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História Invisível - Consequência


Escrita por: momoi-chan23

Capítulo 46 - Consequência


Minerva rapidamente mudou para sua forma animaga, sabendo que ela seria mais rápida em quatro patas. Ela correu escada acima, caminhando com determinação em direção à sala comunal da Grifinória. Todos os alunos foram instruídos a seguir para suas salas comunais imediatamente, cinco minutos atrás. Esperançosamente, todos eles fizeram o que lhes foi dito, e ela os pegaria antes que qualquer um dos rumores chegasse às crianças. Não era algo que você deveria ouvir de outros estudantes. Ela estava completamente atordoada e gelada só de pensar nisso, ela temia pensar no que seus pobres filhos iriam dizer ou fazer. Como você reage quando soube que sua mãe tinha acabado de lançar um Imperdoável? Mesmo com a influência de Albus, Lily estava em um grande problema. Problema que ela não deveria conseguir escapar, por mais que doesse pensar nisso, infelizmente era verdade. O que Lily fez estava além da redenção, além de sua compreensão também. Com um movimento, ou melhor, pulo, ela estava mais uma vez em sua forma humana. Parado do lado de fora da sala comunal da Grifinória.

– Senha? - murmurou a Mulher Gorda, olhando para Minerva, obviamente nem mesmo deixando o Chefe da Grifinória entrar sem ele.

– Wattlebird. - disse Minerva, esperando impacientemente que a Mulher Gorda abrisse o retrato. Era um bom trabalho ela tinha uma memória tão boa, caso contrário ela não teria ficado muito feliz com o retrato. Do jeito que estava, havia sido mudado ontem, então felizmente a palavra ficou gravada em sua mente.

Minerva entrou na sala comunal, todos estavam conversando alto, alguns temerosos, muitos estavam apenas curiosos. Por que eles foram enviados para a sala comunal? Houve um ataque à escola? Tudo ia ficar bem? Os aurores estavam a caminho? Essas foram algumas poucas das centenas de perguntas que Minerva soube decifrar, a partir do bombardeio de depoimentos, de seus alunos do primeiro ano em diante.

– SILÊNCIO! - gritou Minerva, e imediatamente os alunos ficaram quietos, não querendo evocar a ira de seu chefe de casa. Quando ela estava com raiva, ela tirava pontos, e sim, até mesmo deles. É algo que todos eles aprenderam cedo em sua educação em Hogwarts. Na verdade, ela era mais dura com eles, às vezes os deixava um tanto desconcertados. No entanto, à medida que envelheciam, sentiam respeito pelo chefe da casa. – Sr. Potter, Srta. Potter, por favor, me sigam.

Todos se viraram para olhar para Nick que, relutantemente, como lhe disseram, voltou para a Sala Comunal. Todos eles o encararam com curiosidade e um pouco zangados, presumindo que ele soubesse o que estava acontecendo e por que eles foram enviados para cá em vez do Salão Principal. Nick passou por todos eles, seu rosto desprovido de qualquer emoção, um lado que eles descobriram recentemente sobre Nick Potter. Eles não prestaram atenção a Roxy, eles nunca prestaram realmente. Em pouco tempo, o Retrato foi fechado novamente e eles não puderam ouvir nada, uma vez que a Professora McGonagall foi embora, o barulho voltou a subir. Desta vez, Nick Potter estava sendo mencionado, todos eles se perguntando por que, dentre todos, eles o haviam levado.

