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História Ironside's Daughter - Vikings - OITO


Escrita por: I_R_R_Borba

Capítulo 8 - OITO


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O caminho desconhecido arrastava-se para uma beira floresta e em estreita estrada formada por pequenas e velhas pedras cobertas por um grosso musgo, com algumas já se perdendo umas das outras. Não parecia levar a alguma moradia, tampouco aparentava ser utilizada por viajantes ou peregrinos constantes. Ainda na andada, Siggy sentia-se tomada por uma grande exaustão, seus olhos pesavam mais e mais a cada passo. Contudo, seu estomago encontrava-se dolorido avisando-a de estar vazio. Os ventos delicados da noite esbarravam em seu rosto trazendo-lhe pequenos choques de aflição acima de seu, agora, rosado hematoma deixado por seu pai. Em uma espiada a seu lado vira Ragnar, reparando que o velho homem também estava em um péssimo momento, ouvindo estalar de seus ossos em alguns momentos no silencio durante o caminho. Ainda que a noite ao redor permanecesse barulhenta, ouvindo-se todos os tipos de ruídos e estalos de galhos, a fina neblina entre as árvores tomavam as brechas de passagem. Ragnar mantinha erguida em mãos uma improvisada tocha para engolir a escuridão que lhes rodeava, mas não muito eficaz. 

A cada ruído que se ouvia perto e também ao longe, Siggy girava sua cabeça rapidamente e muito bruscamente com intuito de não ser pega de surpresa, por qualquer coisa que fosse, é claro. Ambos caminharam mais adentro entre as árvores, passando por um nevoado bosque que inclinava-se em um longo morro. Os lobos ainda uivavam sem sessar deixando Siggy desconfiada. Não sabia se uma alcateia estava a espreita ou se estavam apenas de passagem por perto, coisa que achou muito improvável o segundo pensamento.

-- Já deparou-se com um lobos alguma vez?- perguntou Ragnar de repente. Siggy virou-se para ele e negou com a cabeça lentamente, pois com a ultima virada rápida estava sentindo-se enjoada. -- Eles adoram se entocar nas estradas, muito sorrateiros. Não se preocupe, estamos caminhando em um desvio seguro. Nunca é agradável encontrar lobos a noite e em menor número, pois lobos são difíceis de matar quando são três ou mais juntos. Porém mesmo solitário o lobo do gelo é pior que muitos lobos em um confronto.

-- Lobo do gelo?- perguntou Siggy imediatamente. A tocha mantinha sua chama muito enfraquecida deixando o rosto de Ragnar pouco visível para ela, quase tomado pela escuridão. O ar gelado os abraçava conforme se achegavam mais para as árvores com aspecto fantasmagórico.

-- Sim, ele é maior, mais resistente e bem mais feroz também.- continuou Ragnar. -- Seu pelo é cinzento e seus olhos são penetrantes trazendo medo a qualquer ameaça diante de si. O mais interessante é que mesmo sendo apenas um, ele consegue intimidar uma alcateia inteira de simples lobos incluindo o seu alfa. Eles o respeitam e lhe obedecem, sentindo sua autoridade.- Ragnar encara Siggy com seu costumeiro olhar, como um abismo de excepcionalidade. -- E o mais importante, os meros lobos identificam a força do lobo do gelo através de suas cicatrizes, elas dizem que ele sobreviveu a dias sombrios e sangrentos combates.- Ragnar apontou para o rosto de Siggy. -- Seja como um lobo do gelo.

Siggy pensou sobre as palavras de Ragnar lhe ditas. A admiração pelo avô lhe era extensa que apenas assentiu com a cabeça. 

Ragnar virou-se a frente do caminho e elevou sua mão para mais além. Siggy seguiu seu sinal e avistou uma casa, mas ela não sabia se era grande ou pequena, porém muito lhe veio que ela fosse larga por conta das sombras. Uma visão clara era dificultoso, mas o que conseguira captar fora que havia uma densa florestas em volta, conforme mais eles avançavam em direção da casa um longo e belo rio negro banhado da noite foi mostrando-se. Flutuando sobre ele revelou-se um grande barco, o mais belo que Siggy já vira e diferente também. Sua cabeça de besta em frente era longa e intimidadora iluminada por tochas da pequena ponte que levava ao rio. Ao lado da casa havia uma espécie de oficina, repleta de ferramentas com diferentes tamanhos e formas, nada comum para seu conhecimento, pois mais pareciam artesanais, criadas por uma pessoa específica.

