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História Is This Happiness? - Prova


Escrita por: staargirl

Capítulo 4 - Prova


Fanfic / Fanfiction Is This Happiness? - Prova

Sexta-feira 10:35 am

Sexta-feira era o único dia sem aula, o dia que Dave podia descansar de toda a rotina exaustiva que durava 15 horas envolvidas exclusivamente em estudos. Sexta era o único dia que Dave conseguia revisar as matérias e estudar sem pausas para conseguir se manter na renomada faculdade e pela primeira vez sentia o aperto e o frio no estômago por ter falhado...ele não podia falhar...nota baixa era algo que não lhe custaria o semestre como custaria para todos os estudantes ricos, para Dave uma DP, uma retenção na matéria custaria a bolsa e seu estudo. E por isso na quinta-feira chuvosa e encharcada, após um banho quente Dave não conseguiu dormir, estava paranoico com seu futuro, paranoico com sua falha e duvidando de sua capacidade de se manter na faculdade. Dave estava aborrecido, estressado, desesperado e levemente triste. Triste pois a chuva o deixava triste e lhe mostrava o quão longe estava de sua California tão adorada. 

Dave acendeu um pequeno abajur de luz quente que ficava ao lado de seu dormitório extremamente limpo, pouco decorado e de cores claras na parede e com poucos móveis. Nada mais do que uma janela enorme que dava vista para o pátio inteiro, uma cortina branca, paredes brancas, dois abajures com luz quente amarelada, duas escrivaninhas, cada uma de lado de uma cama, a outra cama vazia e um pequeno guarda roupa compartilhado que Dave também usava sozinho desde que seu companheiro de quarto havia desistido e nenhum substituto até então ocupara a vaga. A parte de Dave tinha um mapa mundi enorme guardado em cima da cama e livros esparramados pela escrivaninha, assim como discos e anúncios de shows que ele adorava colecionar e colar pela parede vaga, mesmo que não conhecesse a banda, adorava cartazes musicais. 

Dave passou a madrugada acordado, a paranoia não lhe permitiu sentir sono. Ele estava louco e impressionado com a prova recém feita pelo garoto super dotado e sentiu inveja. Como ele fez em 5 minutos mais de 10 perguntas gigantes e complexas que nem envolvem a área de estudo dele. Enquanto Dave se matou por um bimestre inteiro para conseguir desvendar a matéria, noites em claro sem dormir apenas para falhar na prova. Mas ele tinha uma chance, uma chance de quase uma semana para enfiar tudo na cabeça e passar na prova. 

E por isso, às 10:35 da sexta-feira ele estava parado enfrentando a longa fila de solicitações e abertura de protocolos de estudantes enfurecidos por deixarem tudo para última hora. Dave estava parado na fila com a senha nas mãos desde às 9:00 da manhã e finalmente conseguiu sair de lá com um protocolo de auxílio assinado por ele e pela coordenação alegando horas complementares. Dave não estava muito orgulhoso de estar recebendo reforço de outro aluno bem mais novo do que ele. Mas não podia vacilar com as chances de perder a bolsa apenas por orgulho misturado com burrice. 

Dave retornou para o dormitório e ao fitar o horário e o desespero para chegar logo às 21:00 decidiu estudar a matéria mas ao se dar conta de que não adiantaria muita coisa, desistiu e decidiu se dedicar ao trabalho de outra matéria. Pegou a enorme pasta e fitou os desenhos feito às pressas das mãos, pulsos e braços do garoto. Em seguida, analisou os traços e pensou em dar alguns toques mas acabou desistindo ao ser dar conta de que não adiantaria, ele não seria capaz de reproduzir mentalmente o que criou pessoalmente, em seguida decidiu revisar as matérias da semana para evitar o risco de mais uma DP. Dave se assustou no momento em que pegou um dos livros e foi disperso por algumas batidas na porta. Fitou o relógio e notou que ainda era meio dia. Deu um pulo da cadeira e foi até a mesma, não imaginando quem poderia ser. Até que a abriu e encontrou o garoto da noite passada, o garoto de todas as noites.

- E aí, tá pronto? - Lars empurrou Dave e se instalou no quarto, jogando alguns livros na escrivaninha e sentando na cadeira já folheando algumas páginas com rapidez - E aí, vem logo ou não? 

