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História Ir ou não? Eis a questão. - Ele


Escrita por: Araujs

Notas do Autor


3 capitulo espero que gostem ♡

Capítulo 3 - Ele


Fanfic / Fanfiction Ir ou não? Eis a questão. - Ele

Cheguei em casa, passei correndo por Beth e fui direto para meu quarto ligar para minha mãe, coisa que eu deveria ter feito no dia anterior e acabei esquecendo. 

 - Ela atende a ligação no terceiro toque. —  Alô? Olly? É você filha?. - Percebo sua voz preocupada. 

 — Sim mãe, me desculpe por não ter ligado ontem, acabei dormindo e... 

 - Ela me interrompe. — Fiquei preocupada filha, nós combinamos que você me ligaria todos os dias lembra? Está tudo bem por aí? Beth está aí com você? "Saímos em 10 minutos" - uma voz autoritária surge no fundo da ligação.

— Sim mãe, estou bem, Beth está na cozinha e eu no meu quarto... Você volta quando? - Não pude conter minha voz triste.

—  Eu pretendo voltar essa semana ainda filha, tudo depende das coisas aqui, você sabe, se dependesse de mim seria diferente. - Percebi uma certa tristeza na voz dela.

— Sem problemas... Amo você. - Tentei melhorar o clima. 

- um breve silêncio nos interrompe. — Eu também te amo muito, você sabe disso. Se cuide ok? Não saia de casa a noite, principalmente sozinha, mantenha a casa trancada e não abra para nenhum desconhecido. Não sei o que faria se algo acontecesse a você. Promete para mim que vai se cuidar enquanto eu estiver fora? Um curto silêncio é mantido.

 — Ok, eu prometo mãe. Só liguei para dizer que está tudo bem, e que estou com saudades... Sei que está ocupada e não quero te prejudicar. Amanhã ligarei novamente. - disfarcei a tristeza, na verdade não queria desligar. 

— Eu tenho que ir, beijos Olly irei avisar quando eu voltar para casa, estou morrendo de saudades também, beijos, amo você.

 Desliguei o telefone com o coração na mão e fui tomar outro banho, não lanchei e estava morrendo de fome, era quase duas horas da tarde. Disse a Amy que sairia com ela essa noite, não avisei mamãe pois sei que ela não deixaria, ela deixou isso bem claro, se tornou superprotetora depois de tudo que passamos, não a culpo por isso, mas estaria com Amy, nada de ruim poderia acontecer.

 Saí do banho, coloquei uma roupa mais confortável e antes de descer guardei minha bolsa, tirei o diário deixando a última pagina cair, arranquei pois tinha o número dele, não queria que ninguém visse. E novamente li aquela mensagem. "Ligo ou não? mando mensagem?" Perguntava a mim. Passei alguns minutos nessa briga comigo mesma até que enfim resolvi mandar uma mensagem. "Afinal, leu ou não meu diário? " acho que só isso. Cliquei em enviar, fiquei um tempo olhando para a tela esperando algum sinal.. 

 — Ele não vai ver agora.. Joguei o celular na cama e desci verde de fome, apesar que quase não consigo comer de ansiedade, enquanto estava sentada no sofá, aquela cena rodava várias e várias vezes e não saia da minha cabeça, os livros no chão, os olhos, sorriso, a mensagem no diário, um pouco estranho até, principalmente por não conhecê-lo, provavelmente aquela foi a primeira e última vez que o vi. Tento me distrair um pouco com a televisão mas não adiantou de nada, subo para meu quarto, talvez dormir ajude. Meu celular está em cima da minha cama, ligo ele a tem a notificação de uma mensagem. Senti um calafrio e um nó na barriga, as típicas "borboletas no estômago" que aparecem quando você está ansioso ou nervoso (no bom sentido) com alguma coisa. Abro a mensagem, era dele

 "Olha quem resolveu mandar mensagem mesmo, já sabia! Confesso que quase perco as esperanças, finalmente haha"  

Meu coração disparou, minhas mãos começaram a suar e senti o rosto queimar, sem dúvidas minhas bochechas estavam coradas. Minha sorte estar sozinha no quarto e não em público. Sem perceber um sorriso surgiu no canto da minha boca, eu nem o conheço direito para o efeito que ele me causa.

