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História Irresistível Atração - Gojo e Utahime (revisando) - Capítulo 1 - Príncipe sapo


Escrita por: Tecido

Notas do Autor


Boa leitura! ❤️

Capítulo 2 - Capítulo 1 - Príncipe sapo


Fanfic / Fanfiction Irresistível Atração - Gojo e Utahime (revisando) - Capítulo 1 - Príncipe sapo

Mergulhe no meu mar, e eu prometo que irei te afogar de amor.

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Faltava menos de 12 horas para o intercâmbio das escolas irmãs de Tóquio e Quioto, e os preparativos para o evento demandavam noites mal dormidas de Utahime, como professora e coordenadora, ela estava disposta a oferecer a melhor experiência aos participantes. Este ano o evento iria ocorrer em Tóquio, já que Yuta havia vencido no ano retrasado, e a sede campeã era responsável por sediar tal campeonato. Entretanto, isso não significava que os professores de Quioto estavam livres de compromissos, muito pelo contrário. Iori era a responsável por ser intermediadora entre as duas escolas, e isso exigia dela estar com um pé em Quioto e outro em Tóquio.

A morena corria para todo o lado a fim de que tudo ocorresse perfeitamente bem, mas o que ela não contava que Gojo, o professor dos novatos de Tóquio, ficaria o tempo todo cercando-a.

Ela lembrava quando viu Gojo pela primeira vez, quase pediu para Mei Mei a belisca se para ver se estava sonhando, estava tão hipnotizada pelos cabelos brancos caídos na testa, pelo sorriso impecável nos lábios, os olhos azuis - cor de mar - o qual ela desejaria mergulhar. Mas como um espinho furando seu dedo, o feitiço foi quebrado, e a realidade veio à tona no momento que Gojo abriu a boca!

Iori sabia que príncipes encantados não existem, e entre ficar solteira ou com um sapo, optava pela primeira opção. Irritada pelo “sufocamento” e rodeios do albino, ela exclamou alto.

— Gojo! Você não tem mais ninguém para perturbar?

— Até que tenho, mas escolhi você! — disse ele presunçoso, num tom brincalhão de sempre e em resposta a mulher revirou os olhos e caminhou em passos largos e rápidos na direção oposta.

— Qual é gatinha, não precisa ficar brava. — disse ele, seguindo-a.

— Para de me chamar de gatinha! — parou ela irritada, franzindo o cenho.

— Agora que eu sei que você não gosta de ser chamada assim, vou usar sempre esse adjetivo com você.

— Você não quis dizer substantivo? — semicerrou os olhos.

— Adjetivo! — reafirmou ele com um sorriso maroto. 

Um rubor começou surgir no rosto da morena. Pela entonação e voz determinada de Satoru, Iori sabia que do jeito dele, Gojo estava a chamando de linda. Para Utahime, receber elogios e admiração pela sua competência como feiticeira e professora, era algo rotineiro e satisfatório, mas receber pela sua aparência física, era um tanto desconfortável e novo.

Ela não se achava a mulher mais atraente do mundo, se sentia insegura sobre a enorme cicatriz em seu rosto, a qual ela acreditava ser o motivo dos homens não cortejá-la frequentemente, e os que tentava, eram simplesmente uns imbecis com conversas sem pé e cabeça, mas apesar de tudo, ela estava feliz, era uma mulher com pés no chão, coração e alma no céu.

— Vamos, Iori. Você precisa descansar. 

— Eu não tenho tempo, o intercâmbio começa amanhã e preciso terminar este serviço, agora me dá licença. — disse ela, empurrando o branquelo para o lado, mas ele voltava a surgir no seu caminho.

— Tá bom, que tal fazermos assim, eu te ajudo ou faço o trabalho para você, mas em troca eu quero que você durma, nem que seja por meia hora.

— Levando em consideração que você já devia está ajudando. — brandou ela, um tanto irritada — Afinal, é a sua sede que está recebendo a minha, mas não vejo problema em descansar um pouco — diz ela, um tanto emburrada e ele sorriu por ter conseguido o que queria.

Ela cedera, não pela carinha de cachorrinho sem dono de Gojo, mas o cansaço já trolava seus olhos e suas pernas já tremiam pela exaustão. A morena estava tão empenhada em fazer o evento acontecer sem nenhum problema técnico, que mal tinha tempo para necessidades básicas do corpo. Caminhando bufante até o sofá, Iori se sentou, esperando seu corpo entrar num estado de dormência, pela sua infelicidade, Gojo se sentou ao seu lado.

