1. Spirit Fanfics >
  2. Irmãos até que o amor nos separe >
  3. Pede para sair, antes que seja tarde.

História Irmãos até que o amor nos separe - Pede para sair, antes que seja tarde.


Escrita por: Jeff-Sama

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 50 - Pede para sair, antes que seja tarde.


Fanfic / Fanfiction Irmãos até que o amor nos separe - Pede para sair, antes que seja tarde.

 

Autor

Depois de algumas horas, Lucy conseguiu se acalmar e enfrentou aquele choque de realidade. Ver Sting sem sua máscara e ter sido agredida por ele em seguida foi bastante assustador. Layla não estava mais de acordo que ela fosse ao acampamento, uma vez que Sting também estaria presente. Mas Lucy queria muito ir, estava decidida a participar com suas amigas. Natsu e Rogue prometeram que cuidariam dela, o que fez a loira amolecer e permitir a ida outra vez. Ao mesmo tempo, ela não pretendia deixar barato o que aquele falso cavalheiro fez à sua querida filha.

Os três jovens foram ao ponto de encontro onde o ônibus estaria aguardando os alunos. Mas chegando lá, viram três micro-ônibus, dois deles já estavam com todos os assentos ocupados. Naquela viagem não iriam somente alunos, em um deles, estavam acomodadas a diretora Mavis, professora Sonya, Kyouka e Sayla, zeladora Lummy e a enfermeira Virgo.

― Três micro-ônibus, e em um deles está toda a elite do nosso colégio. ― Comenta Rogue, vendo as princesas no fundão conversando com Mavis. Kyouka desce, indo ao encontro deles. ― Professora Kyouka, onde ficaremos?

― Me deem as autorizações assinadas primeiro, preciso verifica-las. ― Os três a entregam, e após alguns segundos ela aponta para o último. ― Vocês três ficarão naquele ali. Suas bagagens terão de ficar no colo mesmo, porque já não cabe mais nada nos compartimentos. Ah, e comportem-se, por favor.

Enquanto passavam pelos ônibus, Lucy e Natsu avistam Sting, Jellal e Laxus nas primeiras poltronas do mesmo veículo das princesas. O loiro finge não tê-los visto, de cara para sua revista sobre carros luxuosos.

― Lucy, estamos aqui! ― Era Erza exclamando, sentada num banquinho de pedra rente à calçada. Junto estavam Mirajane, Gray, Wendy e seus amigos. ― Que máximo, ficamos todos no mesmo ônibus.

― Né, amiga? ― Lucy responde, vendo que todos estavam muito animados. Ela troca um olhar com Natsu, e em seguida encara sua outra amiga. ― Mirinha, como você está?

― Estou me sentindo ótima, Lucy. Acho que essa semana no parque florestal de Clover vai dar uma repaginada na rotina de todo mundo! Estou ansiosa para fazer as trilhas.

― Hey, agora que Lucy chegou, tenho uns babados para contar! ― Erza diz chegando entre as duas, olhando em volta. ― Vamos ali pro canto, que ninguém mais pode saber.

Mais para trás, Natsu e Rogue conversavam com Gray. O “nerd” olha assustado para Wendy assim que percebe sua presença, e em seguida para os amigos dela também.

― Hey, o que é que esses pirralhos do nono ano estão fazendo aqui?! Pensei que essa primeira semana fosse apenas para nós, as turmas de segundo anistas.

― E de fato era para ser assim. ― Gray responde, sorrindo para sua irmã, que se segurava para não mostrar a língua para Natsu e Rogue, que não paravam de encará-la com surpresa. ― Mas ontem no final da tarde, recebemos um telefonema da diretora Mavis. Ela disse que alguns alunos desistiram do acampamento e preferiram enfrentar a prova. Como sobraram lugares nos ônibus, ela decidiu adiantar a vez para alunos de classes aleatórias que estivessem interessados.

― Entendi, Grayzinho. Então Wendyzinha e seus amigos foram selecionados. Não poderia ser mais conveniente para todos nós, agora somos uma grande família de amigos unidos, rumo à uma semana em paz e harmonia com a mãe natureza e também à uma fonte imensurável de conhecimentos, cuja raiz...

― Fecha a matraca... ― O rosado tapa a boca dele.