- Pensei que só nos veríamos às 20:00 - Dave fechou a porta ainda confuso e puxou a cadeira vaga da outra escrivaninha ainda mais vaga do quarto.

- Você está livre, não está? Não temos aula hoje, não é? E eu tenho o que fazer a noite - o garoto parecia eufórico, abriu mais de dois livros e folheou rapidamente - Vem ou não? 

Dave não disse nada, apenas sentou ao lado do garoto pelas próximas sete horas, sem parar, sem comer, apenas tentando entender tudo o que o garoto falava e explicava, mas ele ia muito rápido e falava com extrema facilidade que por um momento, nas primeiras horas Dave quis chorar de raiva e inferioridade por não estar entendendo muita coisa, mas de algumas horas para cá ele já estava captando como fazer cada coisa e Lars tinha entendido seu ritmo, explicando com mais calma, até por fim estar auxiliando Dave nos último exercícios e pela primeira vez ele tinha acertado mais da metade da folha, o suficiente para recuperar a nota. Dave ainda estava cantando uma vitória interna quando Lars bateu todos os livros e levantou apressado da cadeira ao apontar para o relógio que marcava 19:22 - É isso, tenho compromisso agora, continuamos amanhã - caminhou rápido até a porta, deixando Dave confuso e ao mesmo tempo curioso, mas não quis se meter, sentiu preguiça de perguntar. Estava guardando os papéis e pensando no que iria jantar quando escutou a porta ser fechada novamente e notou que o garoto ainda estava parado no começo do quarto, o fitando - Vem cá, você vai fazer alguma coisa hoje a noite?

- Não - Dave deu de ombros.

- Por acaso está afim de se reunir com o meu pessoal? - Lars enfiou as mãos no bolso e Dave ficou surpreso com a pergunta já que Dave nunca participou das reuniões de estudos dos nerds por ser muito burro para isso e também nunca participou das festas badaladas que tomavam o campus durante sexta e sábado a noite. Dave se sentiu honrado por estar sendo convidado para participar de uma das reuniões de estudo dos nerds pela primeira vez na vida e não pensou duas vezes antes de confirmar a presença, essa era a chance perfeita de andar com a galera inteligente e ser beneficiado por eles que com certeza contribuíram para que ele participasse dos grupos de estudos e passasse mais fácil nas matérias. 

- Quero sim, cara, valeu - Dave respondeu - Só vou tomar um banho.

- Tá. Te chamo daqui a pouco - Lars bateu a porta e saiu, deixando Dave sozinho e contente por estar quase participando do grupo dos nerds e enquanto tomava banho pensou no que fariam esta noite, pensou no que estudariam e se a galera era legal, se eles se reuniriam na biblioteca ou nas salas de estudo que são privadas.

 

20:40

Dave seguiu os passos apressados de Lars pelas escadas do dormitório masculino e logo chegaram no ar gélido da noite do pátio não coberto do campus silencioso. O silêncio era engraçado pois Dave bem sabia que uma hora dessa centenas de festas escondidas, muito faladas, organizadas pelos populares e regadas a todos os tipos de coisas proibidas estavam acontecendo pelo campus. Dave não sabia para onde diabos estava indo, mas tinha certeza que seria para uma das dezenas de gigantes bibliotecas ou salas de estudo, mas algo chamou a atenção dele, a forma como o garoto a sua frente estava vestido. Lars sempre estava sempre bem vestido e engomado, o típico nerd, mas agora estava com uma calça jeans, uma blusa nada formal e uma jaqueta jeans. Ao contrário de Dave que sempre estava vestido de forma “rebelde” e agora estava todo engomadinho preparado para o encontro de estudos e ele nem ao menos sabia que tinha roupas do tipo social, mas acabou descobrindo hoje enquanto procurava algo para vestir que não assustasse seus amigos estudiosos. 