-- Esta é a casa de Floki.- explicou Ragnar.

-- Floki como o deus Loki?- um genuíno riso fora ouvido por Siggy vindo de seu avô como resposta, que certamente não compreendeu.

-- Quase, mas este é ogrande construtor de barcos.

Siggy identificou no mesmo instante das histórias,  que estava indo em direção a casa do homem que construiu o primeiro barco de Ragnar. O primeiro a navegar rumo ao Oeste. 

Ambos seguiram até em frente a casa, a porta grossa de madeira se abriu antes mesmo de Ragnar encostar sua mão para bater. Uma pequena mulher de longos cabelos dourados surgiu com um gentil sorriso ao ver Ragnar. Seus olhos deslizaram em Siggy sorrateando uma pequena surpresa. A mulher lhe era completamente desconhecida, mas por alguma razão simplesmente lhe pareceu alguém de confiança, transparecendo-lhe apenas com um olhar.

-- Espero não ter demorado em minha volta a ponto de chegar tarde para a ceia, Helga.

Helga voltou seu observar a Ragnar e sorriu outra vez.

-- Não, acabei de servir, Floki está perto do fogo. Entrem, entrem.

Helga se afastou abrindo mais a porta, Ragnar entrou primeiro, então Siggy em seguida. Os olhos da mulher pareciam radiantes seguindo-a. Ao entrar mais adentro da casa, chegaram ao cômodo aconchegante onde havia uma grande fogueira de estar aquecendo toso o ambiente que o mesmo tinha uma estrutura diferente das casas comuns. Cada arco de madeira era entalhado no telhado, cada parede com sua sustentação formidável. Tudo era simples, mas muito belo. O aroma de carne assada pela casa fez o estômago de Siggy praticamente gritar. Não tinha nada além de um pouco de ensopado do desjejum que não conseguiu aproveitar. Estava faminta, de muito isto era certo.

-- Está machucada?- perguntou Helga um tanto preocupada. A menina lhe olhou estranhamente, mas fez que não com a cabeça. -- Certo.

 Ragnar andou lentamente para perto do fogo e esticou as mãos para aquecê-las, Siggy fez o mesmo. A noite fria estava rigorosa, isto era indiscutível. Siggy ouviu passos rápidos atrás de si, ao virar-se deparou-se com um alto homem de olhos curiosos diretamente encarando-a. O homem era esguio, tinha a cabeça rapada, deixando uma longa trança e peculiarmente três mechas de cabelo. Uma a cada lado da cabeça e outra acima, puxada como uma seta. Sua barba era fina, mas volumosa. Seus olhos estavam pintados rudemente em preto formando um desenho estendendo-se da ponta final de cada olho até um pouco acima das bochechas em uma fina linha.

-- Olá, como vai?- perguntou o homem. Sua voz lhe pareceu mais jovem que seu rosto, um tanto articulada.

Ragnar virou-se para o homem e sorriu fracamente.

-- Esta é minha neta, filha de Bjorn.- os olhos do homem se arregalaram, mas um largo sorriso se estendeu em seus lábios. Siggy apenas assentou com a cabeça em um cumprimento, ainda com um pouco de receio. Ragnar virou-se para ela observando seu semblante acanhado. -- Siggy, este é Floki.- quando Siggy virou seu olhar de volta ao homem, ele inesperadamente estava agachado em sua frente com seu rosto em sentimentos de distancia do seu. Ela se assustou com o rápido movimento de seus olhos examinando-a, parecendo ler cada centímetro de seu rosto.

-- Ah, sim sim. Ouvi coisas sobre alguém como você. - disse ele após um curto período de silêncio constrangedor, partindo apenas de Siggy. A atmosfera que o homem curioso trazia ao ambiente foi notada por ela, não sabia como explicar, com isso imaginou que fosse algo particular de sua mente, talvez estivesse muito cansada para ver tudo muito claramente.