De repente, todas as conversas agitadas que soavam de todos os veículos foram se apaziguando, dando espaço para um silêncio de bons segundos, enquanto todos tentavam ver o que estava acontecendo lá fora. Alguns alunos até saiam para saber do que se tratava a reação espantosa dos outros.

Natsu se vira quando vê Rogue, Gray e os demais olhando na mesma direção, como se estivessem vendo um fantasma. Lá vinha uma garota que, no ponto de vista dele, era somente mais uma aluna figurante do colégio. Só que reparando melhor, tinha algo nela que a tornava diferente. Seu cabelo em um penteado meio desleixado, as roupas cheias de cortes, o caminhado cheio de ginga e a expressão fria que tinha no rosto, como se não ligasse para a existência de quem estivesse ao seu lado.

― Cheguei, cambada. ― Diz a garota, jogando sua mochila de qualquer jeito ao chão, e fazendo cara de sol quente enquanto procurava por alguém em específico. ― Diretora, chega aí que eu não tô afim de esperar aqui fora por muito tempo!

― Quem é essa? ― Natsu pergunta, dando uma leve cotovelada nos dois caras aos lados. Gray e Rogue engolem saliva. ― Por que estão assim, parecendo ratos medrosos?

― Natsu... É que essa... garota? Bem, ela não é qualquer aluna. Antes de você chegar no colégio, a fama de aluno mais brigão e durão era dela... a Sargento Canão.

― Sargento Canão?

Erza, Mirajane e Lucy se aproximam deles. A ruiva continua com a apresentação, encarando a garota com extrema seriedade:

― Seu nome é Cana, mas foi alcunhada de Sargento Canão pelos alunos audaciosos. Não sabemos como ela conseguiu tal regalia, mas aquela garota repugnante falta praticamente o ano inteiro, só vem quando é época de provas, tira as piores notas e ainda assim consegue passar de ano. Como se não bastasse, durante a semana de provas ela sempre arranja brigas por onde passa, por motivos pífios.

Natsu continua observando aquela figura, que agora dialogava em caras e bocas com a diretora. A loira baixinha aponta para onde eles estavam, e então Cana vai na direção, em seu gingado marrento. Todos pedem para que Natsu saia do caminho, mas ele não dá ouvidos, ficando no mesmo lugar sem hesitar.

Logo estava frente-a-frente com a “sargento”. Ambos irredutíveis, em trocas de olhares gélidas e silenciosas. A morena coça a cabeça de repente, sorrindo estranho para ele.

― Ei, você estuda na Fairy Tail também?

― Sim. Por que?

― Porque significa que somos colegas, tá ligado? E colegas se fazem favores... Eu esqueci meus bagulhos lá atrás, pode ir pegar para mim?

― Eu também esqueci uma parada, lá na minha casa. Se eu te der o endereço, cê vai lá pegar pra mim, colega?

Todo mundo continuava no clima tenso, assistindo de camarote aquela cena. Ninguém ousava dizer uma só palavra para não estragar a casualidade tão conveniente. Uma briga como aquela entraria para a história da Fairy Tail.

Cana respira fundo, estudando-o de cima a baixo. Natsu já se preparava para o pior. Mas a morena simplesmente passa direto por ele, adentrando o micro-ônibus. Da janela, ela faz um sinal negativo com o polegar para baixo.

― Não fui com a sua cara, colega. Acho melhor você fazer uma armadura para o seu traseiro antes de pensar em dormir... Ou pode acordar com uma sensação muito estranha lá atrás. ― Ela sorri para um garoto sentado na primeira poltrona, tocando o ombro dele. ― Colega, vai lá pegar a minha mochila.

― Vou sim, Canão!!

― Seu traseiro será poupado, carinha.

Cana tinha espaço VIP no fundão, com direito a deitar sobre as quatro poltronas. Ninguém queria sentar ao lado daquele ser das trevas.

Logo todos voltam a se aproximar de Natsu, aos cochichos.

Rogue estava pálido:

― Natsu-kun, não sei se admiro-te pela coragem de bater de frente com aquela ogra, ou se o menosprezo pelo mesmo motivo. Sei que você é foda, mas acredite quando todos nós aqui dizemos que aquela garota é da pesada!!! Um boato diz que ela tem parentes atuantes nas forças armadas de Fiore, e que essas ausências dela são para que possa treinar, para quando completar a maioridade, já entre automaticamente numa alta patente do exército!