– Professora, o que está acontecendo? - perguntou Nick após cinco minutos de silêncio, enquanto ele e sua irmã eram levados para o outro lado do castelo. Roxy não parecia com humor para fazer perguntas, ou isso ou ela estava muito preocupada. Não demorou muito para que percebessem para onde exatamente estavam indo. Como o escritório do diretor parecia surgir diante deles muito rapidamente. Nenhuma das crianças prestou atenção à senha, pois seus corações estavam cheios de pavor. Ambos sendo convocados pelo Diretor, não podiam e não seriam boas notícias. Os dois se encararam, provavelmente se vendo bem em muito tempo. Em uníssono eles pisaram na gárgula em movimento, seus corações batendo descontroladamente enquanto eles entravam no escritório do Diretor que parecia da Grifinória. Se ninguém soubesse tudo eles precisavam fazer era olhar para o escritório dele para saber onde Alvo Dumbledore fora colocado em Hogwarts. Do jeito que estava, não havia uma criança que não conhecesse Alvo Dumbledore. Até mesmo os nascidos trouxas leram sobre ele antes de pisar em Hogwarts.

– Por favor, sentem-se. - disse Alvo parecendo ter envelhecido dez anos desde o café da manhã. Ele não gostava dessa parte de ser um diretor, a única coisa pior do que isso, foi informar os pais sobre a morte de seu filho. Mesmo antes de sua posse como Diretor, ele foi forçado a fazer isso. O diretor anterior, Armando Dippet, o havia deixado para contar ao pobre Sr. e à Sra. Myrtle sobre a filha deles. Desnecessário dizer que não ficou mais fácil com o passar dos anos. – Gota de limão? - ele os ofereceu, cansado, tentando retardá-lo o máximo possível.

– Obrigada Diretor. - disse Roxy aceitando o doce, ela, ao contrário do resto deles, adorava doces azedos. Ela sempre comprava quando podia, principalmente limão bon-bon. Seu irmão, entretanto, recusou o doce, balançando a cabeça em silêncio, ele estava assim há um tempo.

– O que está acontecendo? Por que fomos chamados aqui? A professora não disse. - disse Nick, dissuadindo as tentativas de Dumbledore de tentar atrasar o inevitável. Os lábios de Minerva franziram levemente com o desrespeito, mas considerando o que seria revelado, simplesmente não havia sentido. As pobres crianças iriam para o inferno na terra, mas fariam todo o possível para ajudá-los a superá-lo. Se tal coisa pudesse realmente ser superada.

– Eu tenho algumas informações bastante perturbadoras para compartilhar com vocês. - disse Dumbledore pigarreando, engolindo a gota de limão amargo, antes de explicar melhor sua face dolorida. – Houve um incidente em Hogwarts hoje, envolvendo sua mãe e ... seu irmão. - Harry ainda era deles irmão e deveria ser tratado como tal. Ele não gostava de ver irmãos brigando como Roxy e Nick. Ele sabia por experiência própria que isso poderia destruir você, ele e seu próprio irmão nunca foram realmente capazes de dizer palavras gentis um ao outro, desde sua irmã ... não, ele se recusou a insistir nisso. Não importa quantos anos se passaram, a culpa não havia diminuído. Ele gostaria que ele e Aberforth tivessem um relacionamento decente, como outros que ele viu ao longo dos anos. Pensamento positivo, infelizmente,

– O que aconteceu? - perguntou Nick sentando-se direito seus olhos se estreitaram, o que diabos tinha acontecido?

– O que ele fez? - perguntou Roxy, já presumindo que a culpa era de Harry.

– Harry não fez nada, ele foi a vítima do ataque, e eu não quero ouvir uma palavra dita contra ele, entendeu? - disse Minerva severamente, ela tinha acabado de apostar com Dumbledore.

– Harry não tem culpa pelo que está acontecendo Srta. Potter, ele não é um adulto, ele é um menino, seu irmão, um menino que foi criado na mesma casa que você desde que nasceu. Eu não saiba por que ou como você pode culpar ele por tudo o que aconteceu, mas isso deve parar. - disse Alvo seu brilho visivelmente ausente. – Sua mãe e seu pai estão errados em culpar ele, mas, infelizmente, às vezes, alguém só precisa ter alguém para culpar por seu infortúnio e isso gera ódio. - ele deveria saber, ele passou por isso.

