Quando Peter comentou com Tony que teria de fazer um grande trabalho sobre a Grécia antiga, era claro que o bilionário iria ajuda-lo, e o que melho do que uma viagem para lugar que ele precisaria escrever?
Então naquele final da semana, depois de um dia cansativo de provas na escola, nada melhor que um presente.
—Você está falando sério?!
—Claro garoto, por que não estaria?
—Eu- mas- você é uma pessoa ocupada Sr. Stark, está tudo bem, eu posso- eu posso pesquisar na internet, ou nos livros
—Pete, se eu estou oferecendo uma viagem para a Grécia apenas para você fazer um trabalho escolar, é porque eu não tenho nada mais importante para fazer. Agora você quer, ou não? Sempre temos a velha internet e-
—Eu quero! Oh meu Deus! Espera, eu tenho que falar com a tia May e- e- espera, nós vamos de avião?
—Jato particular, na verdade. Algum problema? - Perguntou vendo como Peter segurava a bainha de seu casaco e olhava para o chão como se tentasse queimar um buraco ali. —Hey, tudo bem?
—Sim! Sim- sim, sim, sim… hm, sim. É apenas, não gosto de aviões.
—Eu já falei com sua tia quente, e você vai estar seguro comigo garoto, não se preocupe ok? - Peter assentiu, mas ainda parecia um pouco ansioso.
Apesar disso ele parecia animado para a viagem, Tony ainda lhe deu uma câmera nova para ele registrar tudo, imagens sempre são boas nos trabalhos, e até sugeriu chamar o amigo de Peter, Ted, e a menina assustadora MJ para irem juntos mas apesar de Peter se iluminar com a idéia, ele explicou que provavelmente seria difícil para os pais de Ned deixa-lo sair do país sem aviso prévio e ir apenas MJ e ele era… bem, ele não explicou, mas Tony viu seu rosto se tornar toda e as orelhas queimarem vermelho então ele podia imaginar bem o que era.
Na manhã seguinte eles já estavam dentro do jato e prontos para sair. Tony beijou Pepper, May veio se despedir e lhe abraçou forte. Alguns minutos depois eles já estavam no ar.
—Pete, relaxe, vai ficar tudo bem, você está bem. - Tony tentou quando viu o menino nervoso segurar fortemente o descanso de braço em sua cadeira e olhar pela janela como se um monstro estivesse lá em baixo pronto para matá-los.
—Sim eu sei mas- mas ainda pode cair, não é? O avião pode cair e- e pelo menos eu vou estar do lado de dentro dessa vez. Isso é uma coisa boa, certo?
—Huh… o que?
—Oh, uh, bem- hm, quando eu tive que parar Toomes, lembra? Eu- eu estava no avião, mas eu estava fora do avião, tipo, na asa.
—O quê?
—Eu tinha que evitar que o avião caísse no meio da cidade! Eu estava na asa e quase fui triturado pelos propulsores e- e- eu tinha que mudar os flaps então eu estava do lado de fora. - Peter falava nervosamente, então o jato estremeceu e Peter segurou uma respiração.
—Peter-
—E então o avião bateu na praia e eu fui jogado na areia huh… eu parei de contar quantas vezes eu bati na areia depois de dez, acho que perdi a consciência. E tinha destroços voando e Toomes ainda- ele ainda-
—Shh… ok, ok, eu entendi garoto. Vamos… vamos conversar sobre isso melhor depois, ok? Essa é uma viagem de férias- - Um segundo tremor sacudiu o jato e Tony parou, sobrancelhas franzidas, isso não estava certo. —Vamos nos divertir. Eu tenho refrigerante e alguns tacos, você quer montar o seu?
Peter assentiu devagar e Tony sorriu.
—Bom, monte os meus também, me surpreenda, enquanto isso vou tentar fazer Sexta-Feira nos levar mais rápido ok?
Peter assentiu de novo e lentamente tirou o cinto de segurança, se levantando apenas para ter Tony a sua frente o puxando para um abraço.
—Eu não vou deixar nada acontecer com você enquanto eu estiver por perto, entendeu underoos?
—Obrigado Tony…
Enquanto Peter ia preparar seu taco, Tony correu para cabine, fechando as portas e se sentando na cadeira do piloto, apertando alguns botões antes de chamar Sexta-Feira.
—Alguém está tentando interferir com o sinal, senhor. Meu firewall está conseguindo bloquear por enquanto, mas o intruso está insistindo.
—E quando você ia me avisar? Quando a gente caísse no mar?! - Tony sibilou baixinho colocando o avião para controle remoto e pegando os controles.