-- Dizendo que eu estava morta?- perguntou Siggy sem animo.

Floki pareceu pensar em sua pergunta, mas negou com a cabeça.

-- O que os homens dizem raramente interessa, mas os o que os deuses falam, isso sim interessa.

-- Os deuses?-perguntou ela. Nos olhos de Floki havia algo que Siggy rapidamente entendeu a respeito dele. Era um homem que certamente procurava entender os deuses. -- O que exatamente eles lhe disseram de interessante sobre mim?- a pergunta estava repleta de desafio, era de certo que Siggy realmente queria saber se Floki falava com os deuses e se era respondido ou se não passava de um louco grande construtor de barcos.

Ele lhe ofereceu um sorriso travesso e levou seus olhos para cima, depois voltou a Siggy, que lhe devolvia um confuso olhar.

-- Pergunte a eles, Siggy Bjorndottir. - disse ele por fim, gesticulando seus dedos de maneira peculiar. O rosto de Siggy transformou-se em uma máscara fria. -- Não deixe de falar com eles. - ele virou-se para Ragnar que parecia perdido em toda aquela cena. Antes que pudesse abrir sua boca para falar, Helga voltou apressada até Siggy com tecidos em tiras limpos e um punhal dentro de uma vasilha de barro.

-- Aqui, vamos limpar este ferimento, querida.- Siggy olhou o que ela trazia, esperou que fosse água ou qualquer coisa do tipo semelhante. 

-- São ervas, eu mesmo as mastiguei.- completou Floki com seu sorriso esperto.

Siggy em puro instinto olhou para Ragnar, ele pôs a mão firmemente em seu ombro. Seu semblante carregava encorajamento, mas ela não encontrou conforto.

-- Se lhe disser que sentirá pouca dor seria uma bela mentira.- Os olhos de Siggy rastejaram para a mão de Helga onde escorria as ervas em uma gosma verde brilhante. -- Vai doer feito o inferno.

-- Onde conseguiu um corte desses garota?- perguntou Floki em uma careta. 

-- Pergunte aos deuses.- disse ela com um sorriso não muito convincente. Tentava espantar o medo da dor de qualquer maneira, não querendo parecer uma fraca.

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Sentia um grande peso em seu corpo, como se estivesse submersa em terra, mas sabia que estava deitada em uma cama e não havia terra alguma sobre si. Seus olhos continuavam fechados, ainda lhe pesavam e a mão não doía mais, foi um alivio, porém o que estava ouvindo em algum lugar em seu redor lhe veio a familiar dor.

-- ...ouvi dizer que sua saúde não era das melhores... Pobre menina. Bjorn abandonou-a completamente, se não fosse Lagertha, provavelmente jamais a veríamos com vida.

-- Se ela passou por tudo isso e está aqui na nossa casa viva, talvez os deuses realmente tenham guardado um lugar para ela neste mundo, Helga.

-- Quando a vi em nossa porta ao lado de Ragnar não imaginei que fosse neta dele. Ela é linda, não é?! 

-- Ela se veste feito uma mercenária, eu gostei disto.

O peso de seu corpo ainda era grande e mais fraqueza lhe veio juntamente com mais uma onda de sonolência, Siggy então voltou-se a dormir instantaneamente.

O dia clareou, mas a casa de Floki permanecia em uma fraca escuridão, o que deixou os olhos de Siggy confortáveis ao se abrirem. Sua boca estava seca e seus braços tinhas marcas de amarrotamento por conta das peles sobre a cama e as que lhe envolviam. Ela ergueu-se lentamente e espreguiçou-se esticando-se até seu limite. Olhou em seu redor, parecia sozinha, mas ao longe do quarto ouvia uma familiar voz. Jogou as peles de lado lentamente e sentou-se na baixa cama. Levou sua mão mais para perto de sua visão para constatar o estado, incrivelmente não lhe pareceu tão ruim como pensara. Caminhou muito vagarosamente até onde as vozes vinham da casa. Atravessou um pequeno corredor com esculturas de deuses e outras que não conseguira identificar, todas entalhadas em madeira.