Gray gesticula com a cabeça, confirmando as informações.

― Parece que é verdade. Laxus tem um tio que é coronel no exército. E uma vez, o velho comentou que uma adolescente treinava em segredo com alguns soldados de baixo nível, fora das instalações militares obviamente. A Cana não faz questão de esconder que treina, porque a maioria pensa que isso é só um boato.

Natsu sorri de leve de repente, bagunçando de vez com a mente de todo mundo.

― Natsu-kun, que sorrisinho foi esse?!

― É que, com toda essa falação de vocês sobre essa tal Cana, fiquei com vontade de descobrir se ela é mesmo tudo isso. Eu gostaria de brigar limpo com ela.

― Tá cheirando o quê, Natsu?! ― Lucy lhe dá um tapa na cabeça, furiosa. ― Se você morrer, o que é certo que vai acontecer caso a enfrente, quem vai ficar sofrendo é a minha querida mãezinha e eu!!

― Fadinha...

― Natsu... ― Mirajane se pronuncia, sua expressão não poderia ser mais preocupada. ― Não provoque a Cana, por favor. Brigas não levam a nada de bom, só a mais brigas.

― Mira...

Lucy suspira:

― Muito bem. Todos nós vamos cuidar para que o Natsu não arrume confusão durante o acampamento. Estamos entendidos?

Sim! ― Respondem em coro.

Após mais alguns minutos, finalmente todos que deveriam estar presentes já ocupavam seus lugares. Logo estavam em trajeto para Clover.

 

~ * ~

Aquela era uma cidade muito tranquila, com mais de cinquenta por cento de sua extensão territorial pertencente às zonas de mata e florestas. Clover era o maior orgulho do presidente de Fiore, por seus títulos de conservação ambiental reconhecidos pelos países vizinhos. As paisagens, em sua maioria, eram abundantemente verdes, exalando a beleza das árvores pelas alamedas.

Durante o caminho, Lucy começou a contar a todos os amigos sobre sua experiência da noite anterior, cautelosa para não chamar a atenção dos demais em volta. Eles ficaram chocados, mas Gray não parecia tanto quanto os outros. Erza e Mirajane não sabiam como lidar com aquelas informações, e apenas abraçaram a loira com extrema solidariedade. Também estavam dispostas à bater de frente com Sting caso ele tentasse chegar perto dela.

Enquanto isso, no veículo onde iam funcionários e alunos com regalias, Mavis não deixava de expressar sua gratidão às “princesas” por terem conseguido reservar tudo para o evento.

― Não foi nada demais, diretora. ― Diz Eileen, convencida. ― O meu tio é amigo do prefeito aqui de Clover, e foi graças a ele que consegui falar diretamente com o pessoal do parque.

― De toda forma, o mérito é do grêmio. ― Mavis finaliza o assunto, feliz da vida enquanto tomava café com Lummy e Virgo. ― Mal vejo a hora de chegarmos lá, quero caminhar bastante e conhecer a tal árvore gigante que só é encontrada naquele lugar.

 

~ * ~

― A senhora aceita um chá, um suco, água? ― Indaga a empregada da casa, disposta a buscar imediatamente. ― É que, como eu disse... acho que a senhora Naomi vai demorar um pouco mais para vir recebê-la.

Layla, que já aguardava ali há uma hora no sofá, levanta-se e sorri o mais gentil que consegue, dado seu estado de nervos.

― Não se preocupe. Obrigada, mas eu quero apenas conversar com a senhora Naomi.

― Tudo bem então. Com licença.

― Toda.

A loira passa a dar alguns passos pela grande sala, quase sem sair daquele mesmo lugar. Observava bastante, e concluía que aquela poderia ser a casa do presidente. O teto quase não podia ser visto. Sentia-se uma pessoa de pré-conceitos quando veio em mente que Sting era quem era por conta do dinheiro. Sabia que assim como existiam pobres de coração ruim, existiam ricos de sentimentos nobres pelo próximo. Mas, não saia de sua cabeça que o dinheiro de berço, e a má criação, transformaram o cavalheiro num monstro.

Foram mais longos trinta minutos de cinco passos para lá, cinco passos para cá. Ela toma postura quando vê a empregada aparecer no alto da escadaria, e três segundos depois uma loira com penteado extravagante desce junto dela, com bastante pompa no caminhado.

