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História Invisible Chances - Espaço-Tempo


Escrita por: ccarolzis

Notas do Autor


Oi meus amoreeees, eu sei que eu demorei e peço miiil desculpas, mas prometo recompensar!!!. Gente, eu n sei escrever hot, por isso precisei de uma ajudinha nesse cap queria então, fazer um agradecimento especial a Vitória😍 (muito obrigada, meu bb). E é isso, sem mais enrolação, aproveitem o cap! Bjs de luz!!

Capítulo 3 - Espaço-Tempo


Fanfic / Fanfiction Invisible Chances - Espaço-Tempo

Tal qual diria Vinicius de Moraes no seu Soneto de Felicidade, "Eu posso lhe dizer do amor / Que não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto dure", Mario poderia falar sobre Mariana por horas, poderia recitar mil poemas que já havia feito a tendo como musa, o desejo dele era eternizar aquele momento, assim como eternizava suas palavras no papel, o momento que, durante 30 anos, ocupou seus pensamentos, sua imaginação, seus sonhos. Para Mariana, nunca um errado havia sido tão certo em sua vida, ela precisava dele, precisava daquele toque recheado de sentimentos, precisava se sentir infinita com todas aquelas emoções que somente ele era capaz de proporcionar ao seu corpo, a sua alma e ao seu coração que tanto necessitavam desse carinho.


Espero aqui pra ver o Sol nascer

E redesenhar cada curva tua


Saíram apressados do carro, porém não deu tempo dos corpos se sentirem saudosos, já que logo se uniram em mais um beijo cheio de paixão, e foi assim, recheado de beijos, carícias e amassos, que o caminho até o apartamento de Mario foi trilhado. Eles sentiam necessidade do corpo um do outro, estavam envoltos naquela bolha espaço-tempo e nada, nenhuma preocupação, nenhum problema e nenhuma pessoa poderia atrapalhar o que aquele ato significava.


     Caminharam juntos até o quarto sem ousar quebrar qualquer contato, estavam sedentos um pelo outro há mais tempo do que pudessem imaginar, eles precisavam daquilo. Para o poeta, era uma realização, para a executiva era libertação, há tempos que não se sentia assim, jurava até, que o único capaz de provocar tais sensações em seu corpo era ele. E nesta noite ambos queriam, ambos necessitavam. O corpo da mulher se chocou contra o lençol branco da cama, suas mãos estavam perdidas no emaranhado de cabelos negros, enquanto a mão do moreno passeava pelo seu corpo a fim de decorar cada pedacinho daquela perfeição em forma de mulher. Mariana levou suas mãos ao rosto o homem e foi descendo, passando pelo pescoço até que finalmente começou a desabotoar, botão por botão, daquela camisa estampada, assim que terminou tratou de livrar-se dela, arremessando ao chão.


Deitada nessa cama

Teu corpo nu me chama


Ela voltou a beijá-lo, com a consciência de que estava perdida e que não podia mais voltar atrás. E se pudesse ser sincera consigo mesmo ao menos uma vez, não queria voltar atrás. O beijo calmo e sem pressa os fez relaxar, os envolvendo ainda mais naquele momento. Suas mãos passeavam pelas costas nuas, o arranhando levemente, tentando decorá-lo com as pontas de seus dedos e levá-lo consigo. Mario seguia pelo mesmo caminho, a tocando aos poucos, deixando que seu tato conhecesse cada milímetro do corpo que seus olhos por anos cobiçaram. O vestido preto, logo deslizou por seu corpo e poucas peças de roupa os envolvia. O contato mais íntimo que já haviam partilhado naquela vida, ainda cheio de vestes que logo viriam ao chão, mas que já os acelerava o coração. 

Ela o fitou no escuro, procurando no breu, os olhos castanhos. Entre os apertos suaves, por suas inúmeras curvas, Mário terminava de desregular sua já falha respiração. As mãos atrevidas desciam por suas pernas, decorando cada pequena imperfeição.

 

Vamos fugir

Eu em você

Você em mim

Simples assim


Ela agarrou seus cabelos e pediu em silêncio para que ele se afundasse em seu corpo de vez. A tomasse como sua, ainda que fosse uma única vez. As últimas peças de roupa voaram pelo quarto e seus corpos se encontraram livres de qualquer proteção. Mariana os virou, tomando conta da situação, sentando sobre ele, o sentindo duro em meio às suas pernas, o sentindo seu.


–Mariana.. -gemeu baixo e sofrido com a tortura que aquela visão o proporcionava. Ela sorriu e negou. 


–Eu quero te provar aos poucos, parte por parte do teu corpo, deixar minha língua te transformar em poesia, aquela que jamais fui capaz de ler... -Suas mãos voltaram a percorrê-lo, descendo... o sentindo prender a respiração.

 

–Temos a noite toda, Nana. Agora eu quero você.

