História Is It Love? Mark Leviels - Love Of Blood - Festa Na Carter. Parte 2 (final) - O Beijo!

Bruna On

Saindo do elevador, avisto Mark abrindo uma porta e entrando junto com a loira. Com certeza essa é a sala onde ele fica trabalhando por horas.

Eu deveria entrar naquele escritório e encher aquela loira de tapas, mas não irei fazer isso, não vou perder a pose assim.

Se o Mark acha que eu esqueci que ele estragou minha noite está muito enganado, vamos matar dois coelhos de uma cajadada só. Aproximando-me da porta, ouço gemidos abafados do outro lado. Merda! Não acredito que eles vão... Sem pensar duas vezes entro na sala os surpreendendo.

Bruna- Atrapalho alguma coisa? –Pergunto arqueando minha sobrancelha.

Mark- O que você faz aqui? – Ele me olha sério, enquanto a loira arruma seus cabelos bagunçados.

Bruna- Vim vê-lo meu amor. – Falo docemente e caminho até ele ficando ao seu lado. – E quem é ela? – Pergunto a olhando com desdém.

Mark- Uma... Colega de trabalho... É... Lisa Parker. – Sua voz sai falha. Percebo que ele só quis disfarçar que não rolou algo.

Bruna -Interessante, agora sua coleguinha de trabalho pode fazer o favor de me deixar a “sós” com você. – Começo a ajeitar sua gravata propositalmente.

A tal Lisa apenas abaixa seu olhar e sai da sala totalmente envergonhada.

Mark- Que historia é essa de meu amor? – Ele retira minhas mãos de seu corpo.

Bruna- Não posso estragar suas diversões também? – Mordo meu lábio e sento-me em uma das poltronas da sala observando o lugar.

Mark -Então é isso? Que infantilidade Bruna. – Ele rosna passando as mãos nos cabelos.

Bruna- Oh claro, eu sou infantil agora? – Cruzo as pernas e coloco o dedo na boca. – Não sabia que você agarrava suas colegas de trabalho, para um nerd você está se saindo bem até. – Dou uma risada baixinha.

Mark- Aposto que esse nerd pode te fazer enlouquecer em segundos sabia? – Ele se aproxima agora lentamente até a poltrona onde estou. Seus olhos verdes agora estão escuros e um sorriso malicioso se faz em seus lábios.

Bruna- Desculpe, eu tenho que terminar a dança com o Ryan, que por sinal é muito delicia, quem sabe não nos beijamos por aí. – levanto e empurro seu corpo da minha frente e caminho até a porta. Sinto meu corpo sendo puxado de volta e dou-me de cara com o peitoral do Mark.

Mark- Você não vai dançar com ninguém. – Ele diz sério me olhando profundamente.

Bruna- Por que não? Eu danço com quem eu quiser, assim como você pode se pegar à vontade com suas “colegas de trabalho”. – Tento me soltar de seus braços.

Mark- Estou começado a achar que você está com ciúmes de mim. – Ele solta uma risada ainda com seus olhos fixos nos meus.

Bruna- Pois está achando errado, se toca Mark, eu quero mesmo é provar daquele loiro que eu vi no salão ou até mesmo aquele gostoso do Ryan. – Digo em tom provocativo.

Mark- O Gabriel? Nem pensar que eu vou deixar você se aproximar daquele otário. Muito menos do Ryan – Ele bufa.

Vendo ele assim irritado, sem pensar duas vezes o puxo devorando sua boca. Selo nossos lábios devagar, e Mark não cede logo de inicio, mas se deixa levar com um tempinho. Passo minhas mãos em seu pescoço o trazendo mais a mim, enquanto ele aperta minha cintura com força. Enfio minha língua dentro de sua boca e ele chupa com vontade, sinto seu pau pulsar dentro de suas calças e eu passo a mão por cima o provocando mais.

Mark me pega no colo e eu entrelaço minhas pernas em sua cintura. Ele se senta em sua cadeira e continuamos nosso beijo que agora está mais feroz que antes. Começo a rebolar em seu pau propositalmente e receio acabar com a festinha dele.

