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História Irmãos até que o amor nos separe - Amigo enjaulado.


Escrita por: Jeff-Sama

Notas do Autor


Olá pessoas!

No capítulo anterior, nossa querida Mira foi acusada de sabotagem.
Acho que nenhum de vocês acredita que pode mesmo ter sido ela a culpada, né?
Será que foi...?

Boa leitura.

Capítulo 28 - Amigo enjaulado.


Fanfic / Fanfiction Irmãos até que o amor nos separe - Amigo enjaulado.

 

Autor

― Mas... Quem ficou responsável pela nossa urna... Foi você, Mira.

Lucy se arrepia completamente. A tensão dominava toda a quadra. Só então ela se vira para ver como estava a albina. Mirajane havia conseguido ficar mais branca do que já era, e tremia bastante enquanto seus olhos ameaçavam desaguar.

O burburinho se torna alvoroço, e logo vaias soam de todas as direções. Para Erza e seus companheiros de chapa, aquilo estava sendo insuportável de se presenciar, mas nenhum deles estava sofrendo a mesma coisa que Mirajane. A visão dela começa a ficar escura, e sua cabeça a doer bastante.

― Miraaaa! ― Lucy explana agarrando-a quando percebe que ela iria dar de cara com a mesa. Sua amiga havia desmaiado. ― Meu Deus, Mira!!

― Mira, o que está sentindo?! ― Erza se levanta apressadamente para chegar até ela, quase tombando. ― Diretora, minha amiga desmaiou! Depressa, precisamos leva-la até a enfermaria!

― Algum dos professores, por favor, ajudem a levar a aluna até a enfermaria! E peço que todos se mantenham sentados em seus lugares, sem mais baderna. ― Mavis diz ao microfone, indo até lá em seguida.

Ainda assim já havia um amontoado de pessoas ao redor da mesa. A diretora se surpreende quando chega e vê um determinado aluno com a desmaiada nos braços.

― Saiam da frente, ela precisa respirar. ― Natsu diz, carregando-a para fora do aglomerado. ― Onde que fica essa enfermaria, preciso que alguém vá me dizendo.

― Eu vou com vocês! ― Lucy se prontifica, indo na frente do rosado.

Logo atrás deles corriam Erza e Mavis.

― Caros alunos, peço que contenham suas curiosidades e não saiam de seus lugares, assim como ordenou nossa querida diretora. ― Lummy diz ao microfone, tomando gosto por poder ouvir sua voz soar pelos autofalantes. Ela faz pigarro e logo dá um sorrisinho. ― Para acalmar os nervos de todos vocês, vou cantar um trecho de uma música que aprendi na minha cidade natal. Lá vai: Vai dormir querido leãozinho, pode até sonhaaar... Pois quando você cresceeer, rei vai se tornaaar!

 

~ * ~

Tudo ainda estava um pouco embaçado em sua vista, e a dor de cabeça não passara de uma vez, mas agora ela se sentia melhor. Já não tremia e suava frio pelo menos.

― Lucy... Erza... Onde estou?

― Mirinha, graças a Deus você acordou!

A loira sente seu coração mais calmo. Não imaginava que algo assim poderia acontecer com uma de suas amigas, ainda mais se tratando da mais dócil delas.

Erza lhe mostra um sorriso pequeno, também muito aliviada. E então passa a mão na testa da albina, fazendo-lhe um carinho.

― Amiga, está tudo bem agora. Você está na enfermaria. Desmaiou quando todo mundo ficou gritando aquelas coisas horrorosas para todas nós... Mas não se preocupe.

― Erza... ― Seus olhos se molham de novo. Ela estende a mão, e a ruiva a segura gentilmente. ― Não fui eu quem colocou aquelas fichas dentro da nossa urna, por favor, acredite em mim.

― Eu acredito em você, minha adorável amiga. Nós duas acreditamos em você, e pode ter certeza que vou descobrir quem foi o responsável por aquilo!

Ela se sente mais tranquila ao ouvir tais palavras, e volta a repousar. Seus olhos vão rapidamente na direção da porta quando ela nota a presença de mais uma pessoa ali.

― Na-Natsu?

O rosado permanece parado, de braços cruzados. Decide sair de lá, pois estava só esperando que ela acordasse para ter certeza de que estava bem. A garota o faz parar antes de ele cruzar a saída, chamando-o mais uma vez.