—Quando se tornasse uma ameaça, senhor. - Sexta-Feira falou, então deu uma pequena pausa. —Como agora, senhor.
—Merda- ative o protocolo 23, Sexta-Feira!
—O código de defesa master já foi ativado, senhor, porém o intruso continua passando por ela rapidamente, o que gostaria de fazer?
—Eu-
De repente o controle em sua mão dá uma guinada para trás e eles começam a subir rapidamente, Tony conseguindo ouvir Peter gritar assustado lá atrás e não muito tempo depois a porta se abrir.
—Controles remotos comprometidos, o invasor tem controle total do destino do avião. - Sexta-Feira avisou nas comunicações enquanto Peter se sentava na cadeira ao seu lado, pálido e ofegante de medo. Merda, merda, merda.
—Sexta-Feira! Preciso da minha armadura! Código G3J57
—Código válido, porém o controle das portas está comprometido, senhor, não posso abrir o cofre com a armadura.
—Jesus! Como o garoto entrou aqui então?!
—Eu- eu quebrei, eu- desculpa! Ah! - O controle mudou novamente e agora eles estavam descendo, diretamente para o mar pelo qual estavam passando agora. Para completar, o símbolo inconfundível de um crânio com tentáculos de polvo vermelho sangue apareceu na tela holográfica a sua frente. Hail Hydra tocando nos alto falantes incessantemente.
—Comunicações comprometidas.
Um soluço chamou a atenção de Tony e ele olhou para o lado, vendo que Peter o olhava de volta, as lágrimas descendo por sua bochecha.
—P-Papai… eu estou com medo…
Bem, foda-se.
—Vai ficar tudo bem, garoto, eu vou garantir isso, mas eu preciso da sua ajuda, você pode me ajudar? - Tony perguntou, tentando fazer sua voz soar mais alta do que a estranha adoração no alto falante, mas ainda calma para não deixar a criança ainda mais assustada. E demorou dois segundos para o menino assentir freneticamente. —Bom, bom. Eu preciso que você quebre a porta onde está a minha armadura. Eu não posso abrir, nem Sexta-Feira, mas você pode, você é o Homem-Aranha.
Aquilo parecia ter conseguido incentivar Peter o suficiente, e respirando fundo, enquanto se grudava no chão para não ser arremessado para trás pela força da gravidade, ele foi até a parte de trás do avião.
—Está bem a sua frente, Pete, essa porta com leitura biométrica! - Tony orientou, tentando não fazer sua voz soar ansiosa demais enquanto via o mar se aproximar cada vez mais, ainda tentando mexer nos controles.
Tony ouviu o som de metal batendo e se rasgando, e Tony nunca se cansaria de admirar a força de Peter, era simplesmente impressionante.
—É só uma maleta!
—É a armadura Peter!
—E o que eu faço agora?!
—Jogue!
—O que?!
—Apenas jogue na minha direção garoto! - Tony gritou se colocando entre as duas cadeiras, sinalizando com as mãos para que Peter fizesse o que ele mandou e ainda meio relutante ele fez.
A grande maleta bateu em Tony com força e tirou um pouco do ar de seus pulmões, mas a nanotecnologia que ele estava trabalhando começou a se espalhar por seu corpo rapidamente, a máscara dourada de metal sendo a última peça antes de ele voar até Peter e segurar o garoto com uma mão enquanto a outra explodia um buraco do lado do avião grande o suficiente para eles passarem, saindo apenas segundos antes do jato se chocar contra a água, criando uma onda que com certeza os varreria se Tony já não estivesse voando em mach 1 para longe, colocando uma velocidade mais aceitável só quando já estava longe o suficiente do acidente, com um Peter bem agarrado a ele.
—Está tudo bem agora Pete… tudo bem agora, eu disse que não deixaria nada de ruim acontecer, não disse? - Tony chamou envolvendo as costas da criança com uma mão e segurando sua cabeça com a outra, sentindo-o se mover apenas para assentir fracamente, seu corpo tremendo violentamente contra ele.
—Eu quero ir para casa papai… - Ele murmurou, a voz quebrada, e o coração de Tony se apertou.
—Nós vamos para casa, eu acho que a internet não é assim tão ruim. - Tony comentou levemente. —Ela tem realmente boas imagens.
Peter riu em seu ombro e Tony considerou isso uma vitória.
—Nada de aviões nunca mais.
—Nada de aviões. - Tony concordou sorrindo enquanto levava seu filho em segurando de volta para casa.
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