— Você não disse que ia terminar o trabalho? — ela perguntou, rabugenta.

— E vou, relaxa gatinha. — diz ele, no tom brincalhão de sempre, o qual fazia ela duvidar de suas palavras.

Ela range os dentes, a cada “gatinha” pronunciada parece ter sentidos diferentes, esse pareceu mais uma reposta para provocá-la. Pela maneira como ela o fitava, Satoru não disse mais nada, o que faz Iori se sentir grata mentalmente, e aos poucos a morena foi se entregando ao sono, até chegar em um estado de completamente desacordada.

Gojo, como havia prometido, correu para realização das tarefas, a qual ele considerava estúpidas e sem importância. Quem liga se vai ter uma faixa preta dizendo “Bem vindos”, escrito com a fonte x. Ele emburrava a cada tarefa cumprida. Satoru pensou seriamente em não segui as instruções detalhadas da moça, colocando “Revolução já!” Em vez de “Intercâmbio Tóquio e Quioto", mas sabia que isso apenas daria mais trabalho a Utahime em arrumar seu estrago e não seria justo para com ela. Depois de quase seis horas de puro tédio, ele voltou correndo para ver Iori, que ainda encontrava-se apagada, bamboleando no sofá. Ele se aproximou e sentou ao seu lado.

— Durma bem, gatinha. — disse ele, num sussurro, rolando o feed de alguma rede social.

Enquanto ela se achava insegura e disforme, Gojo achava-a a mulher mais linda, atraente, encantadora, imponente, autossuficiente e segura de si. Ele estava obcecado desde primeiro momento que a viu, Satoru estava acostumado com a veneração e atenção exagerada dos outros, por ser o feiticeiro mais forte, ele acreditava que podia tudo, mas seu queixo caiu quando Utahime não se ajoelhou aos seus pés.

No começo - de pirraça - ficava cercando a garota com intuito de convencê-la a sair com ele, a fim de aliviar seu ego ferido, mas não adiantou, Iori simplesmente o desprezava, com o tempo Gojo foi deixando seu orgulho de lado, e seu ego foi se apagando em relação a isso, ele gostava dela, simplesmente gostava.

Gostava do jeito como ela franzia a testa mal-humorada, seus olhos cor de mel que lhe dava um ar de garota inocente, o jeito como ela amarrava o cabelo, o perfume doce que atraia seu “eu” chocólatra, sua pele alva e macia… Era apenas detalhes da complexidade dessa mulher.

O jeito desengonçado a qual a morena dormia, fazia a mesma se desequilibrar e a ação da gravidade puxava-a para baixo. Utahime, estava prestes a cair no sofá desconfortavelmente duro, mas a intervenção do platinadoo, não permitiu.

Gojo colocou suavemente a cabeça de Iori em sua enorme perna, a qual se contorceu um pouco buscando uma posição mais confortável na coxa do rapaz. Ele observava-a cada parte do seu rosto, pois sabia que quando ela estivesse acordada, não poderia enfrentá-la daquela distância. Entusiasmado, ele retirou o celular do bolso e tirou várias fotos para registrar aquele momento, pensando que seria o primeiro, de muitos cochilos que ela daria em seu colo.

E novamente Satoru voltava a se distrair com celular, que nem sequer percebeu o tempo passar, apenas quando a morena se contorcia sobre sua coxa que roubava sua atenção. A mão do albino não resistiu e foi de encontro com o cabelo dela, acariciando-a. 

— Por que você tem que ser tão teimosa, em gatinha? — ele se curvou, ficando perto dos lábios da moça, pensando em fazer algo que se ela descobrisse, seria seu fim. Inúmeras vezes naquele fim de tarde, ele chegou perto o suficiente para beijá-la, mas desistia no caminho.

— Eu quero esperar, quando eu te beijar, você será minha! Não digo como uma propriedade, até diria para te ver bravinha — ele riu com a ideia — Mas seu corpo e mente serão meus. Está me ouvindo, marrentinha?

— Go.. jo… — murmurou ela.