Dave percebeu que não estavam indo para as bibliotecas quando Lars puxou uma das portas proibidas que ficavam perto da secretaria. Logo eles estavam numa escada de incêndio mal iluminada por uma luz vermelha que dava acesso ao estacionamento privado dos professores que só apareciam no campus de segunda a quinta e que hoje estava vazio. Dave deu de ombros, apenas continuou seguindo os passos do garoto ofegante e agitado a sua frente. Passaram pelo estacionamento vazio e chegaram novamente a outra escada de incêndio, desceram mais um lance de escada até chegarem ao depósito de alimentos do campus. Desviaram o caminho para o outro lado do corredor e Dave já estava completamente perdido, sabendo que se fosse solto ali, não conseguiria retornar para o dormitório sozinho. Por fim Lars parou de frente a uma porta e deu duas batidas estranhas e com um ritmo diferenciado. Pra que tudo isso apenas para estudar e debater sobre política?

A porta foi aberta apenas pela metade e um rosto quase conhecido por Dave apareceu na fresta. Aquele era um dos nerds que ganhava outros dos milhões de prêmios dos campus. - Ah, é você, entra aí - a porta foi aberta e Lars passou, Dave fez o mesmo mas foi barrada pelo mesmo cara - Quem é você?

- Dave.

- Dave, quem porra é Dave? 

- Josh, ele é aquele maluco lá que eu te falei - escutou a voz de Lars ao longe e o cara finalmente abriu a bota.

- Que porra de roupa é essa? - o tal de Josh deu um empurrão de leve e gargalhou para Dave, um Dave confuso que não estava entendendo que espécie de grupo de estudo era aquele.

A porta foi finalmente aberta por completo e diferente de jovens em círculo debatendo sobre política e estudando na sexta a noite como era divulgada para o campus que os estudiosos faziam, Dave entrou em uma espécie de galpão vazio repleto de luzes avermelhadas e fumaça de pista de dança saindo junto a um som de toda altura que era abafado pela porta de metal semelhante as do estacionamento. O lugar estava lotado de rostos estudiosos que Dave sempre teve inveja e todos eles estavam completamente bêbados e fumando coisas que Dave nem fazia ideia. Ele estava completamente confuso e perdido em sua roupa social. 

- Pra você - Lars apareceu e carregava dois copos vermelhos na mão, deu um gole e um e entregou o outro para Dave que por ser fã apenas da tradicional cerveja não reconheceu o cheiro ou a cor do líquido.

- O que é isso?

- Sei lá, encontrei na mesa - Lars apontou para a mesa improvisada repleta de todos os tipos de bebidas e restos frios de lanches e salgadinhos.

Os dois ficaram parados, lado a lado. Dave completamente perdido e confuso com a música pop conhecida das rádios que tocava a toda altura enquanto dezenas de garotas se espremiam no quarto apertado e dançavam sem pudor junto a luz avermelhada e ao globo improvisado que tomava o lugar. 

O tal de Josh reapareceu e entrou em uma conversa animada com Lars sobre pessoas e situações que Dave não fazia ideia e nem ao menos entendia, deixando-o ainda mais perdido e desconcertado naquele lugar. Dave deu um longo gole na bebida amarga e abriu três botões da camisa social que usava e soltou os cabelos.

-Isso não vai ajudar muito - Josh voltou a caçoá-lo enquanto Lars bebia e sorria o fitando - Em que buraco você encontrou esse maluco? - Josh, embriagado agarrou os dois ombros de Lars enquanto o mesmo o sustentava em uma espécie de brincadeira de longa data e embriagada.

-É aquele cara que vai me desenhar - Lars já estava com outro copo nas mãos.

- É o cara que vai te desenhar pelado? - outro cara apareceu e grudou em Lars e Josh. Dave também reconheceu o rosto, um dos gênios de matemática do campus. 

- É sim - Lars falou sério, os três se entreolharam e começaram a rir escandalosamente. 

- Se ele quiser, ele pode me desenhar sem roupa - Dave se assustou com as mãos femininas que tocaram em seus cabelos e logo outro copo de bebida estava em sua mão - Sally - encontrou uma garota de cabelos escuros que parou no meio dos outros três meninos - Quem é esse?

- Amigo do Lars.

- Se quiser me encontrar no banheiro mais tarde, amigo do Lars - e a garota sumiu deixando Dave boquiaberto e quase babando sem saber o que tinha acontecido e o que estava acontecendo. 

