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História Is It Love? G. 💌 - Uma nova mulher


Escrita por: MilFor

Notas do Autor


✴ Por favor, me dêem um feedback sobre a história e as alterações que eu estou fazendo na personagem principal: Michelle. Não sei vocês, mas pra mim a original é um pouco chata e clichê, porém, se acharem melhor, eu não desviarei tanto a história do jogo.
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Capítulo 9 - Uma nova mulher


Fanfic / Fanfiction Is It Love? G. 💌 - Uma nova mulher

Uma nova semana começa. Passei os últimos dias com meus novos amigos, Lisa, Matt e... Colin. Ainda bem que não tivemos problemas maiores. Não tive notícia nenhuma sobre o Gabriel e nem sobre o projeto que deu tanto trabalho para a gente fazer. Espero muito que o cliente tenha ficado satisfeito, então decido ir ao escritório do meu gerente para lhe perguntar. Na verdade mesmo, eu só queria uma desculpa para vê-lo, óbvio, mas vamos fingir que estou interessada nos resultados do projeto.

A porta está entreaberta e eu consigo ver que o Gabriel está conversando com um homem que não me é estranho. Ele usa óculos e veste um terno muito formal. Claro! É o homem que vi em seu escritório no outro dia. Porém dessa vez a discussão parece mais tranquila, ambos os homens se falam gentilmente e sorriem. Não ouso entrar e interromper a conversa. Nenhum dos dois percebeu minha presença, eu viro a orelha para ouvir o que eles dizem.

- Excelente trabalho, Gabriel! Você realmente se garantiu nesse projeto!

- Não é nada mais do que normal. Eu passei o dia inteiro trabalhando nesse projeto e sabia que valeria a pena!

- Realmente, valeu muito a pena! O cliente ficou muitíssimo satisfeito e, sobretudo, impressionado com a qualidade, visto o prazo tão apertado. - o homem sorriu brandamente. - Ainda bem que eu pude contar com você, Gabriel! Estou te devendo uma!

- Imagina, eu não fiz isso esperando algo em troca!

- Hum, - o homem diz sem acreditar. - de qualquer forma podemos contar com o Voverdis como um novo cliente fidelizado.

Voverdis? Eles estão falando sobre o projeto na qual eu e o Matt trabalhamos como loucos! Não acredito, parece que o Gabriel não nos mencionou em momento algum! Ótimo, o Gabriel está se apropriando do nosso trabalho! De maneira nenhuma eu posso ficar aqui parada sem fazer nada apenas observando essa cena! Decido bater na porta para mostrar que eu cheguei. Gabriel sorri para mim, mas o outro homem só me dá uma olhada com certa indiferença. Me sinto muito mal agora, me sinto inferior e mais do que isso, sinto-me invisível.

A minha vontade era de gritar, de marcar minha presença, mas ao invés disso eu fico lá, esperando que eles terminem. Parada. Calma. Pelo menos aparentemente, porque por dentro estou fervendo.

- Vou sair, acredito que a sua secretária queira falar com você.

Não vejo expressão nenhuma na face do Gabriel. Ah não, isso eu não aceito! Isso me revolta! Como se já não bastasse o Gabriel ter ficado com todo o mérito do projeto, ele ainda vai deixar esse cara me chamar de secretária!?!?

O homem vem em direção a porta para sair, Gabriel permanece insolúvel. Acho que ele não tem noção do quanto isso me irrita. Eu não posso deixar isso assim.

- Bom dia, senhorita. - o homem diz sorrindo essa frase sorrindo quando passa por mim, mas continua andando.

- Bom dia, senhor... Só para a sua ciência, eu não sou secretária do Gabriel. - a minha fala é fria e levemente violenta. O homem nem olha para trás. Nem me sobra tempo para apresentações, o homem já está com o celular no ouvido atendendo uma ligação.

- Entre, Michelle. - sinto um pouco de raiva transbordando no olhar do Gabriel. Com certeza ele não gostou nadinha de eu tê-lo pego no flagra.

- Gabriel, bom dia. - tento me conter, mas não consigo esconder a frieza.

