História Is It Love Ryan: O Poder do Amor - Capitulo 10

Chego em minha mesa, Matt estava trabalhando em uma de suas artes gráficas e paralisa quando ver meu rosto corado e meus olhos bem abertos.

— O que o Gabriel queria? — Ele pergunta brincando com o lápis apertando seu olhar para mim.

— Ele me pediu para que eu levasse essas pastas para a sala do senhor Leviels. — Matt ergue a sobrancelha soltando seu lápis e batuca com seus dedos sobre a mesa me olhando divertido.

— Boa sorte na cova dos leões, digo chefões. — Ele gargalha e eu bufo, saindo logo em seguida segurando as pastas sobre meu colo.

Entro no elevador apertando o número que dá para o último andar, estou nervosa, eu confesso. É o andar mais importante da Carter, eu olho para o elevador lembrando que naquele mesmo local eu quase fiz algo fora dos meus padrões. Sorte que a luz voltou na hora certa, apesar de eu ter gostando dos beijos e amassos do desconhecido. Mas se a luz voltou é que realmente não era pra acontecer.

Sorrio me lembrando que a menos de uma hora eu esbarrei com o próprio Ryan nesse elevador. (Por favor Soph pare com esse pensamento!)

Sorrio timidamente, em instantes estou no andar dos chefões, o piso de mármore branca que parece um espelho, vários vidros enormes que refletem muito bem Nova Iorque, um cheiro delicioso do local invade minhas narinas. Caminho até o balcão da recepcionista, não era a mesma da outra vez que tive aqui, ela parece nem me notar faço um som com a garganta para que ela me note, ela para de digitar algo em seu computador e me olha com cara de poucos amigos (será que todos aqui são assim?).

— Pois não? — Ela diz me analisando.

— Eu desejo ver o senhor Leviels, trouxe um projeto para ele. — Ela sinaliza com a cabeça positivamente ligando em seu aparelho, falando com ele.

— Ele pediu para que entre, por favor, fica no lado esquerdo do corredor na terceira porta.

— Obrigada. — Eu vou em direção a porta e percebo ser a porta da sala de reunião dos grandes diretores e claro, do CEO. Respiro fundo me sentindo nervosa na possibilidade de vê-lo novamente.

Chegando na sala, eu ando olhando em direção as pastas em minhas mãos bem curiosa e também evitando tropeçar em minhas próprias pernas por timidez com uma sala de reunião com pessoas importantes.

Ouço o senhor Leviels falar com um homem, eu reconheço a voz na hora e finalmente tomo coragem para levantar o rosto... assim que pouso meus olhos no dono da voz imponente, meu coração acelera de ansiedade e nervoso. É nada mais, nada menos que ele, o Ryan Carter!

Ele está sentado na poltrona, eu olho um pouco nervosa para ele. O CEO está mexendo em seu iphone, ele não parece notar minha presença, até seu olhar cair sobre mim.
Eu coro mordiscando o lábio inferior, ele aperta seu olhar em meus lábios por alguns instantes e volta a encarar seu telefone como se quisesse disfarçar algo. Mark não percebe nada, parece concentrado falando a respeito de uma festa, cerimônia, não sei.  Ouço estalos de dedos e a voz de Mark me chamando para que entregue as pastas, coro novamente percebendo o mico que eu estou pagando. Fiquei tão concentrada olhando para o senhor intenso que até perdi a noção do que vim fazer aqui.

— Senhorita Martin? — Mark sinaliza para que eu entregue as pastas.

— Oh perdoe-me aqui estão as pastas. — Quando vou entrega-las a Sophie atrapalhada aparece, deixando as 5 pastas caírem no chão. (Maravilha Sophie!)

Fico mais nervosa ainda e não consigo erguer a cabeça de tanta vergonha, eu olho por entre minha franja caída Mark surpreso, e o Ryan com um olhar repreendedor segurando firme sua caneta.

Eu rapidamente me abaixo para pegar as pastas e algumas folhas que caíram delas, Mark percebendo que estou nervosa, tenta me ajudar também. Quando termino de recolher tudo eu leio a última folha e percebo que se trata de um jantar de gala para um leilão para obras de caridade subsidiado pela empresa. Como uma amante de gastronomia e curiosa que sou, eu leio rapidamente o menu do buffet e entrego tudo a Mark. Nesse mesmo instante, o senhor Carter volta o assunto sobre o cardápio que eu acabara de ler sem nem ao menos esperar eu sair da sala.

— Bom de entrada eu quero que acrescente canapés, e serviremos um vinho rosé. — Ele diz. E percebo o erro grotesco ao recomendar vinho rosé com canapés.

 Mark parece anotar em sua agenda completamente concentrado.

Eu fico olhando para senhor Carter vendo o quanto ele é charmoso e sexy sem forçar absolutamente nada e encaro as mãos dele alisando carinhosamente a gravata com seus dedos longos. Mordo o lábio tentando repreender meus pensamentos em silêncio.

— Anotador senhor.

— Perfeito! A reunião se encerra aqui, já sabe o que fazer. —  Ryan diz ameaçando se levantar.

— Pelo visto não sabe escolher um bom vinho. — Pensando em voz alta, acabo o repreendendo com a escolha com um tom revoltado.