― Natsu... Por que você também está aqui?

Ele olha instigante para Lucy, que apenas assente de forma discreta. Fecha a porta de novo, logo chega até a cama.

― Porque não me entra na cabeça que cê tenha feito uma sacanagem daquela com tuas amigas, garota caramelo. ― Sua expressão era séria. Mirajane continua fitando-o, de cabeça longe, vermelha. ― Aquela tal de Sonya mentiu, eu percebi isso na voz dela, pela forma como parecia se conter antes de falar.

Lucy dá uns tapinhas na cabeça dele.

― Não é só por isso que ele estava aqui, Mirinha. Natsu ficou preocupado com você, e foi ele que te trouxe até aqui nos braços... ― A loira faz uma carinha safada. ― Como se estivesse carregando sua noiva.

Mirajane arregala os olhos, mais perdida do que agulha em palheiro com aquela informação. Natsu também não consegue se conter, e desvia o olhar para o chão, para que ela não o visse corar.

― Fadinha, que que cê quer dizendo uma besteira dessa? Apenas me apressei para trazer a garota caramelo logo até aqui, já que mais ninguém parecia querer fazer isso.

― De toda forma, achei bem cavalheiro da sua parte. ― A loira sorri, vendo-o ainda mais nervoso. Natsu dá as costas. ― Vai voltar para a quadra?

― Sim. Prometi para o Gray que ficaria presente, por mais que eu não vá fazer diferença alguma lá com eles.

Mirajane toma coragem, e então se vira rapidamente, puxando-o pelo braço. Ela o beija na bochecha. O rosado fica sem reação, assim como Lucy e Erza.

― Desculpa por isso. E muito obrigada por ter me trazido até aqui, Natsu!

― Eh... Ah... Não foi nada demais.

Ele olha para Lucy, que parecia desconfortável com o acontecido. Em seguida, vai depressa até a saída.

Um silêncio domina o ambiente por longos segundos. Mirajane esconde o rosto com as mãos, encolhendo-se.

― Ai meus Deus, o que foi que eu acabei de fazer? Natsu ficou desconcertado com isso, eu não deveria tê-lo beijado!

― Mira, calma. ― Erza diz, gesticulando. Também estava sem jeito com o que presenciara, mas tentava não aparentar. ― O Natsu entendeu que você ficou realmente grata. Um beijo não é só sinal de amor. Mas também pode significar gratidão.

Tais palavras fazem ela e Lucy divagarem ao mesmo tempo.

― É mesmo, né Erza? ― Apenas sorri. ― Mesmo confiando muito em vocês, minhas amigas, tenho muita vergonha de confessar que esse beijo não foi só por gratidão. Já faz algum tempo que... Acho que estou apaixonada pelo Natsu.

Um beijo também pode significar gratidão? ― Lucy se pergunta também em pensamentos, lembrando-se do dia anterior. ― Será que isso que estou sentindo pelo Natsu, é gratidão? Não... Tem algo mais no meio... Não dá para ser só isso.

A enfermeira do colégio, Virgo Celeste, adentra a sala e as pega de surpresa pelas costas.

― Suas distraídas lindas, me dão licença para tirar a pressão dessa simpática aluna?

― Toda. ― Respondem juntas, dando espaço.

Não demora até a rosada retirar o equipamento do braço dela, e depois lhe entrega um pirulito com formato de coração.

― É muito bom ver que sua pressão está normal. Agora aproveite esse doce. Não vai te fazer esquecer o que aconteceu lá na quadra, mas vai animar seu paladar um pouquinho.

― Obrigada enfermeira Virgo.

― Disponha, fofa. Agora repouse aí mais um pouquinho e eu logo a libero. ― Ela pega na mão das outras. ― E vocês, lindas, já passaram muito tempo por aqui, não? É como eu sempre digo: quem não está doente, também é paciente, mas do lado de fora da enfermaria. Vamos, vamos.

― Ain, você sabe ser chata quando quer, viu enfermeira? ― Reclama a loira, tirando risadas da amiga na cama. ― Mira, voltaremos aqui antes da saída!

― Tudo bem, estarei esperando. Obrigada por terem ficado ao meu lado, meninas.