- Não cai na dela - sentiu a mão de Lars em seu ombro.

- Sally tem uma filosofia de vida interessante - o outro garoto desconhecido e completamente embriagado encostou em Dave - Não cai na dela.

- Como assim?

Os outros dois sorriram - Ela dá em cima de todos os caras do nosso grupo porque diz que seremos influentes e ricos no futuro.

Dave deu de ombros, não entendo a loucura no qual se meteu nos últimos minutos e quando se deu conta estava sozinho e encostado em uma parede, perto das bebidas. As pessoas estavam cada vez mais eufóricas e Dave se sentiu feliz por estar participando das tão famosas festas da faculdade. Ficou ainda mais feliz quando encontrou uma jarra de cerveja e sem se importar com as consequências de misturar bebidas, deu um longo gole. Meia hora depois Dave estava completamente bêbado, animado, suado, amigo de quase todos na festa e com 6 botões da camisa aberto, se enfiando em conversas e conversando com pessoas desconhecidas como se fossem amigos a vida toda. Poder da bebida. Mas há séculos não encontrava Lars e nem ao menos sabia mais o que estava fazendo de tão embriagado e feliz por fazer parte de algo e poder se divertir pela primeira vez em anos. 

-Vamos jogar, cara?

- Jogar o quê? - Dave respondeu completamente embriagado ao tal de Josh e segundos depois a música foi desligada e das quarenta pessoas presentes no início da festa, metade estavam se pegando no lado de fora provavelmente no estacionamento, a outra metade estava bêbada desmaiada e o restante das pessoas formaram uma roda de mais ou menos dez pessoas no meio da sala.

- JOGO DA GARRAFA! - Sally gritou e parou ao lado de Dave, o puxando pela mão - VAMOS! 

Dave sentou ao lado de Sally e finalmente encontrou Lars, com um copo na mão, sem o casaco e sentado no outro extremo da roda e olhando fixamente para uma das garotas que retribuía seu olhar com a mesma fúria. Claro que ele estava ansiando pelo jogo da garrafa para poder beijá-la. 

- Esses são os anos selvagens - Josh apareceu no meio da roda, completamente bêbado, marcado de batom e com uma garrafa vazia nas mãos - Esses são os anos que poderemos fazer tudo, os anos livres antes de sermos malditos adultos engravatados que não podem curtir a vida, então vamos curtir a vida - ele gritou e todos gritaram junto - VAMOS CURTIR A VIDA, PORRA, VAMOS FICAR DOIDÕES! - mais gritos e a essa altura do campeonato, um Dave embriagado e feliz apenas sorria - Tudo que acontece aqui, fica aqui, vamos fazer tudo, vamos ficar loucos, vamos experimentar e vamos…- Josh soltou um arroto - Esqueci a porra do discurso - ele engatinhou até Dave - Vamos deixar o novato dar as honras da casa - entregou a garrafa na mão de Dave - Alguém quer explicar as regras pra ele antes que ele desista?

- É vale tudo - Sally falou colada a boca de Dave e Dave se assustou com a frase ao notar que tinha exatamente doze pessoas na roda, seis garotos e seis garotas - Vale tudo mesmo.

- Certo - Josh puxou Dave e o fez girar a garrafa - Você começa. 

Dave deu um longo gole na bebida que segurava e girou a garrafa enquanto todos ao seu redor gritavam a palavra “Gira” sem parar e diversas vezes ao ponto de Dave não entender se de fato estava acontecendo ou se sua mente embriagada estava multiplicando as palavras. A garrafa finalmente parou e apontou para Dave e outra garota da roda. Dave ficou parado sem saber o que fazer até notar todos gritando e a garota engatinhando em sua direção enquanto lambia os lábios e uma Sally nada feliz ao lado. A garota parou de frente para Dave e encaixou as mãos em seu pescoço - Espera, você realmente quer me beijar? - Dave perguntou confuso e a garota assentiu com a cabeça o beijando de leve no começo mas em seguida enfiando a língua dentro de sua boca extremamente quente enquanto todos gritavam. Dave a soltou e a garota sorriu para ele retornando para o lugar de origem e gritando que era a vez dela de girar a garrafa. 