 Fechei os olhos e respirei fundo antes de tomar coragem para responder, por um instante, pareceu ser a coisa mais difícil que eu faria na minha vida.

 "Como sabia que eu mandaria mensagem mesmo? Eu poderia não ter mandado e ter rasgado a última folha do meu diário... poderia ter acontecido

 Enviei e chegou outra notificação 2 minutos depois.

 "Sei lá.. Eu só sabia haha. Sim... poderia ter acontecido mas não foi o que aconteceu, não é Olivia? Ou melhor... Olly."

 Confesso que me assustei por ele saber meu apelido, será que ele é algum tipo de detetive? estranhei de verdade mas respondi em sequência. 

 "Agora tenho certeza que leu meu diário, sabe meu nome, apelido... o que mais sabe sobre mim?" 

 Tentei jogar verde para saber se descobriria algo, ele responde em poucos minutos. 

 "Sei o suficiente para te achar incrível, mas só posso afirmar mesmo que é a menina mais bonita que eu já atropelei

 Sinto meu coração acelerar e minha pele corar outra vez. Não tanto pelas mensagens ma também por imaginar a possibilidade dele ter lido meu diário e agora saber tudo sobre mim, todos os segredos, antigos amores, micos e tudo que meu diário sabe.

 "Bom, se fui a mais bonita então não foram muitas não é mesmo?

 Achei pesado da minha parte porém queria muito ver ele responder essa. A mensagem chega em sequência.

 "Talvez sim... talvez não

 Respondeu mais rápido do que eu esperava. Tentei mudar o assunto da conversa

 "Já que sabe meu nome, por que não me diz o seu?

 Na verdade eu já sabia, escutei o guarda gritar no campo verde de Harvard, enquanto corria atrás dele, precisava saber se estava sendo honesto. 

 "Vamos fazer um jogo, você tenta adivinhar meu nome, se não acertar eu te falo pessoalmente. Topa? 3 chances.

 Eu até poderia fingir não saber e errar propositalmente, mas não resisti essa.

 "Hmm que misterioso... deixa eu pensar... seria uma pena dizer que escutei o guarda te chamar e acabar com esse suspense não é Dilan?"

 Ele demora alguns minutos para responder, acho que dessa o surpreendi.

 "Amn... você é boa nisso haha. Que pena... adoraria te falar pessoalmente.

 Outra mensagem chega em sequência

 "Mas e aí? Olivia Clark... Está em casa? Tem planos para hoje?

 Talvez ele saiba mais de mim do que eu possa imaginar.

 "Estou em casa no momento e irei sair com minha melhor amiga hoje a noite"

Espero, Amy anda com uma mania chata de desmarcar compromissos, principalmente comigo.

 "Legal... Sair as vezes faz bem, fiquei feliz por receber sua mensagem, espero que se divirta hoje a noite, estarei resolvendo alguns problemas universitários... E acho melhor já começar... Beijão Olly, sonhe comigo"

 Li a última mensagem umas dez vezes, não respondi, coloquei o celular no carregador e comecei a pensar na vida, em algumas horas Amy passaria aqui para me buscar, essa conversa durou mais tempo do que eu imaginei, e pareceu durar minutos... 

Comecei a me arrumar, coloquei uma calça jeans preta, uma blusa branca que combinavam com meus tênis brancos. Tentei deixar meu cabelo o mais arrumado possível, mantendo meu coque de sempre, puxei alguns fios na frente e voilà. Peguei meu celular e desci até a sala, Beth já havia saído, sentei no sofá a espera de Amy, em poucos minutos ela buzina em frente a minha casa, peguei uma bolsa cinza pequena, passei pelo pescoço, coloquei o celular dentro e a deixei de lado na cintura, peguei as chaves de casa e entrei no carro. Amy usava uma saia preta, um pouco acima do joelho e uma blusa listrada preto com branco que valorizou muito o corpo dela, não usava blusa de frio, com certeza estava no banco do carro, um pequeno uno vermelho, simples mas que já nos ajudou muito. 