Bruna- Você quer mais Mark? – Aperto seu pau mais forte por cima de sua calça.

Mark- Merda... Ah... Sim... – Ele diz ofegante.

Bruna- Pois vai ficar querendo. – Saio de cima dele e dou uma piscadela.

Saio da sala urgentemente com a respiração acelerada e entro no elevador apertando o botão do andar do salão.

Passo as mãos nos lábios e dou um sorriso lembrando da cara estática dele. Se eu continuasse aquilo, ia rolar algo que depois talvez eu me arrependesse, ele é meu primo, que loucura está acontecendo desde que eu vim pra cá.

Entrando no salão avisto Karen conversando com o Matt, e tia marcela conversando com meus pais.

Dou uma olhadinha em mim e reparo que minha boca se encontra um pouco borrada. Pego um lenço sobre a mesa, e passo na boca. Bela hora de ter marca de batom. Se aproximando mais da mesa resolvo chamar meus pais para ir pra casa, sério, a festa perdeu toda a graça.

Bruna- Já podemos ir pra casa? Estou morta. – Me junto a eles na mesa.

Carla- Mas já filha? _minha mãe questiona.

Marcela- Nem pensar sobrinha, nós vamos ser praticamente os últimos a sair daqui, ainda mais que meu filho é o vice representante da festa, não só Ryan vai dar um discurso como ele também.

Eu sorrio forçada segurando a vontade de revirar os olhos com a cara da tia, ai meu Deus, quando vou ter um sossego? Parece que quando viemos para Nova Iorque as coisas viraram tudo de cabeça para baixo, ainda bem que depois de amanhã já é Natal. Mas agora pensando nisso, nós viemos só para passar o Natal, nada de ano novo, então quer dizer que vamos embora daqui dois dias. Por que será que esses pensamentos me causou um certo desconforto?!

Pego um champanhe e me sento na mesa tomando um bom gole, eu varro o salão com o olhar a procura de alguém pra conversar e meu olhar cruza o da loirinha, a Lisa... Ela desvia o olhar e se comunica com o metaleiro, pode ser que seja um de suas conquistas, o rapaz me olha e volta à atenção de sua “colega de trabalho” Certeza que estão falando de mim.

Sinto uma mão no eu ombro e dou um pulinho assustada. Levanto minha cabeça e encontro uns olhos azuis e uma cabeleireira loira, ah... É aquele loiro sexy... Qual o nome mesmo? Ah lembrei, Gabriel, o Mark citou o nome dele em sua sala.

Gabriel- Oh.. Perdoe-me senhorita, não era minha intenção assustá-la.

Longe disso... Assustar que nada. Tá parei, preciso manter o foco.

Bruna- Ah... Não, não, claro que o senhor não me assustou não. Eu só estava distraída.

Gabriel- Ah, menos mal. Mas que isso, me chame só de Gabriel.

Ele sorri galanteador e se senta na mesa. Seus olhos percorrem pelo meu corpo, ele mexe em seu anel no seu dedo anelar e sorri.

Gabriel- A senhorita é muito bela. A propósito, qual o nome da bela dama diante dos meus olhos?

Eu coro violentamente e pigarreio.

Bruna- É... Bruna. Bruna Jonhson, mas me chama só de Bruna.

Gabriel- Ou Bruninha.

Ele ri e eu forço uma risada... Bruninha...Haha.

Bruna- Melhor só Bruna mesmo sabe...

Eu coloco uma mecha de cabelo para trás da orelha, ele dá uma piscadela e concorda.

Gabriel- Claro, como quiser. Mas me diga, você é realmente prima do Mark?

Eu me surpreendo com sua pergunta, o Mark já não falou sobre sua família para eles? Ou melhor, pra ele, mas pensando bem, do jeito que Mark é. Mas ele tá com uma cara de quem quer pescar alguma informação minha.

Bruna- Somos sim.

Gabriel- É que você é tão bela... Com todo respeito claro.