Eu coro imediatamente percebendo a gafe que cometi ao pensar em voz alta sobre o menu que o próprio Carter, já havia ordenado o seu gosto. Mark me olha surpreso me condenando no olhar e eu abaixo a cabeça pensando no que dizer.

— É... bom, me desculpe, já estou de saída. Prometo não os incomodar mais. — Eu direciono meu olhar para meus belos scarpins que parecia mais interessante que nunca, e me viro para sair, quando ouço uma voz rouca, segura e extremamente sexy emanando em meus ouvidos.

— Eu estou errado? E o que a senhorita sugere? — Ele diz em tom de ironia. Eu volto a ficar de frente para os dois homens a minha frente e o vejo se ajeitando na cadeira, erguendo o peito e me olhando arqueando sua sobrancelha.

— Perdão? — Digo bem baixo o olhando com minha feição confusa.

— A senhorita fez um comentário sobre a escolha do vinho que segundo você, é absurda. Sente-se quero ouvir o que a senhorita tem a dizer. — Ele sinaliza com a sua enorme mão para a cadeira próxima a ele na mesa de reunião.

Eu recuo um pouco receosa, ele inclina seu rosto levemente apertando seus belos olhos intensos. Eu mordo mais uma vez meu lábio, minhas mãos tremem sutilmente.

— Eu faço questão. — Ele dá um pequeno sorriso que parece ser irônico.

— Senhor Carter, eu não acho que... — Mark diz percebendo meu nervosismo e o Carter nem o deixa terminar.

— Deixe-a, ela vai dizer o que pensa se caso fosse feito o menu por ela, já que pelo pitaco, deve entender muito mais que eu. Por favor senhorita... — Ele balança a cabeça sinalizando para a cadeira estofada. Eu me aproximo sentindo meu coração quase saltar pela boca e sento lentamente.

Abro a boca e fecho, várias vezes, na presença deste homem intimidador minha voz se vai estou terrivelmente corada. Ele parece já impaciente e então resolvo dizer, suspirando para aliviar um pouco a tensão.

— Bom, eu sugeria canapés de queijo brie, o brie vai bem com vinhos como o Sauvgnon Blanc, tintos frutados como Beaujolais-Villages. — Os dois me olham surpresos. Ryan parece alisar com a ponta do dedo a caneta em sua mão enquanto me encara indecifrável.

Eu penso que burrice a minha confrontar a ideia do dono da empresa com um simples entendimento meu com vinho e aguardo ansiosamente que isso não me custe o meu emprego.

 Um silêncio constrangedor paira sobre a sala de reuniões, o Ryan está com seu dedo indicador pousando abaixo de seu lábio, ele parece analisar a minha sugestão, até que ele decide quebrar o silêncio.

— Mark, anota a ideia da senhorita Martin, eu vou adotar essa ideia. Melhor! Quero que a senhorita seja capaz de refazer esse cardápio. — Mark arregala seus olhos boquiaberto passeando a mão em seus cabelos.

— Mas senhor está em cima da hora, o buffet é sábado, acho que só as trocas dos vinhos seriam ótimas. — Mark diz em minha defesa. Eu arregalo os olhos e o senhor Carter me olha com o olhar desafiador como se eu não fosse capaz de criar um cardápio elegante e requintado.

— Da mesma forma que a senhorita foi ágil em criticar a minha ideia sobre o vinho, acredito que ela também será ágil com esse buffet. — Ele usa um tom irônico e eu o encaro com ódio no olhar. Ele parece perceber minha raiva diante seu tom irônico e solta um sorrisinho sutil.

— Tudo bem! Amanhã mesmo eu entrego a proposta do buffet. — Digo o encarando, perdendo o medo do seu olhar intimidador.

— Ótimo. Tenho outra reunião agora. Conto com você senhorita Sophie Martin, ele diz olhando meu crachá. — Eu sorrio forçadamente assentindo com a cabeça. Assim que Ryan sai da sala, eu me levanto no mesmo momento em que Mark se levanta.

Eu respiro pela boca soltando o ar fortemente, Mark também parece respirar novamente e vem em minha direção.

— Senhorita Martin, a senhorita confrontou o senhor Carter. Agora terá que mostrar do que é capaz, uma das regras principais aqui da Carter é que nunca devemos confrontar o CEO. — Mark diz arrumando as pastas que eu havia entregue.

— Eu sou capaz senhor Leviels. — Digo confirmando, mas no fundo eu estava estremecendo com medo de não dá tempo, ou pior do Ryan não gostar do meu cardápio.

— Certo! Aqui está a pasta sobre o menu senhorita Martin. E para lhe ajudar contra o tempo, eu mandarei um e-mail com informações sobre o evento e quantidade de convidados para você refazer o cardápio. — Ele diz me entregando a pasta com um sorriso padecido. Eu relaxo os ombros e assinto.

— Muito obrigada senhor Leviels! — Eu me despeço, dando um olhar terno a ele que cora sorrindo timidamente. Saio em direção ao elevador e enquanto ele desce para meu setor, eu fico pensativa. Agora é questão de honra fazer esse cardápio acontecer!