 

     E então, naquela noite eles se amaram, uma duas, três vezes, mas afinal, quem estava contando? Era a realização de um sonho, Mariana havia se permitido, Mário havia a amado com todo o amor possível. Ambos já haviam imaginado esse momento durante os trinta anos que se passaram, o poeta admitia isso todos dia, mas Nana nunca havia admitido que também esperava por ele, talvez pelo fato de que a Mariana que pensava em um futuro com o escritor, era aquela menina que sonhava em viver da arte, aquela menina que era tão colorida quanto as cores das camisas dele, aquela menina que adormeceu, que está escondida, e que não tem mais espaço na nova vida que o destino deu a executiva. Todavia, a noite que passaram juntos foi um marco, tal como a história de Aurora, aquela noite de amor havia despertado aquela que outrora estava adormecida, como o príncipe, Mário destruiu um pedaço daquele muro de tijolos que ela havia construído para se defender, e assim, deixou escapar de lá, a sua Mariana mole.


Tudo o que eu vivi foi pra ver o Sol nascer

E redesenhar cada curva tua

Deitada nessa cama

Teu corpo nu me chama


Mariana despertou, olhou para o relógio e nele marcava quatro da manhã, ela poderia jurar que havia tido um sonho muito bom, se não fosse pelo fato de ter o poeta deitado ao seu lado com o lençol branco cobrindo a partir do quadril. As costas marcadas eram a prova da noite que tiveram e ela teve que segurar a vontade que tinha de distribuir beijos por aquele local e chamá-lo, para que pudessem se amar mais uma vez. Ela não queria levantar, não queria estourar a bolha, porém, como sempre, seu lado racional falou mais alto. Então, levantou-se com cuidado para não acordá-lo, caminhou pelo quarto juntando suas roupas e antes de partir decidiu que precisava se despedir, Mário precisava de uma despedida, logo ela pegou uns papéis e canetas que estavam no criado mudo e teve uma ideia. 


Já se passava das sete da manhã quando o poeta acordou, tateou pela cama para ter uma prova de que a noite passada não havia sido apenas mais uma das muitas peças que a sua cabeça pregava, mas não a encontrou, se não fosse pelo cheiro dela que estava impregnado em seus lençóis, ele facilmente acreditaria que havia apenas sonhado com aquela noite. Levantou-se com calma na esperança de que ela ainda estivesse pela casa, porém não a encontrou em nenhum lugar. Ele não sabia explicar como estava se sentindo, era um misto de realização e frustração. Como Mariana havia sido capaz de simplesmente ir embora depois dos momentos que tiveram? Como ela conseguiria ser tão fria ao ponto de nem se despedir? Agradeceu aos céus por ser domingo, pois não sabia como encará-la depois de tudo. Mas, ao voltar para o quarto, se deparou com um envelope enfeitado encostado no abajur.


“ Oi, poeta! 

Aqui é a sua Mariana Mole, venho por meio desta carta te agradecer, agradecer por ter me amado, agradecer por sempre acreditar em mim, agradecer por sempre estar ao meu lado, até mesmo quando essa Mariana mole deu lugar a mulher durona que você convive diariamente. Nessa noite, você foi capaz de despertar em mim coisas que eu jurava que nunca fosse capaz sentir, e mais uma vez tenho que te agradecer por isso, me senti amada, protegida, me senti bem. Porém, a Mariana Mole não existe mais, ela embarcou em uma viagem e deixou a Mariana Prado Monteiro aqui, a Mariana que é casada, que tem uma filha pra cuidar, uma editora para reerguer. Uma Mariana que aprendeu a lidar com a dor da pior forma possível, uma Mariana que não está disposta a viver uma aventura ou um amor adolescente. Te peço desculpas por ter ido embora sem te dar o prazer de um último beijo, sem te dar o direito de uma despedida digna. O que vivemos foi lindo, foi bom, mas, por mais que eu queira deitar nessa cama e iniciar uma vida de dormir e acordar todo dia ao seu lado, a nova Mariana não pode abandonar a vida e a família que ela demorou anos para construir. Essa noite vai ficar marcada para sempre em minha vida, acho que na sua também, mas ela vai ficar lá, guardada na nossa memória, guardada na nossa bolha espaço-tempo, e não se repetirá! Não se repetirá porque você não merece isso, você não merece alguém quebrada, você merece alguém inteira e que esteja disposta a te amar na mesma intensidade que você ama. Adeus! ” 

   

  


Notas Finais


Até amanhã bbs (isso msm amanhã tem cap novooo), e por favor, não esqueçam de comentar, ou aqui, ou lá pelo tt (@ccarolzis). Eu quero muito saber o que vocês estão achando da história, se tem algo a melhorar, ou algo a acrescentar eu ia adorar receber isso de vcs. Beijão!


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