Roxy ficou boquiaberto, incapaz de acreditar no que ele estava dizendo. Mesmo assim, as palavras do chapéu penetraram em sua consciência, ela poderia ter sido colocada na Corvinal. No fundo, ela sempre temeu ser uma pária como Harry. Isso realmente significava que seus pais estavam errados? Se eles estivessem errados ... significava que ela deveria ter ouvido o chapéu. Ela deveria ter ido para onde era seu lugar. Um bruxo tão poderoso não poderia estar errado, o Professor Dumbledore não mentiria. Foi um soco no estômago ouvir essas palavras, e ela finalmente entendeu as palavras de Nick de antes. Os óculos cor de rosa que ela sempre usava foram quebrados em um milhão de pedaços como a verdade, o mundo real finalmente afiado em foco.

– O que aconteceu? Ele está bem? - perguntou Nick, olhando para Dumbledore quase urgente por notícias sobre seu irmão. Emancipado ou não, chefe de sua linhagem familiar ou não, Harry era seu irmão. Alguém que ele decepcionou mais do que qualquer irmão deveria. Ele sabia que Harry nunca o perdoaria e não podia culpá-lo. Isso não impediu que seus novos sentimentos surgissem.

– Ele não estava fisicamente ferido. - disse Dumbledore escolhendo as palavras com cuidado. – Temo que seja mais mental do que qualquer coisa. - ok, ele estava puxando para fora agora, e Minerva estava olhando para ele com exasperação. Se ele não contasse logo, ele sabia que ela se intrometeria e diria ela mesma. Minerva podia ser bastante ... direta quando queria, então ele se apressou.

– Mentalmente? - perguntou Roxy olhando fixamente para Dumbledore, sem entender do que ele estava falando. Eles pareciam esquecer que ela tinha apenas 12 anos, apenas no segundo ano em Hogwarts.

– Temo que sua mãe tenha sido acusada e levada ao Ministério enquanto se aguarda uma investigação. - disse Alvo colocando o máximo possível de conforto em suas palavras, na esperança de aliviar o golpe.

– O que aconteceu? - perguntou Nick levantando-se, ficando bastante irritado com a correria que eles estavam sendo alimentados por Alvo Dumbledore. Sua mãe foi presa e Harry mentalmente ferido, o que poderia ser pior do que isso? E obviamente havia se Dumbledore ainda estava falando.

– Sua mãe, temo dizer que tentou usar uma maldição imperdoável dentro das paredes de Hogwarts. Ela tentou usar a maldição Cruciatus no Sr. Harry Peverell exatamente trinta e cinco minutos atrás. - disse Minerva, ela deu a Dumbledore aviso suficiente e tempo para contar a eles. Ela não acreditava em mimá-los, bem, não a menos que eles precisassem.

– Tentou? Então ela não machucou Harry? - perguntou Nick, bem, pelo menos isso era alguma coisa. Significava que Harry não havia se machucado e sua mãe poderia pegar leve. Mesmo Nick não entendeu a extensão total da punição que espera as pessoas que usam as Imperdoáveis. Então, novamente, por que ele deveria? Por quase toda sua vida ele foi protegido da feiura do mundo. Ele experimentou isso pela primeira vez quando tinha quatorze anos, não apenas por Voldemort, mas por todos quando suas ações foram reveladas.

– Não, Harry conseguiu sair do caminho. - disse Minerva vendo que Dumbledore estava de mau humor.

– Então por que ele está ferido mentalmente? - perguntou Roxy.

Nick fechou os olhos com a declaração estúpida de sua irmã, mas ela era jovem, ela aprenderia. Mais cedo ou mais tarde, mas a julgar pelos eventos que estavam acontecendo, seria muito mais cedo do que ele desejava para sua irmã. Ele os abriu para ver Albus e Minerva olhando para ela, de uma forma que gritou 'Eu mal posso acreditar no que estou ouvindo'.