Não posso fazer muitos rodeios, além dessa situação ser muito ridícula, provavelmente ele iria encontrar alguma forma de me desestabilizar como ele sempre faz e isso é tudo que eu não quero!

- Desculpa, eu sei que isso não se faz, mas acabei de ouvir vocês...

- Você tem razão, isso não se faz! - interrompe-me, tenso. Tá na cara que ele quer desviar a conversa! Que ódio!

- Teria sido muito bom se você tivesse, pelo menos, citado eu e o Matt! - digo isso como se fosse uma acusação. - Afinal, fomos nós quem demos duro para esse projeto Voverdis ter ficado tão bom!

- Ah, claro! É claro que eu disse sobre vocês dois! - Gabriel se esforça para manter a calma, a expressão dele está mudada agora. Como se isso fosse tão óbvio quanto dois mais dois são quatro. - Michelle, francamente, você acha mesmo que eu teria feito uma coisa dessas com você e com o Matt?

- Não sei, Gabriel! - digo com raiva. Meu lindo gerente me olha com tristeza, e é nessa hora que eu sinto um aperto no peito. - Quem era aquele com quem você estava conversando? - aponto para a porta.

- Mark Leviels, meu chefe. Ele é muito ocupado, sabe, mas eu falei de vocês. Pode ficar tranquila. Eu garanto!

- Não foi isso que pareceu.

- Olha, vocês fizeram um trabalho excelente! Não me leve a mal, é sério, eu não sou do tipo de pessoa que ganha as coisas nas costas dos outros. Jamais faria isso com você, Michelle! - com o biquinho que ele faz fica quase impossível de não acreditar, ele parece sincero.

- Mas então por que ele não me deu os parabéns também?

- Não sei, vai ver esse é o jeito dele mesmo. Fazer o quê? - não sei o que pensar, será que é isso mesmo? - Eu, no seu lugar, teria pelo menos me apresentado a ele. E claro, teria aproveitado os elogios e... todo o espetáculo.

- Que espetáculo, Gabriel? - enrugo a testa sem entender.

Meu gerente me olha da cabeça aos pés bem devagar. - Que espetáculo!

Eu não sei o que ele quer com isso. Não, eu sei sim o que ele quer, ele quer me desestruturar, me abalar. Quer me deixar caidinha por ele. Isso me dá tanta raiva. Crio coragem para dizer umas poucas e boas quando seu celular toca.

- Com licença, eu preciso atender.

Viro as costas para voltar a minha mesa sem lhe dizer nada. Mas com a vontade de lhe dizer tudo! Sento na minha cadeira, bufando. Não sei bem o que pensar sobre as palavras do Gabriel e o lance com o Mark. Uma coisa é certa: eu não estou gostando nada disso.

- O que aconteceu, Michelle? - aff, Matt percebeu a minha inquietação.

- Acabei de ouvir uma conversa do Gabriel e do Mark.

- Deixe-me adivinhar. Os dois estavam brigando?

- Muito pelo contrário, Gabriel estava se gabando pelo projeto Voverdis, aquele que a gente estava se matando para fazer, para cumprir o prazo. O Mark estava parabenizando o Gabriel.

- Hummm, isso é uma boa notícia! - Sorri. - Eu não entendi qual é o problema.

- O problema é o Gabriel e o seu comportamento estranho... Na maioria das vezes eu não sei como reagir aos seus comentários.

- Hahahahhaha

- O que é tão engraçado, Matt?

- Poucas mulheres resistem a sua pegada. Ele tem uma ótima reputação, se é que você me entende. - O pior é que o Matt ri muito, me deixa tão sem graça. Minha vontade era de cavar um buraco para enfiar a minha cabeça. - Enfim, o que eu quero dizer é que ele costuma se dar muito bem com novatas bonitinhas. Tipo você... - pisca para mim, como se tivesse acabado de me contar um dos macetes mais relevantes do jogo todo. Que vergonha!!!! Me sinto tão idiota! - Sabe, acho que ele tem interesse em você.

- Para! Por favor, não fala mais essas coisas pra mim!

