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História Irmãos até que o amor nos separe - Filho ou genro?


Escrita por: Jeff-Sama

Notas do Autor


Olá pessoaaas! XD

Bora pro capítulo *u*

Boa leitura.

Capítulo 48 - Filho ou genro?


Fanfic / Fanfiction Irmãos até que o amor nos separe - Filho ou genro?

 

Autor

Uma semana depois.

Natsu tentou continuar agindo normalmente em relação à Lucy, cumprimentando-a quando acontecia de se chocarem pelo caminho. As vezes, preocupado com Sting tão próximo, ele perguntava se ela estava bem, embora soubesse que a loira cortaria o papo e iria embora o mais depressa. Lucy apenas mostrava um sorrisinho, e assinalava com a cabeça positivamente. Seguindo o conselho de seu chefe, o rosado decidiu que se focaria em seu trabalho e treino, como forma de não pensar tanto nela.

Larcade assumiu a cozinha da casa com a volta de Layla ao trabalho. Mesmo que ainda se mostrasse recluso para falar abertamente com todos, ele fazia questão de dar o seu melhor no que podia para ajudar. Também, passou a procurar por um emprego. Pensava que deveria aproveitar ao máximo a oportunidade de estar longe do pai, e ali tentaria fazer sua vida ir para frente.

Hisui deixou o hospital após seu médico ter certeza de que a pancada na cabeça não lhe trouxera nenhum traumatismo. O incrível é que ela continuava a mesma avoada e impertinente de sempre, ignorando totalmente que havia passado por uma situação tão ruim. Touma a mimou bastante, dando-lhe o resto da semana de folga e levando para ela um buquê de rosas vermelhas todos os dias. Mas, seu namorado Tanjirou, acabou terminando o relacionamento, acreditando que ela era problemática demais e que traria más energias para sua vida.

Finalmente estava chegando o dia do acampamento no parque florestal de Clover. Tal evento contaria como a terceira nota para os alunos, e as primeiras turmas a participarem seriam os três 2º ano. No parque florestal, havia uma grande pousada com capacidade para acomodar cerca de 60 pessoas. A mesma foi alugada com antecedência pelo pessoal do grêmio, pelo período de sete dias.

A maioria dos alunos optaram por participar, uma vez que era atrativo um acampamento com seus amigos, e não precisariam fazer as temidas provas do meio do ano, as quais sabiam que eram muito mais difíceis que o comum para que fossem obrigados a ir nos eventos.

― Ahhhhhh!! ― Larcade berra ao abrir a porta de seu quarto, de mãos a frente do rosto quando se depara com Rogue segurando aquele bicho. ― Is-Isso aí é...?

― Não precisa ter medo, Cadezinho, esse é só o Sr. Iguana. Ele é mansinho e só gosta de comer coisas seletivas. ― Responde o moreno, acariciando-o. ― Né, Sr. Iguana? Quem é o menino comportado do Rogue? É você!

Natsu, que parecia ter ficado surdo a ponto de não ouvir o escândalo bem atrás dele, continuava focado em seu treino, fazendo as flexões e abdominais sobre o tapete. O loiro passa às pressas por Rogue e chega nele.

― Ehr... Não é reclamando, Natsu, mas quem é esse cara e por que ele trouxe um bicho para o nosso quarto?

O rosado continua focado:

― Ah, esse é o meu amigo Rogue. A Layla encontrou esse animal no quintal e eu acabei decidindo que cuidaria dele.

― Do Rogue?! ― Apontou, assustado. O moreno arregala os olhos, sentindo a dor da insinuação.

― Não. Do Sr. Iguana, que está nas mãos dele.

Larcade dá uma risadinha, agora mais tranquilo.

― Entendi. Então, que tal vocês dois pararem com esse treinamento aí e virem jantar? A tia Layla já está faminta, tadinha, mas não vai comer até todos estarem à mesa.