– Roxy, seu irmão estava prestes a ser atingido por um feitiço que teria causado a ele uma quantidade inimaginável de dor. Dor que você só poderia sonhar e rezar para que nunca experimente. Uma dor que infelizmente seu irmão está muito familiarizado. Como você estão sem dúvida cientes de que ele foi amaldiçoado por Lord Voldemort e por seus Comensais da Morte quando foi mantido em cativeiro por três dias, antes de milagrosamente conseguir escapar. - disse Alvo olhando para a garota por cima de seus óculos de meia-lua, que estavam como sempre empoleirados em seu nariz excessivamente grande.

– Por que ela fez isso? - perguntou Nick com cautela, por que ela faria isso? Como ela pôde fazer isso? Seus pais sempre foram tão leves e fortes, com grandes valores. Eles sempre foram contra qualquer feitiço não considerado da 'Luz'. Mesmo que ele não tinha aprendido nenhum feitiço que fosse considerado das trevas ainda. Seus pais não permitiriam, ele mal podia acreditar o quão longe sua mãe havia caído.

– Sinto muito, Nick, infelizmente essa é uma pergunta que não podemos responder, apenas sua mãe pode. - disse Minerva, olhando para eles solenemente.

– Todo mundo sabe? - perguntou Nick, encolhendo-se ao pensar no que as pessoas diriam agora. Os jornais iam enlouquecer, ele seria odiado de novo? Embora, na verdade, ele não pudesse se importar menos. Ele aprendeu tarde demais que as pessoas que ele considerava amigos, na verdade não eram. Não, eles andavam com ele por sua fama e pela atenção que isso lhes traria.

– Receio que alguns alunos saibam que não sei se viram tudo ou apenas o resultado final. Posso dizer que vai sair no jornal, mesmo eu não tenho o poder de impedir que isso saia. - disse Alvo.

Minerva deu a Dumbledore um olhar que dizia muitas coisas, mas a principal era 'ela não o teria deixado ficar quieto'. Ela tinha visto o que isso fez com Severus anos atrás, que o levou por um caminho que era escuro e inevitavelmente o levou a se tornar um Comensal da Morte. Ela não havia pensado nas repercussões de sua decisão de apoiar Dumbledore, garantindo que Severus ficasse quieto sobre Remus. Ela havia aprendido com seus erros e se recusava a ver isso acontecer novamente. Ela nunca deixaria isso acontecer com outro aluno, não importando sua casa ou reputação. Alguém tão poderoso quanto Harry, bem, ela temia pensar no que ele poderia fazer ao lado de Voldemort. Ela estava grata por ele parecer ter valores sólidos, especialmente para um garoto de dezesseis anos. Ela precisaria usar o Flu para falar Severus e descobrir como o adolescente estava.

– O que vai acontecer com minha mãe? - perguntou Roxy, seus olhos castanhos brilhando de medo e pavor.

Albus suspirou tristemente, olhando para as crianças com pena.

– Eu não sei, o castigo por usar as Imperdoáveis ​​é Azkaban. - ambos os alunos estremeceram com a palavra, e todos os alunos reagiram dessa forma. Azkaban não era um bom lugar para se estar, na verdade, era o inferno na terra. Quase ninguém saiu disso com sua sanidade intacta.

– NÃO! - gritou Roxy em negação, uma lágrima escorrendo pelo rosto, não importa o quanto ela estivesse com raiva de sua mãe e seu pai agora. Não importava porque no final do dia eles ainda eram seus pais.

– Eu sinto muito, meus queridos. - disse Albus, e ele realmente parecia. – Você gostaria de passar um tempo com seu pai? - ele não teria permissão para chegar perto do caso e seus filhos precisariam dele.