― Pois não, quem gostaria de falar comigo? ― Diz, num sorriso esticado dos lábios. Já estudava a visitante, que trajava um terninho social e sapatos formais.

― Sou Layla Heartfilia. ― Diz, não se dando o trabalho de estirar a mão ou dar beijos. Sua expressão dura quase não permitia que a educação viesse primeiro. ― Precisamos conversar sobre algo muito desagradável que envolve os nossos filhos, senhora Naomi.

As sobrancelhas de Naomi se juntam.

― Espera, você não é a gerente do banco de Magnólia? Eu me lembro de tê-la visto num evento beneficente que o banco fez para um orfanato... Era a porta-voz da agência.

― Eu sou sim a gerente do banco, e de fato era eu a porta-voz no evento. Também me lembro, agora que estou vendo-a de novo, que estava presente lá. Mas, isso tudo não vem ao caso. ― Layla respira fundo. ― Senhora, o seu filho Sting esteve na minha casa ontem pela noite, a pedido da minha filha Lucy. Eu não sei se está sabendo, mas eles estavam namorando há algumas semanas.

― Oh, sim... Então a sua filha é a namorada do Sting.

― Ex-namorada. ― Naomi recua um passo ao vê-la beirar o ódio no olhar. ― Lucy tentou terminar pacificamente a relação, mas Sting não foi nada decente e disferiu um tapa nela. O seu filho foi covarde... gritou, atacou... É um garoto violento e sem limites. O que mais me assusta, é que antes, ele se mostrou uma outra pessoa, alguém de bom caráter.

― .....

― Peço que tome alguma providência quanto a isso. Assim como a minha filha, ele ainda é de menor e não responde judicialmente por seus atos. Somente a senhora, como mãe, ainda pode fazê-lo parar com tais atitudes e ser alguém de bem.

Naomi joga a cabeça para trás, num ar de desinteresse. Ao voltar, a fita com sarcasmo.

― Deixa eu ver se entendi... Você veio até a minha casa para dizer como eu devo criar o meu filho, e que é minha culpa ele ter batido na sua filha? É isso mesmo?

― Isso não deixa de ter relação com a senhora... Em sua resposta já vejo que não está disposta a me levar a sério.

― Não, é que isso é absurdo! Se a sua filha decidiu namorar o meu filho, acredito que os problemas entre eles quem resolvem são eles.

Layla avança um passo, furiosa.

― Bater nas mulheres nunca foi solução para nada, senhora! Muito menos quando estamos falando de um relacionamento entre dois jovens. Está compactuando com a covardia, com um crime!

Naomi aponta para a porta.

― Quando sair nas revistas e jornais que Naomi Eucliffe assassinou ou roubou alguém, volte para que conversemos sobre covardias e crimes. Mas enquanto a pauta for a forma como devo criar ou punir o meu filho, não ouse pisar na minha casa. ― Layla engole as palavras violentas que estava quase para soltar, dando meia-volta ao ouvir a risada dela. ― Ah, e como chumbo trocado não dói, aceite o meu conselho... Prenda a sua bebê no berço até que ela aprenda a lidar com a vida.

― A minha bebê cresceu, graças a uma mãe de verdade, que a orientou e buscou estar sempre ao seu lado. Também graças a um verdadeiro cavalheiro que surgiu em sua vida... o qual Sting jamais irá alcançar enquanto for tão baixo.

Layla se retira, deixando Naomi pensativa e perturbada.

 

~ * ~

A viagem foi longa, mas finalmente haviam chegado. Os micro-ônibus estacionam pouco antes dos portões de entrada do parque florestal, e os alunos vão descendo carregando suas respectivas coisas. Mavis conversa dois minutos com a representante e guia do local, e logo pede para que todos formem uma fila única.

― A medida em que vocês passarem pelo portão, a zeladora Lummy irá lhes entregar um crachá com seus nomes, respectivas turmas e número do quarto onde ficarão. É de uso obrigatório, então peço que não saiam sem eles de forma alguma.

Todos afirmam estarem cientes com um balançar de cabeça, e a fila começa a andar.

Lucy vê Natsu pensativo, e logo o rosado sai dali, rumando na direção dos veículos outra vez.