Rogue deixa a iguana dentro da caixa de vidro dela, e se apressa porta a fora, correndo no mesmo lugar.

― Eu já ia questionar sobre esse jantar, a que horas sairia. Por que lá em casa estou acostumado a comer exatamente às 18 horas! Meu estômago já está chorando, ou melhor, implorando para ser alimentado! Vamos, Natsu-kun!

― Só vou tomar um banho, mas vocês podem ir na frente.

― Tá. ― Larcade o olha de cima a baixo, desviando o olhar rapidamente. ― Ehr... não é reclamando, de novo... Mas, tente não esquecer a sua cueca no chuveiro. A prima Lucy ficou furiosa ontem, e também anteontem quando entrou lá e as viu penduradas.

― É mesmo? ― Imaginar a cara da loira assim lhe tirou uma risada interna. ― Que pena, ela teve que tirar de lá.

― Na verdade quem tirou fui eu... Tentei dizer que eram minhas, mas ela parece saber que são suas, e não acreditou. ― Cora, dando as costas. ― Me pergunto em que nível de intimidade vocês chegaram...

 

~ * ~

Rogue comia como se não tivesse amanhã, assim como Natsu. Layla estava contente com aquela visita, afinal era a primeira vez que ele convidava um amigo. Já Lucy, não parava de olhar espantada, pensando no quanto aqueles dois pareciam leões esfomeados.

― Parabéns, Cadezinho, suas pizzas estão deliciosas!! ― Diz num joinha com o polegar. Larcade assente, passando a de queijo triplo para ele. ― Uau, ainda tinha essa?! Vou comer umas duas fatias.

― Eu também! ― Natsu levanta a mão.

― Que bom que estão gostando. ― Larcade olha para Lucy, que parecia uma fadinha comendo toda elegante de garfo e faca enquanto os outros usavam a mão mesmo. ― Pensei em fazer pizza de variados sabores, para agradar todo mundo. Já que os meus primos vão ficar fora por uma semana, quero que fiquem com boas lembranças da comida de casa.

― Obrigada por pensar tanto na gente, primo lindo. ― Lucy agradece, com um brilho no olhar. ― Você é muito bom em tudo o que faz. Acho que nunca provei um cardápio tão variado e apetitoso em toda a minha vida, como provei nessa última semana.

Layla faz um biquinho triste, cutucando sua fatia com o garfo.

― Mãezinha, não é desmerecendo a senhora, jamais... É que o primo Larcade trouxe os temperos do campo, e...

― Eu entendo, filha... Eu entendo...

Natsu levanta-se, indo até a geladeira para pegar mais suco. No caminho, troca um olhar com a loira, que dessa vez não consegue fingir desinteresse. Algo nele estava diferente, talvez o cabelo ainda molhado, que lhe dava um ar mais charmoso que o comum.

― Você quer, Lucy? ― Indaga ele, com a jarra pronta para servi-la. Ela o fita por dois segundos, assentindo em seguida. ― Está comendo quem nem gente ultimamente, isso me deixa aliviado.

― S-Sim... ― Ela cora, dando um pequeno gole na bebida. ― Hu... Não tem como comer só um pouco com o primo cozinhando, seria uma desfeita sem tamanho. E você, como sempre, parece um felino que não vê carne há semanas.

Ele dá uma risada contida.

― Claro, eu não dispenso boas refeições. Preciso ficar forte. ― Puxa a bandeja, colocando em seu prato uma fatia da pizza que ela ainda não tinha experimentado. ― Ainda não comeu dessa, que eu vi.

― Natsu... ― Isso a deixa nas nuvens. ― Estava guardando para mim?

― Não. Só deu sorte que o Rogue não percebeu que ainda tinha. Então pensei que cê deveria provar.

― Obrigada, de toda forma.

Sim. Ele estava guardando para ela, por mais que negasse isso para si mesmo até. Se Rogue ou até mesmo Layla tentassem pegar aquela última fatia da pizza preferida dela, ele pegaria de volta na mesma hora.