– Posso ir? - perguntou Nick, levantando-se, seus olhos estavam selvagens, pela primeira vez em sua vida ele se sentiu claustrofóbico, como se as paredes do escritório do diretor estivessem se fechando em torno dele. Ele tinha que fugir, ele não agüentava muito mais isso, sua vida estava indo de mal a pior mais uma vez.

– Claro. - disse Alvo tristemente, observando o garoto de dezesseis anos sair correndo da sala. Como se o demônio estivesse em seus calcanhares. Sem dúvida, os dois filhos precisavam de tempo para enfrentar esse último golpe. Ele precisaria falar com todos os alunos, garantir que eles entendessem que deveriam deixar Roxy e Nick sozinhos.

– Vamos, Srta. Potter, vou levá-la de volta à sala comunal da Grifinória. - disse Minerva tristemente, a garota parecia tão perdida e solitária que seu coração estava partido por ela. Nada disso transparecia em seu rosto, ela nunca mostrava suas emoções.

– Está tudo bem. - resmungou Roxy, piscando para afastar as lágrimas. antes de se levantar e sair. Só que ela não tinha nenhuma intenção de voltar para sua sala comunal. Não, ela iria para onde se sentisse mais segura, a biblioteca. Aquilo se tornou um refúgio para ela, desde que ela pisou em Hogwarts. Ela não encontrou ninguém no caminho até lá, provavelmente todos ainda estavam em suas salas comunais.

 

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Severus Snape só conseguiu dormir algumas horas, cochilando quando inevitavelmente adormeceu ao lado da cama de Harry. Ele nunca tinha passado tanto tempo neste quarto antes, o quarto de Harry. Ele estava cansado, mas não muito, acostumado a longas e longas noites dormindo apenas algumas horas. Os raios de luz que invadiram o quarto de Harry o acordaram meia hora atrás. Agora ele estava terminando sua segunda xícara de café trazida por Dobby, que estava tão preocupado quanto ele com o jovem. Dobby adorava Harry, adorava o chão em que ele pisava, porque o salvou de morte certa e abuso. Ele não tinha ideia se o Ministério tinha sido informado, ele não tinha saído do quarto de Harry ou visto sua mãe.

Assim que ele estava colocando a xícara na mesinha de cabeceira, Harry finalmente começou a se mexer. Assim que levou Harry para casa, ele lhe deu uma Poção para Dormir Sem Sonhos. O mínimo que ele merecia era uma noite sem pesadelos horríveis. Ele poderia ter amaldiçoado Lily Potter pelo que ela fez. Como ela ousava tentar usar tal maldição em seu próprio filho? Não importava se ele estava emancipado, ele ainda tinha vindo de dentro dela. Ele era a única criança com os olhos dela, tornando mais do que óbvio quem era sua mãe. Olhos verdes como os de Harry e Lily não eram muito populares.

– Como você está se sentindo Harry? - perguntou Severus, quando os olhos verdes de Harry piscaram e se abriram, confusão momentânea em suas feições antes de ser substituída por vergonha. Vergonha pelo que Severus não sabia, mas planejava descobrir.

– Sinto muito. - disse Harry com desgosto revestindo sua voz. Ele não conseguia sequer olhar para Severus. Seu rosto estava cheio de derrota enquanto olhava para as cobertas da cama, perguntando-se quando seria mandado embora.