Caminhando para a sala da casa, viu duas mulheres sentadas perto ao fogo de costas para ela. Uma identificou sendo Helga e a outra com toda certeza era impossível se confundir. Lagertha estava sorrindo e ao ouvir Siggy se aproximar imediatamente se levantou e seu rosto demonstrou angustia. Helga também se levantou e sorriu docemente para ela.

-- Vou buscar mais água, deixarei vocês duas.- dito isso, ela simplesmente se foi para fora da casa extremamente rápido, Siggy pode jurar que a mulher quase tropeçara com a pressa.

Lagertha aproximou-se de Siggy e encarou seu rosto com profundo desgosto.

-- Eu sinto muito.- disse ela com pesar.

Siggy passou por Lagertha em silêncio e sentou-se de frente para o fogo. Observou as chamas com intuito de não explodir em raiva.

-- Você mentiu.- falou ela, após um longo silencio. -- De todas as pessoas, você mentiu.

Lagertha soltou um pesado suspiro, um calafrio lhe veio por todo corpo. Estava lamentando com os olhos para Siggy, mas a mesma permanecia encarando o fogo, como se esperasse algo sair de lá. Talvez ela realmente estivesse.

-- Me perdoe, se eu soubesse que Bjorn faria isso eu, eu...

-- Nunca mentiria para vir até aqui e ser humilhada por ele?- interrompeu Siggy com seu rosto transformado em fúria. -- Acha que me importei mais com isso?- perguntou ela apontando para seu rosto rosado. -- Isso não foi nada, mãe.- a voz de Siggy fraquejavam, um nó em sua garganta ardia mais que as chamas do fogo sufocando suas palavras. Ela voltou a encarar a fogueira tentando impedir que as lagrimas vivessem.

Lagertha aproximou-se agachando ao seu lado, afagou seus cabelos, que agora estavam livres de tranças.

-- Me perdoe, filha, me perdoe.- suplicou ela. Seus dedos entrelaçavam as mexas dos cabelos de Siggy delicadamente, mas a mesma tinha seus pensamentos voltados ao dia em que recebeu a fúria de seu pai. Tudo se repetia várias e várias vezes, palavra por palavra, sentimento por sentimento. -- Voltaremos para Hedeby, assim que o sacrifício for oferecido aos deuses.- os olhos de Siggy voltaram para sua avô lentamente.

-- Então você realmente não irá com Bjorn.- disse ela friamente. Lagertha suspirou outra vez em lamento.

-- Eu sempre venho com guerreiros a Kattegat, Siggy, mas não, eu não irei me juntar a Bjorn. Não depois de saber mais sobre a expedição, pois tornou-se uma oportunidade.

-- Oportunidade para quê?- perguntou Siggy impaciente.

-- Para tomar o que me foi tirado.- respondeu Lagertha levantando-se. Ela caminhou para frente de Siggy do outro lado do fogo e olhou diretamente em seus olhos. -- Meu lar, meu amor e principalmente minha felicidade.

Siggy semicerrou seus olhos buscando algum vestígio do que realmente Lagertha estava a falar. Em toda sua vida que convivera com ela, sabia que sua avó não estava culpando Ragnar por traí-la, deitando-se com outra e meses depois a mesma procurá-lo dizendo carregar um filho seu. O que realmente ela não pôde suportar, foi que Ragnar decidira ficar com ambas mulheres, convivendo juntas como uma família. Aquilo fora muito humilhante para Lagertha a ponto de juntar suas coisas e ir embora de Kattegat deixando tudo para trás. No entanto, jamais entendeu tal lógica, pois em seus pensamentos achava que Aslaug não tinha toda a culpa em si. Talvez aos olhos de uma mulher traída a outra sempre será a real culpada.

-- Nosso lar não é aqui, é em Hedeby, você é a earl e há pessoas que precisam de você.

-- Nossos lar não é em Hedeby, Siggy. Meu verdadeiro lar é aqui, minha felicidade estava aqui e isso foi tirado de mim. Pertencemos aqui, este é o meu povo, não o dela. Aslaug não é uma rainha de verdade.- a voz de Lagertha alterou-se, estava claro que a ideia era fixa em sua mente, coisa que não era de agora, mas de antigas mágoas. Aslaug era a usurpadora e tinha de ser derrotada.