 

~ * ~

O homem, trajando peças formais como sempre, havia acabado de chegar de uma viagem de dois meses. Adentrava a sala da mansão trazendo em sua mão direita algo diferente das outras vezes. Era uma caixa de metal com uma portinha, lembrava uma pequena jaula.

― Papaaai, você voltou!! ― A menina de curtos cabelos verdes se apressa para descer a escadaria, e então se atira para abraça-lo. ― Dessa vez vamos poder sair para passear, não é papa...

O homem, instintivamente, recua dois passos, fazendo a menina cair de cara no chão. O clima fica estranho, ele a observa de olhos arregalados, nervoso. Sentia seu corpo inteiro coçar só de pensar que por mais um pouco seria abraçado por ela.

― Levante-se, Brandish. ― Diz suavemente, agindo como se nada tivesse acontecido. ― Olha, eu lhe trouxe um grande presente dessa vez. Tenho certeza que você vai gostar muito.

Com a maior cara de choro, e um ralhão na testa, ela se levanta e seca os olhos, que ameaçavam chorar a qualquer segundo. Trata de pôr um sorriso no rosto, que mais a fazia parecer uma robô de tão artificial.

― É mesmo... papai? E o que é que me trouxe dessa vez?

Ele estende o braço, e deixa a caixa metálica aos pés dela.

― Querido, você já chegou! ― A mulher, de porte elegante, acena do primeiro andar. ― Deixe Brandish curtindo o presente dela, e venha logo aqui porque precisamos conversar sobre uma coisinha.

― Certo, querida.

Brandish observa seu pai subir a escada, e logo ambos somem escritório a dentro. Aquela casa era tão grande, tão cheia de coisas bonitas, mas tão vazia ao mesmo tempo. Ela já nem tinha vontade de ver o que tinha dentro da caixa que ganhara.

― Não vai abrir, pequena Brandish? ― A empregada, Spetto, se aproxima com timidez de sua patroa mirim, por quem nutria um carinho intenso. ― Tenho certeza que o seu pai caprichou ainda mais dessa vez.

A menina a fita. Spetto sente seu coração apertar com aquela expressão tão dura, vazia.

― Essa caixa não parece ter nada legal dentro, Spetto. Mas já que você ficou curiosa, vou abri-la.

Ela pega a chave pendurada por uma cordinha e gira na fechadura. Abre a portinha, e então olha sem muito interesse para dentro. Um lindo felino de pelos branquinhos e olhos azuis a encara encolhido lá no fundo.

― A senhora me permite ver também? ― Pede, vendo-a assentir. Então ela pega a caixa e ao ver do que se tratava, abre um sorriso que a menina não compreende. ― Uau, pequena Brandish! Agora sim a senhora vai poder brincar com um verdadeiro amigo!

― Mas Spetto... É apenas um gato.

Ela pega o felino gentilmente, e o deixa nos braços da menina. Em seguida, lhe faz um carinho na cabeça e arruma as presilhas em formato de cruz.

― É um gato, lindíssimo. Dizem que os animais são os melhores amigos do homem, não é?

Spetto olha para o andar de cima, e ao deduzir que nem tão cedo seus patrões sairiam do escritório, segura a mão da menina e vai com ela até o quintal, cantarolando e pulando como se brincasse de amarelinha.

― Spetto?

― Vamos brincar um pouquinho lá no quintal, assim a senhora pode mostrar como ele é lindo para o seu novo amigo!

A menina, resistente para demonstrar alegria depois de ter sido ignorada pelo pai outra vez, finalmente se permite sorrir mesmo que pouco. Afinal, aquela velha parecia louca brincando de amarelinha invisível. Era mesmo para rir.

 

~ * ~

― Brand... Brand, está me ouvindo?

Brandish sai de sua divagação quando é chacoalhada um pouco por Dimaria, que a encarava com preocupação. Ela olha em volta, tudo estava agitado ainda. Lummy continuava cantando a tal música que aprendera em sua terra natal. Os alunos, nem aí para isso, continuavam conversando o que bem entendiam. Ela olha para a mesa da chapa de Erza, e já não havia membros presentes.

― Aconteceu de novo... Você estava à beira de ter outro ataque, não é? ― Dimaria indaga baixinho.