Espantado com o sussurro repetino, ele se agitou no sofá, tremendo a perna, o que fez a morena se remexer com o baque. Não pode ser, Utahime sonhara com ele? Ou ela havia escutado tudo que ele tinha dito? Gojo ainda não estava preparado para abrir seu coração, só a hipótese dela ter ouvido, causou um certo desconforto no homem. A morena se remexia, estava acordando…

Ela piscou os olhos, se perguntando quanto tempo ficou desacordada, limpou a baba que escorria e finalmente notou o homem ao seu lado. Piscando algumas vezes até se acostuma com a luz forte da sala, só então, encarou Gojo, o qual estava pela primeira vez em sua frente, parecendo envergonhado. Ela interpretara mal, achava que as mãos dele em seu cabelo e a cabeça dela em sua coxa, poderia ser uma insinuação de sexo oral, o deixou ela nervosa e a mesma se alevantou abruptamente.

— O que acha que está fazendo?!

— O que foi? — perguntou ele, com um olhar confuso e preocupado.

Quando a ficha caiu, Satoru pode ser inconveniente e antiquado, mas não ousaria fazer nada enquanto ela dormia e a mesma descartou a possibilidade de um boquete no grisalho e se sentiu envergonhada por imaginar uma coisa dessa. Então qual era sua intenção? Ele estava fazendo… carinho?!

— Nada, só não lembro de ter pegado no sono em seu colo — disse ela timidamente, desviando do olhar curioso do outro. 

— Era isso ou dormir no sofá duro.

— Preferia o sofá duro — alfinetou.

— Ai, assim você me magoa, Hime. — diz ele, colocando a mão no peito, enquanto encenava está de coração partido.

— Para com esse teatro, nós dois sabemos que você não tem coração.

— Falou o amor em pessoa — alfinetou de volta — dessa vez, se colocando em pé a sua frente, sem respostas, Iori decidiu ignorar o comentário.

— Já são que horas?

— Onze.

— Ufa, pensei que tinha dormido a tarde toda — aliviou-se, não era do seu agrado dormir a tarde toda enquanto possuía diversas atividades para realizar, falando em tarefas, onde será que a lista estava, ela procurava por todo canto da sala, até que… — Espera, onze horas já passou.

– Sim, são onze da noite.

— O que?! Mentira! — disse ela num gritinho agudo e contido.

Gojo em resposta, apenas abriu as cortinas, e ela viu o óbvio, a escuridão da noite.

— Mas… eu preciso terminar as tarefas! — disse ela histérica, voltando a caçar o papel perdido — Cadê a droga da lista… eu não devia ter dormido, culpa sua!

Gojo esperou com um sorriso nos lábios, Utahime surtar e revirar todo o canto da sala, até finalmente revelar que estava em posse do papel. Apenas para ver o rubor se formarem nas bochechas da mulher. Ele adorava provocá-la, era o seu passatempo preferido.

— Aqui — ele joga um pedaço de papel manchado de óleo de batata frita em sua direção, e por instante, ela hesitou, mas mesmo assim pegou a folha suja, notando que todas as tarefas estavam listadas.

— Você terminou tudo? — perguntou ela, analisando o papel precisamente, mas no fundo, grata pelo seu esforço.

— Sim, além de mais forte, sou mais rápido — disse ele com desdém, o que fez a morena se esquecer de imediato, o empenho do outro ao revirar os olhos em resposta. “E o príncipe novamente virou um sapo” pensou ela.

— Já está tarde, é melhor eu ir.

— É uma viagem longa até Quioto, por que não vem dormir na minha casa? Tem espaço suficiente. — o olhar incrédula  e feroz da mulher, fez com que Gojo logo completasse a frase. — Ou em hotel? Eu posso te levar — sugeriu ele, Satoru tinha oferecido sua casa para ela? “O que está acontecendo comigo?” pensou ele.

— Definitivamente não, obrigada. Acho que o grande Satoru Gojo já fez muito por hoje — ironizou ela, pegando sua bolsa na cadeira próxima.

— Não seja boba, vai ser difícil pegar um táxi a essa hora, deixe que eu te leve.

— Eu já disse não, Gojo — ela diz, correndo rápido pelos corredores da escola. Para crianças e Gojo, precisa ser firme, se não, não progredi.

***

Quando chegou em casa depois de três horas de metrô. Utahime tomou um banho quente a fim de relaxar um pouco mais. Colocou uma camisola, sem roupas íntimas por baixo para se sentir mais confortável e entrou debaixo das cobertas, mas antes que ela pudesse pregar os olhos, o celular no criado mudo acendeu numa luzinha irritante. Ela pegou o celular - pela sua infelicidade - era uma mensagem de Gojo, curiosa, abriu o chat.

— Fotos?

 

Continua…


Notas Finais


Espero que tenham gostado :3


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