-- Todas aqueles seus desaparecimentos, compromissos foi para convencer alguém a juntar-se a você.

Lagertha sentou-se e deixou suas peles dos ombros caírem para trás. Levou suas mãos ao fogo para aquecê-las, o frio do dia estava impiedoso.

-- Sim. Falei com algumas guerreiras e Torvi está comigo. Graças a ela teremos gente por dentro para que possamos tomar Kattegat.- as sobrancelhas de Siggy ergueram-se ao ouvir tais palavras. Mais irritação lhe veio, fora como uma traição para ela. Contar a mulher de seu pai seus planos e deixá-la de fora por hora.

-- Estava tramando uma tomada sem me dizer?

-- Siggy...

-- Não, realmente quero saber onde eu me encaixou nisto tudo. Já que você quer tornar-se rainha, que para isso terá que matar as pessoas que diz ser seu povo.

-- Eu não sabia se realmente estava pronta para tal coisa, mas agora sinto que é a hora. Muitos barcos chegaram do rei Harald e seu irmão esta manhã, logo todos irão para junto de seu pai rumo ao mar mediterrâneo e a defesa de Kattegat estará vulnerável. Eu quero você liderando a tomada, não há ninguém mais confiável.

-- Sou tão confiavél que nem a menos me disse sobre o que estava tramando. Além do mais, não posso liderar os guerreiros, dê a Astrid esta responsabilidade.- disse Siggy levantando-se.

Ouvira mais um suspiro de Lagetha, mas não se importou, estava agora procurando por suas peles e seu machado. Não se lembrara de onde havia desmaiado na noite, nem se ao menos havia comido, mas era certo que não sentia fome. Não sabendo se seria um bom ou mal sinal.

-- Siggy, isto não é um momento para ciúmes de Astrid. Eu preciso da sua liderança na divisão dos guerreiros, ela não está preparada para isso.

-- Não ligo a minima para Astrid, não posso liderar pois irei para a Inglaterra com Ragnar.

O rosto de Lagertha ficara imóvel, mas seus olhos moviam-se freneticamente, parecia não entender o que Siggy acaba de lhe dizer. Ela permaneceu em silencio por um breve momento, mas então levantou-se rapidamente e claramente impaciente. Abriu sua boca para falar, mas seu rosto congelou, parecendo pensar muito antes de falar. Siggy a observou com desconfiança.

-- Inglaterra, você está louca?- perguntou finalmente. -- Não vou permitir isso.- Lagertha pegou suas peles com grande fúria, e as jogou sobre seus ombros. Voltou a encarar Siggy esperando uma resposta. A jovem permaneceu em breve momento de silencio, coisa que deixou Lagertha mais irritada. Ela sabia que para sua avó seria difícil, pois jamais saíra de suas vistas em toda vida, mas Siggy sentia que seu destino teria de ser traçado, mesmo que isso significasse deixar sua mãe para trás. -- Você não pode ir até lá com Ragnar, ele nem ao menos tem um exercito para vingar-se. Ninguém o seguirá, Siggy.

-- Eu não tenho lugar aqui, mãe. Você sabe disto melhor que ninguém, e o que quer, tomar seu lar, não me diz respeito. Aqui não é meu lar e talvez esteja certa, Hedeby também não e é por isso que preciso sair e descobrir o que os deuses querem.- Lagertha parecia inconformada com as palavras de Siggy, mas no fundo ela sabia que a garota estava certa. Kattegat não era seu lar, pois teve de ser mandada para Hedeby por conta do ódio de seu pai e ainda assim não se encaixava no lugar. Siggy jamais teve amigos, nenhum além de seu cavalo. Sempre fora diferente das outras meninas, tais quais procuravam um homem para casar-se e ter muitos filhos, mas ela estava ciente de que sua neta tinha um destino a seguir, mas saber que talvez fosse longe de si era doloroso.

-- Você quer saber o que os deuses lhe tem em aguardo, então vamos.- disse Lagertha caminhando para a porta da casa. -- O sábio nos dirá.

 

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Notas Finais


-- Desculpem o atraso do capitulo, muita correria. Bjs!


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