Sempre quando usam “com todo respeito” a intenção nunca foi realmente ter respeito. Eu franzo o cenho sorrindo.

Bruna- Mas isso não tem nada a ver, porquê primo não é irmão ou algo do tipo para ter uma ligação forte para ter a mesma genética. _e o Mark está muito bonito, belíssimo. Tá, eu tenho que parar de ter esses pensamentos. -É só... Primo. _sorrio.

Gabriel- Claro, é só primo. Mas mesmo sendo primo existe um certo respeito que tem que ter da parte deles, conheci muitas pessoas que já ficaram com os próprios primos, até tiveram filhos vê se pode... _ele diz com uma certa indignação.

Eu começo a me sentir extremamente desconfortável. Esse assunto não está caindo bem.

Bruna- É... Desculpa..., mas eu preciso ir ao banheiro.

Ele fica surpreso e depois de uns segundos fala:

Gabriel- Claro, pode ir.

Eu sorrio fraco e me levanto, banheiro uma ova, eu quero é me livrar dele, não tinha outro assunto pra falar? Quebrou todo o clima, o pior é que meus pensamentos não consegue para de pensar no beijo que dei no Mark. Ô porra! Me aproximo perto da vista perto da saída principal, daqui consigo ver toda a cidade.

Sinto uma presença perto de mim, levanto a cabeça e meu olhar encontram com o do Ryan. Ele sorri para mim e coloca as mãos para trás e observa à vista dali.

Ryan- Você gostou?

Eu concordo com a cabeça.

Bruna- É muito lindo mesmo.

Ryan- Da minha sala é ainda melhor.

Ele diz calmo, se ele falasse em um tom malicioso eu diria que ele estava com segundas intenções. Eu sou muito desconfiada das pessoas, também não tenho namorado porquê eles são todos iguais, só querem uma coisa toda hora. Aqueles imbecís que namorei na faculdade estão no ranking um da lista de babacas.

Ryan- Você está bem?

Sou tirada de meus pensamentos com a voz do Ryan.

Bruna- Sim, sim, estou bem. _eu sorrio.

Ele me sonda, seu olhar percorre pelo meu rosto até meus cabelos.

Ryan- Você é muito linda mesmo, Mark não estava de brincadeira.

Nessa hora eu congelo. Como assim? Mark andou falando de mim?

Bruna- Uhm... O quê?

Ele sorri ao ver meu nervosismo, calma, eu não posso parecer nervosa.

Ryan- Acalme-se, não foi nada demais. Nós estávamos falando das nossas famílias e ele citou o nome de vocês, mas você foi a mais falada. _ele ri parecendo lembrar daquele momento. -Verdade que você defendia o Mark dos garotos que gostavam de zoar ele? _Ryan parece divertido.

Eu acabo soltando uma risadinha.

Bruna- Sim... Eu odiava ver àqueles idiotas mexendo com quem tava quieto. E Mark não gostava de se envolver muito, não dava bola para o que eles faziam com ele, mas eu era diferente, não conseguia ficar calada vendo aqueles absurdos.

Ryan me olha com uma certa admiração.

Ryan- Você era muito corajosa, digo, ainda é claro. E também eu gostaria de...

Uma mulher nos interrompe, a moça está vestida com uma roupa de executiva e um coque despojado.

?? – Senhor, desculpe-me por atrapalhar. _ela faz um sinal com a cabeça que ele parece entender, ele me olha e fala.

Ryan- Eu preciso ir senhorita... Nos vemos em breve talvez.

Ele sorri fraco e se retira. Eu solto um longo suspiro e resolvo voltar pra mesa, Karen está lá com o Matt conversando, ela não perde uma...

...

Depois do discurso perfeito do Ryan e Mark nós decidimos voltar para casa, já deu o que tinha que dar. Durante o discurso Mark parecia um pouco nervoso, não parava de mexer em seus óculos e as vezes me olhava. Mas eu não posso negar, aquele beijo foi... Diferente. Eu não sei explicar!

Bruna- Cadê a Karen?