– Pelo que você sente muito Harry? - perguntou Severus baixinho, percebendo que não era hora de ser áspero com ele. Ao menos não até descobrir o que o estava incomodando. Embora ele certamente não se contivesse, se Harry estivesse se desculpando pelas ações de Lily Potter. Ele sabia que Harry tinha problemas com confiança, apesar das opções em contrário. Ele não achou que Harry iria superá-los, Harry pensou que seria expulso apenas por beijá-lo. Que ele, entre todas as pessoas, ficaria desgostoso com Harry por seu afeto. Ele nunca tinha visto ninguém com problemas de confiança tão profundos quanto os de Harry. Ele passou sua vida inteira ignorado e esquecido, apenas saindo das sombras há alguns anos. Harry ainda não sabia como lidar com as pessoas, ou a ideia delas querendo ser seu amigo. Ele não poderia nem consigo lidar com simpatia, tudo o que fez foi deixá-lo na defensiva. Imagine que ele se apaixonaria por alguém tão anti-social quanto ele, talvez até mais. Ele tinha alguns amigos e estava contente com isso, eles tinham sido seus amigos antes de ser reconhecido, o que provavelmente era a única razão pela qual eles ainda eram amigos em primeiro lugar. Ele percebeu as lágrimas no rosto de Harry e imediatamente se sentou na cama ao lado dele, enxugando-as, ele nunca tinha visto Harry chorar antes.

– Harry? Diga-me o que foi. - disse Severus gentilmente virando o rosto de Harry para que eles pudessem se olhar. Ele enxugou mais lágrimas que escorriam insistentemente por seu rosto. Parecia que uma represa havia rompido, quando o rosto de Harry se inundou.

– Sinto muito por ser fraco. - disse Harry, sua voz trêmula, incapaz de manter suas emoções sob controle, não importava o quanto tentasse.

– Como você pode pensar por um minuto que é fraco? - perguntou Severus, removendo as cobertas, sentando Harry. Harry era forte, um dos jovens mais fortes que Severus conhecia, e ele o admirava.

– Eu congelei. - respondeu Harry, incapaz de se conter, enquanto se voltava para o conforto oferecido pelo homem que amava. Um homem que ele sentia como se tivesse decepcionado muito. Como ele poderia lutar contra Voldemort se ele congelou quando alguém gritou a Maldição Cruciatus?

– Harry, você passou por algo extremamente traumático, algo que ninguém deveria passar. Você não é fraco para isso, você é forte, muito forte por ter passado pelo que passou e sobrevivido. - disse Severus, removendo a camisa de Harry, fazendo com que o adolescente se enrijecesse e protegesse o peito nu. – Isso não é algo para se envergonhar, na verdade, quando eu os vejo, me lembro o quão engenhoso e poderoso você é. Harry, eu amo você todo, não há nada sobre você que é vergonhoso ou fraco. - ele disse ao adolescente, seus dedos percorrendo as cicatrizes com reverência, mostrando o quanto ele queria dizer com suas palavras.

Harry mordeu o lábio, incapaz de evitar a maneira como estava reagindo, fazia muito tempo desde que alguém o tocou. Ninguém havia tocado suas cicatrizes, nem ele mesmo, ele se sentia tão envergonhado delas, era um lembrete constante do que havia acontecido. Ainda assim, enquanto Severus falava, ele se viu as vendo sob uma nova luz, é claro que demoraria mais de uma conversa para ele sentir a convicção. Um gemido gutural rasgou a boca de Harry quando os lábios de Severus beijaram suas cicatrizes. Cada uma delas recebeu o mesmo tratamento.

Com os olhos semicerrados, ele observou Severus perceber ou pensar que tinha ido longe demais. Ele se retirou imediatamente, mas seus olhos expressavam muito mais do que o homem provavelmente gostaria. Severus queria continuar tanto quanto ele queria. Severus abriu a boca para dizer algo, fosse o que fosse, Harry não sabia. Ele passou os braços em torno de Severus, aproximando-os, beijando-o desesperadamente, e precisando disso mais do que ar para respirar. Usando o momento de surpresa, para ganhar vantagem.

– Harry, Harry pare. - disse Severus afastando a boca, mas parecia incapaz de se desvencilhar de Harry completamente. – Você acabou de passar por uma provação muito difícil, não está pensando direito. Não farei nada com você de que possa arrependerá mais tarde. - era uma desculpa esfarrapada e ele sabia disso. – Você está vulnerável agora, eu nunca seria capaz de me perdoar. - esta desculpa, entretanto, era a verdade. Ele reprimiu uma maldição quando Harry se arqueou contra ele, pressionando sua dureza juntos. Ele se sentia como um adolescente, mas de que outra forma poderia reagir quando alguém tão lindo quanto Harry se enrolava embaixo dele desesperadamente.