 

~ * ~

― Deixando a arrumação da mochila para última hora? ― Indaga Larcade após adentrar o quarto.

Rogue já estava dormindo no colchonete ao lado do qual Natsu estava. A caixa com a Iguana bem ao seu outro lado.

― Pois é. ― Responde concentrado, tirando algumas peças de roupa e fazendo uma verdadeira bagunça. ― Não consigo decidir o que levar. Acho que lá faz muito calor pelo dia, e muito frio à noite... Preciso escolher as roupas muito bem. ― Ele faz uma cara de cansado. ― E ainda tenho que ver a comida que vou levar.

― Fala dos lanches, né? ― Natsu assente. ― Pelo visto está bem atolado de coisas mesmo. Posso separar suas roupas se quiser, daí você pode ir separar os lanches.

― Mesmo? Valeu, Larcade. ― Vai correndo até a cozinha.

Natsu encontra Lucy na sala.

A loira estava sentada no sofá, pensativa, triste.

Ele não poderia ignorar. Na verdade, poderia. Mas não queria.

― Cê tá com dor de barriga?

A pergunta a faz virar-se, aturdida. Lá estava aquele par de olhos verdes chamativos, tragando-a de repente. O rosado dá um pulo incrível, caindo sentado ao seu lado.

― Não é dor de barriga. É só uma dor no coração mesmo.

Como ela queria que ele interpretasse isso?

Era para se preocupar, e leva-la correndo até um hospital? Ou era um sinal de que queria ser ouvida, de que não o afastaria dessa vez?

Natsu respira fundo, em silêncio.

― Hum, saquei. Acha que sua dor tem remédio?

― Não. É algo que preciso aguentar, não tem cura.

― Tem que ter, né não? Se ficar com essa cara para sempre, nem mesmo o merda do Sting vai te querer por perto.

― Natsu...

Ele se levanta, tomando o caminho da cozinha.

― Vou separar umas coisas para comer amanhã. Boa noite, Lucy.

― Espera!

― ....

Aquele toque em seu braço era o primeiro em semanas, desde que Lucy decidiu rejeitá-lo para ficar com Sting. Ela o traz de volta, fitando-o com arrependimento, vontade.

― Eu sei que vai pensar muita coisa errada de mim agora, Natsu. Vai criar um monstro ainda pior em sua cabeça ao meu respeito. Mas... Eu sou assim mesmo, conturbada.

― Cê tá falando do que...?

― Estou querendo dizer que preciso de você. ― A loira começa a chorar. ― Sei que pode não me perdoar, mas preciso dizer que estou arrependida do que fiz, Natsu. Jamais deveria tê-lo envolvido nas minhas ações egoístas.

― Lucy...

― A Mira está doente, e tem pouco tempo de vida. Ela não me pediu nada, mas eu me senti na obrigação de abrir mão de você para que ela tivesse uma chance. Não queria que a minha amiga sofresse de tantas coisas, e ainda tivesse que sofrer por um amor não correspondido. Então... pensei que se estivesse com o Sting, você me odiaria e poderia se aproximar dela, já que sabia o que ela sente.

Ele estava chocado.

Não só pelo fato de que Mirajane estava doente, ou que tinha pouco tempo de vida. Mas por saber que Lucy sacrificou o relacionamento deles para que sua amiga pudesse lhe conquistar. Era muita coisa difícil de digerir ao mesmo tempo.

Lucy não conseguia mais falar. As lágrimas desciam com tudo, e sua garganta parecia ter se fechado para que o choro não rompesse. O rosado a puxa para mais perto, e a abraça forte.

Era um contato necessário para ambos. Por dentro, bem escondido pelas camadas de dor, Lucy conseguia sentir aquela corrente de boas energias que sempre se manifestava quando Natsu estava por perto. Era bom sentir aquele abraço de novo, o cheiro amadeirado, ouvir e sentir a respiração quentinha dele.