 Depois de quase meia hora ela estaciona o uno em uma rua escura, iluminada apenas por umas luzes fortes piscando aonde seria a tal festa onde íamos. Ao sair do carro avisto um meio prédio de onde vinha as tais luzes e muita gente entrando e saindo.

 — Vem. - Amy pega minha mão me levando até o local. 

 Passamos por um pequeno gramado onde havia jovens para todo lado, alguns bebendo, outros se pegando ou fumando, todos nos encaravam enquanto passávamos por eles, cheguei a ter a impressão que só eu reparei naquilo. As luzes lá dentro eram bem mais fortes, havia algumas mesas de sinuca, um balcão enorme de um bar, musica alta, tão alta que não dava para decifrar o que estava tocando, tinha uma pista também e algumas pessoas dançando, provavelmente todos bêbados. Entramos e sentamos em uma mesa próxima ao bar.

 — Vai querer alguma coisa? Sou especialista em enrolar o rapaz que trabalha no bar, ele nem vai pedir identidade - disse amy para mim quase gritando por conta da musica alta.

 — Não, obrigada. - Respondi. 

 - Então eu já volto, tem um gatinho olhando desde que entramos, conheci ele a alguns dias e marquei de encontrá-lo aqui, vou falar com ele. Nos encontramos em duas horas na saída, tudo bem para você?

 Pensei um pouco na possibilidade de ficar sozinha em um lugar totalmente desconhecido mas percebi que ela estava realmente interessada no tal gatinho que a encarava que a deixei ir. Eu estava com meu celular, qualquer coisa era só ligar para ela afinal.

 — Promete não sumir! Deixe o celular ligado e não me esqueça aqui por favor, estarei te esperando na saída no horário combinado. 

 - Ela sorri agradecida. — Pode deixar, beijos baby. - Ela se virou e sumiu na multidão de gente

 Por alguns minutos, sentada sozinha na mesa, fiquei imaginando o que havia dado na minha cabeça para ter aceitado vir com ela para esse lugar, aquele monte de jovens, bêbados se pegando e brigando só fez com que eu me sentisse ainda mais sozinha, eu só queria voltar para minha casa, ligar para minha mãe e escutar a voz dela antes de ir dormir.  Aquele lugar estava me dando um pressentimento muito ruim, pensei em algum lugar mais calmo para telefonar para Amy, resolvi ir ao banheiro primeiro, não para usar, só por ir mesmo, queria estar em um lugar mais vazio e menos barulhento o possível, na volta falaria com com ela e voltaria para casa, ruim no momento seria achar o banheiro daquele lugar, o jeito seria procurar mesmo. 

Me levanto e entro no meio da multidão, algumas pessoas pisam no meu pé outros me empurram, teve até alguns garotos que me agarravam enquanto dançavam, um verdadeiro sacrifício até chegar em algum lugar mais vazio. Começo a procurar placas em portas, qualquer coisa semelhanta a "banheiro feminino", ou talvez alguma fila de mulheres em cada canto daquele lugar escuro com luzes fortes que piscavam e não ajudavam muito quem quisesse parar para ler algo ali. 

De repente sinto alguém pegar em meu braço mas não vejo quem, como já falei, as luzes atrapalhavam qualquer tentativa de ver algo, uma sombra alta surge atrás de mim, me viro e tento forçar a vista para ver quem é. Me surpreendo com quem vejo.

 — Perdida Olly?  


Notas Finais


Quem será que pegou no braço de Olivia?? Logo mais estarei postando o quarto capítulo, espero que gostem também ♡♡


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