História Isto Não é Sobre Você - Prólogo

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ÁGATA - “Querido Diário”

Querido diário,

Ah, faça-me o favor! Um diário não é gente para ser “querida”, por que é que tem que colocar assim? Já que o diário é meu, eu vou colocar do jeito que me der na telha, aliás, acho que a próxima vez que eu escrever aqui, vou chamar de “Odiado Diário”, fica até mais legal, dá aquela vontade de ler, sabe? Não é à toa que eu sou aquariana.

Sinceramente, eu nem sei por qual o motivo estou me dando ao trabalho de escrever isso, mas sinto a necessidade de pôr para fora tudo que eu estou sentindo. Para mim, não haveria motivos para escrever o que estou passando, mas a verdade é que eu não quero esquecer depois os motivos que me levaram a chegar onde estou, você entende?

Caraca, o ano já está acabando, e eu tenho mil e uma histórias pra contar (nem sei se ao menos eu vou conseguir lembrar de tudo, e muito menos se vai caber em míseras páginas) que nem sei por onde começar. Mas eu posso fazer uma retrospectiva, pois bem. Eu me apaixonei uma, duas, três, quatro vezes… ou mais. Eu aprendi a levar (e a também dizer) “não”. Eu fiz um monte de amizades novas. Tive meu primeiro beijo (como posso dizer... excitante).

No começo do ano, confesso, não foi lá essas coisas. Mas, do meio pro final, foi uma maravilha. Eu passei pela transição capilar (vocês sabem o que é, não sabem?) e também pelo big chop. Desobedeci minha mãe pela primeira vez (talvez não a primeira vez, mas afinal, melhor pedir perdão do que permissão, não é mesmo?). Enfim, tive um monte de experiências novas, mas isso eu vou escrever depois.

Primeiro às apresentações, não é mesmo? Eu sei quem eu sou (ah, será?) e à essa altura, não seria necessário me apresentar à um diário, mas eu sei que você vai ler e (talvez) vai querer saber quem eu sou. O que é maravilhoso, porque isso tudo aconteceu. E você está prestes a entrar no meu mundo, onde nem tudo é conto de fadas (exceto os beijos, porque isso sim só pode ser magia), onde você vai conhecer uma adolescente, que nem sempre faz o certo (até porque eu sou uma pessoa, e bem, você sabe que pessoas cometem erros, não é mesmo?), mas que tenta sempre acertar (mas nem sempre aprende com os erros e erra de novo). Uma garota totalmente normal, mas que quem a conhece consegue diferenciá-la. Entre no meu mundo e divirta-se.

Com amor (amor não, não é pra tanto… Brincadeirinha),

Ágata.

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ELISA - “A menina do blog”

A parte boa de começar o ensino médio numa escola nova depois de estudar na mesma escola since always é:

Pera, tem parte boa?

Bom, no meu caso, sim. Não sou tímida (vale constar que nem um pouco), estou na flor da idade, interessada em conhecer novas pessoas e, principalmente, me livrar da minha (insuportável) escola antiga.

Desde o início do ano continuo me sentindo sem vergonha, na flor da idade e interessada em conhecer novas pessoas, mas a única diferença é: depois de tantos meses sendo aluna da melhor escola que já estudei até hoje, gostando de um garoto que não está gostando de mim nem-um-pouco-mesmo (sério, nem um pouco), me sinto uma nova pessoa. Vou resumir um pouco do meu ano (eu juro que foi legal), mas, não se assustem: sou escorpiana, mas não mordo. Só quase, literalmente, morro de ciúmes por algumas pessoas. Vocês vão descobrir por quem, ao longo do tempo.

Os primeiros meses na escola foram os melhores, posso afirmar. Recebi meu primeiro pedido de namoro da vida (bom, nessa época eu era meio carente, sabe…) e neguei, pela primeira vez, um pedido de namoro. É, eu sou indecisa e não é pouco. Vou contar essa história com todos-os-detalhes mais à frente.

Depois disso, foram meses de descoberta: comecei a perceber que eu, claramente, era de humanas (foram os melhores meses). Nas primeiras unidades, de fevereiro à junho, só me dei bem em todas as matérias. Ah, o começo de ano… É tudo muito lindo, né?

Anyway, é em junho que as coisas começam a ficar (muito) mais animadas. Festa de São João, férias, volta às aulas, mudar de cidade… Foram meses mais conturbados, porém, muitos acontecimentos (vocês vão adorar!!!) que, com certeza absoluta, marcaram meu 2016.

De outubro em diante foram meses mais tranquilos, desanimados e sem graça (e de tombos, pois, obviamente, inferno astral não é fácil pra ninguém).

Well… Sem mais delongas, quero deixar claro duas coisinhas com vocês: 1) tudo que eu contar aqui será detalhado (muito detalhado). Não vou poupar vocês do meu vocabulário extremamente claro, grotesco e excêntrico… (escroto). Bom, o que eu quero dizer é: não vou poupar vocês dos palavrões, tudo certo?! Dá mais emoção… 2) todas as minhas experiências vão ser colocadas em pauta, todas, sem falta. Quero compartilhar o que eu aprendi no decorrer do ano com todas elas e todos os erros que cometi à partir disso. Espero que vocês percebam que certas coisas a gente acha que vale à pena, se arrisca e no fim aprende que o que vale é o que importa. Brincadeira, mas espero que vocês aprendam e sintam comigo o que eu aprendi e senti com tantos erros cometidos (não foram poucos).

Então, amigos, amanhã eu volto e conto tudo, desde o comecinho.

Beijinhos com gloss de laranja!,

Elisa.