Dave deu outro gole em sua bebida e a embriaguez o deixou completamente perdido e lento, perdido no mundo da lua e quase não prestando atenção em tudo que acontecia, apenas nos gritos animados de todos na roda e foi então que a garrafa girou de novo e Dave levantou o olhar ao notar que a mesma havia parado em seu companheiro de estudos, Lars e em outro cara da roda. Dave levantou as sobrancelhas esperando Lars girar de novo até parar em uma garota, mas o que aconteceu foi que a garrafa não foi girada de novo e Lars caminhou até o outro garoto, o puxou pelo maxilar e o beijou por longos segundo. Dave levantou o rosto inteiro e perplexo enquanto jurou que podia ver o beijo obsceno e a língua de ambos com total clareza se entrelaçando com desespero enquanto todos gritavam. Lars voltou para o lugar de origem e secou, secou até a última gota de Dave com o olhar, talvez por Dave o estar encarando com confusão e sem pudor há tempos devido o acontecido.

- É, esse jogo já deu pra mim - Dave soltou o copo que bebia e temeu o próximo giro da garrafa.

- É vale tudo, se a garrafa parar rola beijo independente de quem - Sally sorriu tentando fazê-lo ficar- Quer sair daqui? - Sally percebeu que Dave estava destinado a ir embora e o puxou junto com ela. Ninguém da roda os notou saindo e quando Dave se deu conta Sally o puxava para o estacionamento e quando Dave se deu conta novamente Sally estava grudada em seus cabelos e abrindo sua camiseta social até o final enquanto o enchia de beijos no rosto e no pescoço no meio do estacionamento vazio. Dave retribuiu alguns beijos, não lembrando a última vez que tinha feito aquilo, mas quando as coisas começaram a ir longe demais e a mão de Sally começava a tomar um rumo perigoso, Dave segurou gentilmente o pulso da garota e se afastou.

- Acho melhor deixar pra outro dia - Dave sussurrou, fechando o botão da calça e encontrando uma Sally nada contente - Quando nós dois não estivermos bêbados. 

- E daí? - a garota se aproximou novamente, mas Dave tomou distância, a deixando ainda mais enfurecida - Você é careta - soltou e deu um murro leve no peito descoberto e suado de Dave, tomando distância e voltando para festa, o deixando sozinho no estacionamento.

Dave encostou na parede do estacionamento, recuperando o fôlego sem entender muito bem a noite, mas a adorando. Pensou em voltar para a festa, mas ao lembrar de Sally e do jogo da garrafa, resolveu ficar no estacionamento mesmo. Dave fechou os olhos e fitou o teto naquele momento de tontura pós-bebida em que você sabe que se tomar mais um gole desmaiará e agora precisa lutar para ficar sóbrio e conseguir voltar para o dormitório. 

- Então, você e a Sally hein -Dave se assustou com a voz que ocupou o estacionamento vazio. Ele abriu os olhos e abaixou a cabeça com cuidado, com medo da tontura o fazer vomitar. Dave encontrou Lars sentado em um dos batentes do estacionamento. 

- Não rolou nada - Dave sussurrou, nem sabendo porque estava falando e ao fitar Lars lembrou da cena da garrafa - Você e o cara da garrafa, hein.

Lars gargalhou - É só um jogo, Dave - e o silêncio pairou - Isso te incomodou? Você é uma dessas pessoas? - Lars o fitava sem desvio.

-Dessas pessoas, que pessoas?

-Homofóbicos.

-Ah, eu não...não sou uma dessas pessoas.

Dave estava nervoso com o teor da conversa, Lars percebeu e gargalhou - Vamos embora, cara - Lars apontou para a saída - Você está tão fodidamente bêbado que não vai achar o caminho sozinho. 

-É, não vou - Dave sorriu e fechou a camisa completamente aberta, tentando se proteger do frio.

(...)

-E aí, te vejo amanhã? - Dave estava escorado na porta, tentando encaixar a chave e confuso com as palavras do garoto atrás dele. 

- O que, amanhã, como assim?

- A matéria, a prova, lembra?

-É, claro - Dave por fim achou a fechadura - Te vejo amanhã.

- Boa noite, Dave.

- É, b-boa noite.



 



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