– Por favor, por favor, por favor, não pare, por favor. - murmurou Harry, seus olhos verdes cheios de desespero. Por que Severus não entendeu que ele precisava disso? Queria isso? Ele precisava se sentir querido pelo menos uma vez na vida. Ele queria ser cuidado, querido, Merlin, ele só precisava de alguém para cuidar dele por um tempo. Ele estava tão cansado de tudo, bem aqui ele poderia ser ele mesmo, e pela primeira vez Harry percebeu isso. Pela primeira vez desde criança, ele derramou lágrimas e Severus não o achou fraco.

Harry pode ver a determinação de Severus enfraquecendo, então ele acrescentou uma coisa que pode garantir que ele seja capaz de terminar o que eles começaram.

– Não temos que ir até o fim, apenas me ame ... por favor. - ele implorou mais uma vez. Olhando diretamente nos olhos de Severus, transmitindo todas as suas emoções em um olhar ardente e desesperado.

Assim que Harry pronunciou aquela única declaração, ele sabia que não poderia negar a Harry algo que ele obviamente precisava. Jogando avisos ao vento, incapaz de negar a si mesmo. Quem estava desejando tão desesperadamente por ele, implorando por mais? Tomando os lábios de Harry em um beijo desesperado e exigente, engolindo seus gemidos, enquanto raspava seus quadris contra os de Harry o mais forte que podia. Ele estava feliz por ter autocontrole, caso contrário, o miado e implorando que Harry estava fazendo o teria levado ao limite há muito tempo.

Harry se sentia como se estivesse no céu, ele sempre preferiu por ficar em baixo. Receber em vez de dar prazer. Isso o fez se sentir especial, desejado e estimado, todas essas coisas que ele estava tão desesperado para sentir. Ele havia feito algumas vezes com Viktor apenas para ver como era. Embora houvesse pouca dúvida de que tinha sido uma cobertura agradável, não foi nem de longe tão alucinante quanto ter sido tomado. Harry envolveu suas pernas em torno de Severus, enquanto os dois se afastavam para recuperar o fôlego. Ele queria tirar todas as roupas de Severus, mas não queria correr o risco de ele parar, então se conteve. Em vez disso, seus braços apenas penetraram na roupa de dormir de Severus. Sentindo seu orgasmo se aproximando, apenas ouvindo o gemido de Severus ao contato pele com pele. Ver Severus tão desarrumado, tudo por causa dele, o fazia sentir como se pudesse voar para a lua sem uma vassoura. Isso é o que ele mais amava, isso o fez se sentir bem consigo mesmo, e ainda melhor que alguém se importava o suficiente para querer isso.

Harry beijou desesperadamente o pescoço de Severus o mais longe que pôde, sem roupas obstruindo suas ações. Fechando os olhos, enrijecendo-se completamente ao sentir que estava vindo, ele mordeu o ombro de Severus, abafando seu gemido de êxtase enquanto se perdia com o homem que amava. Ele não parou de se mover, apesar da súbita exaustão, querendo ver a expressão no rosto de Severus quando ele gozasse também. Seus dedos puxaram os mamilos de Severus, fazendo Severus gemer e encontrar seus lábios novamente. O beijo deles desta vez foi frenético, possessivo, e então Severus gemeu, suas testas unidas enquanto Harry conseguia ver a expressão de êxtase no rosto de Severus. Mudou todas as suas feições, suavizou-as, depois tudo o que se ouvia era o som da respiração difícil.

