai, minha filha e meu marido. Nana fez questão de enfatizar a última palavra, pegou sua bolsa e saiu apressada em direção à sua casa, deixando um Mário frustrado, todavia completamente realizado e decidido a conquistar Mariana Prado Monteiro a todo custo.

Eu levo a sério, mas você disfarça

Você me diz à beça e eu nessa de horror

E me remete ao frio que vem lá do sul

Insiste em zero a zero e eu quero um a um

 


Notas Finais


então gente, espero que vocês tenham gostado e se quiserem me dizer o que acharam críticas e sugestões são sempre bem vindas e eu vou adorar recebe-las. Até mais....
meu twitter é @acrb_carolzis


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