― Pois é... quase fui tragada novamente para aquelas lembranças estúpidas. Tens um isqueiro por aí?

― Calma Brand. Eu não tenho nenhum isqueiro aqui. E você não precisa disso, tá? Respire fundo, está tudo bem. ― A loira lhe faz um carinho na mão, tomando cuidado para ninguém ver. ― Tenho uma boa notícia... A diretora está vindo aí, e é certeza que nosso plano deu certo.

Mavis estira a mão para que Lummy devolva o microfone.

― Caros alunos, espero que tenham gostado desse breve momento de entretenimento comigo! Nossa amada diretora Mavis está de volta, então façam silêncio.

― Obrigada por ter cuidado das coisas na minha ausência, Lummy... ― Diz numa gota, vendo-a girar na ponta dos pés enquanto ia para um canto junto dos outros professores. ― Alunos, foi tomada a decisão. A chapa da Justiça, da senhora Erza Scarlet, foi desclassificada por tentativa de sabotagem na quantidade de votos. Sendo assim, nosso debate contará com as chapas remanescentes da senhora Brandish e senhora Wendy.

As duas se encaram brevemente, assim como os demais membros fazem entre si. Sting e Jellal haviam sumido, Mirajane continuava na enfermaria. Lucy e Erza, mesmo frustradas pelo acontecido, assistiam a tudo da arquibancada.

― Erza... ― Sua amiga suspira baixinho, vendo a ruiva tão séria. ― Tem certeza que quer ficar aqui? Algumas pessoas estão nos encarando de forma feia.

― Não me importo. Quem não deve, não teme. Ficarei aqui para honrar o nome da Mira, que foi acusada de forma indireta na frente de todo mundo. ― Erza manda um olhar medonho para Brandish. ― Tenho quase certeza que foi a Brandish que fez isso... Ou melhor, que mandou alguém fazer.

― Pior que eu também desconfio dela. Sting e Jellal sumiram depois desse grande vexame... Mira passou mal... Tudo por culpa daquela maldita Brandish. E sabe o que a diretora vai dizer se a gente for acusar ela, né?

“Onde estão as provas?” ― Diz debochada, bufando. ― Mas tudo bem, embora eu esteja furiosa agora, sei que não vai demorar para que todo mundo saiba quem é a Brandish de verdade. Se quer saber quem é a pessoa de verdade, dê poder a ela.

― Você diz isso como se o debate já estivesse ganho por ela. Pense que a chapa da Wendy ainda está em jogo. ― Lucy observa Juvia. ― Nossa amiga também está com eles, e embora ela ainda esteja com raiva de mim, vou torcer para que tudo dê certo. Mira faria isso.

― Sim. Vou torcer pela Wendy também, e por Juvia, que está com ela.

Estava tudo pronto para começar.

A diretora já estava para anunciar o começo do debate. Mas havia uma cadeira vazia na mesa de Gray, e todos pareciam procurar pelo membro ausente.

Lucy engole seco ao ver Natsu lá atrás, onde estavam os professores. O rosado caminhava com a maior cara fechada, e era possível sentir a aura assombrosa vinda dele. Lummy tenta intervir, fazendo sinal para que ele recuasse, mas é facilmente ignorada e empurrada de leve para o lado.

― Natsu?! ― Lucy deixa escapar, fazendo Erza olhar na mesma direção. ― Me-Meu Deus, o que é que ele foi fazer lá?

O rosado aponta para a professora Sonya, que fica espantada ao ver os demais professores se afastarem.

O aluno novato e impertinente... ― Pensa Sayla, recuando.

― É com você mesma que eu quero trocar uma ideia. E acho bom não começar com mentiras, professora.


Notas Finais


A Mira enfim admitiu para si mesma que está gostando do Natsu.
Vou até pôr meu colete e capacete aqui, pra me defender das pedras XD

Mas calma, isso faz parte da história.
A Lucy só ganhou uma rival difícil de lidar, mas claro que ela não sabe ainda.

Por outro lado, o que a Brandish está escondendo?
Ela é bem estranha em alguns momentos, e parece que a Dimaria sabe de algo.

Esse "arco" da briga pelo grêmio está chegando ao fim.
Logo a coisa de verdade começa entre essa galera problemática.
Vejo vcs logo o/


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