― Não pode brincar assim com as pessoas... não se manda no coração de ninguém, fadinha... ― Sussurra rouco. ― Nem em mil anos, ou em outras vidas que eu possa reencarnar, vou gostar tanto assim de outra pessoa como gosto de você.

― Natsu...

― Eu te amo, Lucy.

― Eu também te amo, Natsu! Eu te amo muito!! Tentar fingir o contrário só me fez mergulhar em dor e frustração... Eu nunca vou amar outra pessoa. Preciso de você comigo.

Natsu a beija no mesmo instante em que termina de falar.

Eles dão alguns passos até ela cair sentada no sofá. Nem assim os movimentos cessam. Natsu apoia um joelho entre suas pernas, e seus braços a prendem pelos lados.

Lucy sente arrepios com o toque da língua macia, deslizando por seu pescoço de repente. Ambos se fitam por segundos, com intensos desejos. Um outro beijo é iniciado, com mais contato da língua, bem molhado. Dessa vez, ao pararem para respirar, Lucy o enche de chupões pelo pescoço, parando ao chegar perto da orelha, onde sussurra:

― Te amo mais ainda agora. A cada segundo, só aumenta mais. Não devolva o meu coração, fica com ele para sempre, Natsu.

― O meu não tem devolução também. ― Devolve, numa mordida em seu lábio inferior. A loira vibra, engolindo saliva. ― Seja quem for, se tentar tirá-la de mim outra vez... terá que lidar com as consequências.

Lucy assente num sorriso tímido, secando suas lágrimas.

Natsu pega por seu braço, levando-a pela escada.

― Natsu?

― Só vem comigo. Confia em mim.

― Cer-Certo.

Lucy sentia seu coração bater tão forte, que parecia querer abrir um buraco para fugir antes que enfartasse. Seu rosto ardia, enquanto ela só conseguia pensar em coisas que nunca fizera.

Quando eles passam por seu quarto, ela fica ainda mais tensa. Seria no dele?! Mas e os rapazes que estavam lá?!

A coisa piora quando passam pelo do rosado também. Agora sim, pensou mil coisas e nada ao mesmo tempo. Como assim iriam para o banheiro?!

― Natsu...

― Confia em mim, Lucy.

― Mas...

Eles param em frente a porta de Layla. Lucy, vermelha, já não sabia o que pensar. Natsu bate ali três vezes, e em cinco segundos ouvem um “Pode entrar”.

Layla realmente é pega de surpresa ao ver os dois adentrando. Na verdade, Natsu parecia trazer Lucy sem que ela esperasse por isso. Ela os fita, vendo sua filha de olhos grandes, e o filho de olhar sério, mas sereno ao mesmo tempo.

― Natsu, Lucy... o que houve?

― Layla, eu vim aqui dizer que amo a sua filha. Passamos a nos enxergar como homem e mulher, e não mais como irmãos encrenqueiros já tem um bom tempo.

― ....

― Então, se estiver tudo bem para você, vou namorar a Lucy e cuidar dela com todo o amor e carinho que ela merece. ― Ele vê ambas as loiras chocadas, mas não perde sua postura. ― E se não estiver bem para você, vou ficar com ela mesmo assim. Não dá para ser só o irmão, quero ser tudo para a Lucy, assim como ela já é tudo para mim.

Layla troca olhares com Lucy, que parecia querer falhar a qualquer instante e cair ali mesmo. Natsu aguarda a resposta, segurando firme a mão da loirinha, em sinal de que estava com ela independente se o mundo fosse acabar ou não naquele instante.

― Mãe... ― A voz sai quase falha. ― Se disser que não posso ficar com o Natsu... Eu juro que fujo daqui com ele!


Notas Finais


É o quê? XD

Eu disse, mas vcs não acreditaram!
Agora aguentem as consequências, porque esses dois vão juntos até pro inferno!! kkkkk


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