Começo a entender o Colin. Não gosto nadinha dessas histórias ridículas... Ainda mais se eu não sei no que acreditar. São um saco essas fofocas bestas!

- Aff, me fala como você consegue aguentar essas historinhas?

- Ah, é o jogo, minha querida. Não precisa levar para o lado pessoal. - Matt fica sério. - Acho que você se preocupa demais, Michelle. Devia parar um pouco com essas paranoias suas.

Certamente ele tem razão, acho que eu sou muito sistemática. Mas também eu não expliquei exatamente a maneira com que o Gabriel me provoca. Eu nem teria coragem de falar sobre isso com o Matt assim, tão explicitamente. Sei lá.

Foi difícil para me concentrar essa tarde, mas eu fiz o que pude. Matt e eu não tocamos mais no assunto e eu não encontrei o Gabriel depois disso. Já no final do expediente, vou para a sala de descanso. Necessito de café! O Matt não reclama de eu deixá-lo só, acho que ele viu que mesmo se eu estivesse lá não mudaria muita coisa, até porque ele já fez quase tudo sozinho. Hoje eu estou totalmente improdutiva. Eu sento em uma das poltronas e observo as pessoas que passam por lá, fico pensativa, minha mente vai longe.

- Ei, tudo bem? - sou pega de surpresa, desperto do meu transe com a Lisa me chamando. Eu poderia dizer a verdade, poderia me abrir e pedir um conselho, uma orientação. Mas eu prefiro não fazer isso, tenho medo, sei lá. Acho que não me sinto à vontade para falar sobre esse assunto.

- Tudo bem. - respondo sem muito entusiasmo e a Lisa percebe.

- Sério? Tá na cara que não está tudo bem. Vamos, o que está acontecendo? - insiste com preocupação. Tadinha, ela parece realmente estar sendo solidária, mas o problema não é ela, eu já percebi que ela é uma boa pessoa. O problema está dentro de mim mesmo. Ou melhor, o problema sou eu! Eu que nunca sei das coisas, nunca sei o que fazer, o que falar...

- Nada demais, eu só me dediquei muito em um projeto e agora estou com dificuldade de me concentrar... - minto. O rosto da Lisa se transforma de preocupação para gentileza.

- Não podemos ser sempre 100% eficazes, é normal! Não precisa exigir tanto de si mesma!

Sorrio para a Lisa que realmente está fazendo tudo para sermos amigas. Acho que devia confiar mais nela. Talvez fosse legal eu convidá-la para fazer alguma coisa fora do trabalho, fora do ambiente da empresa, afinal eu me diverti muito com ela e o Matt na Starlite. Além disso, estou morando em Nova Iorque há três semanas, está na hora de criar laços.

- Você tem algo programado para hoje a noite? - pergunto.

- Me inscrevi em uma academia de dança aqui perto, achei muito bacana!

- Sério? Que tipo de dança?

Lisa olha a nossa volta como se verificasse se havia alguém por perto. - Pole dance. - responde séria. Eu arregalo os olhos.

- Desculpa a minha ignorância, mas isso não é dança para mulheres repletas de curvas voluptuosas?

- Para ser honesta, eu não gosto de mesmices, achei que seria bom fazer algo diferente, algo novo. Cá entre nós, achei que seria da hora para inovar no momento a dois. - explica, ainda séria. Parece que ela espera a minha resposta. Isso é estranho. Digo, não estranho num sentido ruim, é diferente. É um diferente legal, na verdade.

- Que maneiro! Deve ser muito bom e é bem incomum. - A real é que nunca tinha passado pela minha cabeça dançar pole dance para sensualizar uma pessoa em especial. Mas, parando para pensar, o Gabriel faz bem o tipo de quem gosta dessas coisas.

- Aham, e é muito pesado fisicamente, lembra um pouco como movimentos de acrobatas de circo. - eu concordo com a cabeça. - E você, quais são os planos para hoje à noite?

- Nada em particular. Bem que eu queria fazer alguma coisa assim como uma dança e tal, mas atualmente eu estou meio sem tempo.