― Natsu, aonde está indo? Vai perder o seu lugar! ― Diz, estirando o braço no espaço vago entre ela e a menina de trás, que olhava feio para ela. ― Que foi? Ele vai voltar, é rápido. Natsu?

― Esqueci o sr Iguana debaixo do banco do ônibus, vou pegar ele rapidão. ― Responde já longe.

Assim que ele chega, rapidamente avista a caixa de vidro coberta por um pano. A iguana o observa fixamente assim que vê a brecha, como se o intimidasse.

― Ei, calma aí, sr Iguana... ― Dá uma risadinha. ― Eu voltei para te buscar, né não? Olha assim pro Rogue, que deveria ter lembrado de te dar atenção ao invés de tirar um cochilo no caminho inteiro.

A iguana, parecendo entender, balança a cabeça para cima e para baixo muitas vezes. O rosado cobre novamente a caixa e sai com pressa levando seu amigo réptil. Mas, um choro intercalado por fungados o chama a atenção. Vinha do ônibus da frente. Ele anda devagar, e ao adentrar lá vê apenas uma única pessoa.

Kagura estava encolhida na última poltrona. Seus olhos vermelhos eram resultado do choro contido desde que saíra de Magnólia, e agora que pensava estar sozinha, ela se permitia chorar sem vergonha.

Natsu vai se aproximando, ainda sem saber o que dizer exatamente. Kagura estava tão longe dali mentalmente, que nem percebera quando o rosado parou a poucos passos dela.

― Tá... tudo bem por aqui?

A garota recua com tudo, seus olhos dilatam surpresos.

― Você... O que quer aqui? ― Secava o rosto com o braço, desesperadamente. ― Todos estão na fila para entrar no parque, deveria estar lá agora para não levar advertência.

― E cê também, né não?

― Bem... Sim. Eu só estava dando um tempo aqui porque... porque estou com muita dor de cabeça. ― Ela finalmente direciona o olhar para o rosto dele, e nota a expressão séria e interessada. ― Eh... Bem, vai ficar me olhando assim até quando?

― Cê não é amiga da Brabratsu e daquela loira endiabrada que vive colada com ela?

― Brabratsu? O nome dela é Brandish. E, a loira endiabrada seria a Dimaria. ― Ela dá um sorrisinho, mesmo que de nada. ― É melhor ela não saber que a chama assim.

― Sem problema, já me acostumei com os olhares mortais que ela me direciona na sala de aula quando faço perguntas “desnecessárias”. ― Natsu dá as costas. ― Eu vou na frente, já que tá tudo bem. Vê com as tuas amigas se elas têm algum remédio para dor de cabeça.

― Ah, sim... Obrigada, Natsu.

Ele para no mesmo instante, sentindo-se obrigado a saber o nome dela também. Quando se vira, vê Kagura com uma expressão séria, como era seu habitual.

― Hum?

― É que, cê sabe o meu nome, mas não sei o seu.

― Kagura. Não precisava se sentir obrigado a saber o meu nome também. É que todos no colégio sabem o seu nome, só isso.

Ele assente, e continua com o trajeto.

 

~ * ~

A pousada ficava há alguns metros dos portões. Toda sua estrutura fora construída por madeiras resistentes e apropriadas. Os móveis, também em madeira, pareciam ter sido esculpidos juntamente com a construção, de tão bonitos e de colorações amadeiradas semelhantes. Haviam dois andares acima do térreo, onde ficara a recepção, a cozinha, e uma sala onde era possível encontrar um mapa com toda a área do local e várias exposições de fotos da fauna e flora encontradas nele.

Briar, a representante do prefeito de Clover e também guia do parque, só faltava se clonar para poder dar conta de tantas perguntas que os alunos faziam sobre a localização de seus quartos, banheiros e demais instalações convenientes.

― Calma, pessoal! ― Diz num risinho, coçando a cabeça enquanto via toda a agitação. ― Vocês todos têm uma cama garantida aqui, então não precisam passar por cima do colega para pegar um lugar.

Ela aponta para o andar de cima.

― Para facilitar ainda mais as suas vidas, para a esquerda há somente os quartos destinados às garotas. Para a direita ficam os meninos. Agora é só dar uma olhada no crachá que receberam da zeladora Lummy, e verão o número do quarto onde ficarão.

Novamente a agitação começa, e os alunos sobem os degraus em efeito manada. A zeladora observava tudo com uma cara estranha, em risadas.