Severus se deitou no lado livre da cama de Harry, seu controle mais uma vez quase recuado. Ele lançou um feitiço de limpeza sobre eles, sabendo o quão irritante poderia ser se permanecesse ali por muito tempo. Harry não perdeu tempo em se enrolar em torno de Severus, aparentemente ainda desesperado por contato. Severus não podia negar nada a ele, não depois do recente susto.

– Você não lidou com o que aconteceu, não é Harry? Você apenas suprimiu. - afirmou Severus, seus dedos correndo automaticamente pelos longos fios de cabelo de Harry. Era mais longo que o dele e menos administrável, mas Harry estava deslumbrante com ele. Ele não iria admitir para ninguém, mas finalmente estar segurando Harry assim era um alívio. Ele estava tão cansado de lutar contra seus sentimentos e o problema da idade de Harry não parecia mostrar sua cara feia. Ele sempre pensou que seria, que o faria sentir-se enojado. Afinal, Harry tinha apenas dezesseis anos e ele tinha praticamente o dobro de sua idade. Talvez fosse porque Harry sabia o que queria, ele tinha idade suficiente para saber, e ele esperou por ele o fez perceber isso. Ele não tinha intenção de ir mais longe do que estava, se Harry ainda estivesse por perto quando tinha dezessete anos, um adulto, ele continuariam.

– É a única maneira que eu conheço. - admitiu Harry calmamente, ele se sentia tão feliz, apesar da conversa. Depois de quase dois anos, ele tinha o homem que amava exatamente onde queria. Ele só podia esperar que Severus não se arrependesse, pois machucaria mais do que Severus dizer não para começar.

Severus silenciosamente acenou com a cabeça, parecia que Harry não sabia como lidar com nada. Então ele simplesmente fechou, trancou no fundo de sua mente, recusando-se a pensar nisso. Ele precisava falar com alguém, alguém que pudesse ouvi-lo sem interferir e deixá-lo contar o que aconteceu. Ele precisava de um curador mental, ele não tinha certeza de como abordar esse assunto. Harry pode pensar que havia algo errado com ele, tudo o que foi dito foi evidentemente analisado e interpretado literalmente. Então ele percebeu algo …

– Harry você substituiu suas memórias depois que o Ministério acabou com elas?

– Não. - respondeu o sonolento, embora saciado.

Severus fechou os olhos exasperado, não era de se admirar que ele não tivesse sido capaz de lidar com isso. Ele não colocou as memórias de volta, ele não lidou com isso. Você não conseguiria lidar com isso se apenas sentisse emoções e sentimentos fantasmagóricos associados às memórias que estavam faltando. Não era de se admirar que ele congelou, ele teria que substituí-las, mas agora talvez não fosse o melhor dos tempos.

– Durma Harry. - disse Severus, olhando para o jovem, que o amava. Seu coração deu um salto ao vê-lo assim, ele parecia tão inocente, angelical até, nem um pouco quebrado ou ferido pelo mundo ao seu redor. No entanto, ele era, terrivelmente, mais do que pensava ser. Ele sempre estaria lá para Harry quando ele precisasse dele, pelo tempo que ele quisesse.

Abraçou Harry possessivamente, querendo mantê-lo a salvo dos horrores do mundo, mas incapaz de fazê-lo. Seus olhos ficaram pesados ​​enquanto observava Harry, até que ele também sucumbiu à grande necessidade de dormir. Depois de uma noite quase toda sem dormir, por parte de Severus, de braços dados, Harry dormiu pacificamente, livre das emoções turbulentas que o atormentavam. Seguro nos braços do homem que amava acima de tudo e além da imaginação de ninguém. Não seria uma jornada fácil, no final seu amor seria testado além de todos os limites, além da resistência. A maior questão é: Severus era forte o suficiente para os dois verem isso? Harry era forte o suficiente para fazer o que precisava ser feito para que eles pudessem ter alguma esperança de um futuro? Haveria futuro para os amantes? Essas perguntas não importavam agora para as figuras adormecidas entrelaçadas nos braços uma da outra.



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