- Entendo... Quando você tiver oportunidade você podia fazer uma aula experimental comigo, eu comecei na semana passada, seria legal encontrar uma parceira de... - uma mulher entra na sala. A Lisa chega mais perto de mim para me dar um abraço e sussurra no meu ouvido. - Pole dance. - depois ela se afasta e sorri.

- Claro, vai ser ótimo! - respondo animada.

- Beleza!!!

- As aulas são as segundas, quartas e sextas. Quando você tiver livre, me dá um toque.

- Ok, pode deixar! - em todo caso, acho que vai ser bom para mim, mesmo que eu não vá dançar para o Gabriel...

Já é de noite quando eu e o Matt descemos para a saída do prédio. Apesar de não ser de grande utilidade, fiquei com ele até terminarmos tudo.

- Vou nessa, senhorita, vou pegar minha moto no estacionamento.

- Você anda de moto há muito tempo?

- Aham. Desculpa, Michelle, mas eu não tô podendo conversar. A gente se fala amanhã, tá?

- Ok, até amanhã!

- Dê um beijo em minha amiguinha peluda por mim, beleza?

- Pode deixar! - nos cumprimentamos e seguimos cada um para seu lado.

Eu caminho devagar e tranquila me distanciando do prédio, quando consigo ver o Gabriel conversando com a Cassidy. Com certeza eles se conhecem muito bem, já que a Cassidy está sorridente e o Gabriel coloca a mão em seu ombro enquanto os dois riem juntos. Sinto uma pontinha de ciúme brotando dentro de mim. Eu devia me sentir culpada por isso, mas não consigo ficar com raiva do meu coração. Tento me acalmar. Qual é o problema, né, temos o direito de rir com colegas. Claro, assim como eu e o Matt morremos de rir às vezes. Vejo os dois entrarem em um táxi. Onde será que eles vão juntos? Mas que saco, isso não tem nada a ver comigo!

- Ei!

Dou um pulo de susto! Um homem montado em uma moto e com capacete está parado a poucos metros de mim e eu nem tinha visto. Ele tira o capacete.

- Matt!

- O que você está fazendo aí escondida?

Putz, eu nem tinha percebido que eu precisei me esconder atrás de um carro para observar o Gabriel e a Cassidy. Eu fico sem resposta para dar ao Matt. Ele ri.

- Kkkk só você mesmo, Michelle! - ele coloca o capacete novamente, me dá um tchauzinho e vai embora. Eu respiro fundo e sigo o meu caminho.

A cidade está calma, eu cruzo com diversos trabalhadores que estão voltando do trabalho. Dessa vez eu seguro a minha bolsa bem junto ao meu corpo, abraçando-a.

Um velhinho com um cachorro está sentado na calçada pedindo esmola. Eu continuo andando. Não tenho nada para lhe dar. Na verdade, me sinto ameaçada e acelero o passo. Alguns metros à frente, eu me sinto culpada pela minha reação... Ele não parecia maldoso, eu agi como uma idiota. Decidi voltar lá e dar algumas moedas e uma nota que estavam de fácil acesso nos meus bolsos. Mais ou menos 5 dólares. O que já parece suficiente, visto que velhinho agradece sorrindo, faltam alguns dentes.

Muitas lojas ainda estão abertas nesse horário. Através da vitrine, eu vejo que algumas vendedoras já estão começando arrumar tudo. De repente eu sinto grandes pingos de chuva caindo sobre a minha cabeça. O céu está escuro e eu não tenho nenhum guarda-chuva. A chuva está piorando, é melhor eu andar rápido.

Quando chego em casa, um pouco molhada, a Cristal não está. Isso é um bom sinal já que ela teve força suficiente para sair. Eu tomo um banho quente e depois leio os meus emails. A mais spams do que outra coisa. Meu celular vibra. É uma mensagem do Matt.

Matt: O q a senhorita estava fazendo? Espionando de gaiato? Kkkk

Aiai, esse Matt é foda! Acertou em cheio!

