Vou até o carro um tanto insegura e o motorista está do lado de fora, com seus braços para trás me esperando. Ele me olha parecendo assustado e surpreso.
— Boa noite, eu vim a mando do senhor Carter. Ele pediu para que eu viesse pega-la. — Eu assinto e olho para a Limusine.
— O senhor Carter, ele não veio? — Pergunto sentindo uma pontada de frustração.
— Não senhora. Ele já está no leilão e lhe espera. — Eu reviro meus olhos pela “senhora”.
— Ah, por favor, não me chame de senhora. Me chame de Sophie, sou tão subordinada do senhor Carter quanto você. — Ele me olha de forma terna me dando um pequeno sorriso.
— Qual o seu nome? — Pergunto curiosa.
— Me chamo Jake Stewart. Mas me chame de Stewart. O senhor Carter, não vai se agradar de nos ver nos chamando pelo primeiro nome. — Eu sorrio virando meus olhos.
— Não Jake. Ele não pode mandar até na forma que nos tratamos. Por favor, sem formalidades. — Ele assente relaxando os ombros e abrindo a porta do carro.
Entro no luxuoso carro passando a mão no banco de couro sem acreditar que estou dentro de uma limusine. Isso é surreal para mim.
Olho pela janela a paisagem da cidade, meu olhar cruza os do Jake pelo retrovisor. Ele parece me olhar intrigado. Decido puxar assunto com ele para tornamos mais amigáveis.
— Eu sou assistente do senhor Carter e ele me ordenou para que eu fosse a esse leilão em questão de trabalho. — Eu digo isso com medo de julgamentos. Ele acena com a cabeça e me olha novamente pelo retrovisor.
— Eu entendo senhorita. — Sorrio aliviada.
— E você, trabalha pra ele a muito tempo? — Jake leva alguns instantes para responder e eu me sinto envergonhada com medo de parecer invasiva.
— Sim, trabalho a alguns anos. — Apenas assinto.
Eu o observo. Jake é de poucas palavras, parece se conter e é de bastante formalidade, mesmo que eu pedisse para que ele me tratasse normalmente. Talvez o Ryan pediu para que ele falasse o mínimo possível.
Percebo que ele não quer assunto, então resolvo não falar mais nada. Pego meu celular tirando uma bela selfie para enviar ao meu grupo, onde havia Lisa, Matt e Colin. Os três brincam me chamando de cinderela da Carter e eu acabo rindo, me descontraindo um pouco.
[...]
Chegando ao local, percebo tudo muito luxuoso, nada comparado ao meu estilo de vida simples, havia até um tapete vermelho que vinha da calçada até a portaria. Eu paro na portaria e respiro observando algumas pessoas. (Droga muita gente de nariz em pé!) Eu devia ter ficado em casa, mas poderia correr o risco de perder meu emprego. Começo a me sentir nervosa de repente.
Olho ao arredor e meus olhos cruzam os do Jake. Estou bastante nervosa, acho que ele percebeu pois me lançou um olhar encorajador e eu sorrio a ele em agradecimento, decidindo entrar.
Entro e observo a atmosfera elitizada. Respiro fundo a procura de Ryan e não o encontro. Então eu resolvo ver a mesa de buffet estava tudo nos conformes e me sinto orgulhosa, sem acreditar que em pouco tempo eu consegui deixar esse buffet completamente incrível. Decido pegar o celular da minha pequena bolsa e tiro a foto da mesa, enviando para o grupo em seguida. Lisa no mesmo instante responde:
“Ai que chique prima! Aproveita bem.”
Matt responde logo em seguida:
“Mandou para fazer inveja né? Danada.”
“Ora, ora... deixa eu só mandar essa tulipa aqui e vamos ver quem faz inveja em quem...” — Colin responde com a foto de um copo cheio de chope e um emoji de deboche.
Eu sorrio para a tela do celular e realmente invejo meus amigos. Queria estar ao lado deles e não aqui. Eu ia começar a digitar novamente, quando ouço alguém falar ao microfone.
"...Estamos tendo a honra de participar desse leilão beneficente, criado pela empresa Carter! Eu como dono desse hotel concedi o salão de festas para ajudar nessa nobre causa, e ninguém melhor que o padrinho da ONG e dono das empresas Carter para falar sobre a causa, palmas pra ele com vocês, Ryan Carter"
Todos aplaudem e várias mulheres babam por ele. Eu observo tudo atentamente, quando vejo ele se preparando para falar.
"Primeiramente quero agradecer a todos que fizeram parte desse projeto desde aos funcionários, aos membros doadores, e claro, a vocês que vieram prestigiar esse leilão beneficente. Quero aqui deixar claro que todos os fundos arrecadados vão para a ONG na África, que ajuda parte de uma comunidade carente..."
Ryan falava sobre o projeto e mostrava fotos através de um projetor. Eu olho completamente admirada ouvindo o Ryan falar sobre os projetos. Na minha mente passavam várias coisas do tipo: Será que isso é só pra promover a empresa?
Eu peguei uma taça de vinho e observei Ryan falar. Que homem lindo! Tudo nele é sexy até a forma em pronunciar cada sílaba.
De repente nossos olhares se cruzaram, eu dou um sorriso tímido e ele me devolve um sorriso e que sorriso! Mas espera! Ele não para de me olhar ou eu estou vendo coisas? Impossível! Começo a perceber que algumas pessoas também se viraram para me olhar e eu coro.
Nervosamente, acabo pondo um gole de vinho na boca não estou bêbada, ele tá me olhando sim. Ryan volta a olhar para o público fazendo suas considerações finais quando seu olhar novamente se volta sobre mim ele me olha intensamente. O que faz com que alguns curiosos se virem para me olhar, me deixando completamente tímida, eu coro feito um tomate.
Ryan termina suas considerações e é ovacionado, aplaudido. Eu também o aplaudo. Logo em seguida a banda começa a tocar as músicas, era um som de jazz, algo bem formal.
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