Era o que faltava essa menina desaparecer logo agora, só pode estar com o Matt. Conheço bem minha prima, ela não saí sem um beijo.

Marcela- Vocês viram o meu filho? _ela varre a multidão que saía com os olhos. -Ele disse que estaria aqui.

Porra, estou congelando. Um carro para perto de nós, é o carro do Mark.

Marcela- Ah, finalmente você chegou. _ela diz entrando no carro.

Me aproximo da minha tia Raquel.

Bruna- Tia, você já ligou pro Uber?

Raquel- Sim já, mas e a Karen? Ahh, essa menina vai me deixar de cabelos brancos. _ela joga os braços de cada lado do corpo e suspira.

Eu passo as mãos pelo meus braços para tentar me esquentar, por que não peguei um casaquinho?

Carla- Filha, vai com seu primo e sua tia, eu e seu pai vamos no Uber com a Raquel e Karen. Você está tremendo de frio, daqui que ele venha...

Eu olho para o carro do Mark e nossos olhares se cruzam, ele trata de desviar rapidinho, é, não tem jeito, eu que não vou ficar aqui nesse frio, eu acabo concordando e entro atrás pois a tia já estava na frente. Mark da partida, fico observando as ruas de New York a noite, é muito iluminada a cidade, e também muito agitada.

Marcela- Sobrinha, vi você toda contente conversando com o Ryan... Ele é um partidão hein!

Eu fico vermelha de vergonha, olho para o Mark e ele está com a mandíbula cerrada e concentrado na direção, e também na nossa conversa. A tia Marcela ao invés de calar a boca continua:

Marcela- E também ele é muito lindo meu Deus. Acho que vocês formam um belo casal.

De repente o carro derrapa numa curva fazendo nós se assustar.

Marcela- Meu Deus, filho, cuidado!

Vejo um sorriso de canto aparecer nos lábios de Mark. Filho da pu.., mãe, ele fez de propósito.

Mark- Fique tranquila mãezinha, sei o que estou fazendo. Tudo bem aí Bruna?

Eu me ajeito no banco e tento parecer indiferente.

Bruna- Claro...

Eu resolvo pegar meu celular para me distrair. Mark costuma fazer essas coisas quando está incomodado. Então ele estava incomodado com nossa conversa, digo, conversa da própria mãe dele!

...

Após se passarem longos minutos, finalmente nós chegamos em casa. Quando vou entrar pela porta do quarto sinto uma respiração no meu pescoço e viro-me assustada.

Bruna- O que você quer Mark? -Franzo o cenho confusa.

Mark- Calma, eu não vou fazer nada, eu só vim te desejar boa noite. – Ele sorri envergonhado.

Bruna- Uhum, então boa noite. – Viro-me para a porta e ele segura meu braço.

Mark- Bruna... Eu... Não podemos fazer isso, eu não posso me envolver com você, eu sinto muito. – Ele solta meu braço. -Não quero que você se aproxime mais de mim, fique longe, isso nunca vai dar certo. – Mark se vira e sai pelo corredor indo em direção do seu quarto.

Nesse momento parece que levei um banho de água fria, sinto uma lágrima escorregar de meus olhos, meu coração se apertou com cada palavra dita por ele, se o Mark quer assim, então assim será. Acho que ele tem razão mesmo..., nunca dará certo.

Entro no quarto, e retiro toda minha maquiagem, em seguida meu vestido e visto uma roupa mais confortável. Deito-me na cama, e começo a sentir-me melancólica. Por mais que eu tente ir atrás dele, o Mark vai me rejeitar, eu sei disso. Droga! Eu não quero dizer isso, mas acho que estou gostando desse idiota.

Afundo minha cara no travesseiro e grito de raiva. Porra! Como você pode deixar tudo isso acontecer Bruna?

Fico me xingando mentalmente. Esse beijo foi um grande erro, mas eu sei que isso vai passar..., bem, eu espero. Eu realmente espero! Tenho que tratar de dormir pois amanhã é véspera de Natal...

(Continua....)