Michelle: Tipo isso kkk

Lembro-me do que a Lisa me disse. Eu preciso mesmo fazer alguma coisa fora do trabalho, algo que tira minha atenção do Gabriel. E quem tiraria o Gabriel e aqueles lindos olhos azuis da minha mente? Ah, eu tô precisando me concentrar em um outro alguém. Seria muito bom encontrar um outro crush que não seja meu gerente! Essa seria uma boa maneira de esquecer. Mas o engraçado é que mesmo Gabriel sendo tão seguro de si, às vezes eu tenho a impressão de que ele está tão confuso quanto eu. Sei que eu esperava mesmo encontrar alguém especial aqui em Nova York, mas não imaginei que essa pessoa seria o meu gerente. Não sou uma pré-conceituosa, mas acho que não se deve fazer isso e a minha justificativa é obvia: ele é simplesmente meu gerente.

O que é mais engraçado ainda, é que se a galera que estudou comigo na época de escola, e até na faculdade, me visse hoje, não iria acreditar. Sempre fui meio quietinha, a aluna boazinha e solitária. Resumindo, a garota que ninguém se lembra. Aquela que ficava sozinha no recreio inventando histórias e olhando as outras crianças brincarem e viverem suas vidas juntas. Essa garota era eu e essas coisas não eram tão interessantes para mim.

Na minha festa de formatura do ensino médio, estava tudo lindo. Eu usava um vestido longo e vermelho e um sapato de salto 15. Talvez eu realmente esperasse que nesse dia, no último dia compartilhado com meus colegas, as coisas fossem mudar. Burrice, na minha opinião. Hoje eu vejo. Chegou o tão esperado dia e eu estava lá, sozinha. A minha mãe não estava mais lá e o meu pai só foi na festa para beber cerveja "grátis". Eu dancei com um garoto, Tiago. Um deslocado, igual a mim, mas o problema nem era esse. Tiago era mais baixo do que eu. As nossas fotos não ficaram tão boas. Quando deu meia-noite, meu irmão Noah quis ir embora e foi basicamente isso.

Depois, na faculdade, decidi que as coisas iriam mudar. Que eu mudaria, que seria mais sociável! Várias foram às vezes em que eu estava com vergonha, com medo e receio, mas deixei tudo de lado, guardei todas as minhas frustrações em uma caixinha de lembranças no mais profundo do meu cérebro e vivi a minha vida de verdade. Cansei de ficar sendo a esquisita enquanto todos a minha volta fazem coisas legais. Tive meu primeiro namorado, tomei meu primeiro porre. Decidi que seria uma nova Michelle.

Obviamente, nem tudo ocorreu como eu imaginei. Porém, uma coisa posso afirmar com toda a convicção: aquela garotinha estranha e sem amigos ficou pra trás. Ficou lá na França! Ficou naquela velha escola e naquela monótona universidade. Eu não vou deixar que as pessoas se aproveitem de mim. Se o Gabriel está pensando que pode me fazer de boba, me enganar e me usar como as outras "funcionárias bonitinhas", ele está redondamente equivocado! Prometi a mim mesma que ia parar de me preocupar com o que as outras pessoas pensam a meu respeito. Chega de ficar refletindo todas as consequências possíveis, com medo!

Talvez eu devesse seduzir o Gabriel mesmo, dar pra ele e foda-se o cargo que ele exerce na Carter. Só talvez. A minha consciência tenta  e me puxar para o chão, mas eu não quero. E se eu fosse pra balada e ficasse com vários? O que iria acontecer?

De repente escuto baterem na porta. Levanto para atender e dou uma olhada no relógio. Quem será que está atrapalhando a minha reflexão? Abro a porta e dou de cara com a minha vizinha do apartamento da frente.

- Boa noite... - digo com cara de quem acabou de chupar um limão.

- Boa noite, desculpa o incômodo, mas é que há um gato lá embaixo... - começo a ficar preocupada. Cristal? - Um gato foi atropelado por um motorista bêbado.

Fico muda, estática. Todos aqueles pensamento fortes e imponentes se esvaem. A nova Michelle, a mulher poderosa, desaparece.

- Você tem um gato branco, né?

Respondo apenas balançando a cabeça. Não acredito! Cristal? Minha Cristal? Não, não, não!



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