― Zeladora Lummy? ― Briar arqueia a sobrancelha.

― Não é engraçado, todos esses pirralhos terem que dividir míseros quartos, onde com certeza ficarão com muito calor, enquanto nós da elite do colégio ficaremos nas suítes enormes? ― Seus olhos brilham, enquanto ela puxa a de cabelos brancos para mais perto. ― Diz, tem uma suíte esperando por essa gostosinha aqui, né?

― Na verdade, não. Os quartos onde vocês ficarão, são idênticos aos dos alunos. Inclusive a própria diretora Mavis irá dividir com você, a enfermeira e as professoras.

― Quêeee?! Mas como assim, tá brincando?! Como zeladora, preciso do máximo de conforto possível, mulher! E como assim a diretora vai ficar no mesmo quarto que nós todas? ― Leva a mão à testa, dramática. ― Sou o braço direito dela, no mínimo precisamos de um só para nós duas. Tem papos que não podemos desenrolar com outras pessoas por perto.

Numa giradinha para trás, Briar sai da jaula criada por seus braços, e vai subindo a escadaria rapidamente.

― Lamento, mas não há tantos quartos disponíveis assim. Agora preciso ajudar os alunos. Divirta-se.

― Nãaaao!! Volta aqui, mulher! ― Lummy a segue, com cara de psicopata. ― Sei que pode dar um jeitinho, vamos negociar, te dou metade da minha marmita todos os dias!

Assim que sobe a escadaria, ela vai desleixada pelo corredor e esbarra com Lucy, que estava prestes a adentrar seu quarto depois de tanto tê-lo procurado.

― Aiiiin, você não tem olhos, não?! ― A loira reclama, aturdida de bunda no chão. Assim que ela se encontra, vê Lummy com carão, de braços cruzados. ― Zeladora Lummy?!

― Quem é que não tem olhos, senhorita Lucy?

― Ah, desculpa... mas a senhora passou correndo e...

― Em primeiro lugar, nossa senhora está no céu, e eu estou bem enraizada aqui na terra, quase como uma planta. Em segundo lugar: passei correndo porque preciso garantir que não vou dormir no chão, e quero pegar a melhor cama do quarto. Em terceiro, mas não menos importante: Sou a zeladora, braço direito da diretora, então posso tudo, sem sentir culpa.

Lucy apenas balança a cabeça, com certo medo daquela figura de parafusos a menos na cabeça, que agora tirava meleca do nariz enquanto a encarava. Ela pede desculpas para se livrar logo, e Lummy some na correria de antes, gritando por Briar.

― Que mulher mais estranha... e ainda usa uma tiara com orelhas de coelho, ela pensa que tem doze anos? ― Suspira, abrindo a porta do quarto. Assim que ela adentra, encontra-se com suas colegas de uma semana. ― Eh... Vocês...?!

Brandish, que estava sentada em sua cama, finge que não a vê, e continua tirando algumas de roupa de dentro da mala. Juvia a fita serenamente, aflita por estar tão perto dela de repente depois de tanto tempo. Na cama mais afastada, estava Wendy, que assim como Brandish, fez pouco caso com a presença da quarta integrante.

O clima lá dentro parecia gélido desde antes da loira chegar de paraquedas, e ela podia sentir na pele, arrepiada, que não seria nada fácil suportar tal frio por uma semana inteira.

Não muito diferente de sua namorada, Natsu acabava de chegar ao seu quarto e também já recebera a primeira surpresa. Dois de seus colegas o encaravam com olhares de pura aversão, enquanto o outro que estava ao seu lado era o único com quem podia contar.

― Natsu, que bom que você está comigo... ― Gray diz baixinho, não conseguindo tirar o olhar dos loiros à sua frente. ― Vai ficar mais suportável dormir por aqui agora.

Sting e Laxus trocam olhares, e logo depois sorriem debochados.

― O príncipe que virou bobo da corte, e o marginal imundo que sabe-se lá por quais esgotos e lixeiras já morou... É, Laxus, estamos com um azar muito grande.


Notas Finais


A sargento foi mencionada no começo da história, lá no capítulo da briga. Será que ela veio para causar ou agregar em algo? Inimigos e ex-amigos no mesmo quarto? Treta?!
Nos vemos em breve :D


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...